Obsession escrita por Desconhecida


Capítulo 17
Capítulo 17




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Senti meu corpo protestar como se soubesse que aquilo era uma péssima ideia, mas quem disse que eu estava disposta a interromper? Ele empurrou de leve minha cintura fazendo assim com que entrássemos na sala, fechou a porta atrás de si e continuou a me beijar. O beijo que antes era calmo ia se tornando aos poucos desesperado, sua mão percorreu pelo meu corpo passando do quadril para as coxas e eu, que já não estava nem um pouco ciente das minhas ações, tirei sua camisa a tacando longe. Não resisti de cravar minhas unhas em suas costas ao sentir seus beijos descerem dos meus lábios para meu pescoço.

– Dylan... – Disse tentando soar firme, mas parecia que estava cedendo mais.

Ele ignorou meu chamado e ao invés de diminuir sua intensidade me encostou contra a bancada me colocando sentada.

Afastei de leve meu rosto para que pudesse olha-lo, mas assim que fiz me arrependi, pois seu rosto estava coberto de malícia e eu não podia resistir contra aquilo.

Ele sorriu galanteador, como sempre e me encarou.

– Se você quiser eu paro – Soltou um riso travesso.
– Cala a boca. – Rolei os olhos e o puxei.

O prendi entre minhas pernas e o beijei novamente. Senti sua boca curvar em um sorriso involuntário, o que me fez o querer ainda mais. Eu sabia que de manhã eu me julgaria até o último fio de cabelo, sabia que aquilo ia dar errado.

Ah, me perdoem pelo o vocabulário, mas eu ia me permitir ligar o foda-se.

Dylan me pegou no colo e me levou até o quarto, escondi meu rosto em seu pescoço o mordendo e deixando pequenas marcas vermelhas.

– Assim você vai me deixar maluco – Ele riu.
– É? – Sorri maliciosa e continuei com os beijos até morder o lóbulo de sua orelha.
– Você não presta.
– Eu né? – Ri

Ele me tacou na cama fazendo com que eu soltasse uma risada ainda mais alta e veio para cima de mim.

– É, você tem razão, eu sou muito pior – Disse sério, mas com um ar divertido.

Senti meu coração disparar novamente, não faltava muito para que eu tivesse uma parada cardíaca. Tudo tinha voltado à tona, os beijos, as mordidas e as respirações pesadas, minha blusa já tinha ido embora há muito tempo junto ao meu sutiã. Não tinha mais como fugir, nem se eu quisesse... Mas eu não queria mesmo.

Acordei com um freixo de sol em meu rosto, tudo ainda estava muito confuso e até onde eu lembrava não tinha tido nenhum tipo de bebida alcoólica envolvida, logo, não entendi muito bem o porquê do cansaço. Quando fui virar para ver a hora percebi que tinha um braço envolta da minha cintura, ah, é verdade.

Mordi de leve os lábios lembrando do acontecimento de ontem a noite e percebi que tinha duas opções:

1 – Ser fofa e aproveitar enquanto podia.
2- Ser grossa e expulsar ele antes que a situação piorasse, se é que era possível.

Ainda indecisa, consegui virar para poder observá-lo enquanto dormia, ele mantinha uma expressão leve e prazerosa. Aproveitei para memorizar os detalhes do seu rosto, apesar de parecer um pouco psicopata da minha parte, fiquei contando, distraída, as pintas que ele tinha espalhadas pelo seu rosto e ombros, mas antes mesmo que eu pudesse disfarçar minha sociopatia ele abriu olhos, ainda cansados e sorriu.

– Bom dia. – Disse
– Bom dia – Falei sem saber qual reação deveria ter.
– Dormiu bem? – Falou passando a mão que antes se encontrava em minha cintura pelo meu rosto.
– Aham. – Disse confusa. – E você?
– Também...

Ficamos em silencio, nenhum de nós sabíamos o que iria acontecer. A minha maior dúvida era saber se aquilo tinha sido apenas uma recaída, um momento ou se deveríamos prolongar, pra ser mais sincera eu não sabia nem o que eu queria.

– Eu também. – Ele disse olhando em meus olhos.
– Também o que? – Falei sem saber ao que ele se referia.
– Ontem a noite, antes de você pegar no sono... – Disse um pouco rouco – Você falou uma coisa e eu to te respondendo que também.

Que merda que eu falei ontem?

– O que eu falei ontem? – Arregalei os olhos
– Você não lembra?
– Não, eu devia estar muito cansada – Dei de ombros

Não sei o que foi que eu disse que fez com que ele abrisse um grande sorriso.

– Cansada né? – Riu
– Ah Dylan – Rolei os olhos rindo – Sério?
– Você que disse – Sorriu e puxou meu rosto contra o seu me dando um selinho.

Ele se levantou e minhas bochechas coraram um pouco ao se deparar com seu corpo.

– Você se incomoda se eu tomar banho aqui?
– Não... – Falei um pouco perdida.
Eu não sou nenhuma tarada, ok? Só que por alguma infeliz razão eu não conseguia parar de observá-lo.
– Pode olhar – Riu – Eu sei que sou irresistível.
– Você é idiota, isso sim – Disfarcei minha timidez levantando enrolada no lençol.

Ele apenas riu e entrou no banheiro.

Suspirei completamente sem graça, o que eu tinha feito? Caminhei até o espelho que tinha na porta do meu armário e ao abrir me deparei com uma Clara descabelada e com um sorriso besta na cara. Desde quando eu to com esse sorriso idiota? Ah Deus.

Balancei a cabeça em protesto contra meus próprios pensamentos, eu me preocupo demais...

Peguei uma toalha no armário, trocando o lençol pela mesma.

Entrei no banheiro, já que ele tinha deixado a porta aberta.

É, isso mesmo. Deixem-me em paz

– Posso me juntar? – Sorri

Ele me olhou surpreso.

– Nossa Clara, eu não conhecia esse seu lado – Riu
– Se não quiser é só falar – Dei de ombros – Só quero me adiantar mesmo pra poder me arrumar...
– Aham, sei – Riu – Tenho certeza de que isso vai apenas nos atrasar.

Sorri divertida e entrei no chuveiro.


Header não parava de me tacar almofadas e travesseiros.
– Não acredito! – Gritou
– Não fica brava! – Ri.
– Brava? Por que eu ficaria brava mulher? – Riu – Eu tenho que confessar que fiquei um pouco preocupada, mas quer saber, eu to escutando um coro de aleluia porque vocês eram pra ter acontecido desde o inicio.
– Sei lá... – Dei de ombros – Eu não sei o que a gente é.
– Não se preocupa com isso cara, deixa rolar, o importante é que vocês estavam querendo matar essa vontade há muito tempo. Talvez não seja nada sério e se for também, que se dane! – Disse feliz.
– Por que você tá tão feliz por mim? – Ri
– Porque eu sei o quão mal você ficou por inúmeros motivos envolvendo ou não a ele, ano passado foi um ano difícil, eu te vi chorar, ficar nervosa, querer desistir de tudo, mas eu sempre te disse que as coisas iam melhorar né?
– Sim... – Concordei sorrindo – Você sempre me ajudou. – A abracei
– Tá. – Disse retribuindo o abraço – Agora, para com essa mela calcinha e vai se arrumar pra sua entrevista.
– Você é chata hein, sua insensível – Bufei me levantando e indo escolher uma roupa no armário.
– Insensível nada! Sua futura empresária apenas – Riu – Me preocupo com sua imagem, então vai se arrumar!
– Ok, ok – Concordei.

Coloquei um scarpin preto com uma calça vinho, blusa branca e uma jaqueta preta para completar.

– O que achou? – Vire-me para Header que estava deitada de barriga para cima em minha cama.
– Tá show, essa maquiagem também tá linda – Sorriu

Antes que eu pudesse agradecer meu telefone tocou, era o motorista da agência que tinha ficado responsável por me levar até o local da entrevista.

Despedi-me de Header correndo e fui rumo a minha primeira entrevista em rede nacional. Apesar do nervosismo e o frio na barriga algo me dizia que ia dar tudo certo... Ou pelo menos assim eu esperava.


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