Diário de Uma Bruxa - 2° Temporada escrita por Unseen


Capítulo 19
A Armada de Dumbledore


Notas iniciais do capítulo

Oin
Escrevendo outro capítulo porque estou boladíssima com o final do filme de “Instrumentos Mortais”. Me sinto revoltada.
Boa leitura! ^^



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P.O.V. Louise.

Nossos narizes se tocavam, e eu podia sentir seu cheiro suave, como chuva de verão. Ele estava se aproximando...

...até que um gato demoníaco pulou em seu rosto.

– TERRANCE!

Ele arranhava o rosto de Draco, caído no chão, e miava e chiava como louco.

– TERRANCE, GATO MAU! – o puxei, libertando Draco – GATO MAU!

Ele pulou para o chão e olhou pra mim com um olhar divertido, como de dissesse “eu sei que sou mau”. Começou a lamber a pata.

Ajudei Draco a se levantar, e vi que seu rosto estava cheio de aranhões. Felizmente, nenhum deles era profundo.

– Qual o problema dele?

– Ele não gosta quando você chega perto de mim. – Ri, pegando o gato do chão. Ele ronronou – Vamos voltar antes que venham nos procurar.

Ele concordou, e fomos andando até o dormitório. Fiquei perdida em pensamentos: Se Snape e Lílian não eram meus pais, quem eram? Tiago e alguém...

Pensei na conversa que Draco tinha ouvido. Snape estava se comunicando com Você-Sabe-Quem, e ele sabia que eu ainda estava indecisa sobre que lado ficar. Ele realmente tinha uma conexão com Harry e eu.

Merda.

Trocamos um “boa noite” e subi as escadas em direção à minha cama.

Depois de tanto tempo, eu consegui dormir.

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A cada dia que passava, eu me sentia mais forte e melhor, e concordei em deixar a história do livro apenas entre Draco e eu. Não comentei nada da conversa entre Severo e o Lorde das Trevas com Harry, e me limitei a dizer que tinha “dado um jeito” de me livrar daquele livro.

Infelizmente, as coisas na escola só pioravam.

Aquela mulher de roupa ridícula distribuía punições para qualquer infração boba, e colocava regras e mais regras que nos sufocavam. Até mesmo Snape parecia ter se cansado dela, mas Filch ainda a admirava.

Então aquele dia foi o último.

Eu estava falando com Ellen no pátio.

– Eu não aguento mais estudar, desde que aquela mulher chegou aqui, nós temos provas aos montes! – ela resmungou, brincando com uma joaninha.

– Alguém devia dar uma lição nela. – acariciei Terrance, no meu colo – Os gêmeos disseram que...

– O que é aquilo? – ela me interrompeu, apontando para uma multidão que se reunia no centro do pátio – Nossa, imagina se estão fazendo uma festinha sem a gente!

Eu ri e me levantei, colocando Terrance no banco.

– Vamos lá ver.

Ela resmungou algo como “agora não, estou com preguiça” e eu revirei os olhos, a puxando à força até a multidão. A joaninha voou.

– Mas...eu trabalho aqui há anos! Não pode me mandar embora! – professora Trelawney segurava uma mala, chorando – Por favor...

– É uma pena, queridinha...mas eu posso. – Dolores disse, soltando uma risadinha estridente. Tive de segurar Ellen para ela não voar no seu pescoço.

– Odeio estragar, Dolores, mas você não pode. – Dumbledore chegou, divando - Do seu posto, pode demitir um professor, mas não tira-lo da escola. O terreno é posse do diretor. E posso ser velho, mas me lembraria se fosse a diretora.

Murmúrios agitados e risos percorreram a multidão, e Umbrige pareceu indignada, trincando os maxilares.

– Por pouco tempo. – e saiu andando.

–WOOOOO – Ellen jogou as mãos pro ar – QUE MEDINHO!

– Ellen! – disse, achando que ela seria punida. Porém, todos começaram a rir, e Umbrige se limitou a erguer a cabeça e andar mais rápido. Até Dumbledore parecia estar se divertindo.

Harry se aproximou.

– Temos de fazer alguma coisa. – ele sussurrou - Ela não está brincando quando diz que falta pouco para se tornar diretora.

– O que está planejando fazer? – perguntei, meio nervosa.

– Precisamos treinar os alunos. Voldemort pode atacar à qualquer momento, e ela não está nos ensinando muita coisa.

– Não podemos, Harry! – sussurrei – Ela vai descobrir. Fudge está paranoico, acha que Dumbledore vai roubar seu lugar. Se ela descobrir, vão nos tomar por uma Armada!

Ele pareceu pensativo.

– Hm...Armada...Armada de Dumbledore. Que tal?

Revirei os olhos.

– Você está me escutando?!

– Estou sim. Obrigada pelo ótimo nome. – ele riu e saiu andando.

Desisti e me virei. Ellen e Neville conversavam animadamente. Me aproximei para ouvir melhor.

– ...essas provas estão me matando! – ela fez uma careta – Principalmente Herbologia.

– Verdade? – me intrometi – Neville é ótimo em Herbologia.

– É? – os olhos de Ellen brilharam. Ele (sempre com aquele jeito sem graça e tímido) assentiu.

– Hm...na verdade sim. Se quiser eu posso te ajudar.

Ela sorriu, radiante.

– Você faria isso? Muuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuito obrigada, Nev! – ela o abraçou – Obrigadinha, obrigadinha e obrigadinha, você salvou a minha vida!

Ele corou.

– Hm...n-não foi nada...

– Então, depois do jantar na biblioteca. Tudo bem? – ela não o deixou responder – Certo! Até lá então!

E saiu andando. Neville me encarou e eu balancei os ombros, indo atrás de Ellen.

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Apesar de todos os meus protestos e contra-argumentos, lá estávamos nós, naquele pequeno casebre com cheiro de cabras. Na verdade, tinha uma cabra lá.

Harry tinha reunido a todos para uma reunião de emergência, sobre a tal “Armada de Dumbledore”. Encostei na parede, suspirando. Todos estavam em silêncio.

– Então... – ele começou - ...precisamos treinar. O Ministério tem medo de que possamos lutar contra ele, mas tem algo pior com que temos de lutar.

– Voldemort. – Ellen disse, e o ambiente pareceu mais frio. Revirou os olhos – Nossa, vocês são tão medrosos!

– E por que deveríamos acreditar que ele voltou? – um garoto seboso de terceiro ano perguntou.

– Porque, se não acreditarem, vão acabar fazendo parte da pilha de cadáveres que um dia foi sua família e amigos. – eu disse, aborrecida.

– Louise.

– Desculpe. Continue.

Ele assentiu.

– Bem, eu não tenho nenhum argumento melhor do que o da Louise.

– O que aconteceu com Diggory? – alguém na multidão falou. Sempre que diziam o nome dele, eu congelava, minha espinha sendo atingida por um calafrio. Harry olhou pra mim.

– Você está bem?

Assenti.

O silêncio abateu o lugar. Suspirei.

– Vamos logo, Harry, só estão aqui porque são um bando de fofoqueiros curiosos.

– Não.

Encostei na parede de novo. Draco não estava ali, dissera que não podia ajudar uma organização contra Você-Sabe-Quem quando estava do lado dele. Eu tinha sido obrigada por Harry a ir.

– Se virem conosco, vão aprender algo. – Hermione disse –Se continuarem com Dolores, vão ser apenas bruxos ignorantes sem defesa pessoal.

Silêncio.

– E quem vai ser nosso professor? – o seboso perguntou.

– Harry, obviamente. – Ellen disse – Credo, vocês não veem? Quando tinha só doze anos, conseguiu recuperar a pedra filosofal!

– No segundo ano, ele salvou Gina na Câmara Secreta.

– E ano passado, lutou contra Voldemort pessoalmente. – Luna completou.

– Eu já vi ele conjurando o feitiço do patrono. – Hermione colocou a mão em seu ombro – Está mais que claro que ele é capaz de nos dar aula.

Harry olhava pra mim procurando ajuda. Balancei os ombros.

– Ele já salvou a minha vida mais de uma vez.

– Eu...eu não consigo. – ele falou.

– Cala a boca, consegue sim. – Ellen colocou a mão na sua cara – Quem está com a gente?

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Sugeri que usássemos a Sala Precisa, e todos os dias íamos até lá treinar. Depois das aulas, íamos jantar e depois disso, Neville ajudava Ellen (que era incrivelmente inteligente, mas tinha uma incapacidade inacreditável de entender Herbologia)

Eu acompanhava tudo aquilo sem dificuldade. Menos quando chegamos à aula dos patronos.

Todos, até mesmo o seboso tinha conseguido. Bati o pé no chão, irritada, pois não estava acostumada à não conseguir as coisas. Sim, talvez eu fosse um pouco mimada.

– Pense em algo feliz, Louise. Pelo amor de Merlin.

– Estou tentando! – balancei a varinha com violência.

– É pra sacudir, não arrancar o olho de alguém! – ele segurou minha mão.

Suspirei, cansada e frustrada.

Eu já tinha pensado em Cedrico, mas as memórias que tinha dele eram todas tristes agora. Tentei pensar nos dias de verão, nos jantares de Halloween, em Harry...quer dizer, ele era meu irmão. Eu devia ficar feliz, não?

Nada tinha funcionado.

Uma loba brilhante voou na minha cara, latindo e esvoaçando. Ellen dava risinhos.

– Ellen, será que dá pra parar de esfregar a sua loba na minha cara?

– Não! – ela riu e saiu dançando.

Encostei na parede, exausta.

– Eu não consigo, Harry.

– Pare de falar que não consegue e tente de verdade. Anda, levanta. – me levantei e respirei fundo – Relaxe, feche os olhos e pense no que mais quer agora.

Obedeci.

– Hm...uma coxa de frango. – ri.

– Louise.

– Ok. Foi mal. – me concentrei e a imagem pulou na minha cabeça.

Era o rosto sorridente de Draco.

Abri os olhos, assustada.

– Louise? Você está bem? Está vermelha.

– Hm...e-estou. Certo.

Fechei os olhos de novo e me esforcei ao máximo para não pensar nele. Não funcionou.

Ah, que seja, pensei, me concentrando em seu rosto. Estendi a varinha e gritei o feitiço.

Senti aquela imagem fluir como sangue nas minhas veias, e quando abri os olhos, vi uma grande cobra manchada. Ela rastejou no ar, seus olhos brilhando e me encarando. A loba de Ellen correu em volta dela, como se a chamasse para brincar. Minha cobra apenas sibilou como se dissesse “Não tenho tempo pra isso, sai daqui, cachorra fedorenta”.

Sorri, feliz por finalmente conseguir ter realizado o feitiço e meio confusa pela imagem. Quando penso em “o que eu mais quero”, Draco não é a primeira opção.

Talvez eu estivesse errada.


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Notas finais do capítulo

Esse capítulo deve tá muito noiado, to escrevendo com sono. E tem um mosquito chato que fica voando na minha cara, PUTA QUE PARIU.
SOCORRO, eu taquei um chinelo nele e ele quicou na parede e foi na minha cara, tô rindo de mim mesma NKJMSAINORIJASOJR
Pelo menos ele morreu :’)
Bye o/