E se... escrita por mlleariane


Capítulo 4
Corações partidos...


Notas iniciais do capítulo

Uau! Gente, com dois dias de fic já teve quase 700 visualizações! Estou surpresa e agradecida :) Agradeço também a todas que favoritaram e estão acompanhando, e principalmente aos comentários, estou adorando!

Quanto aos muitos corações partidos... calma, segura aí que a gente remenda rs.

A fic era pra trazer sofrimento mesmo! Todo mundo conhece a Kate, e se ela não sentisse realmente que o estava perdendo, jamais tomaria a coragem. E é isso que eu quero, quero ela dizendo "Eu te amo" primeiro. Será que ela fala?

Beijo, Ari ;)



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Rosie: Richard! Por que você saiu correndo?

Rosie chegou falando, vendo Castle parado na porta de entrada do salão de festas. Como ele não respondeu, ela continuou.

Rosie: Quem era aquela moça? Vocês têm algo?

Castle: Não...

O que Castle poderia dizer? Eles não tinham nada mesmo. Quer dizer, até tinham. Ele a amava, e ela... bem, Castle não conseguia entender. Kate parecia ter ciúme dele com outras mulheres, mas ela sabia que ele a amava e não havia tomado atitude nenhuma. Como explicar isso? Castle simplesmente não conseguia.

Rosie: Vamos voltar então.

Castle olhou mais uma vez para fora, mas não viu nada.

Castle: Vamos.

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Kate: Ai que droga!

Kate quase arremessou o celular.

Kate: Por que essas coisas descarregam quando a gente mais precisa delas?

Kate estava sentada no canteiro de flores de um prédio no mesmo quarteirão do Palace, apenas alguns metros abaixo. Quando tentou ligar para um táxi, seu celular descarregou, e agora ela esperava impacientemente que algum passasse por ali. Mas era tarde, e a rua tão movimentada durante o dia estava vazia, havendo apenas os carros dos convidados de Castle estacionados por ali.

Kate se sentia uma tola por ter acreditado que Castle tinha mudado. Por muitas vezes pensou que eles poderiam construir algo juntos, embora nunca tivesse coragem de dizer. Agora ela sabia que se ele disse que a amava, foi pela emoção do momento. Era certo que ele queria seu bem, e vê-la morrendo mexera com ele. Mas aquilo não era amor. Não poderia ser, não dessa forma.

Kate: Quem ama não faz isso – ela pensou e acabou dizendo em voz alta, mas percebeu que havia uma contradição em si. Ela também dizia amá-lo, mas não conseguia se declarar. Não seria isso também errado? Como Castle saberia do que ela sentia, se ela não dissesse?

Kate: Não importa, a culpa é dele. É sempre dele! – ela ainda afirmava, tentando convencer-se – Infantil, imaturo. Não vai sair nunca dessa síndrome de adolescente, que só quer saber de beber e pegar todas. Ridículo!

Seus olhos percorriam a rua parada. Seria difícil que um taxi passasse por ali. Talvez com sorte conseguiria um ônibus. Ela poderia voltar e pegar o celular de Lanie emprestado, mas não faria isso por dois motivos: primeiro porque não queria ver Castle, e segundo porque quando passou correndo pela pista de dança avistou Lanie aos beijos com Espo, aquele que ela nunca mais daria uma chance.

“Esses dois... brigam mas se amam. Quem sabe hoje eles se deem conta disso. Não, eu não vou atrapalhar.” – Kate pensava enquanto tentava ligar o celular de novo, mas ele realmente não queria ajudá-la.

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Castle conhecia Rosie desde seus tempos de noitadas. A modelo era bonita e simpática, e Castle já tinha perdido a conta de quantas vezes tinha acabado a noite com ela. Quando ela veio conversando no início da noite, Castle já sabia de suas intenções. E ele deu corda. Precisava mesmo esquecer Kate e todo o sofrimento que ela havia lhe causado nos últimos tempos. É certo que Kate também lhe trouxera os melhores momentos dos últimos quatro anos, mas agora isso não bastava. Brincar de policial tinha sido divertido, mas Castle era um homem. Um homem que sentia desejo, e ele não conseguia mais esconder isso. Se Kate não o queria, não havia mais opções, ele teria que deixá-la. E Rosie se mostrou uma ótima opção. Até que ela apareceu...

Castle não imaginava mesmo que Kate iria à festa. Ela não tinha ligado para agradecer o presente, o que o fazia pensar mais uma vez que ela lhe era indiferente. Devia estar feliz em ter se livrado dele. Castle só não conseguia entender por que ela tinha reagido daquela forma quando o viu com Rosie. Aquilo parecia ciúme. Será que era isso? Kate tinha mesmo ciúme dele?

Castle: Para de imaginar coisas, Castle. Seu projeto está indo bem.

Rosie: Você falou comigo?

Castle: Ah, não... acho que... pensei alto.

Castle havia voltado para o salão com Rosie, e os dois estavam agora na pista de dança. Mas ele não dançava, não queria dançar. Olhou ao seu redor e não entendeu por que tinha feito aquilo. A festa toda parecia tão sem sentido. Disse algo a Rosie sobre pegar uma bebida e saiu dali. Assim que sentou-se no balcão do bar, sua mãe apareceu.

Martha: Como anda a estrela da noite?

Castle: Sem vontade nenhuma de brilhar. Esta festa está um saco.

Martha encarou o filho, que olhava para o copo de uísque.

Martha: É... não há festa que cure um coração partido. Nem bebedeira – ela disse afastando o copo dele.

Castle: Ei!

Martha: Eu vi que ela saiu correndo.

Castle: De quem você está falando? – ele puxou o copo de volta.

Martha: Você sabe muito bem de quem. Por que você acha que ela veio até você, Richard?

Castle olhou para a mãe e tentou encontrar uma resposta, mas não conseguiu. Não sabia dizer se Kate sentia sua falta, se gostava dele ou se só tinha ido mesmo por curiosidade ou diversão.

Martha: Só espero que você não faça nenhuma besteira.

Martha se levantou e Castle continuou sozinho no balcão por mais alguns minutos. Depois se levantou e saiu.

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Rosie: Richard!

Castle suspirou e virou. Rosie vinha em sua direção.

Rosie: Onde é que você está indo?

Castle: Embora.

Rosie: Sua própria festa mal começou e você já está indo embora?

Castle: É.

Rosie: Tudo bem.

A moça segurou na mão dele e ele a encarou.

Rosie: O que? Eu vou com você!

Castle: Rosie...

Rosie: Richard, você está meio tristinho... mas eu vou te alegrar, prometo.

Os dois já desciam as escadas da entrada do Palace quando ele lançou um olhar para baixo e avistou Kate sentada em um canteiro, sozinha. Ela também o viu, mas desviou o olhar. Castle pediu a Rosie que esperasse ali e foi até ela.

Castle: Kate?

Kate: Oi, Castle. – Deus, como ela não queria encará-lo!

Castle: O que você faz aqui?

Kate: Ah eu... estou esperando um táxi.

Castle: Há quanto tempo está aqui?

Kate: Alguns minutos.

Mentira, fazia quase uma hora já. Kate pensou que era muito cedo para Castle deixar a própria festa, mas a loira que o esperava justificava sua saída.

Castle: Você está com frio... – ele disse notando seu braço arrepiado. A temperatura havia mesmo caído. Castle se apressou em tirar o terno, mas ela o impediu.

Kate: Castle, não, por favor.

Ele parou e a encarou.

Kate: Eu estou bem. Mas... se você puder ligar pedindo um táxi, eu agradeço.

Castle: Você está aqui esperando um táxi passar?

Kate: Meu celular descarregou – ela disse contrariada.

Castle: Você pode vir comigo.

Kate: Não, eu... não quero atrapalhar seus planos.

Castle lançou-lhe um olhar, mas ela abaixou os olhos fingindo mexer na bolsa.

“Richard!” – Rosie o chamou assim que o táxi deles estacionou.

Kate: Parece que seu táxi chegou...

Castle: É... Kate... você não quer mesmo...

Kate: Não, eu espero aqui. Pode ir, Castle.

Ele fez que sim e saiu pegando o celular. Não se despediu, não disse nada.

Kate olhou para baixo, não queria ver aquela cena. Castle estava saindo com outra, e ela se perguntava se era isso que ele sentia quando a via com algum ex-namorado.

Quando escutou o barulho do carro saindo, levantou os olhos e viu Castle caminhando em sua direção. Ela olhou mais uma vez para o táxi, e depois para ele. Ele sorriu enquanto se aproximava.

Castle: Já pedi outro, mas vai demorar uma meia hora.

Kate não sabia se agradecia, ou se sorria por saber que Castle havia colocado a linda mulher que o acompanhava no táxi e a mandado embora sozinha. Enquanto se decidia, ele já havia se sentado ao seu lado, tirado o terno e coberto seus ombros.


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