As crônicas de Steve escrita por Mand Fireguy


Capítulo 4
Capítulo 4 - Memórias do Fim e do começo


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoal. Consegui, como prometi, postar esse capítulo segunda-feira. E, diferente do que prometi, picotei ele em mais três partes: Não só A Noite Sombria e Memórias do Fim e do Começo, como agora também Memórias de Perseguição e Memórias de Luta. Esse capítulo continua de tamanho razoável, entretanto: Três mil e poucas palavras, padrão que deve ser mantido ao longo da fic: Média de duas mil e quinhentas, três mil palavras por capítulo.
Bem, não vou continuar enrolando vocês nessas notas. Leiam!



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O Enderman estava de pé em um mundo escuro, pisando sobre o solo do Fim, esperando o veredicto final, mas sem grandes esperanças: Se suas suspeitas fossem verdadeiras, aquela seria a última vez que ele pisaria nas rochas do fim.

A grande fera negra de olhos escarlates e majestosa se sentou e bufou, fazendo com que uma rajada de fumaça jorrasse de dentro de suas narinas, inundando a toda a praça com cheiro de queimado.

“Sarson.” Clama a fera. “Você é acusado pelos crimes de Insurreição, Traição, Agressão física à autoridade máxima, representada por meu cavaleiro e de deslealdade à causa.” Anunciou para que todos ouvissem. “Você tem algum último argumento para dizer em sua defesa?” Inquiriu.

“Não, senhor.” Disse o Enderman, Sarson, e sustentou o olhar de Enderdragon. Anos atrás, Enderdragon fora um líder gentil, que pregava que deveriam ser neutros, manterem-se à parte nas guerras entre os humanos e as outras criaturas, ajudando a ambos os lados sem se comprometerem com nenhum, e Sarson fora a favor disso, mas desde recentemente, quando aquele cavaleiro que, apesar de sua aparência ligeiramente humanoide, em muito se diferia de um humano, assemelhando-se mais a um Semideus, em algum lugar entre os mundos acima do Aether nos palácios de Notch e os mundos do Fim, Minecraft e Nether surgira e se aliara a seu amo, Enderdragon começara a se mostrar mais hostil à causa dos humanos, e mudara seu discurso, passando a pregar a inimizade com as ‘feras que por eras os oprimiram e os forçaram a exilar a capital de seu povo naquela ilha, e que mesmo dela pretendiam tirá-los’, Sarson passara a desgostar do mesmo e passara a se aliar a outros Endermen que pensavam o mesmo sobre a situação, com o plano de derrotar o cavaleiro de Enderdragon e tirá-lo do poder, mas, assim que se aliara a um deles, Lucis, este fora correndo delatá-lo ao Enderdragon, inventando mentiras sobre Sarson ter na verdade coagido todos os outros a se aliarem a ele com o objetivo de matar ambos Enderdragon e seu cavaleiro e tomar o poder. Por um golpe de sorte, Sarson conseguira um defensor que conseguira refutar essas mentiras e inocentar os aliados de Sarson, mas ele continuara sendo culpado dos crimes.

“Então você confessa todos os crimes que eu listei?” Perguntou Enderdragon. Infelizmente o cavaleiro de Enderdragon não estava lá para que Sarson pudesse cuspir nele, então ele apenas diz:

“Confesso.”

Enderdragon meneia a cabeça positivamente, com alguma tristeza em seu olhar sombrio.

“É uma pena perder desse jeito um dos meus maiores soldados, e aquele que era meu servo mais leal. Você foi meu braço direito um dia, Sarson.” Disse ele, e então ergueu a voz: “Mas, em nome da lei sou obrigado a proferir sua sentença a partir de agora. Sarson, você está banido de nossos territórios do Fim por tempo indeterminado sob pena de morte em caso de tentativa de retorno. Não permitirei que vá buscar seus bens, eles serão recolhidos em nome da causa. Você tem, começando a partir desse exato momento, trezentos segundos para se retirar do Fim.” Proferiu Enderdragon.

“Cinco minutos? Está louco? Como vou me despedir dos meus amigos e daqueles que são mais próximos de mim?” Inquiriu Sarson. Enderdragon bufou.

“Não me interessa. Você é agora um renegado, não possui mais direitos em nossa sociedade. Está expulso, banido. Tem menos de cinco minutos para sair. Vá.” Outorgou. Sarson deu um passo para trás e engoliu em seco.

“Você não pode...” Disse, em uma última tentativa de evitar a pena.

“Eu posso.” Rugiu Enderdragon. “Sou o líder, ao final de tudo, e você é um subalterno, ou pior do que isso: Não está sob minha liderança, é um invasor no reino. Se não sair, agora em quatro minutos, será executado aqui e agora.” Completa o dragão.

Sarson piscou os olhos de coloração que, diferente do magenta comum aos Endermen em geral, era de um violeta escuro e tênue, ligeiramente azulado. Ele suspirou.

“Tudo bem. Se é assim que você quer, então que assim seja.” Disse ele, e começou a reunir energia para atravessar a barreira entre as dimensões. Uma aura negra e púrpura começou a se formar ao redor do mesmo, como um gás atraído por ele, girando ao redor de seu eixo.

Enderdragon rosnou com a resposta, mas nada mais falou durante mais alguns segundos, até que disse:

“Você tem três minutos para sair, ou morrerá.”

Sarson desapareceu, acelerando acima da velocidade da luz até rasgar os tecidos de tempo e espaço e atravessar as barreiras entre as dimensões.

Sarson reapareceu em um continente, em uma península próxima do mar. Não perdeu no início tempo pensando sobre seu exílio, destino que agora teria de enfrentar, possivelmente para o resto de sua vida, mas estava exausto e, quando uma onda de treze metros partiu da praia e se avolumou, vultosa acima do mesmo, ele não fez mais do que se desmaterializar com um ruído de sucção, reaparecendo cem metros dali, perto de uma ravina, aonde sentou com as pernas pendendo pelas rochas. Mesmo com a grande distância do teletransporte, algumas gotículas de água pura ainda vieram a tocar suas costas, fazendo-as arder, mas ele ignorou e ficou apenas encarando o local abaixo dele, aonde aparentava treinar um humano. Vestido com uma simples camisa verde azulada e calças jeans azuis, ele treinava golpes contra um saco de areia, de couro, pendurado sob uma rocha dez metros acima, com movimentos de um estilo fluido. Um dia sua maior preocupação fora com a destruição que humanos e as outras criaturas mágicas poderiam causar uns aos outros com suas habilidades e poderes, mas agora ele de certa forma torcia para que o poder dos humanos aumentasse cada vez mais, pois iriam precisar dele caso algum dia o cavaleiro de Enderdragon ou o próprio resolvessem sair de seu esconderijo.

Sarson estava pensando a respeito disso quando um esqueleto e um Creeper se aproximaram por trás do mesmo.

“Ei, Enderman.” Disse o esqueleto. “Quer se unir a nós? Estamos pretendendo matar esse humano também. Ele mora perto desse local, mas é claro que para lá tem vários humanos armados, e seria arriscado se aproximar. O que acha de atacá-lo aqui?” inquiriu. O Enderman lançou um olhar de desafio, percorrendo os olhos de todos eles, com um olhar que dizia claramente que ele não se importava o mínimo com eles.

“Não irei. Não luto ao lado de ninguém. Sou neutro às suas guerras inúteis, esqueleto.” Disse. O Esqueleto o encarou de volta.

“E por que não? Está traindo a causa?” Diz, e ergue o arco. “Eu posso executá-lo agora, pela sua lei, se lembra?” Inquire ele, com desdém.

“Sou um renegado.” Disse ele. “Não me preocupo com as leis de vocês.” E olhou novamente nos olhos do esqueleto e do Creeper. Um trovão se fez ouvir, todos os mortos vivos e monstros mágicos que podiam ver aquilo souberam naquele momento que um grande confronto estava para começar.

A cultura de duelos dos Endermen tem base nas habilidades – e vulnerabilidades – psíquicas dos mesmos. Os Endermen possuem, além da habilidade de teletransporte que foi a primeira a ser reconhecida pelos humanos, habilidades psíquicas, como a telepatia, conseguindo ler os pensamentos de um ser com o olhar, e sendo, entretanto, vulneráveis à leitura de seus sentimentos por qualquer criatura que olhe-os diretamente nos olhos. Pelas questões de ética e privacidade levantadas por isso, a cultura e costumes dos Endermen dizem que não se pode olhar nos olhos de outra pessoa a não ser que se possua completa intimidade com a mesma, sendo – não parentes, pois os Endermen não possuem relações consanguíneas – mas seus maiores amigos e companheiros. Olhar nos olhos de um Enderman é, portanto, considerado para eles uma afronta, uma invasão da privacidade da mente que é, para os mesmos, o maior santuário que um ser dotado da mesma possui, e o último lugar que deve ser invadido do mesmo. Por conta disso, quando Endermen olham nos olhos de alguém, a desafiam para um combate, não somente uma batalha, porém um duelo até a morte e o mesmo interpretam de quem os olha no fundo de seus olhos.

O esqueleto, percebendo isto, rapidamente saltou para trás, sacou seu arco e puxou uma flecha, apontando-a para Sarson, mas seu amigo Creeper foi mais rápido, se aproximando por trás do mesmo e emitindo o sibilo grave de um pavio curto queimando.

Mas foi tarde demais. O Enderman desapareceu da frente do Creeper, materializando-se atrás do mesmo, onde moldou suas mãos semimateriais para que se tornassem afiadas e fincou, atravessando camadas de tecido adiposo, carne e mesmo o invólucro de pólvora no interior do mesmo, posto entre duas camadas de tecido adiposo como um colete explosivo natural, e penetrou sua mão até encontrar o músculo cardíaco pulsando em sua mão, e então o arrancou com um golpe enérgico, revelando em suas mãos o coração sujo de sangue e pólvora do Creeper, que caiu para dentro da ravina, atravessando os cinquenta metros antes de cair pouco a frente do humano, que olhou para cima, mas não viu o esqueleto ou Sarson. Sarson em seguida virou-se para o esqueleto e, antes que este pudesse atirar nele uma flecha, golpeou o arco com o punho, estilhaçando-o e prosseguindo em um golpe com o cotovelo, que esmagou as falanges do monstro ósseo, impedindo que ele pudesse atacá-lo apenas com a flecha.

Sarson avançou diversos passos na direção do esqueleto, que recuava a cada passo que ele dava.

“Você não irá matar o humano.” Disse o Enderman sonoramente. O vento frio noturno soprou com força e um trovão se fez ouvir, anunciando uma tempestade, mas Sarson ignorou.

“S-sim. Eu prometo. Juro por Herobrine.” Disse o esqueleto, recuando mais alguns passos.

“E irá fugir daqui ainda hoje, no mesmo navio em que veio, de volta para seu lar, qualquer que seja ele.” Disse o Enderman.

“S-sim, certo. Irei apenas avisar os meus parentes e sair...” Respondeu o esqueleto.

“Não.” Disse Sarson. “Você irá embora agora, e tem cinco minutos para sair dessa península, ou irei matá-lo.” Disse ele com ódio. Estava com raiva, e precisava descontar em alguém.

“Mas, meus parentes... Você não pode simplesmente me expulsar assim!” Disse ele.

“Eu posso e farei. Vá. O tempo já está correndo. Restam apenas quatro minutos, ou irei te matar.”

O esqueleto engoliu em seco.

“Certo.” Disse friamente. ”Eu irei.” Completou, e saiu andando dali. Sarson pôde ver nos traços dele os mesmos que pensava que viram em seu rosto quando saíra do Fim, e quase se arrependeu do que fez, mas o sentimento logo passou. Ele olhou novamente para o humano que treinava e, para evitar que algum ser o atacasse, se teletransportou para o fundo da ravina, reaparecendo ali com um ruído de sucção. Esperava que ele não percebesse mas, talvez por algum descuido do mesmo, talvez pelo treinamento rígido de guerreiro que o humano recebia e talvez pelas duas coisas, ele notou e sua pele ficou pálida, então ele jogou a espada de treino no chão e sacou outra de aço azulado de uma bainha nas costas, ao mesmo tempo em que se virava para encarar o Enderman nos olhos.

“Seu monstro...” rosnou ele, com fúria inexplicável, e ainda mais pelo fato de Sarson jamais ter matado humano algum, e saltou sobre ele com a espada.

O Enderman se teletransportou para cinco metros de distância, e encarou o humano nos olhos.

Eu não quero lutar, disse em sua voz telepática, mas o humano pareceu ignorar a mensagem, tivesse ouvido ou não a mensagem passada, e correu na direção dele com a espada em punho. Sarson modelou seus braços semimateriais, tornando-os mais rígidos do que diamante, e passou a bloquear todos os golpes com suprema eficiência, liberando um jorro de faíscas da espada de aço ao colidir contra ela para bloquear um golpe de cima para baixo. O humano apenas pareceu se enfurecer ainda mais, e se lançou em mais uma enxurrada de golpes ainda mais rápidos que os anteriores.

O jogo durou por aproximadamente cinco minutos de golpes, facilmente bloqueados e evitados por Sarson, mas depois de certo tempo ele começou a se cansar e, não disposto a se deixar atingir por algum golpe do humano, ele deu um soco com toda sua força contra a espada de aço, estilhaçando-a em dezenas de pedaços com a tamanha potência do impacto do golpe.

Quando isso aconteceu, Sarson pensou que o humano fosse ficar amedrontado e correr, e de fato sua face revelou puro terror quando os estilhaços caíram no chão, e ele se ajoelhou na rocha, observando os cacos da espada. O Enderman observou enquanto ele os unia, como se pudesse juntá-los e reaver a espada inteira, novamente se arrependendo do dano que causara ao esqueleto, e agora também desolado pelo impacto emocional causado no humano pela simples destruição de um utensílio cortante de liga de ferro e carbono, uma reles espada que, ele imaginava, não poderia ter ligação alguma real com o passado e identidade de alguém.

Mas, aparentemente, tinha.

Nisso, o humano correu na direção oposta de Sarson, e foi até onde estava treinando, ao que ele imaginou que iria correr e fugir de volta para sua casa, mas ele ao invés disso pegou duas espadas de pedra e voltou correndo e agora gritando para atacar o Enderman.

Sarson se teletransportou para perto de seu oponente e tornou rígidos os seus braços, em seguida golpeando com eles contra a ponta de uma das espadas, estilhaçando-a na mão de seu adversário, que saltou para trás para evitar os estilhados e então saltou para frente descendo a espada em diagonal contra seu pescoço, ao que ele segurou a lâmina e tentou soltá-la para em seguida se teletransportar levando-a consigo.

O objetivo era desarmar o humano, fazer com que ele fosse obrigado a recuar com armas, e conseguiu retirar a espada das mãos do mesmo, mas, assim que iniciou o teletransporte, este se jogou sobre Sarson e segurou uma das mãos do mesmo enquanto Sarson deformava a matéria de seu corpo e se movia acelerando acima da velocidade da luz.

Sarson se materializou embaixo de um trecho de rocha e terra que rígidos formavam uma ponte que unia em um trecho curto os dois lados da ravina. A espada de pedra, com a qual o Enderman não se preocupara com a integridade ao se locomover, rachou por ser incapaz de suportar a deformação causada enquanto era acelerada sem o cuidado necessário e quebrou no meio, sua metade da frente caindo no chão.

Ao humano, foi causado um estrago semelhante. O jovem gritou e agarrou seu pulso, caindo de joelhos enquanto pressionava o corte aberto sobre o mesmo, do qual jorrava sangue. Um ombro parecia estar deslocado, e ele aparentava ter luxado a perna esquerda.

Os Endermen, por mais que geralmente levem os humanos a pensar que não, o que é falsamente provado pela ineficácia das Ender Pearls, órgão próximo ao coração dos mesmos e que os permite dobrar o tecido de tempo e espaço para acelerar acima da velocidade da luz e realizar seus teletransportes e que permite aos humanos, após arrancá-los, se concentrar neles e em seguida jogá-los em algum lugar para se teletransportar até eles, de mantê-los intactos com o teletransporte, são capazes de locomover humanos de um lugar para o outro sem feri-los. Isso os deixa mais cansados e precisam ser cuidadosos para preservar o corpo dos humanos e mesmo outros objetos que, diferentemente dos próprios Endermen, não são semimateriais, e portanto não são capazes de suportar teletransportes brutos sem cuidados, geralmente utilizando para se mover de uma dimensão para a outra portais, que agem com magia poderosa ‘recodificando’ a matéria de seu corpo para suportar o deslocamento e se adaptar àquela dimensão.

No caso, entretanto, Sarson ao se teletransportar não planejava preservar a espada de pedra, ainda mais rígida e suscetível, portanto, às mudanças e deformações no universo do que o corpo do humano, tendo apenas se deslocado como faria normalmente para ir de um lugar para o outro naquela dimensão, e desse modo terminou por ferir gravemente o humano, causando um corte no pulso que poderia ser fatal.

O humano se lançou ao chão, gemendo com a dor do corte e dos outros ferimentos. Apertou o pulso com toda a força, fazendo sua mão ficar pálida pela baixa circulação. Seu corpo todo estava ficando pálido pela perda de sangue.

O Enderman encarou-o fixamente nos olhos, preocupado.

Deixe-me ajeitar isso, pediu.

“Não! Me deixe em paz! Saia daqui!” Gritou. Subitamente, começou a chuviscar.

Eu posso lhe ajudar com isso, disse Sarson em sua voz telepática.

“Saia daqui, monstro!” Gritou o humano.

Sarson se irritou, mas, diferentemente do que fizera antes, não foi agressivo com o humano com o sentido de lhe ferir. Com outro fim, embora com meios que poderiam ser utilizados de forma semelhante, convocou todo o seu poder psíquico e uma aura roxa envolveu o humano. Ergueu-o no ar com telecinese e fez com que seus braços e pernas se afastassem ligeiramente, ficando os braços paralelos ao tronco, as palmas das mãos voltadas para frente. O pulso do humano jorrou mais sangue. Era difícil mantê-lo parado no ar com suas tentativas constantes de escapar e se mover, que não lhe rendiam mais do que um centímetro de movimento, mas Sarson fez o melhor possível.

“M-me solte...” Disse o jovem, com puro pavor, pensando que o Enderman iria matá-lo.

Sarson caminhou em passos lentos para a frente, aproximando-se do humano. Quando finalmente parou a meio metro do humano, ergueu uma mão até o ferimento do pulso e uma aura envolveu o corte.

Como em um filme em fast-forward, o corte no pulso do jovem curou-se em questão de segundos. Primeiro, o sangue coagulou apesar do jorro rápido que saía dali, então uma casca de ferida se fez, selando o corte, e a artéria se fechou por baixo dela, então, quando a pele começou a regenerar-se por cima da casca, o Enderman interrompeu a cura. Apesar de tudo, ainda queria dar ao humano uma lição, e deixou a cura incompleta nesse ponto, para que o resto se curasse lenta e vagarosamente. Sarson soltou o humano.

O jovem caiu no chão de joelhos, torpe pela perda de sangue, e passou alguns momentos vendo o corte parcialmente curado. Quando enfim abaixou os braços, estes tremendo, ele virou o pescoço até o lugar onde estava a espada de aço quebrada, e foi até ela.

Sarson observou enquanto o humano coletava os fragmentos da espada e guardava em uma mochila, que colocou nas costas.

“Eu vou matar você.” Disse, e saiu do local.

Sarson se teletransportou, com um ruído de ar sendo sugado.


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Notas finais do capítulo

Obrigado por lerem esse capítulo, galera. Espero que tenham gostado, mas não se empolguem muito: No próximo, a tensão aumenta, e no seguinte a ele, ainda mais. Prometo que não separo o sexto, Memórias de luta, em outro. :3
Bem, fiquem com algumas cenas do próximo capítulo, memórias de perseguição:
“Por que você está me perseguindo?!” Gritou ele para o Enderman, Sarson, à sua frente.
Você precisa parar com isso. Pode ter conseguido matar trezentos, mas já está cansado e ferido, e quantos deles você conseguiria matar antes que se exaurisse e eles o matassem com suas flechas?
Steve ignorou a parte da preocupação do Enderman.
“Parar com o quê? Eles invadiram nossos territórios em primeiro lugar! Desde o começo, lutamos em defesa!” Respondeu Steve.
Não interessa. Tudo isso pode ser resolvido diplomaticamente. Você precisa parar de matar aqueles que são seus irmãos, Disse o Enderman novamente.
“Diplomaticamente? Eles são monstros! Irmãos? Um dia eu tive um irmão. Ele foi morto por monstros como você. Por monstros da sua espécie! E agora eu vou matar você!” Berrou Steve, e pôs a espada em punho.


Até lá! :3