Esbarrei com Liza enquanto ia até o chalé 11.

—Desculpe Sarah. - desculpou-se ela.

—Sem problema Liza. - falei. É claro! Liza é a pessoa certa para ficar de olho em Andrew enquanto estou na missão. - Posso te pedir um favor?

—Claro.

—Terá uma missão e eu irei. Enquanto eu estiver fora, quero que você fique de olho em Andrew. - Liza ficou olhando para os meus olhos por um tempo sem dizer nada. - O que foi?

—Você gosta dele, não é? - perguntou ela.

Olhei para ela com uma cara séria. Senti um arrepio pelo meu corpo.

—Apenas fique de olho nele enquanto eu estiver fora. - sai andando, deixando Liza sozinha. Gostar de Andrew? Eu? Somente em sonho!

Quando cheguei no chalé de Hermes, quase fui acertada por balões d'água.

—Desculpe Sarah, estávamos tentando fazer uma armadilha para Angel. - disse Johnny, um garoto alto e moreno que eu tinha conhecido na aula de arco e flecha.

—Sem problema. Vocês viram Coryn? - perguntei.

—Ele está dentro do chalé. - respondeu Johnny. - Mas se eu fosse você, esperava aqui fora.

—Por que? - nem deu tempo de ele responder porque alguma coisa explodiu dentro do chalé. Os campistas dentro do chalé saíram todos cobertos de maionese.

Johnny começou a rir.

—Ei Sarah, aquele ali é o Coryn. - ele indicou um garoto baixo e forte com cabelos ruivos e sardas no rosto. Ele estava coberto de maionese.

—Obrigada Johnny. - agradeci à ele. Me aproximei de Coryn, não ligando muito para o cheiro da maionese. - Oi, você é o Coryn certo?

—Sim, sou eu. - disse ele. - Como posso ajudá-la?

—Eu soube que você chegou no acampamento há alguns dias atrás com Raphael. Pode me contar o que aconteceu e como chegaram aqui?

Enquanto Coryn me contava a mesma história que Raphael, eu pensava em como seria a missão. Eu quero achar Nico, mesmo sabendo que é arriscado. Mas outra parte de mim não queria salvá-lo. Resumindo, estou confusa até para mim mesma.

Depois que Coryn terminou a história agradeci a atenção dele e sai, indo de volta à Casa Grande.

Quando cheguei lá, todos estavam me esperando do lado de fora da casa menos Thalia.

—Sarah, você voltou. - disse Jason.

—Onde está Thalia? - perguntei.

—Thalia recebeu um chamado de Ártemis. - respondeu Katy. - Descobriu como Raphael e Coryn chegaram em Gardiners Island?

Contei à eles o que Raphael e Coryn tinham dito.

—As histórias correspondem. - disse Alana. - Então vamos até lá!

—Ei! Calma aí gatinha. Vamos devagar. - disse Leo, dando um abraço por trás de Alana.

Alana respirou fundo.

—Se você não me soltar agora, eu juro pelo Rio Estige que eu te mato aqui mesmo...

—Tá bom, já entendi. - interrompeu Leo, soltando-a.

—Argos não irá nos levar direto para Gardiners Island, então temos que parar em algum lugar. - disse Katy. - Alguém tem uma ideia?

—No caminho até lá temos Riverhead e Riverside. Podemos parar em um dos dois. - disse Jason.

—Iremos para Riverhead. Fica mais perto de Gardiners Island. - disse Alana.

—Como você sabe? - perguntou Katy.

—Eu passava às vezes por lá com a minha mãe. - havia um tom de tristeza na voz de Alana. Ela nunca falava muito da mãe. - Acho que iremos andar por mais ou menos dez horas mas vai valer a pena.

—Vamos tentar achar um jeito de ir mais rápido quando chegarmos lá. - disse Jason.

Foi ai que ouvimos latidos vindo da floresta.

—Cães infernais? - perguntou Katy, pegando seu gloss/batom. O gloss/batom de Katy podia ser apenas um objeto comum visto de longe, mas quando ela o ativava virava uma arma letal para os monstros.

—Não sei. - respondeu Jason. - Vamos.