My imprinting escrita por L Chavez


Capítulo 69
Terceira Temporada 03X19


Notas iniciais do capítulo

Volteiiiiiiiiiiiiiiiii!!! E mais um capítulo para vocês! Espero que gostem pois esse deu trabalho!



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Cinco anos antes...

Livro I

Ashley

“Se concentre deixei que as memórias dominem você por alguns segundos e depois tome o controle. Não se esqueça de onde está e que tudo o que verá a seguir faz parte apenas de uma lembrança. Um lembrança que não é sua e não te pertence.”

A voz de Zafrina ecoava em minha cabeça.

Eu estava sozinha na mata dessa vez. Tinha acabado de terminar uma caçada e se não fosse pelos animais na floresta eu quase poderia me esquecer de onde estava.

Voltaria para minha família no dia seguinte. Pedi para eles não me esperarem no aeroporto, mas a quem é que eu queria enganar ? Alice provavelmente daria uma recepção calorosa e Carlisle e Esme iram estar a postos no estacionamento me esperando. Quis revirar os olhos com isso.

Matt a essa altura já estaria em seu avião indo para Forks. Eu queria lhe contar tudo o que sabia agora, mas ainda tinha receio do que poderia acontecer caso o visse. Era mais fácil agora que eu conseguia entender como controlar meu dom, porém eu só havia feiro isso com Zafrina e não confiava em mim mesma para garantir a segurança de Matt Collins. Além disso, eu já havia arrumado confusão demais para ele e para os Cullen.

Seth. Ah, Seth Clearwater! Ele estaria lá ? Bom, aposto que sim! Eu havia partido seu enorme coração e me odiava por isso, mas incontrolada e culpada era melhor mantermos uma certas distância. Eu não gostava nada do fato de ter beijado Collins e não entendia ainda porque Seth não me culpava por isso...Achava que era culpa do imprinting, mas ele insistia em dizer que não e confusa do jeito que eu estava agora era difícil realmente aceitar suas teorias.

Eu havia decidido que Alyssa ficaria melhor longe de toda essa confusão. É claro que não contei isso para ninguém, mas aquela altura Alice e Edward já sabiam e pela primeira vez, o fato de ter uma irmã vidente e um irmão leitor de mentes não me incomodou. Finalmente conseguia entender que por mais controlados que eles fossem, não era culpa deles saberem demais.





Pela janela do avião me despedi do Brasil. Pensei em como Alyssa adoraria aquele lugar, ela assim como eu amava o mar. Talvez algum dia eu pudesse trazê-la até a Ilha Esme.

O voo noturno estava silencioso e calmo demais. Eu podia apostar que a maioria dos passageiros estavam dormindo e os invejei. Estava entediada e se pudesse dormir o tempo poderia passar mais rápido, quem é que sabe ? Como não podia fazer nada além de folhear meu livro e escutar alguma música no meu Ipod, fingi dormir e deixei meus pensamentos flutuarem para minha recém descoberta: eu era uma vampira excepcional. Ou pelo menos fora o que Zafrina tinha afirmado para mim. É claro que um dom jamais seria igual ao outro. Ninguém, nem mesmo Carlisle, havia descoberto como isso acontecia e porquê alguns vampiros não poderiam ter sequer um dom. Mas haviam várias teorias criadas e dons similares. Geralmente, os de projeção era comuns, como os de Zafrina. Ela podia simplesmente entrar em sua mente e fazer com quê você visse o que ela quisesse. Eu  havia conhecido um vampiro que fazia algo desse tipo: Brad!

Me arrepiei com esse tipo de pensamentos, e tentei voltar a focar em mim.

Absorver lembranças era algo fácil e com o tempo, percebi que podia facilmente projetá-las para que alguém além de mim pudesse vê-las de forma clara e nítida. Isso já havia acontecido antes, é claro. A diferença agora era que absorvendo novas lembranças eu poderia sentir exatamente cada emoção que a pessoa que eu estivesse tocando tivera naquele momento, e isso deixava tudo mais real e intimidador para mim. Era por esse motivo que eu havia beijado Matt Collins na casa dos meus pais. Porquê  uma lembrança distante dele nos nossos tempos de escola me fez perceber o quanto ele realmente sentia algo por mim....

Era difícil então distinguir a realidade das lembranças, e se não me controlasse poderia facilmente me esquecer de onde estava. Zafrina também me fez perceber que eu poderia facilmente manipular e perturbar alguém se eu quisesse com suas lembranças sombrias. Com o poder de projetar imagens na cabeça das pessoas, era fácil recriar as lembranças absorvidas e transformá-las no que eu quisesse.

Talvez, lá no fundo eu soubesse bem do poder que tinha. Quando voltei como recém-criada a Forks e Caius reuniu o seu exército para me caçar e vir atrás de minha família eu quis vingança e consegui manipular Aro. O que eu não entendia ainda era como Aro poderia ter caído tão facilmente nos meus truques, quando eu simplesmente pensei no que queria que ele visse. Só agora entendia que eu havia projetado o que queria em sua cabeça e ele nem percebeu...

Era esperado uma recepção calorosa dos Cullen. Porém, errei ao achar que Esme estaria me esperando no aeroporto. Somente Carlisle estava lá. Parecia mesmo um anjo loiro no meio da multidão de gente. Ele se destacava com seu tom de pele mais pálido que o normal e o brilho de seu cabelo.

— Pai! — eu engasguei! Raramente o chamava assim, mas sentira tanto sua falta.

Carlisle sorriu e abriu os braços para que eu me aconchegasse em seu peito e me apertou de forma protetora e carinhosa. Eu me sentia uma menininha de novo, recém adotada pelos Cullen mas não dei importâncias a isso.

— Acho que vou deixa-la viajar mais vezes para me chamar assim sempre — ele debochou me fazendo rir e me deu um beijo na testa.

Revirei os olhos mas ele não pôde notar.

— Onde está a mamãe ?

— Oh! — eu o surpreendi de novo — Bom, temos visita e ela achou melhor ficar...

Me afastei dele rapidamente, minhas sobrancelhas querendo se unir no meio da testa.

— Visita ?

Não fazia ideia de quem poderia visitar os Cullen aquela altura do campeonato. E Matt já havia partido, então...

Carlisle pegou minha mala e me puxou gentilmente pela mão para que caminhássemos até o aeroporto.

— Acho melhor falarmos disso em casa, seria mais apropriado. Não se preocupe, não há com o quê se preocupar — assegurou.

Carlisle estacionou seu Mercedes na garagem junto aos outros milhões de carros importados que tínhamos e abriu a porta para que eu descesse logo em seguida. Segui calmamente atrás dele para dentro da casa, já escutando os murmurinhos.

— Ela chegou — ouvi a voz de Seth e paralisei. Precisávamos conversar e eu partiria ainda mais seu coração com o quê teria para dizer...

— Mamãe!

Uma Alyssa radiante surgiu no eu campo de visão antes mesmo que eu pudesse chegar a sala. Eu sorri e a puxei para meus braços rapidamente.

— É bom ver você — disse, deixando meu nariz encostar em seus cabelos com cheiro de morango.

— Senti sua falta — Aly estremeceu, e eu soube que achou que nunca mais me veria.

— Também senti a sua — afirmei. Embora eu tentasse manter contato para saber como Alyssa estava, era difícil sabendo que todos estavam preocupados e Seth magoado.

Caminhei com Aly no meu colo até a sala, e reconheci os familiares rostos preocupados ali. Me surpreendi com dois.

— Ora, ora! Alguém finalmente retornou do Brasil! E veja só, sem nenhum bronzeado! — Emmett soltou.

Eu ri. Havia sentido falta dele e de suas piadas ruins.

— Oi, Emm! — eu acenei para ele, e depois meus olhos se focaram nas duas figuras pálidas e distantes que estavam ali — Alec,Noah! — uma sobrancelha se ergueu em questionamento sobre o que eles estavam fazendo ali.

— Não é o que você está pensando — começou Alec.

— Ai! Isso parece frase daqueles filmes quando a mulher pega o cara na cama com outra — Jacob riu e Renesmee lhe deu um tapa que ecoou pela casa.

— Vocês engoliram os piores livros de piadas possíveis enquanto eu estive fora ? — provoquei com um sorriso torto fazendo todos rirem — Noah ? — então minha atenção voltou aos dois.

— Estávamos por perto, e soubemos o que aconteceu. Alec queria se certificar de que estava bem e então quando ele me convenceu de que era a coisa certa a fazer você já estava a caminho do Brasil.

— Rah! Se vocês sabem, então...Quem mais sabe ? — meus olhos se estreitaram.

Alyssa se mexeu no meu colo inquieta e deixei que ela fosse para o chão.

— Noah parece estar caidinho por uma Delani — Alec debochou — Estávamos caçando na região e ouvimos você e Edward.

Mordi os lábios.

— Finalmente Tanya Delani vai sair de cima do seu queridinho, Bella ! — Emmett cutucou a esposa de Edward. Eu sabia que se ela pudesse teria ficado vermelha, mas somente fez uma careta.

— Tanya ? — eu repeti olhando para Noah — Isso é....WOW! — dei de ombros — Eu tenho mil perguntas para fazer sobre isso — pisquei e prendi o riso — Mas acho que preciso dar atenção a outras pessoas no momento.

Eu fui até Esme que me acolheu e me abraçou calorosamente.

— Onde estão os outros ? Edward, Rosalie, Jasper e Alice ? — murmurei, sabendo que os outros poderiam ouvir.

— Estão por perto — Esme garantiu.

Eu assenti concordando e olhei para Seth. Ele parecia exausto. Há quanto tempo estava sem dormir ? Ah! Aquilo me atingiu no fundo d’alma. O que eu estava fazendo com ele ? Com nós dois ? Mas era o certo, não era ?

— Se prepare para ser massacrada por Alice! Ela está há dias planejando o grande evento de dez anos de Alyssa! — Bella alertou — Já me obrigou a ir com ela umas duas vezes comprar uma coisa ou outra que faltava — revirou os olhos.

Eu me sentei ao lado de Seth. Tensa demais. Ele hesitou, mas pôs uma das mãos em minha coxa e eu relaxei.

— Típico dela. Aposto que Emmett está aqui porque quis se livrar de carregar sacolas — eu ri.

— Fizemos uma aposta e Edward perdeu! — ele deu de ombros.

— Não mesmo, você não quis cumprir parte do acordo! — Renesmee acusou rindo.

— Tanto faz! — ouvi ele resmungando mas me isolei do mundo e olhei fixamente para Seth.

Eu sempre me surpreenderia como seus olhos escuros brilhavam de uma forma única e empolgante. Seus cabelos agora estavam enormes de novo, batiam nos ombros, aquela coisa de lobo. Sua barba por fazer era um convite aberto para que eu o tocasse.

— Oi — meus lábios formaram as palavras mas eu sequer as pronunciei.

— Oi — sua voz baixa e rouca me aqueceu por dentro, mesmo com aquela pequena sílaba. Nós precisávamos de um tempo só nosso.

Eu toquei em seu braço e tentei me concentrar em algo que eu não poderia passar para os outros de forma clara. Bom, exceto Edward, ele podia entrar na minha cabeça...

Eu deixei que Seth soubesse o que eu havia recém descoberto sobre meu dom com Zafrina na ilha. Deixei que ele soubesse eu que havia sentido sua falta e que eu sentia muito.

Em poucos segundos, percebi que haviam nos deixado a sós na sala e não me importei com isso.

Seth virou para mim, seus olhos agora mais urgentes do que antes e sérios.

— Sempre achei que você era a mulher mais extraordinária que conheci — ele sorriu um pouco.

Eu soltei seus músculos, embora tudo aquilo tivesse me deixado quente.

— Queria que você fosse o primeiro a saber — disse calmamente — Temos muito para conversar mas eu queria de verdade que hoje fosse um dia comum. Podemos ficar lá fora com os outros e nos fingir de normais ?

Seth revirou os olhos e sorriu.

— Essa família nunca será normal, Ashley. Mas eu sei que você quer matar a saudade.

Eu dei-lhe um beijo na bochecha e acariciei sua barba por fazer. Seth sempre seria o homem que conquistou meu coração e o único que poderia entender a confusão que era minha vida. Era o único homem que conseguia entender exatamente o que eu queria e mesmo que não concordasse com tudo, ainda sim fazia um esforço para me satisfazer.

— Eu amo você — encostei minha testa na sua. O veneno acumulado em meus olhos e um soluço me escapou — Sinto muito por tudo isso e sinto muito pelo que vou dizer mas eu tomei uma decisão e preciso de verdade que você compreenda isso.

— Ashley... — ela queria me interromper.

— Não! Me deixe terminar. Eu não quero estragar o aniversário de Alyssa...

— Mas o que...? — ele se afastou e eu o interrompi.

Peguei suas mãos e olhei para ele fixamente.

— Alyssa precisa de uma vida normal. Eu a meti em toda essa loucura e estou magoando a todos ao redor. Ficar longe dela vai ser a coisa mais difícil que eu vou fazer mais preciso que ela veja o que realmente quer e se ela decidir que não quer mais...isso...bom, eu vou entender.

— O que você tá falando ? — Seth parecia confuso, apenas por um segundo — Ah não! Você não voltou para ir embora de novo ? — sua voz se alterou e ele começou a tremer.

Eu peguei seu rosto em minhas mãos.

— Seth, ela é nossa filha. Eu daria o mundo por ela e eu sei que você também. Ela precisa ter opções e você sabe assim como eu que ficar nessa doideira não é saudável. Eu quero que ela tenha a experiência de uma criança normal! Nós vivemos como nômades e isso para uma criança na idade dela não é fácil. Ela precisa de amigos, de não se preocupar com o clima para saber se vai ter alguém na porta da escola para ela vir embora...Por favor, Seth, faça isso por ela. — implorei.

Seth engoliu em seco. Ele sabia que por um lado eu estava certa e me doía o fato de conseguir entender Carlisle quando ele tentou fazer o mesmo comigo anos atrás. Agora compreendia que para Carlisle não havia sido nada fácil tentar me convencer a ir para uma universidade com Seth Clearwater ao meu encalço.

— O que você está propondo exatamente ? — ele massageou as têmporas.

— Que você fique com Aly em um lugar seguro por um tempo. Eu posso visita-los sempre e é claro, durante as férias escolares e fins de semana Aly pode ficar aqui.

Seth assentiu calmamente. Seu maxilar travado.

— Depois da festa — eu murmurei com medo de sua reação.

Seth socou a mesinha de centro a sua frente que se espatifou feito farelo no chão. Esme resmungaria depois, mas não pensei nisso.

— Eu não posso fazer isso! Não posso! — ele se levantou bruscamente.

Embora para alguns Seth parecesse assustador pelo seu tamanho, eu não tinha medo dele.

Puxei ele pelo braço e o abracei fortemente. Seth estava tremendo mais do que o normal, eu sabia que era questão de tempo para que ele perdesse o controle e explodisse em um enorme lobo ali mesmo na sala.

— Não posso deixar você de novo — ele murmurou — Não posso fazer isso.

Era tão doloroso vê-lo dessa forma. Como se tivessem cravado mil espinhos em meu peito.

— Você é a única pessoa que pode dar uma vida normal a Aly aqui. Eu só estou pedindo que tente por ela — sussurrei e estiquei meu braço para alcançar seus cabelos e emaranhas meus dedos nele.

Seth me apertou mais. Eu não me importei com o abraço de aço.

— E nós ? — ele afrouxou os braços ao meu redor e me afastou para olhar em meus olhos  — E nós dois, Ashley ? Como ficamos ?

Eu engoli em seco e Seth aproveitou minha hesitação para colar seus lábios nos meus de forma voraz.


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Notas finais do capítulo

Gostaram ? O que acharam do dom de Ashley ? Me contem aqui =)
Beijos L.Chavez



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