Legado da Sonserina escrita por SraPotter, Thay Brownie


Capítulo 3
Capítulo 3 - Prof. Kligohn


Notas iniciais do capítulo

Hello, guris!
Tudo beleza? Sou eu, a SraPotter!
Bem, vamos logo ao capítulo!



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POV BENJAMIN MALFOY

Acordei de manhã cedo com um James gritando em meu ouvido "ACORDA!".

Me lembrei de tudo que havia acontecido ontem, e fiquei feliz que não tivesse sido apenas um sonho.

– Double, double toil and trouble... - cantava James, mais feliz que o normal.

Me levantei contra a minha vontade e tomei um banho. Logo depois vesti meu uniforme e fitei a imagem no espelho.

Eu era quase a cópia do meu pai, exceto pelos olhos avelãs, que herdei de minha mãe. As vestes pretas entravam em contraste com minha pele branca. Meu cabelo estava penteado para trás. Eu estava mais lindo que o normal, sinceramente.

James estava com os cabelos rebeldes assentados em sua cabeça, embora alguns fios parecessem não cooperar. Isso era extremamente engraçado e me fez ter vontade de rir.

– O que é? - perguntou James mal-humorado, parando com sua cantoria.

– Você está extremamente engraçado com o cabelo deste jeito. - falei.

– Você está é com inveja pois estou mais bonito que você. - falou ele desdenhoso.

– Nem aqui nem na China, meu bem. - falei, fazendo-o rir.

Ri um pouco e continuei a me arrumar. Foi quando os outros ocupantes do quarto (um garoto moreno e outro que era minúsculo) terminaram de se arrumar que descemos para o Salão Principal.

Nossa casa ficava nas masmorras e isso era muito legal. No meio do caminho encontramos Becky.

Ela tinha os cabelos loiros presos num rabo de cavalo e usava o uniforme de Hogwarts, com um emblema da sonserina no peito.

Andamos em silêncio até um menino desastrado esbarrar em nós.

– Desculpe. - murmurou o garoto, se levantando e juntando os livros.

Ele era de altura média e, pelo emblema no seu peito, era sonserino.

Ajudei-o a juntar os livros e apertei sua mão, perguntando:

– Como você se chama?

– Hm... Lorenzo Zabini. E você?

– Benjamin Malfoy, muito prazer. - sacudi sua mão.

Zabini meio estreitou os olhos para mim, provavelmente sabendo dos comentários maldosos, mas redirecionou seu olhar a James e perguntou:

– E quem é você?

– Não está claro pela aparência? Dizem que sou bem parecido com meu pai... de qualquer forma, sou James Potter. - James estendeu a mão e apertou a mão de Lorenzo.

– Hm, filho do Escolhido, é? - Lorenzo pareceu não se segurar. - Que surpresa você cair direto na Sonserina, qualquer um esperaria a Grifinória.

– Nunca me identifiquei com aquela casa patética. - disse James, destancando as palavras "casa patética".

Segui-se uma pausa e então nós três seguimos nossos caminhos até o Salão Principal. Becky, a esta altura, já estava lá. Sentamo-nos na mesa da Sonserina quando Maya veio correndo até nós. Ouvi alguns murmúrios de "O que essa grifinoriazinha está fazendo aqui?" ou então "Ah, a Potter da grifinória". Maya corria, os cabelos ruivos esvoaçando, e finalmente derrapou a nossa frente.

– James, uma carta para... você. De nossos pais. - ofegou ela.

Ela entregou uma carta para James e correu de volta para a mesa da grifinória. James me olhou, parecendo estar meio temeroso, então abriu a carta. Me juntei à ele para lê-la.

"Querido James,

Fico feliz que tenha ido para a Sonserina! Com certeza será motivo de orgulho para a mesma.

Não arrume encrencas tão cedo. Pelo menos não se não quiser receber um berrador de sua mãe. Espere pelo menos uma semana para receber uma detenção, por favor.

Sua mãe já está louca de saudades e eu também. Ela disse que é melhor você se comportar e que ama você. Ela não pôde escrever, mas está tão contente quanto eu.

Já eu, digo que sinto saudades de você, recomendo que seja um bom aluno, não leve tantas detenções, se divirta bastante, aprenda muito e tome cuidado.

Amo você.

Seu pai, Harry Potter."

Ele respirou aliviado e pegou um pergaminho e tinta na mochila, se pondo a escrever.

Dei de ombros, até que uma chuva de corujas adentrou o salão. Uma delas veio até mim e largou uma carta em cima do meu prato. Eu a conhecia, era minha coruja, Leona.

Fiz um carinho em sua cabeça e peguei minha carta para ler. Ela dizia, em letras que eram com certeza de minha mãe:

"Querido Benjamin,

Fiquei contente de saber que foi para a Sonserina. Não tanto quanto seu pai, claro. Ele me acordou hoje cedo, gritando que você tinha ido para a Sonserina.

Fiquei meio desapontada, pois esperava que você fosse para a Grifinória, obviamente. Draco me convenceu que a casa da Sonserina era 'boa'. Estou muito feliz por você, filho.

Não apronte tão cedo, garotinho! E estude bastante, quero BOAS notas, ok?

Leia seus livros e preste atenção nas aulas. Aliás, se divirta bastante. E seja cauteloso com suas companhias. Não gosto do jeito trapaceiro dos sonserinos.

Tome cuidado e cuide de sua irmã; o jeito dela pode trazer muitas... pessoas indesejadas incomodando-a.

Amo você.

Mil beijos.

De sua mãe, Hermione Malfoy."

Sorri e guardei a carta na mochila. Tomei meu café da manhã calmamente e sem dúvidas ele estava muito bom. Diretora Minerva passava pelas mesas entregando o horário dos alunos. Quando li meu horário, eu congelei.

Transfiguração - Minerva McGonagall.

Poções - Pansy Parkinson.

Defesa Contra as Artes das Trevas - Érebos Kligohn.

Herbologia - Neville Longbottom.

Não, eu não estava com medo por Herbologia, Transfiguração e DCAT. Estava nervoso sim por Poções.

Pansy Parkinson era a professora de Poções. Aquele nome estava gravado naquele papel, me olhando de forma ameaçadora, como se dissesse "Se prepare para morrer".

Pansy Parkinson era a ex-namorada do meu pai. E eu sou exatamente a cara do meu pai. E Parkinson odeia minha mãe.

Eu sou o filho do ex-namorado de Pansy Parkinson com a mulher que ela odeia.

Resumindo: eu estou frito.

– O que foi, Benjamin? - perguntou James me olhando.

– O-olha isso aqui. - mostrei o papel.

James leu o pedaço de pergaminho e me olhou, confuso.

– Quê que tem isso aqui?

– Lê o nome da professora de Poções. - pedi, olhando o nada.

James leu.

– Pansy Parkinson. - disse ele, como se essa fosse a coisa mais óbvia do mundo.

E era mesmo.

– James, essa mulher já foi namorada do meu pai, odeia minha mãe, e adivinha? Eu sou filho deles! - quase gritei.

James fez um cara ruim.

– Você está frito. - disse ele.

Tomei o suco de abóbora de um só gole e falei:

– Não queremos nos atrasar para a aula de Transfiguração.

James pegou a mochila e então rumamos para a sala de Minerva. Quando chegamos, lá estava ela.

Ela nos olhava de forma que chegava a ser quase ameaçadora. Inteligente, mas severa, fez um sermão assim que sentamos:

– A Transfiguração é uma das mágicas mais complexas e perigosas que vão aprender em Hogwarts. Quem fizer bobagens na minha sala vai sair e não vai voltar mais. Estão avisados.

Transfiguração foi uma aula bem interessante. Prof. Minerva fazia transfigurações incríveis. Já as minhas...

A aula passou rápido demais pro meu gosto. Logo, eu estava indo para a sala de Poções. A cada passo eu me sentia mais perto da morte.

James nem parecia ligar.

Finalmente chegamos na sala de Poções. Eu me sentei, temeroso, e percebi que a nossa aula seria dupla com o pessoal da Grifinória. Acenei com um sorriso para Mike.

Foi quando Prof. Parkinson entrou. Ela trajava vestes longas, pretas e esvoaçantes. Pisava firme e tinha uma cara amassada. Eu tenho que confessar; esperava coisa pior.

Quando ela me viu, apenas me analisou por um momento e redirecionou seu olhar ao resto da turma. Respirei aliviado. Poderia ter sido bem pior.

– Olá, alunos. - começou ela com uma voz firme e lenta. - Poções é uma matéria que pode ensinar vocês a zumbificar, engarrafar a glória... Mas peço que prestem muita atenção, porque um mero detalhe faz muita diferença. E quem fizer bobagens levará detenções, e podem ter certeza: eu não pegarei leve.

O rosto dela sondou cada um de nós. Me remexi de leve na cadeira.

No final, a aula de Poções foi suave e quase confortável. Quando finalmente pude respirar um ar sem tensão, quase cantei.

– Ufa! - exclamei. - Oi, Mike!

– E aí, Ben! - gritou ele de volta.

Sorri.

Rumamos direto para a sala de Defesa Contra as Artes das Trevas. Me sentei numa mesa, animado. Essa era, provavelmente, a aula mais legal de todas.

Logo, minha animação foi por água abaixo.

O professor Kligohn entrou na sala. Tinha cabelos curtos castanhos-claro, os olhos eram verdes e congelantes e ele tinha a face séria. Suas vestes eram pretas, que nem as de Parkinson, mas não tinham o pano fino. Eram grossos. Ele varreu toda a sala e seus olhos pararam em mim e James. Ele deu um sorrisinho desagradável e virou-se para a turma.

– Olá, turma. Eu sou o Prof. Kligohn, professor de Defesa Contra as Artes das Trevas, como vocês provavelmente já sabem. Aliás, vocês já repararam em nossas novas... celebridades? - ele voltou a olhar para nós.

Ah, eu tinha que adivinhar! Droga!

– O filho de Potter está aqui, acompanhado do filho de Malfoy. - falou ele.

Todos ao redor olharam para nós e James fez cara feia para o professor.

– Como se sentem com a fama? - perguntou o professor, irônico.

– Muito bem, obrigado. - respondeu James mais irônico ainda.

– Detenção, Potter, por sua impertinência diante de mim.

O sorriso do Prof. Kligohn apagou-se e ele olhou feio para James antes de se virar para a turma.

James xingou baixinho. Eu sabia que o pai dele havia dito para não arrumar confusão logo no primeiro dia.

A aula de Defesa não foi nada boa. Prof. Kligohn não deixava de pegar em nosso pé e sempre zombava quando nós cometíamos erros nos feitiços, mas não eram todos que riam. James já estava vermelho de raiva.

Dei graças quando a aula terminou. Saímos andando rápido mas Kligohn chamou James.

– Potter, escute. Sua detenção começa às oito horas e vai ser me ajudando a selecionar algumas poções. Agora podem ir. - adicionou ele, observando que eu continuava parado ao lado da porta, esperando por James.

James seguiu o mais rápido que pôde e eu corri em sua direção.

– Kligohn idiota. - resmungou ele.

– Concordo totalmente. - resmunguei.

A essa hora Kligohn estava todo feliz por mandar uma carta ao Sr. Potter contando que James pegara uma detenção.

Andamos, ou melhor, corremos em direção ao Salão Principal para almoçar. Encontramos Becky e Lorenzo no meio do caminho e nos sentamos juntos.

Aquela comida de Hogwarts era de primeira, sem sombra de dúvidas. Os doces, então, nem se fala...

Aquele dia havia sido cheio demais.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Por favor, comentem!



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