Laços- Pequena Faísca escrita por A OLD ME


Capítulo 25
Eu aceito as consequências


Notas iniciais do capítulo

Ooooooe eu sou olaff... não pera... vamos a leitura...



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O trem finalmente para na estação e Effie encaminha Gregor e Emily até a Ala de preparação. Pego minha mochila me dirijindo até as portas do trem, as pessoas começam a gritar para mim e me mandam beijos, papai para ao meu lado e me estende a mão eu a seguro e seguimos até o elevador. Enquanto vamos passando entre as pessoas da capital sinto meu pai me puxar pra perto dele desconfortavel com a atenção que eu recebo. Logo os gritos mudam de mim para alguém proximo que de repente me surpreende colocando tocando minha cintura. Olho para a pessoa e é Finnick. Eu o abraço me soltando de meu pai e ouço o povo colorido da capital berrando em nossa direção, Finnick solta uma risada percebendo meu encomodo e me oferece o braço como um cavalheiro. Eu aceito e nos encaminhamos para o elevador.

– Oie Lindsey – diz ele finalmente.

– Oi Finn estava com saudades.

– Jura nem parecia, você estava recebendo tanta atenção. Alias está linda! – ele fala piscando para mim.

– Obrigada Odair... Você até que não ta mal. – digo rindo e ele me empurra pro lado com o ombro. Chegamos ao andar dele e o elevador para.

– Até o desfile?

– Até lá – digo beijando a bochecha dele.

Continuo em silencio enquanto o elevador segue subindo até o 12º andar até que meu pai quebra o silêncio.

– Sabe que estou aqui ainda, não é?

– Claro que sei pai. – ele ergue uma sombrancelha – O que foi? Tem algo errado?

– Não não nada. Está tudo bem! – mesmo ele falando isso sinto que tem algo estranho.

O elevador chega ao nosso andar e vou logo me atirando no sofá mas uma Effie escandalosa entra na sala gritando para que eu não amasse o cabelo e o vestido pois terei um encontro com Cinna em uma hora.

– Mas já? – digo fazendo biquinho – Sabe eu quero ver Cinna mas estou cansada.

– Ah querida mas ele já está vindo vamos almoçar juntos. Então comportesse e não desarrumesse.

– Tá bom então – digo me arrumando no sofá – melhor assim?

– Perfeito querida!

O dia passa e já estou entediada ainda faltam três horas para o desfile então vou tomar um banho, vou até o banheiro do meu quarto e coloco a banheira para enxer. Passai o almoço com Cinna que me contou como seria o ensaio e que preparou uma seleção de roupas para mim para toda minha estadia na capital. Depois o proprio tirou fotos minhas no terraço com o primeiro vestido que usei para ver como eu me sairia. Entro na banheira e fico ali relaxando por quase uma hora. Assim que saio da banheira percebo meus dedos murchos. Coloco um roupão e volto ao quarto para pegar uma roupa me surpreendendo com um Finnick sentado na minha poltrona branca perto da janela.

– Meu Deus Finnick!- grito olhando para ele – Quer me matar do coração? – ele me encara tentando entender mas logo desvia o olhar e percebo que é porque estou só com o roupão de banho.

– Desculpa eu queria falar com você... – ele diz se levantando e passando por mim sem me olhar, eu o seguro no braço fazendo ele parar. – Deixa não é... Eu achei que. Esquece nos vemos depois .

– Finn... – eu grito mas ele já está fechando a porta atrás dele.

Ele veio ao meu quarto, não falou nada com nada e me deixou sozinha sem uma explicação... O que está havendo com todos esse ano? Sento-me na cama percebendo um embrulho do meu lado com uma carta em cima.

“Querida Lindsey, como eu havia prometido uma roupa para cada evento, achei que esse rosa combinaria com você, sugiro o cabelo solto, seu cabelo natural é lindo, hoje será a coroa de flores novamente, que deixará você com uma cara angelical. Espero que goste!”

Abro o embrulo e lá estão o vestido rosa escuro, diferente do vermelho de mais cedo esse é totalemente rosa exceto pela pedraria em preto que formam um laço na cintura, o sapato é da o contrario do vestido, preto com pedras rosas formando uma linha lateral que vai da parte externa do salto ao bico, a coroa tem flores rosas dessa vez é diferente porque as flores nelas são orquideas vivas, entendo que o diferencial da vez é esse ela só será usada uma vez.

Me visto pacientemente e me encaminho para sala onde encontro uma Effie gritando com meu pai.

– Nossa Haymitch poderia ser um pouco mais agradecido. Ele só quer o melhor para ela, Cinna é de minha total confiança. Nunca faria nada que colocasse ela em perigo. Confie em mim, me afeiçoei muito a Lindsey. – eles estão falando de mim. Então é isso meu pai está se preocupando em eu chamar atenção.

Bom desde que Finnick ganhou a dois anos atrás, a atenção em mim que antes já existia só aumentou pelo fato de sermos muito proximo e como eu sempre venho a capital e mantenho muito contato com os outros vitoriosos isso não facilitta e deira meu pai mais preocupado a cada ano. Esse ano completo 12 anos o que significa que ano que vem já estaria apta para a colheita.

Chego perto deles a a discussão sessa, suas fisionomias mudam e os dois me elogiam. Nos encaminhamos para o local do desfile para encontrar Emily e Gregor.

Quase todos tributos já estão lá e os mentores vem chegando. Me aproximo de Gregor mas Emily ainda não chegou. Ele me ccomprimenta e elogia e eu faço o mesmo. Gregor está com um macacão preto muito colado no corpo e um sinto ridiculo e desnecessario com uma lanterna. Ao longe avisto Finnick e vou ao seu encontro ele percebe e me encara mas sou parada por alguém que puxa minha mão.

– Não comprimenta mais mocinha! – Diz Wiress fazendo cara de chatiada. Beetee está atrás dela com um sorriso raro em seu rosto.

– Tia Wiress – digo abraçando ela e Beetee – tio Beetee! Estava com saudades de vocês!

– Eai o que faremos para seu aniversário de DOZE ANOS ! – ele fala enfatizando a palavra doze – é uma data importante!

– Não sei acho que o de sempre, café da manhã no terraço! – Finnick está indo em direção ao elevador e antes que eu possa ir atrás dele o elevador se fecha- Eu vou falar com tia Mags vejo vocês depois.

– Tia Mags – falo abraçando ela. – Onde Finnick foi? Ele está bem?

– Finnick está indisposto, foi para seus aposentos. Você pode passar lá depois, ele gostaria de ve-lá. Ele foi ao seu andar mas você estava no banho. – ele me viu mas fugio sem explicações. – Mas creio que você ainda tenha que dar um pouco de atenção aqui não é? Aliás esta linda!

– Obrigada. – sorrio para ela e volto para onde então Gregor, meu pai e agora os estilisas e Emily também.

Fico alguns minutos com eles mas estou inquieta demais então antes que o desfile começe eu vou para o andar de Finnick. Bato na porta do quarto dele e logo ele me atende. Seus olhos vermelhos o denunciam, ele estava chorando embora tenha tentado esconder. Eu o encaro mas sem dizer nada ele vira as costa e volta pra cama. Eu o sigo e me sento ao seu lado.

– Finnick, o que aconteceu? Está me deixando preocupada! – ele continua em silêncio. – Finn eu to aqui, fala comigo. Você confia em mim, não é?

Ele não fala nada mas sua reação fala por si só pois ele ponhe a cabeça no meu ombro e começa a chorar. Eu o abraço e tento acalma-lo, vendo que não dará em nada apenas fico em silencio o reconfortando e deixando que ele ponha tudo para fora.

– Lindsey eu estou perdido. Não sei o que fazer...- ele fala choramingando.

– Finn fica calmo e me conta o que está acontecendo.

– Não posso, você não vai entender, e não é problema seu mas é que eu confio tanto em você, na verdade você e Mags são as unicas que eu posso confiar. – ele diz olhando firme para meus olhos.

– Finnick pode falar. Lembra? Eu estou aqui, sou sua amiga é pra isso que estou aqui! Que amiga eu seria se não tentasse te entender?

– Eu não sei ...- eu o olho reprendendo-o – tá é que Lindsey você é jovem e isso é... constrangedor... além de assustador e repugnante.

– Fala!

– Você lembra que quando ganhei o Presidente pediu para falar comigo?- eu confirmo e ele continua – Ele me chamou hoje assim que cheguei novamente, e bom ele disse qual o favor que queria de mim.

– E o que é?- eu pergunto ainda sem entender.

– Ele quer me... vender. – ele fala e um silencio se instala, não entendo direito e ele percebe minha confusão – Ele que me vender... para as pessoas da capital. Simplesmente que que eu seja um objeto que os outros alugam usam e devolvem – ele praticamente grita atropelando suas proprias palavras e eu começo a entender.

– Finn... – ele desvia o olhar mas eu puxo seu rosto para que fique cara a cara comigo. – Você está dizendo que ele quer... quer obrigar você a ... – é estranho falar isso, obvio que sou nova mas não sou idiota – ele quer que você durma com pessoas daqui? – ele me olha com certa vergonha e confirma com a cabeça. Lagrimas escorrem violentamente e logo ele está chorando em meu ombro novamente, ficamos ali encostados na cabeceira da cama por varios minutos até que quebro novamente o silencio.

– Finnick, eu sinto muito por isso.

– Ele disse que ainda sou novo e ele não pode encontar em mim ainda. Mas farei dezessete em pouco tempo então ele me deu três meses para me preparar e disse que voltarei para capital no fim dos três meses para meu primeiro “Cliente” – ele fala com odio na voz – Lindsey eu não deveria estar te contando essas coisas. Sinto muito. Você pode correr pedigo se descubrirem eu... eu.. sou um idiota. Me perdoa? Por favor.

– Deixa de ser idiota! Eu sou sua amiga, é claro que você tem que me contar, ninguém tem que passar por algo desse tipo sozinho. E todos sabem muito bem que já corro perigo desde que Haymitch me adotou, sei as consequencias da vida que tenho e as aceito, tanto que me preparo para possiveis acontecimento...

– Não fala isso! Você não vai para lá! Não vai para arena!

– Ei, Ei, ei... você é a preocupação agora...- eu falo acariciando seu rosto.

– Como você consegue? – eu o olho tentando enterder a pergunta – Como consegue ser tão madura? Você só tem onze anos...

– Doze praticamente – ele revira os olhos – Finn eu cresci nisso, perdi meus pais muito cedo, fui adotada por um vitoriosos, vim para capital, sou observada desde cedo, sei que isso me trará consequencias, acho que nunca fui uma criança normal. Assim como meu pai me protege eu o protego e cuido dele, sei as marcas que ele tem e são as mesmas suas. Eno sempre diz que eu tenho minha propria maneira de compreender o mundo, meu proprio manual de sobrevivencia, ela diz que eu me adapto as situações melhor que qualquer um e dos meus medos e dores ganho força. Acho que é uma verdade, nunca fui uma criança normal.

– Você é especial! E eu te amo por isso, agradeço todos os dias por poder te-lá e digo com orgulho que é minha melhor amiga.

– Eu e Annie! – lembro a ele.

– Ah, como contarei isso a Annie? – ele fala quase sussurrando.

– Não contará! – digo mais que rapido e ele me olha com curiosidade – Finnick, contar a mim que já sou praticamente condenada é uma coisa, Annie não tem nada haver com isso além uma ou duas aparições como sua amiga do distrito. Contar a ela seria colocalá em risco.

– Você está certa, não posso por as duas em risco. – ele concorda cabisbaixo.

– Ei, eu to aqui sempre e não se preocupe comigo, vamos vem – digo me levantando da cama – Vem logo você precisa comer algo – ele faz uma careta mas eu o repreendo – Anda logo Odair.

Saimos do quarto dele, Finn com o braço em meu ombro e eu abraço sua cintura. Nos deparamos com Mags e meu pai na sala que automaticamente viram para nós.

– Pai o que faz aqui?

– Mags avisou que você provavelmente estaria aqui...

– Vocês estão aqui a quanto tempo? – Finnick pergunta por sua vez.

– Já faz uns 15 minutos Finnick ... – diz Mags

– E os tributos?

– Já foram durmir... Haymitch está aqui a quinze minutos mas o desfile já acabou a duas horas. – ela completa.

– Então é melhor mesmo comermos algo!

– Não mocinha, você vai voltar pro nosso andar porque está tarde e Enobaria vai te buscar cedo amanhã.

– Mas pai... – ele me olha serio e então entendo que não haverá discussão.

– Finn, amanha nos vemos ok? – ele confirma – Você vai ficar bem? – eu o abraço.

– Vou sim, graças a você! Obrigada Lindsey!

– Não tem o que agradecer... Boa noite.

– Boa noite pequena! – ele fala e beija o topo da minha cabeça.

– E ve se come alguma coisa – grito antes que a porta do elevador se feche.

– Pai o que aconteceu?

– Eu que perguntou.. passou três horas com Finnick no quarto dele... Lindsey confio em você mas...- ele para e entendo o que ele está falando, está com ciumes. – olha temos que por limites nisso.

Saimos do elevador e sentamos na sala.

– Pai, sem neura, Finnick é meu amigo, não é com ele que você tem que se preocupar- eu falo percebendo a bobagem que fiz, ele logo me olha questionando e sei que agora tenho que responder. – Bom é que pai... ai é estranho falar disso com você...

– Porque?- eu levanto uma sombrancelha – tá já entendi mas pode falar comigo querida e também me sinto desconfortavel com o que você acabou de dizer.

– Vamos fazer assim... a gente come algo ai eu mostro uma coisa pra você sem você me fazer perguntas? – pergunto sorrindo.

– Você não quer mesmo falar disso não é?- eu não o olho – Sei que isso seira algo a se discutir com uma mãe...

– Pai para – eu falo com lagrimas nos olhos – Você me deu tudo que eu poderia imaginar inclusive uma mãe, não uma mas varias, tenho Enobaria, Mags, Wiress, Effie. Graças a você eu ganhei uma chance de ter uma familia novamente, de ser feliz, podia ser eu no lugar de Emily, mas você me salvou – eu não aguento e pulo nos braço dele e ficamos ali sentados, chorando, mas de felicidade por saber que temos um ao outro.


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