The Four Revolutions escrita por starqueen


Capítulo 17
Capítulo 17 - Plano H.


Notas iniciais do capítulo

HEY PESSOAS :)

SE PREPAREM PARA A TRETA SUPER HIPER MEGA ULTRA... Okay, vou parar de fazer propaganda dessa treta '-' Esse capítulo é mais focado na Sam e no Matthew, e a partir desse que já tem uma reta pro final (yes pessoas, essa fic terá por volta de 26 capítulos, então o fim está próximo) :/ Alguns personagens vão voltar e TEREMOS ALGUÉM "IMORRÍVEL" SE FERRANDO RÇRÇRÇ -q

Espero que gostem :)



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Ponto de Vista do Narrador.

Matthew estava em um lugar diferente.

Ele estava deitado em um sofá e se sentindo menos fraco. O ferimento no meu pescoço já tinha ido quase embora. A última coisa que ele se lembrava era de Mary o atacando, depois disso, mais nada.

Matt se sentou no sofá. Estava ferido fisicamente e considerava isso terrível.

Sam estava com uma garrafa quase vazia de vodca nas mãos e olhando pelo o olho mágico da porta. Matt olhou para ela e percebeu que não estava sozinho, mas mesmo assim se amaldiçoou mentalmente por causa disso. A última coisa que queria era ficar com a sua ex-namorada assassina.

Quando ela finalmente parou de ficar olhando pelo o olho mágico, se virou e bebeu o resto da vodca, nem percebendo que ele estava acordado. Os pensamentos de Sam estavam distantes de mais para nota-lo. Ela estava distante demais para notar alguma coisa que não fosse ela mesma.

— Onde estamos? — Matt perguntou.

Sam foi praticamente pega de surpresa quando ele disse isso.

— Finalmente. — disse andando na direção do dominador. — Pensei que nunca mais iria acordar.

— O que aconteceu? — ele perguntou. Sam não respondeu nada, apenas se sentou ao lado dele. — Se você vai mentir pra mim ou esconder alguma coisa...

— Eu digo. — Sam interrompeu. — Tudo que você quiser.

— Quem é Kristen Rodriguez? — perguntou.

— Não é algo muito importante...

— Eu quero saber. — disse. — E você me disse que iria contar tudo que eu quisesse.

Ela revirou os olhos.

— Kristen é uma garota. Pronto. Feliz?

— E eu aqui achando que era um garoto. — disse sarcasticamente. — Fale tudo que sabe sobre ela.

— Por que você está me perguntando isso?

— Porque eu estou cansado de ser enganado por você. Todos estão. — ele disse demonstrando mais a sua raiva “secreta” por ela. — Eu te namorei por dois anos e tudo que eu sei é o seu nome completo e que você matou os seus pais.

— Eu pensei que nós não tivéssemos mais nada. — ela disse secamente. — Terminamos faz muito tempo.

— Isso é confuso, Sam. — confessou. — É praticamente impossível estar no mesmo ambiente que você e fingir que nunca aconteceu e que nem está acontecendo alguma coisa.

— Eu não faço a mínima ideia do que está acontecendo entre nós, Summers, mas está terminado. — ela disse evitando demonstrar tristeza. — O que aconteceu entre nós está morto e enterrado sete pés sob a terra. Por que você sempre fica voltando com isso?

— Eu que estou voltando com isso? — Matthew perguntou. — Foi você que veio falar comigo.

— Se você por acaso está planejando em voltar de vez no assunto “nós”, eu espero que se lembre que Gordon está te procurando agora. — ela disse. — E eu... Eu só não quero falar sobre isso.

— Gordon está me procurando... Que diabos, Sam, por que não diz logo me onde estou?

— México. — ela respondeu. — Em uma das pequenas comunidades dos lobos.

— México? Sério?

— Ou era o México ou era a morte. — ela disse. — Só perdi o meu precioso tempo para te salvar porque você é o único dominador que presta. O desgraçado Gordon iria ter um ataque caso você morresse por uma vampira.

— E desde quando você se importa com o Gordon? — perguntou. — E nós dois sabemos muito bem que eu não sou o único dominador.

— Vamos rever os fatos... — Sam lembrava. — Travis não consegue dominar o ar, Helena é uma vampira serva de Stephen e a dominadora de água simplesmente enlouqueceu. Você é o único que ainda presta, Summers.

— É incrível como você se refere na terceira pessoa, Watters. — ele disse. A dominadora revirou os olhos. — Agora me diga quem diabos é Kristen Rodriguez.

— Sua rebeldia me encanta, Summers. Realmente, porque dizer “quem diabos” em uma frase super rebelde. — ela disse sarcasticamente. — Kristen é a filha do General Rodriguez, meia-irmã do Jeff e também uma dominadora de água.

— Uma dominadora de água? — ele perguntou surpreso. — Pensei que você fosse a única.

— Quando eu tinha dezesseis e ainda estava na Área 51 com uma linda pena de morte, Jeff me libertou e me levou até a irmã dele. Então foi aí que eu descobri que não era a única dominadora.

Sam se sentia desconfortável falando sobre isso.

— E por que você não contou isso pra ninguém?! — disse. — Se eu achasse outro dominador de fogo é claro que eu iria contar, o mundo precisa saber que não existe só um. E ainda poderia ser uma grande ajuda na guerra.

— Esse é o problema, Summers. — ela disse. — Você consegue imaginar quantos descendentes de dominadores que realmente dominem algum elemento existem no mundo? Imagine só se achássemos todos eles. Seria um desastre.

— Acredita mesmo nessa teoria estúpida de descendentes de dominador? — ele perguntou. — Talvez essa garota seja a única.

— Não é apenas uma teoria, Summers. É real. Eu vi com os meus próprios olhos. — Sam disse. — Nós só servimos para sofrer no lugar deles. E talvez seja melhor assim. Ao menos os verdadeiros demônios sofrem.

— Então foi por isso que você escondeu durante esse tempo todo que tinha outra dominadora de água? — Matt disse. — Talvez nessa sua lógica de coitadinha isso faça sentido.

— Pare de ser um idiota, Summers! — ela disse. — Eu matei o pai dela. Eu fiz a mãe dela ser morta pelos os lobos há muitos anos atrás. Quer saber mais? Nem fui eu que matei o Jeff. Foi ela própria. Kristen é a típica garotinha triste com uma história pesada e um futuro inexistente. — Sam deu uma pausa. Sua voz soava melancólica. — Kristen é exatamente como eu.

Foi aí que as coisas fizeram sentindo para Matthew.

— Você quer proteger Kristen e os outros supostos dominadores e salvar as pessoas da guerra. — disse. — É por isso que você voltou?

— Não! — ela tentou negar. — Eu só estou tentando consertar toda a merda que eu fiz. Se eu tivesse pensado duas vezes antes de matar o General Rodriguez a história teria sido tão diferente.

— Se você realmente quisesse que a história fosse diferente arrumaria uma maneira de voltar ao tempo ou ressuscitaria o General Rodriguez. — o dominador de fogo retrucou. — Eu acho que estou vendo o seu lado bom, Sam Watters.

Ela revirou os olhos.

— Sim, Sam Watters tem um lado bom. Chame a mídia porque isso é um milagre. — ela disse sarcasticamente. — Eu só estou cansada de tantos idiotas como Gordon ou Lewis mandando em uma massa de pessoas sem escolha e fazendo elas lutarem entre si até o fim do mundo.

— Então qual é o seu plano para terminar com a guerra? — ele a questionou. — Se a “Sam boa” quer acabar com a guerra ela deveria ter um plano.

— A “Sam boa” mata soldados e depois se afoga em vícios considerados horrendos pelas pessoas. — ela disse. — Até o “Matthew bom” é melhor que a “Sam boa”.

— O “Matthew bom” é mais um fantoche de Gordon e é pseudo depressivo mal amado. — disse. — Temos coisas em comuns, Watters. Agora me diga o plano.

—Por que eu iria confiar em você? Você é do governo.

— Eu garanto que irei me juntar à você dependendo do seu grande plano. — disse sorrindo pra ela. Matthew tinha aprendido a mentir. — Pode ir contando, garota da água.

Garota da água? Sério mesmo? — Sam disse. — Você não me chama assim desde que tínhamos dezesseis anos.

— Vai entrar na sessão nostalgia ou me contar o seu plano?

— Vai pro inferno, Summers. — ela murmurou. — Eu tenho dois planos: o H e o B. Digamos que eu estou seguindo o plano B.

— A maioria das pessoas iria chamar seus planos de A ou B.

— B de Ben Jones. — Sam disse.

— Ben Jones? O pai da Helena?

— Sim. — respondeu. — Ele está revoltado com os dois lados da guerra. Ben acha que Gordon está perdendo a guerra porque quer. O que Mary falou lá só confirmou isso.

— Gordon seria um idiota por perder algo assim só porque quer. — disse — Isso não faz sentido. Ele não deixaria tanta gente morrer.

— Ben acha que ele está realizando a maioria dos conflitos e colocando a culpa nos The Owners. A teoria é que ele quer perder a guerra e depois criar um golpe juntamente com Garrett pra tirar o Sebastian da jogada e colocar Travis no poder. Daí os dois conseguem manipular Travis e criar uma revolução contra os The Owners. — ela explicava. — Ele pode ser pior que Lewis e Stephen.

Para Matthew, aquilo soava como se fosse uma teoria de conspiração: falsa e estúpida. Sam sentia raiva revolta por ter sido expulsa do glorioso governo americano, e ela só estava inventado aquilo para culpa-lo de alguma forma. Aquilo faia sentido para o dominador de fogo. Mas ele precisava fingir que acreditava no que Sam falava. Para o bem do governo.

— Faz sentido. — mentia. — Ao menos ele manipula muito bem o Travis. Então... Qual é o seu plano contra ele?

— Iniciar uma revolução. — ela respondeu. — Ben planeja expor todo o governo em uma conferência de “paz” na Coréia do Sul quando for primeiro de Janeiro do ano que vem.

— Estamos em doze de Dezembro. — ele disse. — Vocês ainda estão colhendo provas?

— Sr. Webb se infiltrou no governo pra isso. Ele também está envolvido com isso.

— Então me conte sobre o plano H. — falou. — Porque se o B não der certo...

— Eu estava pensando em criar um grupo de resistência. — ela dizia. — Talvez juntar alguns membros tanto do governo quanto dos The Owners. Mas não teríamos chance nenhuma contra os The Owners ou o governo, não temos fundos suficientes e nem boas armas. — ela suspirou meio triste. — Se eu conseguisse criar um grupo de resistência bom e digno o suficiente para se manter algumas semanas na guerra poderíamos expor tanto Gordon quanto Lewis na mídia, depois nos separarmos e invadir tanto os The Owners quanto o governo. Daí Lewis e Gordon morreriam.

— E Stephen? — perguntou. — Gordon e Lewis não são os únicos e você sabe muito bem disso. Stephen e Mary são dois demônios presos a nós nessa maldita guerra.

— Stephen é aliado de Lewis, mas ele também é um maldito falso egoísta. Se Lewis cair, ele se junta a Gordon, se Gordon cair, ele começa a agir sozinho de novo. — ela dizia. — Mas Mary não seria capaz de fazer nada. Ela só quer nos perturbar um pouco, principalmente eu, já que sou parente e ainda uma espécie de reencarnação do ex marido dela.

— Bom plano, garota da água. — disse sorrindo. Era mentira. — Se o plano H entrar em ação, pode ter certeza que eu serei parte dele.

— Eu estou indo. — ela disse se levantando do sofá. —Ben me pediu para fazer uma breve aliança com os lobos.

— Espere só um minuto. — disse. — Como você me curou?

— Como? — ela perguntou se fingindo de confusa.

— Eu não sou um lobisomem ou um vampiro, o que significa que eu não me curo naturalmente. — disse. — A mordida de Mary não iria se curar tão fácil. Pode ir dizendo como me curou.

Ela revirou os olhos.

— Eu desenvolvi algumas sub dominações da água durante esse tempo fora. — disse Sam. — Cura é uma delas.

— É bom saber que você ainda se importa com a minha vida, Catherine. — ele chamei pelo o nome do meio. Nada melhor que completar uma boa mentira assim.

— Ainda bem que sabe disso, Phillip. Porque eu jamais iria te contar. — Sam o chamou pelo o nome do meio e sorriu. — É melhor você ficar aqui enquanto eu estou fora. Os lobos não gostam muito de dominadores.

Ela saiu.

Mas Matthew não sabia que Sam era a melhor mentirosa que ele já tinha conhecido.

Ninguém mente para Sam Watters.

[...]

Matthew olhava fixamente par o céu pela a única janela. Hoje era lua cheia. Sam ainda não tinha voltado, e o único som que ele conseguia ouvir era o uivo de alguns lobos se transformando e os gemidos de dor dos lobos que não querem se transformar. Até hoje Matthew não entendia nada sobre lobos e seus problemas com a lua cheia. O poder da lua cheia em Garrett ou Sam era fraco, ele nunca viu Garrett se render a esse poder e a única vez que Sam se rendeu foi na sua primeira lua cheia.

Mas os gemidos de dor dos lobos que tentavam se prender para se controlarem e seus uivos solitários mostravam que o poder da lua cheia era forte demais.

O pensamento que alguns lobisomens tivessem aproveitado o poder da lua cheia para capturar Sam e depois entrega-la a Gordon passou pela a sua cabeça. Ele tentou ignorar esse pensamento, já que achava que sabia de tudo sobre ela e poderia depois deletar isso a Gordon.

Mas... E se fosse Lewis? Ou Stephen?

Ele saiu de lá. Ao seu redor, tinha uma pequena vila. Música mexicana tocava bem baixinha de fundo. Não combinava muito bem com o som do sofrimento dos lobos, mas ao menos o fez distrair a sua mente. Ele odiava pensar demais. Achava que trazia sofrimento demais.

Percebeu que teria que escolher entre Gordon e Sam alguma hora. Escolheria Gordon, por mais que isso partisse o seu coração e cérebro novamente. Mesmo que escolhesse Sam, ela iria mentir para ele, esconder coisas, agir misteriosamente e depois quebra-lo de novo em mil pedaços. Matthew tentava acreditar no que Travis disse sobre Sam ser a pessoa mais cruel da guerra. Mas ela estava tão fraca e humana que era impossível fazê-lo acreditar naquilo.

Saiu andando pela a vila rapidamente. Eu estava focado apenas no som da música mexicana, então tudo pareceu calmo. Mas ele não fazia a mínima ideia de onde Sam poderia estar. Alguma coisa estava errada.

Pensar nisso o fez perder a atenção na música e eu acabei ouvindo os gemidos de dor e uivos mais altos do que estavam. Ele se xingou novamente, mas seguiu os sons.

Os sons deram a uma casa antiga, a mais velha de todas. Ele abriu a porta e a visão dela de dentro era pior ainda. Os sons ficaram mais altos ainda. Quando fechou a porta, observando o ambiente, eles simplesmente pararam. Conseguia ouvir apenas os outros lobos. Parecia que alguém não queria vê-lo.

Desceu as escadas tentando manter a cautela. Quando terminou, um quarto antigo, escuro e assustador tomou a sua visão. Tinham dois cadáveres no chão, seus corpos estavam drenados. Pegadas e gotas de sangue recentes estavam bem estampadas lá. Ele procurou o responsável, mas apenas dois olhos verdes e brilhantes o encaravam. Sam. Ela tinha feito isso.

— Sam?

— Vá embora. — ela disse com dificuldade. Sua voz estava rouca. Parecia que outra pessoa tinha entrado no seu corpo.

Ele deu dois passos na direção da garota.

— Pensei que conseguisse passar pela à lua cheia.

— Vá embora, Summers! — ela berrou. Não era ela mesma. — Eu vou te matar!

Matthew se aproximou de Sam, ficando bem na sua altura. A híbrida estava sentada no chão, acorrentada e pela a metade da transformação, com a sua boca suja de sangue.

A dor que ela sentia era tão grande que nem conseguia pensar direito. Sam se segurava fortemente para não avançar para cima de Matthew e rasgar a sua garganta. Ela não o machucaria. Até quando estava fora de si não seria capaz de machuca-lo.

— Me mate. — ele a provocou.

— Sai daqui antes que eu...

— Me mate, porra! — gritou. — Você está esperando pelo o que, Watters?! Por algum sinal divino?

Sam quase avançou para cima dele, mas logo depois ergueu a sua cabeça uivando alto. Sua respiração estava ofegante, e o seu coração batia tão rápido que qualquer conseguia ouvir.

— Vaza daqui. — ela disse entre os dentes, com a cabeça erguida e evitando olhar para ele. — Agora!

Matthew estava confuso. Se sentiu separado entre Sam e o governo. Não era algo tão claro, mas ele se sentia realmente assim. Aquela era a oportunidade perfeita de queima-la viva e depois contar tudo para Gordon. Se fizesse isso, eliminaria Ben Jones da guerra e teria mais chances de ganhar.

Mas ninguém ganha uma guerra. Sempre se sobrevive a ela. Sam não merecia sobreviver. Ela era uma monstra assassina, todos sempre diziam isso e ele sempre fingia acreditar, por mais que fosse contra tudo que ele já viu ela fazendo. Matthew precisava matar Sam agora.

Mas ele não conseguiria fazer isso. Nem mesmo depois de todo o sofrimento e mortes que Sam causou. Nem mesmo depois de descobrir que ela bebe sangue como uma vampira inútil. Nem mesmo depois de todos alertarem-no do quanto que ela é uma sociopata e estava o manipulando. Isso iria contra tudo que ele sentia.

— Você não precisa de sangue, Sam. — disse. — Você não precisa de nenhum vício. Quando vai entender isso?

Ela o ignorou.

Ele a pegou pelo queixo com toda a força que pode e virou a sua cabeça para que ela olhasse fixamente nos seus olhos. Sam tentou mexer a cabeça pra que eu não fizesse isso, mas ele estava em uma estranha vantagem. Ela não teve escolha que não fosse olhar fixamente nos olhos dele. Sam nunca fez tanta força na sua vida para não atacar alguma pessoa. Aquilo doía mais nela do que parecia.

— Você consegue, Watters.

— Eu sou fraca. — desta vez parecia que era ela mesma falando. — Eu preciso disso.

— Se eu não preciso, por que você precisaria? — fez a comparação.

— Por que você não usa a droga do seu cérebro e foge? Não seja um idiota, Summers. — Sam disse. — Fuja.

— Porque eu sou um idiota. — disse. — Idiotas não usam o cérebro.

Eles não falaram mais nada.

[...]

Sam estava encarando os dois cadáveres que deixara no chão.

Ela analisava cada centímetro do corpo deles de longe. Se sentia terrível, tão suja quanto um vampiro, mas era um mal necessário. Humanos eram interessantes. Eles a traziam força e poder. Mas o jeito que eles gritavam antes de morrer, o jeito que imploravam... Aquilo fazia Sam repensar muitas coisas.

Ela concluiu que a vida era inútil.

No final, não era realmente necessário terminar essa guerra. Pessoas morrem de qualquer jeito e o mundo sempre continua seguindo em frente. Morte faz parte sempre fez ciclo da vida. Por que mudar isso agora?

Sam balançou a sua cabeça tentando se livrar daqueles pensamentos. Eram estúpidos. Ela viu muita gente sofrendo para simplesmente desistir de tudo porque acha que vida é inútil.

No final ela só era mais uma hipócrita.

— Você está bem? — Matthew perguntou, ao seu lado.

Ele tinha acabado de acordar. Sam mentalmente o agradeceu por isso, porque ela não iria mais aguentar mais um minuto sozinha com seus pensamentos.

— Eu estou. — ela mentiu. — Hã, obrigada por me ajudar na lua cheia.

— Então... O que faremos com os corpos? — ele perguntou meio nervoso.

Um assunto desconfortável ficou entre os dois.

Sam queria berrar o máximo que poderia, queria berrar o quanto era para que ele não estivesse ali e que era pra que ele fugisse para o mais longe que pudesse. Mas ela estaria mentindo se fizesse isso. A híbrida sabia que jamais iria mudar. Ela sabia que jamais iria parar de matar pessoas, e que a qualquer hora ontem poderia ter atacado Matthew. Queria avisá-lo para ir embora, mas também queria ficar com ele. Por que tudo tinha que ser tão confuso? Sam queria estar com ele, mas ela não podia.

Mas de algum modo, ele a ajudou passar a uma lua cheia. Durante seis meses, desde que ela decidiu tomar sangue para ficar mais forte, a lua cheia voltou mil vezes mais forte. De algum modo, Matthew a ajudou naquela lua cheia. Ao menos nessa Sam não se libertou e saiu matando todos.

— Deixe os corpos aí. — ela disse, se levantando do chão. — É melhor você voltar para Gordon.

— Por que eu deveria voltar a Gordon se eu faço parte do seu plano H?

Sam ficou surpresa. Até porque o que ela contou sobre o plano H era apenas a superfície dele.

— Bem-vindo ao plano H, Summers. — ela sorriu. — Você é o primeiro membro da resistência.

— Agora vamos sair daqui. — disse Matthew. — Eu não gosto de ficar, você sabe, olhando para cadáveres. Vai que eles viram zumbis?

— Seu idiota. — Sam disse. — Isso não é The Walking Dead.

— Quem me dera que fosse. — comentou. — Seria bem mais fácil.

Os dois não falaram mais nada. Subiram as escadas no mais puro silêncio e saíram da casa. Sam não condenava mais o silêncio, apenas a presença de Matthew a fazia esquecer sobre os corpos. Dava uma sensação de que ela poderia ser uma boa pessoa.

Assim que saíram da casa, uma visão totalmente diferente da vila apareceu. As coisas estavam pegando fogo. O governo ou os The Owners tinham atacado. Mas o problema é que não era algo recente. Parecia ter sido atacada há horas atrás. Matt e Sam não tinham ouvido nenhum som suspeito.

— Traidores. — Travis disse entre os dentes. A raiva fluía claramente na sua voz.

Travis e Garrett estavam lá, preparados para atacar qualquer um dos dois.

Matthew teve que se segurar para não voltar ao lado do governo.

— O que querem? — Sam disse entre os dentes. — Explodiram a arena de dragões e depois os capturaram. O que querem mais?

— Estávamos procurando pelo o Matthew. — disse Garrett. — Mas pelo o visto ele não resiste a vadias como você.

— Você tem certeza que é um Knight, Garrett? — Sam provocava. — Porque Aaron era infinitamente superior a você. Até o seu sobrinho, Aiden, é melhor do que você.

— Você não tem direito de falar do Aaron. — Garrett disse entre os dentes.

— Eu não tenho direito de falar sobre Aaron Knight? Ele era um herói, Garrett. Ele era algo que você jamais será. — disse Sam. — Lide com isso. Você não passa de uma cópia barata dele.

— Quem é você pra falar sobre cópias baratas? — Travis se intrometeu.

— Eu sou Sam Watters, a híbrida da última dominadora de água dos últimos duzentos anos com uma loba. — Sam respondeu sorrindo sarcasticamente. — E quem diabos é você mesmo? Travis Springs, um perdedor que não domina mais o seu elemento.

— Não vai falar nada, Matthew? — Travis provocou. — A sua putinha está fora do controle aqui.

— Ah, claro, eu vou fazer algo. — Matthew dizia. — Algo tipo queimar o seu rostinho feio. Acredite em mim, ficaria menos pior queimado.

Travis pegou uma adaga e jogou na direção de Sam.

Ele era rápido. Era um dominador, mesmo que tivesse bloqueado o seu elemento, ainda não perdeu as habilidades básicas. Travis tinha o domínio do tempo tanto quanto Sam tinha. Ele tinha esse domínio melhor do que ela.

Sam estava confiante até demais. A calmaria que Matthew a trazia fazia se sentir mais segura. Mas essa sensação a colocava em grande perigo.

Ela sentiu uma grande dor no seu olho direito. Teve que conter um gemido, mas era inútil. Tudo foi rápido demais. A sua visão tinha sido cortada pela à metade. Seu olho sangrava e ela deu um passo para trás. Travis tinha acertado a adaga exatamente no olho esquerdo de Sam. A dor que tomou conta do seu corpo era bem mais forte do que parecia.

Um lobo negro pulou para cima de Travis e o atacou. Matthew não sabia o que fazer e nem sabia de onde o lobo veio. Ele tentou ajudar Sam. Garrett tentou se transformar, mas uma garota magrela e baixinha apareceu do nada e o apunhalou. Ele caiu de joelhos no chão.

Travis não teve escolha que não fosse correr. Ele não dava a mínima para Garrett. A sua vida era mais importante. O lobo tinha mordido o seu abdômen, mas ele deu um jeito de sair correndo. Travis era o verdadeiro covarde da história.

O lobo negro olhou fixamente para Matthew e Sam. Ele era o primeiro lobo com olhos negros também. Se transformou em humano bem na frente de todos. A expressão de surpresa na cara de Matthew era bem clara.

— Aaron? — ele perguntou confuso.

Aaron Knight não o respondeu. Apenas o ajudou.


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Notas finais do capítulo

ISSO MESMO PESSOAS, AARON IS ALIVE! Ou vocês acham mesmo que eu ia dar uma morte tão bosta a ele como eu deu no fim da segunda temporada? rçrçrçrç AQUI SÓ TEM MORTE DIGNA, OK? LIDEM COM ISSO u.u

Okay, capítulo beeeeeem maior do que eu imaginei, maaas, temos tretas + revelações BEM FODAS aqui, não? AHUEAHUEA Agora a moda é ressuscitar gente morta e.e Mentira, o Aaron foi o último morto que na verdade não estava morto e.e

Tivemos Satt o/ E O MATT TENTOU ENGANAR A SAM RÇRÇRÇRÇ ELE NEM CONSEGUE ENGANAR A SAM POR MUITO TEMPO, O COITADO NÃO SABE MENTIR POR TEMPO DEMAIS e.e

Anyway, temos um terceiro time se formando na guerra agora... Mas seria uma PEEEENAAA se a Sam só tivesse dito o básico do plano H, pq o resto desse plano...

Pessoas, espero que tenham gostado :D Comentem aê o que acharam e até o próximo o/



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