Fullmetal Alchemist Os deuses caídos escrita por Fernanda7Adami


Capítulo 7
Capítulo 7 - Morte do semideus


Notas iniciais do capítulo

Foi bem rápido escrever esse capítulo, realmente espero manter esse ritmo de escrita.
Enfim, esse capítulo pode conter cenas fortes e violentas.



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Tudo havia acabado do mesmo jeito que havia começado: sem explicações e sem delongas. Eu segurava com meus dentes os restos do que já fora a cabeça de Polifemo, filho de Poseidon enquanto de seu corpo decapitado jorrava litros de sangue sob as poças d’água tornando a tranquila paisagem rural em um cenário macabro.

Cuspi os pedaços de ossos, provavelmente alguns miolos também, enquanto ia em direção a Edward que repousava inconsciente sob uma pilha de folhagem. Durante meu combate contra Polifemo eu havia conseguido fazê-lo soltar o jovem podendo assim deixá-lo em segurança ao passo que o ciclope tentava escapar de algumas armadilhas mágicas que eu tinha posto ao redor dele.

Em uma das poças ainda limpas de sangue eu limpei meu rosto, pelo menos tentei ao máximo tirar o excesso de sangue da batalha, mas nem mesmo deuses fazem os milagres que um bom banho faria. Ao mesmo tempo retornei a minha forma humana para poder tomar conta de Edward e verificar seus sinais vitais, eu sentia que ele não tinha morrido, entretanto poderia morrer com os dados internos que o ciclope deveria ter feito nele.

Disse alguns feitiços ao passo que criava sob minhas mãos os símbolos medicinais, assim que completos eu soprei as palavras sob Edward e estas absorveram sob seu corpo não demorando a fazê-lo acordar.

De início ele parecia confuso, sem senso de direção e equilíbrio ao levantar, o que é um efeito completamente normal do feitiço alquímico utilizado. Devo confessar que foi divertido vê-lo perguntar coisas sem sentido e dizer palavras desconexas ao mesmo tempo em que o feitiço ia fazendo efeito, mas logo ele voltou ao seu estado normal e assustou com a carcaça do ciclope.

–O que aconteceu? Como você fez isso?!

–Aconteceu o seguinte: você desmaiou então eu lutei com Polifemo e no final mordi a cabeça do ciclope com muita força como golpe de misericórdia.

–Você matou ele!

Eu não entendi porque ele ficou tão chocado, será que ele não percebeu que eu acabei de salvá-lo ou simplesmente mortais são tão ingratos quanto eu podia imaginar?

–Ele pediu pela sua morte após eu ter desferido três golpes que o debilitou. –Tentei explicar enquanto Edward tentava evitar que eu me aproximasse dele - Semideuses são muito orgulhosos e ele jamais aceitaria ficar debilitado, então eu finalizei sua existência.

Apesar de minha explicação Edward ainda preferia manter certa distância de mim ao passo em que parecia processar o que eu havia lhe dito. Ele andou em círculos por um curto período de tempo, apesar de ainda abalado ele pediu desculpas pela sua atitude me agradecendo por tê-lo salvo.

–Se serve de consolo para você, ele esta morto apenas nessa realidade. Ele aprendeu que ninguém machuca meus discípulos... Ninguém.

–Como assim morto apenas nessa realidade?

–Sobre isso, eu preferiria conversar com você e seu irmão mais tarde. - Eu disse observando o sol que já brilhava forte no céu. - Por ora você precisa entender que essa “morte” irá desencadear outros tipos de eventos...

A me ver observando o sol, Edward entrou em desespero ao perceber que o tempo havia passado e não tínhamos voltado para a casa das Rockbells. Ele tentou desesperadamente tirar as marcas de barro e sangue na mesma poça que eu havia tentado me limpar ao passo que não parava de falar que todos estariam preocupados conosco, Winry ficaria brava com ele, etc etc...

Observação: preferi ignorá-lo enquanto ele reclamava, o mais hilário era o fato dele se sujar mais cada vez que tentava se limpar. Preferi deixá-lo descobrir isso sozinho.

Em determinado momento ele desistiu de se limpar dizendo para voltarmos logo, seu plano era chegar pelos fundos da casa e pedir para seu irmão jogar algumas roupas limpas do andar de cima onde a sua mala se encontrava. Como ele estava tão preocupado pedi para ele seguir em frente que eu já iria acompanhá-lo... Eu tinha de cuidar do corpo do ciclope.

No momento em que ele se perdeu de vista o meu trabalho sujo iria começar.

Antes proferi algumas bênçãos e ritos funerários apropriados para com que o espírito do semideus não se enfurecesse, depois tive de juntar os restos do ciclope dentro de um circulo delimitado onde eu usaria um feitiço para que sua carcaça desaparecesse e para que isso funcionasse eu tive de arrancar o coração dele. Com o coração em mãos eu pude proferir a ultima parte do feitiço, sendo assim ao passo em que eu tive de devorar pedaço por pedaço do coração a carcaça, todo o seu sangue desaparecia junto.

Não sobrou mais nada que indicasse de que algo havia ocorrido por ali, exceto as árvores e destruições da batalha. Apaguei o circulo, limpei meu rosto e só então tomei o rumo de volta à casa das Rockbells... Pelo menos espero que Edward tenha explicado o ocorrido ao seu irmão, enquanto as proprietárias, eu já não sabia desculpa eu ou ele poderíamos dar dessa vez.

Apesar de tudo poder ter acabado “bem” e podermos dar desculpas, eu sei que as mentiras não irão durar para sempre e que não poderei manter a verdade oculta por muito tempo. Polifemo foi apenas o primeiro ser celestial que encontrei por aqui, não irá demorar muito para que mais apareçam tanto para o bem quanto para o mal.


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