Teatrinhos escrita por Inalcanzable


Capítulo 6
Precisávamos colocar as ideias no lugar!


Notas iniciais do capítulo

Demorei né....
Foi mal, estava sem ideias... espero postar mais aqui!
Bem... boa leitura!



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Meu telefone começou a tocar e Diego olhou pra baixo, se afastando de mim.

– Quem ousa interromper esse momento? - deixei a pergunta no ar e olhei o visor do meu celular: Lewis

– Quem é? - Diego perguntou-me

– Lewis... - eu respondi, sem graça

– Ah, seu ex, né? Vejo que fizeram as pazes

Desliguei o celular.

– Não atendeu por que? - ele perguntou

– Porque tenho uma pessoa muito melhor na minha frente – respondi –, e é claro que eu te perdoo

Ele abriu um sorriso largo. E lindo, mas isso não vem ao caso.

– É... é sério?

– Sim. Depois de tudo que você me disse... não sei como poderia ficar brava com você – eu respondi

Ele se aproximou de mim e me...

Abraçou.

Não que eu quisesse que ele fizesse outra coisa, acho que era completamente o contrário. Eu queria abraçá-lo. Nada mais.

Ele me envolveu nos seus braços, e assimilei seu corpo ao de meu pai: forte, mas não muito; ele me abraçava do mesmo jeito que meu pai, eu me sentia segura nos braços de ambos.

Senti sua respiração no meu pescoço e pensei "meu pai não faz isso quando me abraça", e dei uma risadinha. Pelas cócegas, e pela semelhança incrível dos dois.

– O que foi? - ele perguntou, sem separar o abraço

– Cócegas. E eu estava pensando em como você é parecido com meu pai.

– Ah, é mesmo?

– É mesmo

– Bem, depois você me diz as semelhanças, agora quero entrar no mar. Vem comigo?

– Ah... bem... eu... estou sem biquíni e... não sei nadar

– Então a gente fica só na beira, molhando até as canelas, que tal? - ele propôs

– Tudo bem – eu disse

Ele estendeu sua mão e eu a segurei, entrelaçando nossos dedos. E fomos caminhando pela beira do mar, com as ondas batendo em nossos pés.

Em outra ocasião, se alguém tivesse me dito que eu conheceria um garoto na minha festa de aniversário, que ele faria uma aposta pra ficar comigo, e que caminharíamos com os dedos entrelaçados numa praia deserta, eu não acreditaria.

Mas com Diego aquilo não parecia estranho ou precipitado... parecia bem... natural.

Eu recebi algumas mensagens de Lewis enquanto andávamos, e eu já estava ficando enjoada daquilo.

– Que é, só porque fizemos as pazes ele acha que pode me ligar de cinco em cinco minutos pra saber onde eu estou? Ah, vai catar coquinho – eu disse pro meu celular, quando o desliguei

– Fala sozinha? - Diego me perguntou

– Sim, às vezes. Você não?

– Não, eu sou uma pessoa normal

– Ah, que pena. Nunca encontrei ninguém que falasse sozinho.

– Isso é triste, mas agora me diz, quais são minhas semelhanças com o seu pai?

– Bem... - disse e pensei um pouco. Eu diria que me sinto segura no abraço dele? Não, isso seria mal interpretado com certeza – você é divertido, gosto de conversar com você...

– Só isso? - bem, não. Não é só isso, eu adoro passar o tempo com você, seu corpo parece muito com o do meu pai, me sinto segura com você, e também tenho um carinho inexplicável. Tá bom isso? Ou quer mais?

Claro que eu não disse isso

Não, eu simplesmente disse:

– Ah... sei lá...

Ele suspirou e olhou pra frente.

Não sabia o que faríamos agora.

Íriamos embora? Ficaríamos na praia?

Essas perguntas começaram a rondar minha cabeça e nem percebi quando ele se esborrachou no chão.

Mentira, eu percebi sim.

Percebi, e comecei a rir da cara dele.

Diego estava com a roupa e o cabelo todo molhado e a areia tinha grudado em sua pele. Sua camisa branca, também cheia de areia, estava mais ou menos transparente e grudava em seu corpo.

Eu me peguei olhando para aquela cena, rindo, mas meio paralisada.

– Para de rir e vem me ajudar! - ele reclamou

– Tá tão velho que não consegue mais se levantar, é? - perguntei

– Vem logo!

Ele estendeu os braços e eu os segurei, tentando levantá-lo, mas ele me puxou e eu caí em cima dele. Então, uma onda veio e me molhou toda.

Eu gargalhava ainda mais, e ele também. Deitei a cabeça no seu peito, pois estava precisando de todas as minhas forças pra segurar o riso, que insistia em vir.

– Seu idiota – murmurei depois que parei de rir

– Também te amo – ele respondeu

Olhei pra ele, espantada.

Como assim, também te amo?

Vi que ele corou violentamente, como eu.

Eu ainda estava em cima dele, e, naquele momento, nossas cabeças estavam muito próximas umas das outras. Nossos narizes estavam quase se roçando.

Ele olhava pra minha boca e eu examinava cada sentímetro de seu rosto.

Deus, como ele era lindo.

Foco, Roberta!

Ah, que se dane o foco!

Ele foi aproximando sua cabeça da minha, e quando nossos lábios estavam prestes a se tocar, uma onda veio e nos cobriu totalmente.

Engolimos muita água, e começamos a tossir. Eu saí de cima dele, queria ficar longe daquelas ondas que interromperam aquele momento – quase – perfeito.

Ele se levantou e tirou a camisa.

Me peguei olhando para seu corpo novamente. Desviei o olhar e me repreendi mentalmente, enquanto ele torcia a camisa e a colocava de novo.

– Acho que suas espectativas de ficar seca foram por água abaixo – ele disse, ainda meio envergonhado. Não sei se era pelo – quase – beijo, ou pelo "também te amo"

– Ahn.... Diego? - o chamei – Que tal a gente... a gente passar no meu apartamento, tomar um banho e ir no cinema?

Ele pensou um pouco e respondeu:

– Bem, podemos passar no meu apartamento pra eu pegar uma roupa? E talvez eu tome um banho por lá também.

– Ah, ok. Combinado?

– Sim – ele disse – Vamos embora

Eu não queria ir embora naquele momento, mas ele parecia tão sem-graça por causa daquela maldita frase que eu gostei/me assustei tanto de ouvir.

Decidi que seria melhor deixá-lo pensar um pouco.

Também contaria tudo para Mia e para Lupita, saber a opinião delas.

Nós saímos daquela praia e fomos, cada um, a seus respectivos apartamentos.

Fui direto pro banheiro tomar um banho. Depois eu contaria tudo pras meninas. Naquele momento, precisava por a cabeça no lugar, precisava saber o que eu sentia por Diego.

Deixei a água correr pelo meu corpo, e me dei conta de que tinha areia até no meu cabelo. O lavei e deixei a água cair sobre ele, repetindo os acontecimentos daquele dia.

Acabei de tomar banho e fechei o chuveiro. Suspirei e me enxuguei.

Não seria o suficiente conversar com as meninas, eu precisava de uma opinião masculina.

Só não sabia onde eu a acharia.


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Notas finais do capítulo

Haha, decepcionados por não ter rolado nada?
Bem, mas fora isso, gostaram?
Hum... Diego com ciúmes do Lewis!
Cara chato. Fica ligando pra Roberta, pensando que é dono dela, né?



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