Os sete filhos da rainha escrita por Florrie


Capítulo 4
3


Notas iniciais do capítulo

Temos meu doce Edric hoje :) ... Lá embaixo tem uma pequena explicação sobre a historia para ninguém ficar confuso, qualquer outra pergunta é só fazer que eu ficarei feliz em responder.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/554821/chapter/4

Joffrey estava contando suas piadas cruéis enquanto segurava uma besta e mirava em um gato velho que tinha tido a infelicidade de passar no jardim naquele momento. Seu irmão tinha a pose de um rei e se gabava de todas as suas habilidades com a espada, todos os homens que um dia viria a matar. Edric agradeceu por Tommen não está ali, seu irmãozinho adorava gatos e ficaria com o coração partido se visse Joff os matando com uma besta.

– Quando uma guerra acontecer eu matarei centenas de homens com isso. – Os escudeiros riram e bateram palmas e tudo se intensificou quando Joff acertou o pobre gato no meio da barriga. O bichinho ainda demorou alguns segundos para morrer. – Vão todos se contorcer como esse gato.

– Homens não são gatinhos irmão.

Joffrey o olhou com raiva. Seu irmão freqüentemente o olhava assim.

– Enquanto eu estiver segurando à besta todos os homens serão o que eu quiser.

Seu irmão levantou a arma e apontou em sua direção. Os risos ao seu redor cessaram e todos ficaram tensos. Afinal Edric não era qualquer simples escudeiro insolente, ele era o segundo na linha de sucessão ao Trono, o segundo filho do rei. Joffrey sorria ironicamente, se deleitando com o falso poder que tinha.

Edric quis revirar os olhos.

– Abaixe essa arma irmão. – Ele disse irritado. Sua mãe adorava Joffrey, quão irritada ela ficaria se ele lhe ensinasse uma liçãozinha? – Abaixe essa arma agora.

– Está com medo Edric? – Joff riu, - eu que devia ter sido o segundo filho, se alguma coisa acontecer a Gendry o reino vai ficar nas mãos de um rei medroso.

Seus olhos faiscaram de raiva e ele logo mostraria a Joffrey a tão conhecida fúria Baratheon.

– Príncipe, os Deuses não vêem com bons olhos aqueles que ameaçam seus irmãos. – Aquela voz era de Jaime Lannister. – Sua mãe não iria gostar de vê-lo brigando com Edric.

Joffrey ainda teve a delicadeza de corar, mas logo voltou a sorrir.

– Eu não vou machucá-lo tio, - Edric quis socá-lo mais que tudo, - não bato nos mais fracos.

O príncipe saiu acompanhado dos escudeiros e Edric foi impedido pela a mão de Jaime de ir até o irmão e lhe ensinar quem era o mais fraco ali. Se fosse Gendry ele não teria dito nada daquilo. Seu irmão mais velho era tão forte quanto o próprio rei tinha sido um dia, não eram muitos os homens que o incitavam para uma luta.

– Deixe-o ir.

– Eu sempre o deixo ir e agora ele acha que pode fazer o que bem entende.

Desde criança Joffrey pensava que podia fazer o que bem queria.

– Mais tarde eu mesmo conversarei com ele, - Jaime olhou para o lado e riu deixando Edric sem entende, – acho que agora você tem outra coisa com que se preocupar garoto.

– O que?

E logo ele também viu.

Sansa Stark andando até ele com as faces coradas.



Quando anoiteceu o seu pai o chamou até os seus aposentos. No momento em que ele entrou soube que mais cedo prostitutas tinham pisado naquele mesmo chão. Ele logo viu Gendry que estava de pé com os punhos cerrados e os olhos azuis faiscando de raiva. Sua mãe também estava ali.

– Venha Edric, venha. – Seu pai o chamou. Quando era mais novo, Edric costumava adorar o pai, mas hoje ele podia ver que Robert Baratheon teve vários defeitos como pai, especialmente se tratando dos filhos mais novos. – Agora que você chegou podemos tratar deste assunto.

Ele já imaginava o que era.

– Hoje oficializei com Ned o seu noivado com a filha dele, Sansa, - então era por isso que ela estava tão feliz, Sansa ficou ao seu lado a tarde inteira e até se ofereceu para cavalgar com ele mesmo odiando isso. – E nós recebemos uma proposta formal dos Tyrell.

– O mistério acabou. – Edric comentou rindo logo recebendo um olhar nada animado do seu irmão mais velho. Ele não entendeu aquele súbito mau humor.

– Gendry vai casar com Margaery e garantir herdeiro para o trono, Edric casará com Sansa e Bella vai casar com Robb.

– Pai...

– Chega Gendry, não quero ouvir mais reclamações sobre esse assunto, Robb Stark será um bom marido para sua irmã e é isso que importa. – então esse é o motivo, seu irmão mais velho sempre foi protetor com as meninas, especialmente com sua gêmea.

– Certamente há outros rapazes apropriados para Bella, - sua mãe começou a argumentar. – Mandá-la para o Norte...

– JÁ CHEGA OS DOIS, - O rei levantou-se irado e quando a rainha tentou para-lo tudo o que recebeu foi um empurrão que a fez cair no chão. Gendry correu até a mãe e olhou para o pai que já atravessava a porta do quarto cheio de fúria.

Ele ficou parado sem saber exatamente o que fazer.

Família podia ser complicada às vezes.


.

.


Myrcella viu um dos lobos Stark parados no pátio. Ele tinha uma pelagem cinza e seus olhos eram amarelos. A princesa se assustou com o tamanho do animal, mas forçou-se a se acalmar, não daria razão ao que Arya Stark falava sobre ela. Você tem doze anos, não é um bebezinho. Nem mesmo Tommen tinha medo dos animais.

Aproximou-se com cuidado, mas assim que o lobo a olhou ela prendeu a respiração. Não havia nenhum cavaleiro com ela, se o animal a atacasse...

– Princesa?

Myrcella soltou um gritinho e então viu quem se aproximava. Bran Stark era só um pouco mais alto que ela, tinha os cabelos castanhos avermelhados e profundos olhos azuis. Ambos tinham a mesma idade, mas agora Myrcella se sentia como uma menininha de quatro anos. Suas bochechas coraram e ela passou a encarar o chão.

– Este é Verão. – Ele apresentou, - não vai lhe fazer nenhum mal.

Como ele pode ter certeza?

O animal a encarava solene.

– Você não tem medo que ele ataque alguém? – Perguntou temerosa. – É um lobo afinal.

– Verão não ataca ninguém, não se preocupe.

Bran sorriu para ela e pediu para que se aproximasse. A princesa o fez e ainda tremendo alisou a pele do lobo. Verão ficou quietinho como se soubesse o seu medo, ela riu.

– Viu, não é tão ruim assim.

– Desculpa. – Seu rosto corou.

– Não tem problema.

Outro lobo chegou e Myrcella se viu novamente prendendo a respiração. Logo atrás veio Arya com seu vestido amarrotado e seu rosto sujo.

– Você está pegando em Verão. – A menina disse.

– Sim.

– Você não tem medo? – Desta vez ela não corou. Levantou o queixo como fazia sua mãe e sua irmã Bella e respondeu com toda classe:

– Não tenho mais.

Uma mentira deslavada já que por dentro ela tremia só da loba de Arya a olhar, mas Verão não parecia ruim então talvez não fosse uma completa mentira... Uma boa moça não deve mentir, dizia a Septã, mas aquela mentira não faria mal a ninguém. Era por uma boa razão, seu orgulho estava em jogo.

– É verdade, ela veio até Verão sozinha. A princesa só não se aproxima de Nymeria por que ela está suja o tempo inteiro.

– Ela não está suja, eu dei banho nela ontem.

Os dois começaram a discutir e então Arya passou a perseguir o irmão pelo pátio. Estranhos, foi só o que ela conseguiu pensar.

– Passando o tempo com os Stark irmãzinha? – Gendry a pegou por trás e a girou e ela soltou um grito. Quando seu irmão a pôs no chão sua cabeça estava girando. – Eles são estranhos.

– Não é educado chamar alguém de estranho.

Gendry riu.

– Você é a mais gentil das garotas Cella. – As pessoas diziam que Gendry era a copia do pai na juventude, mas Myrcella o achava tão diferente do homem que nem lembrava a data do seu nascimento. – Mas eles são estranhos, especialmente aquela Arya.

– Por quê?

– Ontem eu estava treinando e ela chegou com sua loba e disse que eu estava lutando errado, algo sobre eu ter que ser silencioso como uma cobra e rápido como uma sombra? Ou foi o contrario? Não importa.

– Você está bem Gendry? – Perguntou mudando de assunto. – Você estava tão irritado ontem.

– Nada que você deva se preocupar. – Seu sorriso confirmava suas palavras, mas os olhos eram como livros abertos. Myrcella resolveu não insistir.

De longe alguns rapazes o chamaram.

– Vou indo irmãzinha, se algum garoto a incomodar você já sabe.

Myrcella revirou os olhos, mas sorriu.

– Eu aviso.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Nessa versão não foi toda aquela comitiva do rei para o Norte - mais importante, Cersei ficou em Porto Real - ou seja, Bran nunca flagrou os dois na torre e não foi empurrado. Sendo assim Lorde Stark seguiu com o plano de levar o filho para Porto Real. (mais detalhes com o seguimento da historia)

Quero comentários viu u.u ... Sugestões, duvidas, teorias kkk

Beijos ;*



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Os sete filhos da rainha" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.