As Aventuras da Maga Alice escrita por Fada Dos Tomates


Capítulo 29
Confronto Minha Alma


Notas iniciais do capítulo

Kunnichiwa minna! Enfim...peço mais uma vez:comentem, favoritem e recomendem.Já está no final da temporada e só há um comentário! isso é um absurdo desu! Então quero que colaborem, por favor. Esse cap vai esclarecer uma coisa pra Alice, que é o por quê da Dragon Ray Purple machucar Ao, leiam e espero que gostem.



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POV ALICE

Voltamos pra casa de Ao que não nos perguntou aonde fomos o que eu achei estranho, mas não perguntei nada. A outra alma a ser capturada estava num castelo antigo em cima de uma montanha. Me perguntei se lá não morava um “Conde Drácula”, pois eu não queria ser mordida outra vez.

Entramos na nave de Ao e ele deixou no piloto automático.

–Que tipo de alma é dessa vez? – perguntei temendo um assassino de novo.

–São duas almas que estão no castelo, mas só queremos uma. – explicou ele indiferente – Há um homem excêntrico meio-surdo que toca piano e sua filha psicótica que matou a própria mãe.

–Nossa! – exclamei pensando: “Claro que teremos que pegar a garota”.

–Vamos ter que pegar a garota. – anunciou Ao.

–Sabia! – Diego tirou as palavras da minha boca.

–Ah, lembrei que eu tinha que contar uma coisa. – falei – É que eu vi a Dragon Ray Purple.

–Eu sei. – afirmou Ao – Eu sei tudo o que acontece com as almas aqui, nesse mundo eu sou praticamente um Deus.

Não sei se ele estava tentando se exibir, pois estava com uma voz monótona e com uma expressão de indiferença. Mas se ele sabe “tudo” o que acontece com as almas naquele mundo, ele deve saber da briga e das desculpas... Resolvi não tocar mais no assunto.

Chegamos ao local onde ficava o castelo, ainda bem que fomos voando senão eu ia morrer subindo aquela montanha. O lugar não em ruínas, mas havia algumas rachaduras nele e estava mal cuidado. Era antigo e escuro, deve ter sofrido muita erosão. Entramos nele e lá era grande e bonito, um pouco empoeirado e com teias de aranha, mas era deslumbrante (imagina se estivesse limpo!). Havia quadros da família nas paredes, um longo salão, um lustre enorme e algumas coisas antigas como armários, estantes, mesas etc.,

Subimos as escadas e eu ouvi o som do piano, um homem de cabelos desarrumados e compridos com roupas antigas, tocava o instrumento melancolicamente de cabeça baixa (falando nisso ele tocava “Piano Sonata op.13 “Patétique” 2nd Mov.” De Ludwig Van Beethoven).

–É o homem meio-surdo? – perguntei apesar de ser óbvio.

–Claro, a garota está no quarto. – respondeu ele friamente, estranhei isso.

Subimos outras escadas e atravessamos um longo corredor. Ao entrou num quarto e o seguimos. O quarto era diferente das outras partes do castelo, era tenebroso. Havia fotos nas paredes manchadas com o que parecia sangue (eu sabia que não era tinta porque o cheiro de sangue era horrível), no chão tinham armas, facas, espadas e outras coisas de matar; a cama dela estava cheia de bonecas desmembradas ou cortadas. A garota de cabelos cor de vinho apareceu do nada com uma expressão doentia no rosto.

–Vieram morrer também? – indagou com os olhos brilhando.

–Nós é que viemos matar você. – respondeu Ao.

Ela parecia achar que era brincadeira, pois sorriu.

–Então vamos brincar de “Quem sobrevive”! – propôs.

A garota desapareceu e tudo ficou escuro, a única iluminação eram os olhos azuis de Ao. Diego segurou minha mão, provavelmente para se certificar de eu estava viva e não sumi. Ouvi um barulho de lâminas se encontrando, Ao defendeu um golpe que a garota iria acertar em mim, as lâminas a milímetros do meu rosto. Ele a empurrou para trás e ela sumiu de novo. Diego caiu no chão quase me levando junto, e foi arrastado com um gemido abafado. Me alterei e quando vi tinha me afastado de Ao. Fiquei perdida na escuridão sem saber o que fazer só sabia que queria encontrar Diego (sou tão burra que me esqueci que tenho a carta Luz, ou melhor, esqueci que tenho as cartas).

Ouvi uma risada e olhei para todos os lados, a garota me deu um susto aparecendo de repente. Caí pra trás assustada, senti uma coisa perfurar minha perna lentamente. Grunhi e quando fui gritar por ajuda uma mão tapou minha boca, senti uma coisa descer por minha barriga e a afastei com as mãos. Mordi aquilo que tapava minha boca e me levantei. Comecei a balançar minha espada pra todos os lados, tentando ferir a garota. Consegui machucar seu braço (eu acho que foi no braço) e ela resolveu lutar. Me deu um chute na barriga e depois um soco no queixo, quase cortou meu pescoço, sorte que eu fui pra trás cambaleando. E a golpeei com minha espada, ela parecia não sentir dor, continuou lutando. Se abaixou e machucou minhas pernas com algo muito grande que parecia ser de ferro. Minhas pernas ficaram bambas e caí. Ouvi passos e vi uma luz azul familiar.

Ao veio correndo e pulou em cima da garota ferindo seu rosto com sua espada, começou a apunhalá-la no chão. Ela não parava de se debater e gemer até que ele atirou nela.

–Acabou – pegou um fio de cabelo dela.

Tudo ficou claro e estávamos novamente em seu quarto. Ao foi até mim e curou meus ferimentos.

–Agora você está curada– me deu um pequeno abraço – Até que você lutou bem!

–Obrigada por iluminar o caminho. – agradeci.

Ele sorriu.

Alguma coisa batia no roupeiro da garota, Ao abriu e Diego caiu em cima dele.

–Ah, o que é isso cara?! – perguntou Ao indignado.

–Tá, desculpa! – Diego saiu de cima dele.

–Isso aqui não é yaoi! – reclamou Ao.

–Eu não sou yaoista! – protestou Diego.

Eu ri da cena (bem, eu não sabia o que era yaoi).

Quando saímos do quarto e passamos pelo salão onde estava o homem meio-surdo, ele tocava “Turkish March” de Mozart (minha música clássica favorita), e eu o ouvi dizer baixinho: “Obrigado”; antes de irmos embora.

–Ainda há muitas almas para pegarmos. – disse Ao.

Suspiramos, queríamos voltar logo pra casa, de alguma forma aquele mundo estava me cansando.

Acabamos nos encontrando com a Dragon Ray Purple, Ao sei lá por que, parou a nave. Foi até ela que lhe disse:

–Cuidado.

–Por quê? – perguntou Ao – Se Alice gosta de mim, por que você não?

–Você realmente acha que Alice gosta de você? – ela lhe deu um soco – Se ela gostasse de você eu não faria isso.

Tinha grande coisa cortante no braço, machucou Ao com isso. O jogou no chão e o feria.

–Pare! – gritei impulsivamente – Não o machuque!

Ela não parou, pelo contrário, machucou-o ainda mais.

Corri até lá e a segurei. Ela me empurrou pra trás e apontou a coisa com a qual machucou Ao pra mim.

–Pare de machucá-lo! – ordenei – Eu jamais faria isso!

–A todo o momento faz isso. – falou ela extremamente fria.

–Não! Eu não quero isso! – neguei – Eu não quero ser você!

–Você não pode evitar! – ela parecia com raiva – Não pode porque somos a mesma pessoa.

–Não!

Ela me deu um chute e me derrubou.

–Você esta machucando a si mesma. – disse.

–Machuque a mim então, mas pare de feri-lo. – pedi.

–Se é o que você quer... – me bateu com algo grande e preto.

Senti estalidos dentro de mim, aquilo doeu.

–Lute Alice! – gritou Ao.

Diego parecia querer ajudar, mas Ao o segurou no chão.

–Não! Alice! – gritava Diego.

Dragon Ray Purple me bateu com aquilo de novo, gritei.

–Ainda quer que eu a machuque? – indagou calma, mas indiferente.

–Sim! Pode... continuar.

Ela me ergueu e jogou numa pedra grande, acho que minhas costelas quebraram.

–Lute Alice! Lute com ela! – mandava Ao.

–Não Alice! – negava Diego – Se você lutar se unirá a ela! Porque será como ela!

–Cala a boca! – Ao batia nele.

E eu percebi o plano de Ao.

–Eu... – falei -... não vou lutar.

–O quê?! – Ao arregalou os olhos.

Dragon Ray Purple continuou a me machucar, me dando socos e chutes, muito sangue se espalhava pelo chão. Mas eu sei que ela estava pegando leve.

–Você... é uma covarde – eu a xingava tonta, parecia uma alcoólatra – Covarde...orgulhosa!

–Você é igual, porque sou sua alma. – explicou ela sem ligar para o meu comentário – Lembra daquele garoto que gostava de você? O Lucas. Você o machucava a toda a hora, é igual a mim, sempre foi!

–Por que você... Ai...Machuca o Ao? – perguntei entre um golpe e outro – Ele ama você.

Ela parou.

–E você o ama?

Minha visão ficou escurecida e eu desmaiei.

Mas ela tinha razão. Se eu não amava o Ao, como ela, minha alma, o amaria?

Sonhei com Ao, parecia uma visão do passado. Como o que Ao me contou:

“Ao tentava se aproximar da Dragon Ray Purple, mas ela o feria. Ela estava diferente, parecia mais velha, mais rancorosa. Parecia odiar a presença de Ao e o chutava loucamente no chão dizendo:

–ME DEIXA EM PAZ! FIQUE LONGE! “


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Notas finais do capítulo

Diego:Bem feito pra aquele Ao, ele não tinha que se meter com sua alma Alice.
Alice:Você se meteu.
Diego:Sim, mas...
Alice:Você e o Ao são parecidos.
Lucca:Até mesmo nos sentimentos...
Diego:Por que você sempre aparece?
Sonya:Pra incomodar, é o que ele faz!
Lucca:Ah, então por que você gosta de mim?
Sonya:Também não sei.
Lucca: Alice, você não sabia o que era yaoi?
Alice: Depois eu me traumatizei com um video do Len de do Kaito.Acho que perdi minha inocência...
Diego:Pelo amor de Deus não me diga isso!Acho que vou matar esse Len e esse Kaito!
Lucca:Ficou com ciúmes de dois bonecos?
Diego: Não é isso!



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