My imprinting escrita por L Chavez


Capítulo 17
Segunda Temporada 02x02


Notas iniciais do capítulo

Galera, o capítulo está SIM pequeno, mas bom, no Word ele havia dado sete páginas, então me desculpem viu ? Outra coisa, estou sem criatividade para músicas, então aceito dicas, mesmo assim irei procurar alguma coisa na internet haha.
Espero que gostem, beijos da Lih!
Ps: Não se esqueçam de comentar :D



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Flashback 01

Segunda, 24 de dezembro de 1991 23:37 hrs.

Eu me perguntava porque estava ali de novo. Algo em minha consciência me dizia que eu estava voltando a ter pesadelos.
A casa em Creek Street sempre fora pequena, mas agora que eu mantinha escondida em um depósito no qual minha mãe guardava materiais de construção e limpeza, a casa parecia ainda menor.
Era um dia frio, lá fora nevava, e eu desejei poder ser uma adolescente comum, com amigos para fazer guerra de neve, mas ao invés disso, ali estava eu: encolhida em um armário de vassouras, e escutando os constantes gritos ecoarem pela casa.
Ele estava bêbado, o que não era novidade, e dessa vez a coisa estava realmente ruim. Eles não brigavam por uma louça que não fora lavada ou pelo dinheiro que faltava porque ele havia gastado em bebidas e jogos. Dessa vez, Elizabeth queria ir embora e me levar consigo, ela queria recomeçar longe dele, mas ele não aceitava isso. Achava que minha mãe havia conhecido outro homem, o que era impossível porque ela nunca saia de casa, ele não deixava, a não ser que ela fosse acompanhada dele é claro, ou as vezes para alguma coisa realmente importante, como ir ao médico, mas fora isso....
Me encolhi quando escutei o barulho de algo se quebrando. Abri lentamente a porta e espiei sem realmente conseguir ver algo, até minha mãe cambalear e encostar na parede, tentando se defender, mas como sempre, não adiantava nada. Ele mal levantou a mão como fazia antes, ao invés disso tirou seu cinto de couro legítimo e fechei os olhos.
Ao escutar o primeiro estalo do cinto contra a pele cor de neve de minha mãe, a fúria tomou conta de mim, e sai em disparada para cima do babaca do meu pai. Eu o puxei pela camisa, mas eu não era forte o suficiente. Lhe dei um chute em suas canelas, que mais doeu em mim do que nele, até ele se virar. Seus olhos demonstrando raiva.
Sem dizer uma só palavra, ele me puxou de um jeito nada delicado, pelos cabelos e me jogou no sofá.
— David! Não ! Não faça isso! — eu ouvia minha mãe tentando me proteger.
Ele estalou o cinto em suas próprias mãos, depois sorrio maliciosamente e então me atingiu.
Mordi os lábios esperando que ele acabasse logo.
Um, dois, três, quatro, golpes.
Ele não batia somente em um lugar, variava em minhas coxas, meu quadril e minha bunda, mesmo assim me machucava, e no quinto golpe, o mais forte de todos, eu gritei, gritei tão alto que ele me atingiu mais forte mandando eu calar a boca.

“ Já chega! Por favor, pare com isso! “ eu gritava em minha mente, mas não iria dizer isso á ele. Jamais deixaria que ele sentisse o gosto da vitória. Eu não era orgulhosa, longe disso. Mas eu preferia me machucar ao vê-lo machucando minha mãe novamente.

— DAVID, PARE COM ISSO! ELA ESTÁ SANGRANDO! — escutei a voz de minha mãe ao longe, gritando horrorizada.

Olhei para David. A fúria em seus olhos era nítida, mas ele não parou. Continuou me batendo com força, até surgir gotículas de sangue em meu corpo e eu desmaiar com o pavor.

Acordei gemendo de dor.

Minha mãe cuidava de todos os meus curativos, que não eram poucos por sinal.

— Eu deveria levá-la ao hospital, mas seu pai está com medo de entregarem ele a polícia — ela disse carinhosamente enquanto encostava uma gaze no meu machucado próximo as costelas.

— Argh! — gritei —Ele não é meu pai! Aquele monstro não pode ser parte de mim! — revidei louca de raiva .

Vi minha mãe fechar os olhos com força, estava tentando prender o choro, eu tinha certeza disso.

Me levantei ignorando toda a dor que sentia.

— Desculpe-me, eu não queria ofendê-la, mas eu não me importo em passar fome ou coisa parecida, desque David não venha atrás de nós!

Eu saí do meu quarto batendo a porta violentamente, e desejei pela primeira vez ter alguém que pudesse nos proteger, talvez um irmão mais velho, um um amigo... Suspirei. Eu era a única garota em Creek Street que nunca saía para as festas e que não tinha amigos. Eles sempre me acharam esquisitona por nunca sair de casa.

Segui para a cozinha onde a ceia de natal estava acabada. David havia jogado minha mãe na mesa derrubando toda a comida que havíamos levado horas para preparar no chão. Maldito! Nem um natal descente eu não poderia ter.

Solucei involuntariamente ali sozinha e peguei um copo de Vodka bebendo todo o líquido rapidamente e ignorando a queimação na garganta.

— Feliz natal, Ashley — me peguei dizendo para mim mesma.

Flashblack 02

— Vamos sair de Forks? — eu perguntei indignada. Havíamos nos mudado há pouco tempo, e quando eu finalmente estava me adaptando ao lugar e fazendo novas amizades, Carlisle resolve mudar de ideia...
Carlisle fechou os olhos e cerrou os punhos. Soltando um suspiro alto, ele finalmente me olhou. Seus olhos agora estavam negros como o céu a noite sem estrelas. Todo o encanto que sempre vira em meu pai havia desaparecido.
— Quando eu digo nos... —ele hesitou.
Eu me aproximei dele, mas pela primeira vez, ele pareceu recuar, como se estivesse fugindo de mim, e então meu estômago embrulhou. Em minha garganta, um no enorme se formou e eu mal conseguia respirar.
—Vocês vão me deixar?! — eu queria gritar. Havia raiva o suficiente para que eu fizesse isso, mas a dor da perda era tão grande que não consegui falar mais alto que um sussurro.
— Estão atrás de nós, não queremos outro fardo para cuidarmos, eu sinto muito.
Eu arfei, antes de deixar as lágrimas caírem inconsolavelmente. Ele havia quebrado sua promessa. Prometera nunca me deixar, prometera cuidar de mim sempre, e agora, estava me deixando, como minha mãe, Elizabeth, fizera.
— Não se preocupe, iremos deixar a casa e algum dinheiro , você vai poder se virar sozinha...
Olhei para ele, sem dúvidas meus olhos estavam inchados e vermelhos, mas pouco me importei.
— Eu não quero a merda do seu dinheiro, muito menos a porra dessa casa ! - Gritei, surpreendendo-o pela minha atitude. Eu jamais fora uma pessoa se perder totalmente o controle.
— De qualquer modo, vamos deixar mesmo assim, caso você mude de ideia...
Ele me olhou com desprezo , e sumiu em um vulto do escritório.
Fiquei ali, chorando e soluçando, sem saber para onde iria. A raiva, o ódio e toda a dor da perda me dominava. Eu não conseguia imaginar que um dia os Cullen fossem me deixar, mas ao que parece, estava totalmente errada.

Flashblack 03
— Parem com isso! Merda, deixem-na em paz ! — eu podia ouvir os gritos, mas não sabia de onde eles vinham. Meus olhos continuavam fechados. Eu me sentia sufocada e sem vida. Podia sentir o chão úmido e frio embaixo de mim, mas não me importei com isso. Deixei meu corpo desabar e me encolhi, puxando meus joelhos para perto de meu peito e os abraçando, ficando em posição fetal.
— Brad, pare com isso ! —a mesma voz rosnou, e pude escutar risadas que me causaram arrepios, mas continuei de olhos fechados.

Rosnados ecoavam por todos os lados e pude escutar um barulho tão alto que me lembrou rochas se chocando, mas não sabia bem o que era...


Flashblack 04
De volta a Forks High School. O que eu estava fazendo lá? Já havia terminado o ensino médio...
Eu me movimentava em meio aos corredores da escola, acho que procurando alguma coisa, enquanto todos os olhares se voltavam para mim com desprezo. Algumas pessoas soltavam risinhos enquanto sussurravam com grupos de amigos e depois voltavam a olhar para mim.
Minhas sobrancelhas tentaram se unir quando minha testa franziu em tamanha confusão, o que estava acontecendo?
Apressei meus passos e decidi que seria melhor ir para a quadra aberta da escola. Estava um dia lindo, com um sol escaldante , no qual era raro se ver em Forks, então ao invés de ficar sob olhares , decidi que seria bom aproveitar o dia, longe de tudo. Talvez Seth estivesse por perto e pudéssemos tomar um café em um bistrô, ou ir para La Push e curtir a praia, quem sabe até salvar do penhasco, ele havia me dito uma vez que tinha vontade de fazer isso comigo...
Saquei meu celular e disquei o número do meu namorado.
"Pi pi pi.... Olá, no momento não posso atender, deixe seu recado"
Tentei de novo, e escutei um toque conhecido, o mesmo toque do celular de Seth, não muito longe dali. Continuei com o telefone próximo ao ouvido enquanto caminhava em direção ao toque, talvez eu estivesse louca ou coisa assim...
Arfei.
Eu queria mesmo estar louca, talvez assim eu sofresse menos com os remédios controlados e tudo mais. Seth estava aos beijos com uma garota ruiva. Eu nunca a vira, mas ela era bonita, isso eu tinha que admitir.
Cabelos em camadas com ondulações, algumas sardas no rosto, olhos castanho-claros e lábios finos e rosados.
— Seth... —eu sussurrei.
Ele escutou e se virou para me olhar. Ao menos pensei que ele fosse me dar uma explicação , mas ele sorriu irônico e se voltou para a garota.
— Te vejo mais tarde, Melanie — ele deu um beijo exagerado nela e logo começou a caminhar, me ignorando totalmente, depois fez um gesto com as mãos e mandou um beijo para a garota, não era típico dele fazer isso.
Mesmo aflita, eu o segui pela estrada. Ele podia me sentir em seus calcanhares e me olhou de rabo de olho, depois parou bruscamente e trincou o maxilar.
— O que você quer?! — cuspiu
— Seth eu...- hesitei, ele havia me traído, o que eu poderia falar ? "Por que ela?"ou" O que ela tem que eu não tenho? "
— Você disse que me amava... —foi tudo que consegui dizer.
Ele balançou a cabeça concordando algumas vezes , mas sua expressão ao se alterou.
— Olhe para você, é uma vampira agora e eu um lobisomem ! — ele riu da ironia — Eu quero uma família Ashley, filhos! Você não pode me dar isso, Melanie pode....
Me analisei pela primeira vez então. Pele pálida, brilhando como diamante a luz do sol. Eu tinha certeza de que meus olhos estariam cor de rubi e não dourados, e outra vez me perguntei se não estava em coma sonhando.
— Olha, eu sei que os Cullen te abandonaram, e odeio fazer isso com você mas... Você não será mais pra mim. — Se ao menos Caius não tivesse a transformado...
Ele me deu as costas sem nem esperar uma resposta, e eu fiquei ali, sem saber o que fazer.
Eu havia perdido minha família e meu namorado, que ótimo!

Flashblack 05

 

Brad entrou novamente no calabouço. Eu queria gritar, mas os Volturi não me protegeriam. Não eram os Cullen, cuidadosos e carinhosos comigo. Quis gemer com o pensamento, porque Carlisle havia me deixado ?

— Então boneca, essa noite será divertida — Brad foi me agarrando pelos cabelos e dando beijos gosmentos em meu pescoço.

Permaneci quieta e fechei os olhos, desejando que terminasse logo, mas a porta se abriu, e com o barulho procurei quem estava entrando, numa maneira desesperada de escapar dali.

— Alec! — gritei com o alívio — Alec, me ajude! — pedi. Ele ultimamente havia sido a única pessoa que me dava atenção, talvez realmente me ajudasse.

Alec sorriu. Seus olhos rubis estavam misteriosos e ele se aproximou, snetando na minha frente. Hesitou por um segundo, depois seus lábios encostaram nos meus e ele me beijou de forma violenta.

Eu o empurrei.

— O que está fazendo ?! — gritei

Mas já era tarde porque dessa vez não se tratava somente de Brad, mas de Alec também. Os dois me desejavam naquela noite e eu não poderia escapar.

Minha visão ficou embaçada naquele mesmo minuto e tudo que pude escutar foram meus gritos de desespero.

HOJE

Eu queria entender se tudo aquilo era verdade. Algo em minha consciência dizia que não, que alguém estava me fazendo ver tudo aquilo mas que Carlisle ainda me amava e que eu ainda pertencia a família Cullen. Eu também sentia algo forte dentro de mim gritando e tentando me lembrar que Seth me amava e o quanto ele fizera por mim. A única lembrança verdadeira ali era de David, mas a essa altura do campeonato minha mente estava bagunçada e confusa novamente, como se eu tivesse perdido a memória de novo e voltado a fase “ Ashley Volturi”. “Ah não! Por favor, que eu não seja realmente uma Volturi!” implorei para mim mesma, mas os flashes voltaram logo em seguida.

 

 


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Notas finais do capítulo

EXPLICAÇÃO DO CAPÍTULO PARA QUEM FICOU CONFUSO:
Brad tem o poder de manipular a mente das pessoas, apenas os flashblacks DATADOS são reais, o restante vocês vão entender nos próximos capítulos mas resumindo são imagens manipuladas e criadas por Brad para torturar Ashley!



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