As Aventuras da Maga Alice escrita por Fada Dos Tomates


Capítulo 28
Sou mesmo como a Dragon Ray Purple


Notas iniciais do capítulo

Meus livros do Divergente já chegaram finalmente! Vou ter muito o que ler! E vocês também, já pensei até na segunda temporada, e na terceira também...



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POV ALICE

O assassino tentou nos atacar com sua gadanha (foice de chão/pra quem não sabe é o “Ceifador da morte”), mas Ao bloqueou o golpe com sua grande arma (ou seria um canhão?).

–Ah, não tem graça lutar com você! – reclamou Sweet Dead Dream – Eu quero sangue e você não tem!

–Você não vai machucá-los! – assegurou Ao e jogou a foice dele pra trás.

O assassino parou por uns segundos e depois deu uma machadada na cabeça de Ao e foi o empurrando pra trás, acertando várias vezes o machado em sua cabeça. Até que Ao caiu em um caixão aberto e Sweet Dead Dream o trancou lá. Depois ele foi até eu e Diego que já estávamos armados.

–Bu! – disse ele rapidamente nos dando um susto, ele riu – Loucos de medo, não é?Vou matá-los lenta e dolorosamente!

Pegou um facão e deu no rosto de Diego, o chutou e jogou no chão. Meu amigo nem teve tempo de gritar, mas é claro que eu não o deixaria apanhando. Como eu estava desesperada, peguei uma grande pedra do chão e bati em Sweet Dead Dream.

–Deixe o Diego em paz! – gritei batendo nele.

O garoto me olhou com seus olhos vermelhos e saiu de cima de Diego.

–Mocinha, como você é corajosa! Vou estripá-la como Jack o Estripador fazia! – ameaçou.

Começou a escurecer (como pode escurecer assim tão rápido?), fui ficando com medo. O garoto chutou fortemente minha perna e caí com um baque surdo.

–Não! – disse Diego, acho que ele estava sangrando.

Sweet Dead Dream deu um tiro nele, não deu pra ver se meu amigo estava vivo por causa da fumaça. O garoto ficou em cima de mim, sua pele branca o fazia ele parecer um cadáver do mal. Mostrou uma faca e perguntou:

–Aonde eu começo? Talvez eu deva matá-la com minhas próprias mãos?

E ele mordeu meu pescoço, momo um vampiro, seus dentes perfuraram minha pele e senti sangue escorrer nos meus cabelos. Gemi alto de dor e tentei chutá-lo, ele apertou minha perna com as unhas, me arranhando. Desesperei-me e me debati. Ele parou de me morder e me olhou com a boca cheia de sangue, parecia estar sentindo muito prazer nisso.

–Dói, não é querida? Mas sangue é tão gostoso! – disse sorrindo doentiamente.

Eu não conseguia falar, mas consegui dar um soco nele e rolar para o lado. O pescoço doía insuportavelmente e eu estava ficando tonta. O garoto pegou uma faca pequena em relação ao facão, tentou me acertar, desviei algumas vezes e dei um chute no rosto dele que caiu pra trás e Ao cortou sua cabeça. É, Ao estava em pé com sua espada, tinha escapado do caixão. Eu já estava quase desmaiando com a perda de sangue.

–Alice! –Ao veio até mim e curou meu pescoço – Oh, aquele demônio!

Vi que Diego estava atirado no chão em volta de sangue. Me apavorei.

–V-você pode curá-lo?! – perguntei de olhos arregalados.

–Sim, sim. Ele ainda está vivo. – Ao foi até ele e o curou.

Mas Diego continuou desmaiado.

–Por que ele não abre os olhos? – indaguei com medo de que ele tivesse morrido.

–Ah, ele está bem. – assegurou Ao irritado.

O levamos para a nave e voltamos para a casa de Ao.

Diego só acordou no outro dia. À noite perguntei a Ao:

–Por que você fugiu ontem? Ficou triste com o que eu fiz?

–Não é isso, é que... – ele não parecia a fim de falar.

–Por favor, Ao, eu quero compreender você. – pedi.

E ele me contou a verdade:

–O que você fez foi uma coisa tão boa... Você não o machucou, foi o contrário. Muito diferente do que a Dragon Ray Purple faria, vocês são tão... Diferentes. Não sei se vai entender, mas pra uni-las é preciso que as duas estejam em sincronia. Você tem que ser IGUAL à Dragon Ray Purple. Da outra vez foi tão fácil...

–Entendo. – foi só o que eu disse e nós dormimos.

“Como eu vou falar pra ele que não posso me tornar uma só?” pensei antes de dormir “Como será que ele reagirá?”. Eu só não imaginava que ele reagiria tão mal. Queria que tivesse sido diferente...

Continuando... No dia seguinte Diego não parava de perguntar o que havia me acontecido, acabei contando. E ele tentava me fazer voltar pra casa.

–Alice, você acabará morrendo aqui. – tentava me convencer – Vamos voltar, ainda temos que derrotar Eidolon e seu exército de magos.

–Não! Agora meu compromisso é com esse mundo. – eu me decidi.

–Com esse mundo ou com seu querido Ao? – perguntou ele bravo e desconfiado.

–Ao precisa mais de minha ajuda do que você e pra começar: eu não disse pra você vir. –me alterei irritada.

–Se eu não tivesse vindo você provavelmente estaria morta naquele deserto. – começamos a brigar.

Em algum lugar Ao sorria nos entreolhando.

–Se você não tivesse vindo Ao estaria bem melhor. – falei.

–Ah, então a culpa é minha por ele ser louco e desequilibrado? – indagou Diego.

–Ele é bem melhor do que você! Que sempre me xinga, me chama de pirralha, de burra e feia! Pelo menos ele gosta de mim de verdade! – comecei a chorar.

–Se eu sou tão ruim assim, então por que sou seu melhor amigo? – perguntou indignado.

–Não sei, talvez você fosse a única coisa que eu tinha naquela época, mas agora não. – olhei pra ele com ódio.

A expressão dele mudou, Diego queria chorar, mas se segurava.

–Agora a verdade veio a tona, não é? – eu disse – Sua insensibilidade me magoa muito!

–Você é mesmo a Dragon Ray Purple, esse lugar está estragando você! – contou ele.

Aquilo doeu como uma espada acertando meu coração.

–EU QUERIA QUE VOCÊ NUNCA TIVESSE APARECIDO! – gritei.

Ele arregalou os olhos apavorado, incrédulo com minhas palavras. Eu mesma não conseguia acreditar no que disse. Àquela hora ele já não conseguia mais segurar as lágrimas.

–EU ODEIO AQUELE AO! – gritou chorando e saiu correndo pela porta.

Eu não conseguia falar nada, estava perplexa com o que falei. Como pude ser tão horrível como, como... Como a Dragon Ray Purple? Caí de joelhos no chão e chorei.

Em algum lugar daquele mundo minha alma lutava contra a de Diego, mesmo depois da briga nós dois nos machucávamos. Percebi que por mais que eu tentasse negar, aquele mundo estava me tornando a Dragon Ray Purple. Antigamente eu era igual a ela: afastava todos, brigava, machucava, estava sempre sozinha, uma covarde orgulhosa. Aquilo já estava no meu coração, eu voltava a ser aquela garota ruim de antes. Mas eu não queria isso.

Corri pra longe da casa de Ao, à procura de Diego.

–Diego! – chamava – Me perdoe! Eu não queria que fosse assim! Por favor, me desculpe! Diego!

Corri o máximo que eu podia e o encontrei assistindo à uma batalha. Percebi que era a Dragon Ray Purple e o garoto parecia ser... Ele?

–Diego? – fui até ele.

–O que é? – ele parecia ressentido –Vai dizer que me odeia? Que Ao é melhor?

–Não, eu vim pedir desculpas. – o abracei – Eu não quero brigar, fui só uma pirralha orgulhosa. Me perdoe.

Dragon Ray Purple também tinha abraçado a alma de Diego. Nós quatro choramos.

–Me perdoe – eu pedia – Você sempre será meu melhor amigo!

–É claro! Claro que eu te perdôo! – disse ele feliz.

Olhamos para nossas almas, que também nos olhavam, na mesma posição.

–Nós dois... – começou a dizer Diego.

–... Somos iguais. – completei.

Talvez a Dragon Ray Purple goste do Diego porque ele é como ela, orgulhosos e briguentos, sempre lutarão entre si mas sempre darão as mãos no final. Fiz o Diego passar por várias brigas e ele também o fez, mesmo assim continuávamos sorrindo e sendo amigos.

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Ao sentiu uma dor forte no peito quando viu isso, seu ódio por Diego aumentava cada dia mais. Ele só pensava uma coisa: “Eu quero matar esse garoto!”


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Notas finais do capítulo

Ao com raiva...Isso vai ser um problema.
Alice: Ah, se vai.
Luna: Mas seu momento com Diego foi lindo!
Diego: É coisa de amigo!
Lucca: Sei...



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