Os sete filhos da rainha escrita por Florrie


Capítulo 9
8


Notas iniciais do capítulo

Desculpem eventuais erros, tive de corrigir na pressa então algo deve ter passado por mim.



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O primeiro encontro com Harry tinha sido agradável. Não mágico ou incrível ou extraordinário. Apenas agradável e isso era bom por agora. Depois da tarde nos jardins veio o segundo encontro em uma manhã em que ela o observou treinar sua pontaria com o arco, ela até mesmo se arriscou a atirar três flechas. Gendry os viu e logo seu irmão se juntou a eles e só saiu junto com ela.

– Você sabe que ele é o maior mulherengo do Vale? – Sim, ela tinha ouvido algo sobre isso. – Não confio nele.

– Você não confia em nenhum rapaz que se aproxima de mim ou de Bella ou mesmo de Myrcella. – Ela riu. – Você sempre foi protetor.

– Estou falando serio Mya.

– Não se preocupe, por enquanto eu e Harry somos apenas dois amigos. Não temos muito em comum, mas confesso que ele não é tão chato e superficial como imaginei antes.

– Por enquanto? – Gendry a olhou irritado. – O que vê de bom nele?

– Ele é divertido Gendry, não o conheço muito bem, é verdade e ele tem um lado extremamente irritante e persistente, mas no fundo me parece uma boa pessoa.

– Você sabe que não precisa se casar se não quiser, não vou deixar o pai fazer com você o que vai fazer com a Bella. Caso eu fosse Rei nenhuma de vocês teria de se casar.

– Deuses Gendry, só falta dizer que vai nos prender na Arcada das Donzelas como Baelor, o Abençoado fez com as irmãs dele.

– Me pouparia de muitas preocupações. – Ele falou sorrindo e então os dois riram. – Aposto que você iria encontrar um jeito de fugir em menos de uma semana.

– Pode apostar que sim.

O terceiro encontro não era exatamente um encontro, mas sim uma coincidência. Ambos foram chamados para uma pequena festa do chá realizada por Sansa Stark e Margaery Tyrell.

Cerenna escolheu o seu vestido, uma peça amarela com rendas de Myr e esmeraldas no busto. Foi sua prima também responsável pelo o seu cabelo, Mya queria ir com os fios negros soltos, mas a Lannister insistiu em fazer uma trança que descia do alto da sua cabeça.

– Rubis? – Perguntou enquanto colocava um colar na sua frente.

– Estou indo para um chá não para um baile.

O chá foi organizado em um dos jardins perto da Arcada das Donzelas, varias criadas dos Tyrell andavam de um lado para o outro carregando bandejas com doces, salgados, vinhos e é claro, chás vindos do outro lado do mar.

Varias moças e rapazes da corte estavam por ali. Seus primos, Lancel, Tyrek, Joy e até mesmo Cerenna sentaram-se em uma mesa perto de uma roseira, todos loiros de olhos verdes, logo percebeu que Joffrey também estava com eles. Arya Stark – que parecia estar ali contra vontade – sentou-se junto de sua irmã Myrcella e as duas pareciam estar discordando de alguma coisa. Jon Snow ficou junto de Loras, Garlan e sua senhora, Leonette Fossoway.

Mya avistou Harry sentando junto de seu irmão Edric e de outro Edric, um Dayne. Antes que pudesse escolher a mesa, seu braço foi enlaçado por Margaery Tyrell que sorridente a guiou até a mesa onde seus irmãos estavam.

– Olá senhores e senhora. – Todos a cumprimentaram com sorrisos e cortesias.

Não demorou muito até que Harry ocupasse a cadeira vaga ao seu lado.

– Devia experimentar essas tortinhas, prometo que será uma das melhores coisas que já comeu.

– Agradeço a sugestão, mas temo ter acordado com um apetite para coisas salgadas.

Harry sorriu e ela se amaldiçoou por achar as suas covinhas tão adoráveis.


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A ideia do chá lhe veio logo depois que Joy lhe confidenciou que seu tio tinha recebido um pedido de Walder Frey, este acabara de ficar viúvo e queria ter o prazer de ter uma esposa Lannister. Ele disse que não se importava se fosse bastarda, Joy relatou.

Ela precisava fazer alguma coisa.

Sua mãe diria que o casamento com um senhor de uma grande casa era um ganho para uma moça bastarda, mas Sansa teria de discordar. Lorde Walder Frey era velho e tinha uma centena de descendentes, os filhos de Joy estariam longe de herdar qualquer coisa e sua amiga jamais encontraria o amor nas Gêmeas.

– Jon lhe deu a coroa, ele gosta de você, só é muito tímido para admitir. – Sansa tinha ficado em puro êxtase quando seu irmão coroou Joy no fim do torneio, era quase como se ela tivesse ganhado a coroa. – Eu acho que tive uma idéia.

Sansa correu até Margaery e lhe contou tudo, a jovem rosa apiedada da situação se comprometeu a ajudar.

– Parece distraída Sansa. – Edric comentou pondo a mão no seu ombro. – Está tudo correndo bem, até mesmo Joffrey está se comportando.

Isso era verdade, o irmão do seu noivo estava se comportando como um verdadeiro príncipe exatamente como ela o imaginava no principio. Talvez ele tenha se arrependido, Sansa acreditava nisso, afinal, todos tem o direito de se arrepender e mudar seus atos.

– Eu só quero que tudo seja perfeito.

E agora tudo estava ficando perfeito. Ela observou enquanto Margaery guiava Joy até Jon que tinha acabado de se levantar, os dois começaram a conversar e logo sua amiga disse algo que fez o seu irmão rir.

– Tudo está perfeito, agora venha comer alguma coisa. – Edric a puxou para a mesa. – Vou pegar algumas tortinhas de limão para você.

Assim que ele saiu Joffrey chegou. O príncipe sentou-se ao seu lado e colocou um doce de morando na sua frente.

– Sei que não é o seu favorito, mas espero que goste. – Sansa corou e agradeceu. – Considere como um pedido de desculpa pelo o meu comportamento antes, sinto que herdei a pouca paciência do meu pai, Gendry também é assim.

– Não tem problema Alteza, já me esqueci.

Joffrey sorriu. Naquele momento ele parecia um príncipe verdadeiro, igual aos das canções.

– Foi horrível de minha parte ser tão grosso quando a senhorita só estava sendo gentil e agradável comigo, temo ter ferido seus sentimentos, espero poder reparar isso.

Joffrey então segurou sua mão e a levou até os lábios.

– Joff?

– Não se preocupe Edric, - disse Joffrey já se levantando, - só estava me desculpando com sua noiva.

– Desculpando? – Edric perguntou quase como se não acreditasse.

– Até mais Lady Sansa.

O Joffrey gentil e galante dos seus sonhos tinha voltado. Sansa ficou feliz por ele, mas ela agora amava Edric.

Seria possível que dois príncipes haviam se apaixonado por ela? Não havia uma canção parecida? Deuses, pensou eufórica e nervosa, não devo dar esperanças ao príncipe Joffrey, mas Sansa não podia deixar de ficar animada. Afinal, ela estava vivendo uma canção...

... E ao olhar para Jon e Joy rindo notou que também estava escrevendo uma.


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Joy estava sendo a mais agradável das pessoas. Jon precisava admitir que a garota era divertida e esperta, alguém com quem ele podia facilmente conversar.

– Meu pai sempre gostou de aventuras e lendas, eu não tinha mais que sete anos quando ele partiu em busca da lendária espada dos Lannister, ele nunca mais voltou. – Por um segundo Joy pareceu ficar triste, mas então seu sorriso voltou. – Às vezes fico imaginando todos os lugares por onde ele passou, todos os povos que ele conheceu.

– Você quer viajar um dia?

– Não sei, acho que gostaria de conhecer Myr, Lys, Volantis ou mesmo as ilhas do Verão. – Ela respondeu enquanto bebia um pouco de um chá vindo de Lys. – E você já viajou para fora de Westeros?

– Nunca, antes de Porto Real tudo o que eu conhecia era Winterfell.

– Eu adoraria conhecer Winterfell.

– É um lugar frio e duro, vai achar mais encantos aqui do que lá.

– Aposto que você saberia me mostrar todas as coisas bonitas do Norte e eu acabaria por encontrar até mais encantos lá do que aqui.

Ele sorriu.

Podia sentir o olhar de Sansa na direção deles.

– Sabe, eu sei que minha irmã quer juntar nós dois, mas não se sinta obrigada a interagir comigo só por causa disso. Quer dizer, você é bonita e sua família é rica, pode conseguir alguém melhor do que eu.

– Você quer dizer algum senhor velho ou apenas ganancioso que quer se casar comigo por um possível dote? Ouço boatos de alguns homens que se interessam por mim, nenhum deles me parece ser uma boa pessoa e os únicos motivos de quererem se casar com uma bastarda é o ouro do Rochedo e uma pequena ligação com Lorde Tywin.

Ela suspirou.

– Caso eu não tivesse gostado de sua pessoa eu já teria pedido a Sansa para esquecer toda essa historia. Não me juntaria com um homem de quem não gosto só por que tenho medo de ser enviada para as Gêmeas, - a garota tremeu com o pensamento, - eu gosto de você, não me importo se é bastardo ou nobre ou cavaleiro ou justiceiro, tudo o que eu sei Jon Snow, é que você é o tipo de homem que eu gostaria de ter ao meu lado. Dizem que bastardos tem mais liberdades que os nascidos legítimos, certo? Gostaria de poder usar essa liberdade enquanto eu posso e escolher com quem vou passar o resto dos meus dias.

Ela estava corando, mas não levou os olhos ao chão como outras moças fariam.

– Meu tio pode me dar em casamento para qualquer um desses velhos gananciosos, espero poder encontrar alguém antes que ele receba uma proposta que não queira recusar. – Joy apertou suas mãos e então perguntou: - Acha que algum dia pode vir a gostar de mim?

Nesse momento os gêmeos chegaram. Gendry e Bella entraram no jardim lado a lado roubando todas as atenções. Em certo momento ele teve a impressão de que a princesa demorou o olhar sob ele.

Joy era gentil e parecia genuinamente gostar dele, Jon deveria focar apenas nela e parar de corar toda a vez que a noiva do seu irmão colocava os olhos nele.

– Acho que sim. – Ele respondeu finalmente e a jovem sorriu o mais verdadeiro dos sorrisos.



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Notas finais do capítulo

Comentários são sempre bem vindos :)
Beijos ;*