– TÁ MALUCA, MULHER? – Ellen gritou, e o menino na Sonserina que a segurava, teve de se esforçar para ela não pular no rosto de Dolores – ISSO É ILEGAL!

Umbrige não parecia ligar.

– O que Cornélio não vê, Cornélio não sente.

Ela bufou, se debatendo mais ainda. Achei que o menino cairia no chão.

– MOÇA, ACHO QUE VOCÊ TEM ALGUM TIPO DE DESABILIDADE MENTAL. Sabe o que é ilegal? Algo que não é LEGAL, NÃO É BOM, NÃO É PERMITIDO, NÃO É COOL, NÃO É URBAN CONCEITUAL!

– Ellen... - Rony a encarava com um poker face enorme. Ela revirou os olhos.

Snape também não parecia se importar muito por não ser "urban conceitual", e já estava se virando para sair da sala quando Harry gritou:

– Eles o pegaram! Pegaram Almofadinhas!

Cala a boca, Harry.

– Almofadinhas? – Dolores se virou para Severo – Do que ele está falando?

Snape hesitou e olhou pra mim, mas assim que entendeu minha expressão de “fica quieto”, respondeu:

– Não faço a menor ideia. – e foi embora.

Quase suspirei de alívio, mas achei que não pegaria bem.

– Não! – Harry se debateu e se jogou pra frente, mas o feitiço de Umbrige ainda o prendia à cadeira.

– Agora, senhor Potter... – ela estendeu a varinha - ...é melhor falar.

Ele continuou calado, e eu comecei a suar frio. Nós tínhamos de sair dali logo, ou o plano todo daria errado. E Lorde das Trevas não ficaria feliz.

– Harry! Conta pra ela! – para a minha surpresa, foi Hermione quem gritou isso. Todos os olhos focaram nela.

– Contar o quê? – Dolores a lançou um olhar maníaco que me assustou um pouco. Hermione hesitou.

– A arma secreta de Dumbledore.

Opa. Isso é mais interessante. Pode falar.

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Então, lá estávamos nós, na Floresta Proibida com Dolores Umbrige.

Um vento frio passou, me dando calafrios. Com desgosto e certa melancolia, pensei em como seria bom se estivéssemos na lareira, com uma xícara de chocolate quente e uma bandeja de biscoitos, com a cabeça de Dolores emoldurada na parede.

– Já estamos...chegando... – Hermione parou no meio da frase quando encontramos uma grande árvore, com uma corda gigante e partida.

Era isso? Uma árvore? Quer dizer, eu já tinha ouvido trouxas falando sobre o “poder da natureza", mas...eu acho que não.

– O quê? – a maníaca se virou para nós – Tentaram me enganar?

– Não, nós... – Rony começou.

– Como ousam?!

Permaneci em silêncio, assim como os outros, e quando achei que ela nos mataria e esconderia nossos corpos na floresta, ouvimos um som estrondoso. Era como centenas de cascos batendo contra os galhos caídos no chão.

Aaah, centauros.

Centauros?

Sim, eram centauros.

Eles apareceram no topo da colina, dezenas deles, talvez centenas. Um deles me encarava de cara feia. Engoli em seco e sorri, nervosa.

– Oi... – às vezes eu faço um facepalm mental pra mim mesma.

– Pra longe, selvagens! Isso é assunto do Ministério! – ela levantou a varinha e gritou um feitiço quando um deles se aproximou. Uma corda se materializou e enrolou-se em seu pescoço, o enforcando. Ele caiu no chão, agoniado.

– VOCÊ ESTÁ MACHUCANDO ELE! – Hermione (de novo, para a minha surpresa, já que ela é sempre uma mosca morta e sabichona) pulou em direção ao centauro e tentou desatar a corda.

– Agora... – Dolores, disse, com outra daquelas expressões psicóticas - ...vocês vão sofrer as consequências!

Então, um gigante saiu de trás das árvores e agarrou a mulher.

EPA.

– SOCORRO, QUEM É ESSE SER?! – Ellen gritou, enquanto eu estava boquiaberta demais pra fazer algo. Rony foi ajudar Hermione com o centauro.

– O meio-irmão de Hagrid, Grawp.

– ...meio-irmão? – perguntei, ainda observando o gigante que examinava Dolores.

– ME SOLTE, SEU SELVAGEM! – ela esperneava, mas era indefesa. Ele a soltou.

Mas em cima dos centauros, que a pegaram e a arrastaram para dentro da floresta.

E, Graças à Merlin, foi a última vez que eu vi ela.