Teatrinhos escrita por Inalcanzable


Capítulo 7
O amor dói


Notas iniciais do capítulo

Hey, como estão?
Perdão pela demora.
Só queria avisar: a fic vai sofrer uma tremenda reviravolta no próximo capítulo MUAHAHAHAHA
Boa leitura!



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Eu saí do banheiro e sentei-me no sofá. Afundei o rosto nas mãos e disse:

– Meninas... preciso falar com vocês.

Elas vieram rápido e Lupita perguntou:

– O que houve?

Eu contei tudo o que aconteceu na praia, inclusive a história de Diego.

– Mas qual é o mal disso? - perguntou Mia

– Pois é, também não entendi. - disse Lupita

– EU NÃO QUERO ME APAIXONAR! - gritei

– Mas... Roberta Reverte Rey! - disse Lupita - Você não pode se esconder em uma redoma de vidro a vida toda! Querendo ou não, um dia você vai se apaixonar sim! E não adianta tentar evitar!

– Ela tem razão Roberta! - concordou Mia - Qual é o mal de se apaixonar pelo Diego?

– Não existe mal nenhum em me apaixonar pelo Diego! - eu disse irritada - O mal é ele se apaixonar por mim! Eu não sei lidar com as pessoas, não sou boa em relacionamentos! Foi um milagre Lewis me aguentar por tanto tempo!

Elas se calaram.

– Roberta... - disse Lupita passando a mão em minha cabeça - Eu sei que.. você tem medo de magoar o Diego, principalmente porquê gosta dele, mas... o amor é assim. Você tem que correr riscos...

Balancei a cabeça e me afundei no sofá.

– A Lupe tem razão - disse Mia - Se você não se arriscar, se não sentir aquele frio na barriga, se não for consumida por aquela loucura boa de amar... qual é a graça do amor?

– O amor não é um palhaço - eu disse - ele não é engraçado. O amor machuca. São as coisas que mais amamos que nos destroem.

Lupita e Mia tentaram por uns dez minutos, convencer-me de que o amor é uma coisa boa. Mas eu não acreditava nelas. Como sofrer poderia ser uma coisa boa?

– Se eu der uma chance de me apaixonar vocês prometem que nunca mais vão fazer discursos sobre o amor? - eu perguntei

– Sim! - elas responderam em uníssono, ambas sorrindo.

– Ótimo. Vou procurar Diego pra irmos ao cinema. - eu disse - Tenho que andar rápido, já está escurecendo.

– Vai lá Beta! - disse Mia

– Encontre seu príncipe encantado! - disse Lupe

Procurei Diego por todo canto, mas não o encontrei. Já estava quase desistindo quando avistei Miguel e Giovanni.

– Hey! - eu gritei indo em direção a eles - Vocês viram o Diego?

– Sim, ele está... - começou Miguel

– Perto da sala de... - continuou Giovanni

– De onde? - perguntei irritada

– De teatro! - os dois responderam juntos

– É difícil dizer "Ele está perto da sala de teatro"? - eu disse me virando.

Corri em direção à sala de teatro.

Pode parecer bobeira, mas enquanto corria, senti uma coisa no meu peito. Uma coisa boa de se sentir. Meu coração batia acelerado, mas provavelmente era só por causa da corrida.

Parei de correr quando cheguei perto da sala de teatro, comecei a olhar ao redor procurando Diego. Eu sorria feito uma boba.

Acho que... não. É impossível se apaixonar tão rápido!

Mas eu acreditava que era isso.

Eu, Roberta Reverte Rey, estava apaixonada por Diego Bustamante!

Até que estar apaixonada não é tão ruim.

Como não encontrava Diego em lugar nenhum, decidi procurá-lo dentro das salas.

Procurei dentro de muitas salas e nada. A sala de teatro foi a última.

Certa de que ia encontrá-lo naquela sala, fui correndo até ela, sorrindo. Parece que quando você se apaixona, não quer parar de sorrir nunca! Já estava até imaginando como seria...

Toda a minha vida, eu escrevi histórias de romance, mas nunca estive apaixonada de fato. Só de ver a reação das mocinhas nos meus filmes preferidos, eu dizia para mim mesma: "Eu nunca vou me apaixonar. Parece pior que jiló!". Meus pais sempre riam desse meu comentário, mas eles sempre diziam que o amor vinha nos tempos mais inoportunos, que às vezes ele aparecia do nada e que às vezes ele sempre estava lá: só demorava para se revelar.

No meu caso, me apaixonei por Diego do nada. Ele era um cara legal.

Cheguei na sala de teatro, ainda com inúmeros pensamentos na cabeça, o meu coração ainda batia rapidamente. Estava com um sorriso de orelha à orelha e minhas mãos suavam.

Quando vi quem estava la dentro, meu sorriso se desfez como num passe de mágica.

Sim, eu tinha achado Diego.

Mas ele beijava outra garota.

A sensação boa que estava no meu peito, esvaiu-se lentamente, e uma tristeza se tomou conta de mim. Senti meus olhos arderem e um nó se formou em minha garganta.

– Diego... - disse levando a mão à boca. Minha voz saiu cheia de dor.

Os dois se separaram e Diego arregalou os olhos quando me viu.

– Roberta - ele começou, mas não queria ouví-lo. Saí correndo dali, soluçando violentamente.


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Notas finais do capítulo

Coitadinha da Roberta
Eu sou muito cruel
Gostaram?



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