Diário de Uma Bruxa - 2° Temporada escrita por Unseen


Capítulo 9
Suspense


Notas iniciais do capítulo

OIN

Sorry a demora, eu tirei aquelas férias



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Acordei mais uma vez com os gêmeos fazendo barulho. Suspirei e tentei ignorar, mas eles perceberam que eu tinha acordado.

– Ah, finalmente, Bela Adormecida.

– Você dorme muito.

– Muito mesmo.

– Umas 13 horas por dia.

– Você dorme demais.

Resmunguei algo que se era impossível de entender e me virei de novo, colocando um travesseiro na cara e jogando outros neles. Infelizmente, eles começaram a pular na cama e quase me esmagaram, então desisti e resolvi me levantar. Esfreguei os olhos e bocejei. Arrumei a cama, mas os gêmeos a reviraram de novo, então apenas balancei a cabeça e sai do quarto.

O lugar estava quieto e escuro, totalmente vazio. Franzi a testa e me virei para Fred – só sabia que ele era Fred por usar um suéter com um “F” bordado – perguntando:

– Onde está todo mundo?

– Tonks está ajudando a minha mãe na cozinha. – ele respondeu.

– Moody, meu pai, Sirius e Harry foram para o tribunal. – Jorge se meteu.

– Lupin e Hannah saíram para comer algo em um restaurante trouxa. – evitei um sorriso, imaginando o estado de felicidade plena em que ela estaria agora.

– E Rony e Hermione estão na biblioteca.

– Ah, e mais uma coisa – Fred me entregou um pedaço de papel e eu o desdobrei – Harry deixou isso antes de ir.

Li:

Fui para o Ministério com Moody, Sr. Weasley e Sirius. Não se preocupe, vai ficar tudo bem.

PS: Cuidado, os gêmeos podem ter feito algo com o papel.

Ao mesmo tempo que li isso, um monte de pó cor de rosa voou na minha cara, entrando no meu olho.

– PUTA QUE PARIU. – eu gritei, e os gêmeos começaram a rir. Tentei limpar os olhos, mas ainda estava cega pelo pó. Eles queriam me matar? Finalmente consegui tirar e dei alguns chutes nos ruivos.

Depois disso, suspirei, morrendo de tédio e voltei para o quarto, dessa vez sozinha para trocar de roupa. Pensei em colocar um suéter da Sonserina, mas não achei uma boa ideia. Assim que desci, encontrei Molly e Tonks, cozinhando batatas que pareciam deliciosas. Perguntei se poderia ajudar e ela apenas balançou a cabeça, recusando. Quando insisti, ela riu e respondeu:

– Me concentrar aqui é a única coisa que me impede de matar esses dois. – ela fez um gesto para os gêmeos e jogou um pouco de orégano na panela. Assenti, saindo da cozinha e me dirigindo a biblioteca. Os gêmeos me seguiram.

Rony estava resmungando algo num canto e Hermione lia um livro no canto. Andei por algum tempo, enquanto ouvia Fred e Jorge resmungando com Rony. Um livro me chamou a atenção. Ele estava no topo de uma estante, e era grosso e empoeirado. Estava alto demais para pega-lo, então peguei minha varinha.

– Virgardium Leviosa.

Para a minha surpresa, ele não se moveu. Franzi a testa e repeti o feitiço. E repeti.

– VINGARDIUM LEVIOSA, LIVRO IDIOTA! – perdi a paciência.

Então Hermione percebeu o que estava acontecendo.

– Posso tentar? – ela se levantou e pegou a varinha, e eu murmurei um “sim”. Eu estava envergonhada e ao mesmo tempo confusa. Era um feitiço tão básico, tão simples, por que não conseguia fazer o maldito livro flutuar?

– Vingardium Leviosa. – ela balançou a varinha com leveza e elegância, mas ainda sim ele não flutuou. Ela pareceu aborrecida e repetiu o feitiço várias vezes, como eu.

– Ele deve ser protegido. – conclui, pegando uma escada e resolvendo fazer do jeito trouxa. Subi ela com cuidado – nunca fui muito boa quando se tratava de equilíbrio – e peguei o livro, extremamente pesado, descendo da escada. Todos pareciam meio curiosos, e me sentei no chão para ler. Infelizmente, estava fechado com algum tipo de feitiço. Resmunguei.

– HERMIONE! – ela me ouviu e se aproximou, mais uma vez largando o livro que lia.

– O que foi agora?

– Você sabe algum feitiço para abrir essa coisa?

– Por que saberia?

– Porque você é a mais inteligente aqui, esqueceu?

Ela assentiu, nem um pouco modesta e se sentou ao meu lado, tentando alguns feitiços básicos, mas nenhum deles funcionou. Depois usou alguns mais difíceis e por fim, alguns que eu nunca tinha ouvido falar.

Nenhum deles funcionou e ela desistiu.

– Se não te conhecesse, diria que não consegue. – provoquei e ela se virou, seus olhos brilhando com o desafio.

Depois disso, ela pegou vários livros de feitiços e começou a ler, procurando um que funcionasse. Enquanto isso, joguei um pouco de xadrez bruxo com Rony. Não conseguia me concentrar direito, pois o livro parecia me chamar e me provocar.

Balancei a cabeça e afastei esses pensamentos.

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P.O.V. Hannah

Ai meu Merlin, eu acho que vou ter um ataque cardíaco, segura meu forninho.

Na noite anterior, enquanto todos estavam dormindo, ele tinha aparecido na porta do meu quarto, visivelmente nervoso. Tentei não sorrir, pois seria cruel. Ainda sim, estava meio feliz por ele estar nervoso ao falar comigo. Trocamos um breve “oi” e depois de um tempo em um silêncio constrangedor, ele me perguntou se queria ir comer algo trouxa com ele no dia seguinte. Meu coração quase parou e eu disse um “sim” meio alto demais. Abafamos uns risos, trocamos um boa noite e ele foi embora.

E ali estava eu, indo para o tal restaurante com ele.

– Você está bem? – perguntei. Ele estava meio pálido e era desnecessário dizer que estava nervoso pra caralho.

– O que? – ele me olhou – AH, sim, sim. E você?

Soltei uma risada.

– Bem.

Sentamos e ficamos nos encarando por um tempo.

– Então... – eu falei - ...qual a ocasião?

Ele pareceu mais nervoso ainda.

– Nenhuma. Só queria ficar um tempo com você sem o pessoal em volta. – ele não parecia estar falando a verdade.

Assenti, muito mais confortável do que ele.

Pedimos algo que parecia bom – sim, eu julgo comida pelo nome – e então ficamos sem assunto de novo.

– Ahn...Remus...

– Sim? – ele olhou pra mim rapidamente.

– Tem certeza de que está bem?

– Sim. Claro. Com certeza.

– Certeza? – ri – Você está pisando no meu pé.

– AH, me desculpe.

– Não é nada. – olhei em seus olhos, sorrindo.

Depois de alguns minutos, quando a comida chegou, ele colocou a mão no bolso, mas quando puxou algo de lá, esse algo caiu. Olhei para o objeto pequeno no chão, mas ele bloqueou a minha visão, o pegando e parecendo ainda mais nervoso.

– O que é isso? – perguntei, curiosa.

– É... – nunca o tinha visto mais nervoso. Normalmente ele era até bem calmo quando conversava comigo, mas desde o dia anterior ele estava...bem, muito mal. – Hannah, você...quer casar comigo?

Então ele me estendeu o pequeno objeto, que vi ser um anel.

PUTA MERDA, EU NÃO ACREDITO.

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P.O.V. Louise

Finalmente, Hermione levantou com um outro livro enorme e empoeirado e gritou que tinha achado algo.

Fui atrás dela. Ela pegou o livro protegido no chão e colocou ambas as mãos em cima dele, fechando os olhos e murmurando palavras que eu não entendia. Claramente, ela tinha memorizado elas. O livro se abriu como que se uma rajada de vento o tivesse aberto.

– Prontinho. – ela disse, radiante, enquanto estávamos boquiabertos.

O livro ainda parecia me chamar, então fui até ele e o abri.


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Notas finais do capítulo

~~SUSPENSE~~

MUAHAHAHAHAH - HANNAH IS DEAD