The Four Revolutions escrita por starqueen


Capítulo 18
Capítulo 18 - Um olho.


Notas iniciais do capítulo

Hey pessoas c:

Acabei de receber uma recomendação da Bianca Lestrange :3 Capítulo dedicado a ela o/
Anyway pessoas, vamos ao capítulo com algumas "revelações" + plagios + gente se ferrando (rçrçrç)



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Eu estava em outro lugar.

Quando acordei, as coisas estavam estranhas comigo. Eu estava deitada em uma cama em uma espécie de quarto de hospital. O clima estava frio. Me sentei e tentei me lembrar do que tinha acontecido, por mais que tudo tivesse sido confuso e rápido demais. Eu tinha passado por uma lua cheia. Travis tinha jogado uma faca no meu olho. Um lobo apareceu juntamente com outra garota. Travis fugiu. Aaron apareceu.

Eu provavelmente deveria ter batido a minha cabeça para pensar em Aaron.

Movi lentamente a minha mão no meu olho direito. Tinha um curativo enorme por cima dele, então eu só estava contando com o meu olho esquerdo. Era meio estranho usar apenas um olho quando você passou toda a sua vida acostumada com os dois em perfeito estado, mas eu tive que aceitar isso. A possibilidade de ficar cega de um olho berrava nos meus ouvidos, estando tão próxima a mim que eu não poderia nega-la. A não ser que tudo isso seja um sonho com um péssimo roteiro, digno de um livro muito mal escrito.

Eu me levantei da cama. Estava com roupas limpas e melhores, e eu até cheirava um pouco melhor do que antes. Tinha o símbolo da alcateia de Garrett na parede: um triângulo negro com outros dois triângulos invertidos, cada um de cada lado. Era o mesmo símbolo da tatuagem do meu pescoço, que eu fiz quando tive que me juntar a Garret, há mais de dois anos. O mesmo símbolo idiota que eu seria capaz de arrancar a minha pele só para não tê-lo mais em mim.

Nunca faça tatuagens. Uma hora ou outra você irá se arrepender miseravelmente.

Sinceramente, eu já perdi a conta de quantas coisas eu que já tinha me arrependido.

Saí do quarto e me deparei com uma espécie de corredor parecido como o de um hospital normal. Eu tinha certeza que não estava em um, porque todo aquele lugar não passava de uma imitação barata de um hospital.

— Sam Watters. — disse um homem. — Você deveria estar repousando agora.

Eu me virei com uma boa resposta na ponta da língua para ele.

Aaron Knight, o lobo solitário, sorriu para mim.

A sua pele estava mais bronzeada, mas em tom mais amarelado, o que não era algo muito bonito ou natural. Os cabelos negros e oleosos já passavam da altura dos ombros. Seus olhos negros tinham um olhar mais vazio que do que eu me lembrava, e sinceramente eu não sabia dizer a diferença entre um poço sem fundo e os olhos de Aaron. Ele tinha olheiras roxas. Ele estava barbudo agora, o que o fazia parecer no mínimo uns seis anos mais velho. Ele parecia tão magro e fraco que eu tive que pensar duas vezes que ele era realmente o Aaron Knight que eu tinha conhecido.

A única coisa que eu fiz foi abraça-lo.

Talvez a toda a minha fraqueza já tivesse tomado conta de todo o meu ser para que eu agisse dessa maneira. Aaron se surpreendeu, mas retribuiu o abraço. Em algum lugar da minha mente, abraçar Aaron era meio que uma prova de que eu não estava louca e nem estava vendo coisas de novo. Scarlett me disse que Hector o matou em Bondi Beach. Mas ele está vivo. Ele deixou Scarlett e Aiden sozinhos. Ele está bem. Os outros não.

— Eu pensei que você estava morto. — quebrei o abraço. — Scarlett disse...

Eu parei de falar assim que a expressão de Aaron pareceu mais triste do que já estava.

— Você forjou a sua morte, não foi? — perguntei.

— Na verdade, não. — disse Aaron. — Hector tinha me mordido naquela noite. Você faz ideia do que uma mordida de um vampiro causa em um lobo? É a pior dor que qualquer lobisomem poderia sentir. Alguns ficam loucos, outros morrem em questão de dias por causa dela. Eu morri naquela noite. Mas... De algum modo, eu voltei.

Mordidas de vampiros eram fatais a lobos. Perfeito, eu tinha esquecido dessa.

Uma vez, Garrett me contou sobre isso. Ele também comentou que era um milagre quando um lobo conseguia passar dela vivo. Lobos e vampiros são inimigos naturais, então a mordida de um lobisomem é fatal a um o vampiro do mesmo jeito que a de um vampiro é fatal a de um lobisomem.

Pensar que eu fui mordida duas vezes — uma antes da transformação — e ainda estar viva, me fez me sentir especial.

— Por que você não voltou para nós? — perguntei. — Você faz a mínima ideia do que Scarlett passou sem você?! Ela teve um filho, Aaron, um filho sozinha! Ela estava tão triste acreditando que você estava morto e você nem ao menos teve a coragem de voltar lá!

— Um filho? — ele perguntou confuso.

— Espere... — eu raciocinava. — Você não sabe.

O clima ficou tenso e ao mesmo tempo confuso.

Então Aaron não fazia a mínima ideia sobre o filho dele, Aiden. Scarlett não teve coragem o suficiente para conta-lo sobre isso. Dois irmãos que se apaixonam, tem um filho, um dos pais some enquanto faz algo “importante” e o filho é criado por apenas um dos pais biológicos. Isso está soando como a minha história se repetindo novamente, sendo que em forma reversa nos Knight.

Eu não ia deixar a minha história se repetir de novo.

— Por favor, não me diga que Scarlett estava grávida quando eu morri. — disse Aaron. — Isso só pode ser uma piada de mal gosto.

— É um menino. O nome dele é Aiden. — dei uma pausa, olhando nos olhos de Aaron. — Ele se parece com você.

Aaron suspirou.

— Falaremos sobre isso depois. — ele disse meio seco. — Tem coisas mais urgentes para discutir. Siga-me.

Eu não falei mais nada.

O segui pelo o corredor, contendo um monte de perguntas e histórias sobre todo esse tempo que ele fingiu estar morto. Eu queria sentir raiva, sentir toda a raiva e ódio porque ele deixou Scarlett com Aiden, do mesmo jeito que a minha mãe biológica tinha forjado a morte e depois me deixado com o meu pai. Mas eu não poderia sentir isso. Seria um suicídio me deixar levar por alguma emoção egoísta na guerra, já que qualquer emoção poderia me causar a morte — ou a morte dos outros.

Na última vez que eu deixei alguma emoção — desta vez “positiva” — me levar, acabei recebendo uma linda e perfeita facada no olho. Se eu me irritasse com Aaron talvez acontecesse muito mais do que eu levar uma simples facada no olho.

O ambiente ao meu redor era realmente uma cópia meio barata de uma enfermaria pseudo hospital. Eu me perguntava de quem era. Aaron entrou em um elevador parecido com os que tinha na antiga Área 51. Eu olhei para os botões do elevador e tinham sete, sendo que desses sete, seis eram da 1 a 6. Então aqui tinha por volta de seis andares, e com um sétimo andar secreto.

Tinham dois avisos no elevador, ambos escritos em algum idioma que eu não conhecia. Era um idioma familiar. Talvez holandês ou alemão. Isso significava que eu estava na Holanda.

— Holanda? — perguntei.

— Alemanha. — ele respondeu.

Evitei de fazer qualquer outro comentário sobre isso. Aaron parecia muito tenso — e cansado — para discutir sobre onde estávamos e sobre como ele foi um idiota com a Scarlett. E eu também não queria discutir sobre isso. Meu olho ainda doía. A possibilidade de ficar cega — mesmo que seja de um olho — ficava se repetindo na minha mente, me causando um medo tão grande e novo que me fazia me sentir uma covarde.

Era nessa hora que Hector deveria aparecer e começar a me xingar de novo.

Eu tinha “bloqueado” a minha conexão com ele. O maldito Kitter ainda deveria existir em algum lugar obscuro da minha mente, mas ele não pode me incomodar mais. De algum modo, eu quase sempre ficava esperando que ele aparecesse e começasse com as mesmas frases de sempre. Me fazia me lembrar que era louca. Me recordar disso é a única coisa que ainda me traz um toque de realidade sobre tudo isso que está acontecendo.

Quando o elevador parou no sexto andar, uma sala gigante tomou conta do meu único olho. A sala era arrodeada de vidro. Eu me perguntava o que aconteceria se eu desse um soco no vidro e tudo aquilo se quebrasse. Tinha uma mesa no centro com seis cadeiras, e o símbolo da alcateia de Garrett estava estampado no chão. Já que estava arrodeado de vidro, eu conseguia ver perfeitamente a visão de fora. Pelo o que via, estávamos longe de qualquer cidade, já que nada além de terra plana e algumas árvores cercando o edifício. Aquilo me fazia pensar que talvez os alemães estivessem bem e seguros, diferente de grande parte do mundo. Aqui dentro poderia estar em uma temperatura média, mas só de olhar para lá fora você conseguia sentir o frio. Estava nevando. Eu jamais iria me acostumar com o inverno ser em Dezembro no lado Norte do mundo.

Na mesa principal, eu via rostos familiares. Matthew estava lá. Ao lado dele, estava Victoria Mills, a líder das Amazonas. Ela estava acompanhada com outras duas amazonas ao seu lado. Perto de Victoria, estava Kristen Rodriguez, a outra dominadora de água. Ela se sentava em uma cadeira e olhava fixamente para o chão com um olhar melancólico, ignorando completamente a “conversa” de Matt e Victoria.

— Algum problema comigo? — ele perguntou meio irritado.

— Claro que há! — Victoria respondeu. — Você é um machista idiota!

— Eu não sou machista, eu só estou dizendo fatos! — ele se defendia. — Homens como soldados costumam a ser melhores que mulheres.

— Alguma prova? — Victoria disse.

— Eu disse “costumam”. Qual o seu problema em interpretar uma frase? — disse Matt.

— Vocês dois não se casam de agir como duas antas retardadas? — Kristen interrompeu a conversa friamente. — Não sei se perceberam, mas Aaron chegou com a ceguinha.

Ceguinha... Eu preciso admitir que esse foi bom. Melhor que covarde.

— Watters. — disse Victoria. — Melhor um olho do que dois, não é?

As amazonas seguraram um riso.

— Sim, Mills, melhor perder um olho do que perder um irmão. — disse sorrindo sarcasticamente.

As amazonas pararam de conter um riso e ficaram sérias.

— O que você quer dizer com isso? — Victoria disse entre os dentes. — Se você estiver falando do Sebastian...

— Sim, eu estou falando do seu tão amado Sebastian. Você o ama tanto que a última vez que ligou pra ele foi no ano passado, não é? — ainda sorria. — Gordon e Garrett estão elaborando um plano pra tirar o seu amado irmão da jogada.

Victoria se calou.

— Finalmente alguma coisa calou ela. — disse Kristen. — Primeira coisa útil que você faz, cega.

— Sem mais conversa. — Aaron interrompeu. — Chris chegou aqui há vinte minutos. Ele me disse por telefone que os The Owners estão na Europa agora. Isso significa que eles podem atacar a qualquer momento e que o governo irá se aproveitar disso.

— Espere... O que é isso? — perguntei confusa. — Vocês estão de que lado? Símbolo do Garrett, base bizarra no meio da Alemanha, Amazonas como aliadas... O que diabos está acontecendo aqui?

— Não estamos em nenhum lado, Sam. — disse Aaron. — Somos a resistência.

Diziam que a Lady Gaga copiou a Madonna. Diziam que Hunger Games copiou Battle Royale. Mas ninguém vai dizer que Aaron copiou a minha ideia e até alguns detalhes da suposta base que um dia eu poderia fazer. Exceto pelo o fato dela ser de vidro e ficar na Alemanha. Quem em sã consciência faria uma base de vidro no meio de tantos conflitos e explosões?

— Deixe-me adivinhar: vocês não são a favor de nenhum dos dois lados, querem que Lewis e Gordon se danem só pra terminar com essa guerra? — perguntei.

— Exato.

Antes que eu pudesse reclamar, cobrar os direitos autorais ou agir como uma idiota, o elevador se abriu mostrando o meu irmão. Ele saiu e andou em minha direção.

— Sam. — Chris me abraçou. — O-O que aconteceu com o seu olho?

— Um idiota do governo deu uma facada nela. Você sabe, normal, acontece toda a hora. — respondeu Victoria. — Você deve ser o famoso Chris Watters, não? Prazer, Victoria Mills, líder das Amazonas.

— Desde quando eu sou famoso? — ele perguntou confuso.

— Desde que começaram a falar que o namoradinho do Lewis é o irmão da dominadora de água. — ela respondeu.

— Namoradinho? — perguntei.

— Olhe, o único jeito que enganar Lewis era se eu fingisse algo demais, sabe? Ele é meio que do tipo solitário e carente. Eu preciso me aproveitar disso.

— Você é gay? — perguntei.

— N-Não, eu só...

— Você é gay esse tempo todo e eu só estou percebendo agora? — disse. — Não custava pegar um cara menos pior?

— Eu não sou gay! — ele gritou. Todos na sala foram surpreendidos. — Eu já falei que eu não sou a droga de um viadinho, Sam! Qual o seu problema?

Revirei o olho.

— Eu pedi para você reatasse a amizade com o Lewis, não para que bancasse a droga o namoradinho dele! — disse. — Se você não quer bancar o “viadinho” — fiz aspas com as mãos —, namorar outro cara não ajuda muito.

— O namoro é falso!

Quem precisa de assistir UFC quando se tem dois irmãos discutindo sobre um assunto polêmico e ainda de graça?

— Sim, Chris, claro. Se for assim eu vou bancar a lésbica e namorar a Mary. Vai que eu ganho a guerra assim, não é? — disse sarcasticamente.

— Por que você é tão preconceituosa? — gritou Chris. — Pelo o amor de Lilith, Sam, pare de ser uma idiota!

— O problema não é você ser gay, seu idiota! — eu quase estava gritando. — O problema é o Lewis!

— Qual o problema com o Lewis?!

— É, isso é tão falso que até está o defendendo!

— Você usa o Bennett, o defende e depois quer falar de mim? — ele perguntou irritado.

— Não coloque o Bennett nessa história, você sabe muito bem que isso é diferente. — falei.

— Claro, tudo com você tem que ser diferente. — ele disse em um tom meio debochado. — As leis nunca se aplicam a Sam Watters, afinal, você a híbrida superior a todo mundo aqui.

— Se você gosta do Lewis, perfeito, Chris, problema seu! — disse irritada. — Mas depois que eu arrancar o coração dele, não venha chorar e ficar irritadinho comigo. Ele é um monstro egoísta e merece morrer.

— Ele é tão monstro e egoísta quanto você.

— Chega! — gritou Aaron, nos calando. — Vocês dois, parem! Isso é ridículo!

Nós dois nos calamos. Todos nos encararam. Victoria e as suas duas Amazonas deram alguns olhares e Kristen nos encarava com um olhar levemente sarcástico e intimidador, como se gostasse de eu estar brigando com o meu irmão. Eu imaginava se ela estava tramando matar Chris como uma vingancinha por Jeff.

— Precisamos discutir urgentemente sobre a guerra. — disse Aaron. — Somos a resistência. Vamos ficar unidos.

Isso era uma mentira. Estávamos tão separados quanto à distância da Terra e Saturno.

— Lewis não irá atacar nada. — disse Chris. — Ele veio aqui porque vai ter um baile da paz em Paris. Ele me pediu para avisar a vocês que todos estão convidados.

— Não me diga que contou ao seu namoradinho o plano. — disse irritada.

— Eu não sou tão idiota assim, Sam. — Chris me falou. — Ele acha que vocês ainda se importam comigo, então me pediu para avisar isso.

— Lewis sabe da resistência então. — Aaron disse.

— Sim, ele sabe. — afirmou Chris. — Mas ele não sabe nada das Amazonas ou sobre você estar vivo. A resistência ainda é uma incógnita para ele, então ele quer nos conhecer melhor e saber o que queremos. Convidou tanto o governo quanto nós para este baile.

— Tem alguma armadilha nisso. — disse Matt. — Como assim um baile? Teríamos que ser muito idiotas para aceitar isso.

— Lewis não iria colocar uma armadilha lá, a não ser que fizéssemos algo errado. — disse Victoria. — Ele não iria simplesmente nos atacar. Isso iria prejudicar a imagem dos The Owners.

— Deveríamos ir? — perguntou Kristen. — Isso soa como um suicídio.

Aaron parecia estar pensativo.

— Não é uma boa ideia. — ele dizia. — Mas é a única opção que temos.

[...]

Eu estava me encarando fixamente no espelho nos últimos minutos.

Deveria já ser de noite, e as pessoas estavam se preparando para dormir. Nem todas, algumas iriam ficar acordadas e fazer a patrulha para caso algo aconteça, mas a maioria iria dormir. Eu não sentia sono, então nem iria tentar dormir. Minha insônia sempre era mais forte que o cansaço. Eu ia passar a noite treinando, ao menos eu ganho mais com isso.

Eu olhava mais para o curativo no meu olho direito do que em qualquer outra coisa do meu corpo. Me disseram que eu já poderia tirar, mas eu tinha medo disso. Aaron me disse que não tinha certeza que eu iria enxergar 100% de novo, mas disse que já que eu era uma loba, poderia me curar e recuperar um pouco — talvez toda — a visão. Eu queria que isso fosse verdade, queria acreditar naquilo e ficar segura. Mas a verdade era que uma única facada conseguiu me abalar. A ideia de ficar cega de um olho... Me assustava. E se na próxima vez fosse o meu olho esquerdo? Ser 100% cega deve ser terrível.

— Já faz meia hora que você está aí. — disse Matt entrando no quarto. — Alguma coisa errada?

— Nada. — menti. — Eu só estava arrumando coragem para tirar o curativo.

— Então tire. — disse.

— E se eu estiver cega? — perguntei.

— Então você seria a cega mais linda da história da humanidade. — ele disse sorrindo.

— Isso é uma cantada, Summers?

— Sim. E das péssimas. — ele respondeu. — Tira o curativo.

Eu tirei lentamente o curativo, mesmo que internamente ache que não deveria estar fazendo isso. O medo de que alguma coisa ruim aconteça passava pela a minha mente, e eu tive que abraçar um falso otimismo achando que tudo ficaria bem.

Então eu tirei o curativo todo.

Se o curativo não estivesse nas minhas mãos, eu iria achar que ainda estava com ele no olho. O meu olho estava aberto e mesmo assim não tinha nenhuma diferença. Eu conseguia sentir um pouco da luz e algumas cores bem básicas e desfocadas, mas era extremamente fraco. Eram como se roubasse 95% da visão do meu olho.

O que eu via no espelho não parecia ser feio. A diferença é que ele estava mais claro que o outro olho saudável, em um tom de verde um pouco mais puxado para o branco. Um olho com a cor normal, outro olho quase cego fazendo festa com a cor branca. Perfeito. Extremamente normal e comum.

Eu estava cega de um olho.

Sinceramente, eu nunca entendi direito o que deveria ter passado pela a cabeça de Matthew quando ele tinha perdido a mão. Eu me lembro que ele ficou meio louco e ao mesmo tempo triste e revoltado com Lewis. Ele até que tinha se recuperado rápido, mas eu sempre fiquei tão focada me culpando por ele ter sofrido isso que eu nunca pensei como ele realmente se sentia. Agora eu entendia. Você nasce com aquilo e vem um idiota e arranca isso de você.

— Então...? — Matthew perguntou. — Você está enxergando algo por esse olho?

Eu não respondi nada. Apenas chorei.

E lá se foram seis meses de treinamento mental e físico para me controlar e ser melhor.


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Notas finais do capítulo

YES PESSOAS, SAM IS CEGA DE UM OLHO! u.u Essa é a prova que ela não é tão cagada assim u.u E agora ela voltou a todo aquele drama e "sofriemento" de antes...

AARON É UM PLAGIADOR COVARDE E NOUJENTO, ALGUÉM CONCORDA COMIGO? AHUEAHUEA -q Okay, sem bullying com ele ;-; Mas eu acho que alguém deve direitos autorais para a Sam...

Lewis planejando bailes de "paz" em Paris...

Anyaway pessoas, COMENTEM o que acharam desse capítulo e até o próximo o/



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