P.O.V. Louise

Fiquei andando pelo castelo por horas, pensando no que fazer. Finalmente, tomei coragem e respirei fundo, indo para o dormitório.

Eram três da manhã, todos dormiam. Para a minha alegria, ele também. Estava com a cabeça apoiada no braço, roncando.

Por quanto tempo tinha me esperado?

Balancei a cabeça, afastando aquele pensamento, e subi as escadas o mais silenciosamente possível, para que não o acordasse. Mas, como eu sou sortuda, pisei em um degrau velho que rangeu. O vi abrir os olhos lentamente, sonolentos.

– Louise?

Saí correndo escada acima e entrei no dormitório feminino.

Silenciosa como um ninja.

Não dormi, mesmo que tentasse, imaginando o que teria de fazer. A “conversa” com Lorde das Trevas tinha sido...bem, não tinha sido muito divertida.

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“Pasma, minha boca se escancarou com seu pedido.

– Eu...eu não posso fazer isso.

Podia sentir sua raiva.

Está se apegando demais ao que nem mesmo conhece, menina.

Balancei a cabeça.

– Não importa eu...ele nunca me perdoaria.

Ele não precisa saber – emitiu um som que parecia uma risada, porém, era seca e fria – Você sabe o feitiço.

Hesitei, e ele provavelmente sentiu minha indecisão.

Não me obrigue à chantageá-la, Louise. Porque eu posso.

– O que quer dizer? - perguntei, com medo.

Ouvi outra risada, mas essa gelou a minha espinha.

Só uma palavra, Louise. E ele morre. E pode ter certeza de que eu vou garantir de que seja feito bem na sua frente.”

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Fugi de todos, até mesmo Ellen, durante as aulas. Sempre que algum deles se aproximava ou me chamava, eu fingia que não ouvia e ia para outro canto.

Então eu vi Harry, nervoso e ansioso. Eu sabia o que significava.

O plano tinha começado.

– Louise! – ele correu até mim, e dessa vez, não me afastei. Ele estava ofegante. – Eles pegaram! Eles o pegaram!

– Harry, se acalme e conte direito. Pegaram quem?

Ele tentou se controlar dessa vez, mas sua voz estava incerta.

– Sirius.

Fiz uma cara mista de surpresa e medo.

– Onde?

– No Ministério, nós temos de ir!

– Harry! – Hermione puxou seu braço – E se for o que ele quer? E se ele estiver colocando essas coisas na sua cabeça?

Cala a boca, Hermione, é por isso que ninguém gosta de você. Só o Rony. Mas ele é burro.

– Ele é minha única família, Hermione. Eu tenho de ir.

– Eu concordo com Harry. – Ellen , sempre brincalhona, parecia estranhamente séria agora.

Vi Rony hesitar.

– Então nós vamos com você.

Assenti.

– Eu também.

Hermione pareceu meio aborrecida por ninguém ouvir, mas revirou os olhos e suspirou.

– Tá.

Harry sorriu, mas a felicidade durou pouco.

– Onde pensam que vão? – Dolores apareceu, com seus guarda-costas.

Essa mulher fica sabendo de tudo, não é possível.

Fomos levados à sala dela, mais uma vez. Ela nos faria escrever com aquela pena de novo? Se tentasse, eu provavelmente perderia o controle e escreveria na testa dela.

Infelizmente, não era isso.

Ela amarrou Harry à uma cadeira e mandou um dos meninos chamar Snape.

– Então... – começou – ...onde está?

Ahn

– Onde está o que? – ele perguntou, incerto. Ninguém parecia estar entendendo nada.

– Você sabe o que é! – ela bradou, ao mesmo tempo que o professor chegava.

– Mandou me chamar? – perguntou, com sua voz melancólica, e olhou pra mim como se soubesse de tudo. Ele provavelmente sabia.

– Preciso de mais um pouco daquela sua poção, Severo. – ela sorriu – Alguns alunos não querem abrir o bico.

Ele hesitou.

– Infelizmente, usou a última na senhorita Cho.

Aaaaah, entendi.

– Como assim “a última”? Você não tem um estoque?!

Achei que Snape fosse bater na cara dela, mas pra minha tristeza, se limitou a suspirar.

– Você interrogou mais da metade dessa escola, Dolores. Meu estoque não é eterno. Mas talvez, se é tão experiente com poções, possa preparar mais por si mesma.

– BURN, BITCH! - Ellen gritou, rindo.

Tive de segurar minha risada, e achei que minha cabeça fosse explodir. Umbrige parecia muito puta.

– Então, não tenho escolha... – ela não parecia triste - ...terei de usar a maldição Cruciatus.