Diário de Uma Bruxa - 2° Temporada escrita por Unseen


Capítulo 12
Bônus - Feliz Natal!


Notas iniciais do capítulo

Não é exatamente 3.000 palavras, but...
HEY HEY, OLHA O PRESENTE AÍ :v
Hey, Tomoyo, sorry a resposta curta do capítulo anterior e-e eu ia escrever mais, só que o Nyah bugou e só enviou aquilo. Enfim, respondendo o review agora: Isso será explicado nos próximos capítulos, não se preocupe :3 Feliz Natal!
Enfim, eu vou destruir o coração de todo mundo que gostava do shipp LouxCed (Cedise, seila) KKKKKKK VOCÊS VÃO MORRER, FALANDO SÉRIO
E GENTE, OLHA QUE FOFO O QUE A INGRIDEW FEZ: http://kainkain.deviantart.com/art/MyStyle-2-501742894
TÔ VOMITANDO ARCO-ÍRIS ATÉ AGORA :v É minha nova capa do Fb jaijreoiajsiorjhsar
Enfim, boa leitura! ^^



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Mama tinha mandado eu me arrumar pra ceia de Natal, então corri escada acima, coloquei um vestido vermelho e um dos nossos elfos domésticos, Patyr, arrumou meu cabelo, o penteando com uma escova de prata. Ele era o mais gentil, e gostava muito de conversar com ele nos dias de chuva em que não podia encontrar Cedrico em baixo da árvore.

– Estou bonita, Patyr? - perguntei, quando ele terminou de prender meu cabelo com uma fita branca.

– Linda, pequena senhora. - ele sorriu, com suas orelhas pontudas - Vai encontrar alguém além de sua família hoje?

Suspirei.

– Mama disse que outra família vem jantar conosco. Disse que eu devia me arrumar, pra não passar vergonha.

Ele assentiu.

– Não parece muito feliz.

– Queria que Cedrico viesse jantar conosco. Mas quando eu disse isso, mama respondeu que a família dele não era tão nobre quanto a nossa. Ela não gosta de Cedrico, e não quer que eu ande com ele.

– Isso não a impede de andar, não é mesmo, pequena senhora? - ele piscou pra mim, enquanto saia do quarto.

Escondi um sorriso e pisquei de volta.

– Não mesmo.

Sentei na minha cama, esperando o chamado de minha mãe. Assim que ela gritou "Louise, desça", pulei e sai do quarto. As escadas de madeira polida rangiam um pouco.

– Querida... - ela me olhou, seus cabelos tingidos de verde num penteado estilo Marilyn Monroe. Seu vestido dourado era lindo, e destacava seus olhos, da mesma cor - ...esses são os Malfoy. Lúcio, Narcisa e Draco. - ela deu um sorriso amarelo - Draco é da mesma idade que você.

Olhei para o garotinho de 10 anos de idade, bem na minha frente. Cabelos loiros quase brancos e olhos azul-acinzentados. O olhei de cima a baixo, com meus grandes olhos verde-musgo, o avaliando.

Nos sentamos à mesa, cheia de frutas, doces, carnes e um grande peru dourado. Não comi muito, nem falei, mas de vez em quando, levantava os olhos da comida pra observar Draco. Sempre que eu o olhava, ele estava lá, me encarando. Então percebia que eu o tinha visto e fingia estar concentrado com a comida.

Então, depois de algumas tentativas frustradas de deixa-lo confortável, comecei a sorrir sempre que nossos olhos se encontravam. Depois de um tempo, ele começou a sorrir de volta. Finalmente, enquanto os adultos conversavam, tomei coragem.

– Oi. - sussurrei, com minha voz de sinos.

Ele me olhou com curiosidade.

– Oi. - sussurrou de volta.

Ficamos em silêncio por mais algum tempo, e esperei uma oportunidade pra falar com a minha mãe. Ela não gostava de ser interrompida, então assim que ela deu uma pausa pra tomar um gole de vinho, perguntei:

– Mama, será que posso brincar com Draco na outra sala?

Um silêncio se abateu por toda a mesa, e fiquei vermelha.

– Mas é claro que não, vocês... - ela começou, mas (felizmente) o pai de Draco interviu:

– Deixe-os. Será bom para Draco ter uma boa companhia. - e então olhou pra mim - Você é uma garotinha muito bem-educada.

Dei um sorriso amarelo, desconfortável.

– Obrigada.

– Tem minha permissão - Narcisa olhou para o filho - Vá brincar com a menina.

Ele assentiu e nos levantamos. Assim que saímos, fechei a porta e ele sussurrou, com um sorriso:

– O que vamos fazer?

– Eu não sei. - sorri de volta - Mas finalmente pudemos sair daquela sala.

Ele concordou.

– Estava uma chatice.

Finalmente, depois de discutirmos um pouco sobre o que faríamos, tomamos uma decisão: fomos até a cozinha, onde Patyr preparava as sobremesas, junto com vários outros elfos domésticos. Vi um grande bolo de chocolate num canto e coloquei o indicador em frente aos lábios, indicando para Draco que deveríamos ficar em silêncio.

Fomos furtivamente até o bolo, e passamos o dedo pela cobertura, abafando risinhos. Ela estava ótima, meio amarga, mas nem tanto. Ainda roubamos algumas cerejas. Infelizmente, um dos elfos se aproximava, com uma bandeja pra cobrir o bolo. Saímos correndo, ainda tentando não rir. Assim que saímos da sala, começamos a gargalhar. Nossos dedos estavam todos sujos de chocolate, então limpamos em um pano.

– Isso foi legal. - ele estava ofegante de tanto rir.

Assenti.

– Melhor do que o jantar.

Porém, logo minha mãe apareceu na porta e nos chamou.

– Draco, Louise. Venham, a sobremesa será servida.

Voltamos, com sorrisos no rosto e com um elo recém-criado. Nos sentamos e trouxeram algumas bandejas de pudim, pavês [N/A: É pavê ou pacumê? ~ok parei] e o bolo. Assim que o descobriram, minha mãe pareceu indignada.

– Quem foi que lambeu a cobertura do bolo?!

Nós nos olhamos, meio nervosos. Ela parecia furiosa. Patyr, que estava servindo as coisas, olhou pra mim e entendeu tudo.

– Fui eu, senhora.

Ah, não. Não, não, não, não, eles vão...

– INACREDITÁVEL! Saia da minha vista, elfo imundo, e leve este bolo com você. Jogue-o fora. Depois conversaremos.

Ele se curvou, pegou o bolo e antes de sair, viu o meu olhar de pânico. Sorriu calorosamente e o ouvi sussurrar um "vai ficar tudo bem".

Eu sabia que não ia. Ele sabia que não ia. Ele seria morto, e a culpa era minha por fazer essa burrada infantil. Mesmo assim, fechei os olhos com força e tentei esquecer.

Minha mãe disse aos convidados um "desculpem-nos, normalmente nossos elfos são mais obedientes" e quando os abri de novo, Draco me olhava. Sussurrou:

– Você está bem?

Lembrei das palavras de Patyr.

– Vai ficar tudo bem. - sorri.

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Depois que os Malfoy foram embora, mama me mandou para o quarto e papai não parecia nada feliz. Foi atrás de Patyr. Me joguei na cama e comecei a chorar, pensando no que seria dele. Pobre elfo.

Ouvi algo batendo na janela, e, limpando as lágrimas, fui até ela. Cedrico estava ali, jogando castanhas no vidro. Abri a janela.

– Isso não é um pouco clichê? - perguntei, sem sorrir.

– Achei que você gostasse de contos de fada. - ele riu, pegando a varinha. Pronunciou um feitiço e fez as videiras crescerem até a janela. Revirei os olhos e fui para o armário, trocando as sapatilhas por botas de neve e o vestido leve por uma calça de couro e um suéter com renas bordadas. Voltei para a janela e desci pelas videiras, com alguma dificuldade. Assim que cheguei ao fim, ele me segurou. Era bem forte para um garoto de 11,12 anos.

Ele percebeu meus olhos molhados e seu sorriso desapareceu.

– O que aconteceu?

Balancei os ombros e escondi as lágrimas.

– Eu fiz caquinha.

Ele segurou a minha mão por todo o trajeto até a árvore, e quando eu o olhei, de sobrancelhas levantadas ele apenas argumentou que era para as minhas mãos não ficarem geladas. A neve caia e derretia quando chegava ao meu cabelo, o molhando. Cedrico pegou sua varinha de novo - o idiota adorava esfregar na minha cara que já tinha uma varinha - e usou um feitiço para que uma pequena área ao pé da árvore ficasse livre de neve e seca. Nos sentamos nessa parte, e deitei, colocando a cabeça em seu colo. Ele passava os dedos pelos meus cabelos, tirando os nós causados pela umidade, enquanto eu contava o que tinha acontecido.

– Eu e Draco fomos até a cozinha e vimos um bolo de chocolate. Nós queríamos nos divertir, então passamos o dedo pela cobertura e pegamos algumas cerejas. Mas eu não...eu não imaginava que traria tantos problemas.

O ouvi suspirar.

– Sinto muito.

Continuei encarando a neve, e uma lágrima escorreu involuntariamente dos meus olhos, caindo no chão, branco e derretendo uma parte da neve. Torci para que Cedrico não a tivesse percebido, mas ele segurou meu queixo com uma mão e virou a minha cabeça em sua direção.

– Não chore.

– Não estou. - mais uma lágrima escorreu. Droga.

Olhei para os galhos acima de nós, tentando esconder a maldita lágrima. Ele se curvou e a beijou. Depois de alguns minutos em silêncio, mexendo na pulseira que me dera, murmurei:

– Obrigada.

Ele riu.

– Não foi nada. Feliz Natal.

– Ainda não é Natal...é a véspera.

– Não importa...você é meu presente. - olhei pra ele, que sorria. Sorri de volta, tirei a cabeça do seu colo e me sentei ao seu lado.

– Seu pai sabe que você está aqui?

Ele sorriu.

– Ele finge que não, mas sabe. Ele gosta de você.

Corei.

– E...você...

– Sim? - ele perguntou, com divertimento na voz.

– Você...também gosta? - àquela altura, se algum floco de neve tocasse meu rosto, derreteria imediatamente. Mexi no meu suéter, fingindo estar prestando atenção às renas. Ele riu.

– Claro que sim.

Ficamos em silêncio, até que ele disse:

– Você gosta de mim?

Será que eu poderia ficar mais vermelha? O abracei e escondi meu rosto em seu peito, sentindo seu cheiro de castanhas torradas.

– Só um tiquinho. - disse, minha voz abafada pelo seu casaco de lã. Começamos a rir descontroladamente, eu ainda agarrada nele. Ele passou os braços ao redor de mim, me abraçando de volta. Estremeci e ele apoiou a cabeça no meu ombro.

– Eu te amo.

Senti meu rosto vibrar e ficar ainda mais quente, o rubor indo da cabeça aos dedões dos pés. Enterrei minha cara mais ainda.

– Verdade? Verdade verdadeira?

Ele riu.

– Verdade verdadeira.

O silêncio abateu o lugar de novo.

– É essa normalmente a hora em que você diz "eu também te amo" para o príncipe encantado, princesa.

Tirei o rosto do seu suéter e o olhei com as sobrancelhas levantadas - mais uma vez. Estranhamente, ele não riu como eu esperava. Em vez disso, me olhava com uma expressão meio estranha...terna? E tinha um pequeno sorriso.

– Ced? Que...que cara é essa?

Ele não me respondeu, ele só se aproximou e encostou a testa na minha, nossos narizes se tocando. Senti meu coração bater como se quisesse ir até a cozinha pegar uma fatia de bolo. Então ele me beijou, como nos contos de fada. Gentil e docemente. Mas, ao contrário das princesas que eu conhecia, não fechei os olhos. Queria guardar aquele momento pra sempre, com todos os detalhes. Provavelmente estava vesga, olhando para os seus olhos, também abertos. Suas bochechas coradas - não sabia dizer se era pelo frio - e cabelos desarrumados, com um gorro de lã em cima. Assim que ele se afastou, estava praticamente morrendo por dentro.

– Eu te amo... - não pude esconder um sorriso, mas fiquei olhando para a neve no chão ao nosso lado - ...mas só um tiquinho ♥

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Cedrico e eu voltamos para a minha casa, e mais uma vez ele estava segurando a minha mão. Dessa vez, não indaguei nada. Sabia o porquê.

Ele me ajudou a subir na videira, e quando cheguei lá em cima, ele me olhava, sorrindo. Sorri de volta, e ele tirou o gorro e o jogou pra mim. O peguei.

– Pra que você vai me dar o gorro?

Ele riu.

– Ora, mas essa é a parte em que você se despede e dorme sentindo o meu cheiro, não?

Revirei os olhos de novo, mas ri do mesmo jeito. Fui até o meu armário e joguei um dos meus cachecóis, o meu preferido; era de um verde escuro e preto, xadrez.

– Sendo assim... - disse, jogando o cachecol - ...tome.

Ele o pegou e cheirou.

– Perfeito.

Acenamos e ele se foi. Me joguei na cama e comecei a rir sozinha, com uma felicidade estranha tomando a minha alma. Aquilo era bem melhor do que contos de fada.

Tomei um banho e coloquei um pijama e meias vermelhas. Me deitei e foi exatamente como Cedrico disse: dormi sentindo seu cheiro.


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Notas finais do capítulo

Sentimentos are dead
RERERER AMO BRINCAR COM O KOKORO DE VOCÊS ~pressinto minha morte~ mas até o meu kokoro morreu ao escrever o capítulo ;u; só posso imaginar o quão boladinhos vcs vão ficar :v
Não se preocupem gente, a história vai voltar ao normal :v Isso foi só um bônus de Natal :v Espero que tenham gostado e COMENTEM FANTASMINHAS! >.> ~~por favorzinho~~ :3
Bai o/