Diário de Uma Bruxa - 2° Temporada escrita por Unseen


Capítulo 11
Can't Touch This


Notas iniciais do capítulo

Título bosta pq tava sem criatividade~
YEEEEY FELIZ NATAL AMORECOS S2 Eu queria fazer um capítulo de 3.000 palavras de presente pra vocês, mas tenho a impressão de que não conseguirei a tempo e-e por isso, talvez eu poste esse "presente" outro dia.
Ta aí, um capítulo sem nada revelador MUAHAHAHA vocês cheios de teorias e eu aqui, zoando :v
Enfim, boa leitura! ^^



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P.O.V. Harry

Chegamos na Ordem de novo, e pensei em tudo que tinha acontecido no Ministério. Felizmente, eles me inocentaram, mas aquela mulher de rosa, a juíza, não parecia muito feliz em me deixar ir embora. Sorte minha que Dumbledore tinha aparecido lá.

– Louise! - chamei, querendo dar a boa notícia.

– Harry! - Hermione apareceu, parecendo preocupada - Ela se trancou no quarto de cima e...

– Por que? O que aconteceu? - perguntei, subindo a escada imediatamente, com Hermione e Rony atrás.

– Nós... - ela suspirou - ...ela encontrou um livro, mas não conseguiu abrir. Então eu pesquisei e usei um ritual avançado para ajudar. Mas estava tudo em branco, então pensamos que seria como o diário de Tom Riddle, e Jorge tentou escrever quando...

– Ela ficou maluca, Harry. - Rony interrompeu - Ela gritou e o livro voou pra mão dela. Jorge disse que foi como se alguém o empurrasse.

Respirei fundo, tentando processar aquilo. Bati na porta.

– Louise?

Sem resposta. Bati de novo, um pouco mais forte.

– Louise, abra, por favor.

– Já vou! - suspirei de alívio quando ela respondeu. Pelo tom de sua voz, ela parecia estar bem, só um pouco...nervosa.

P.O.V. Louise

Comecei a ler. Não tinha nenhuma introdução, e não conseguia encontrar o autor. Também não havia nenhum índice, então não podia procurar nada específico. As primeiras palavras que apareceram me assustaram um pouco:

Se quiser ler

Precisa saber:

Tome cuidado

Eu não gosto de ser sujado,

amassado ou rasgado

Só escolhidos

Não serão impedidos

De saber os segredos

Tocados por seus dedos

Escolhidos? Então eu era "escolhida"? Por que eu?

Não tive muito tempo pra pensar, ouvi passos na escada e alguém bateu à porta.

– Louise?

Harry estava de volta. Ah, merda.

Automaticamente, assim que a voz de Harry ecoou no quarto, as palavras sumiram, e o livro se fechou sozinho, os galhos da árvore o envolvendo de novo. Logo, até os galhos sumiram, voltando a ser apenas dobras no couro velho.

– Louise, abra por favor. - ele bateu mais forte.

– Já vou! - gritei pra ele, nervosa. Pense rápido, Louise, eles não podem encontrar o livro. Ele podem destrui-lo, ou pior: tira-lo de você.

Sai correndo, em pânico até a minha cama, e quase o joguei, mas lembrei de que ele não gostava de ser amassado, então, em vez disso, o coloquei delicadamente embaixo dela. Fui até a porta e a abri, tentando parecer o mais calma possível.

– Louise... - ele parecia meio alarmado - Você está bem?

– Estou, por que não estaria? - sorri.

Ele continuou me encarando.

– Você não parece bem.

Bufei.

– Que bobagem, Harry. Só estava tirando um cochilo. - ele não pareceu convencido.

– Onde está? - olhou pra mim, desconfiado.

– Onde está o que? - Ah, merda.

– Você sabe o que. - ele entrou no quarto e começou a procurar em todos os cantos. Olhei para Rony e Hermione, parados na porta, e lhes lancei um olhar de "vão se arrepender de ter contado a ele". Poucos segundos depois, Harry chegou ao meu esconderijo de debaixo da cama (nossa, Louise, que esconderijo bom) e pegou o livro.

– Cuidado com ele. - resmunguei, desistindo.

Ele o observou por alguns segundos, passando a mão pela capa e tentando abrir o livro. Graças a Merlin, ele não deu sinal de vida – se desse, seria bem estranho – mas enfim, ele viu meu olhar de “me devolve logo” e me entregou.

– O que tem nele?

O encarei.

– Eu não sei. – menti – Não consegui ler. Estava tudo em branco, então me cansei e fui tirar um cochilo.

Quando ele olhou pra mim, eu sabia que ele tinha certeza de que eu estava mentindo. Mas se limitou a suspirar e revirar os olhos. Ouvi mais passos vindos da escada. Ah, quem era agora? Na porta, Sirius apareceu.

– O que aconteceu? – ele perguntou. Engoli em seco, segurando o livro mais forte. Assim que ele viu o mesmo, pareceu em pânico total – Louise, onde achou isto?

Olhei, nervosa, para Hermione, depois Rony e por fim Harry.

– Na biblioteca. – suspirei.

Ele estendeu a mão.

– Me dê ele.

Arregalei os olhos.

– Não...

– Louise.

– O que vai fazer com ele? – estranhamente, senti lágrimas me vindo aos olhos e balancei a cabeça, confusa.

Por algum motivo, eu sabia: aquele livro tinha me escolhido e eu tinha escolhido o livro. Eu não poderia viver sem ele e ele não poderia viver sem mim.

– Louise, largue isso.

– Você não pode tirar ele de mim. – balancei a cabeça, recuando - Você não vai tirar ele de mim.

Me senti uma pessoa totalmente diferente. Me sentia mais...poderosa. E eu sabia que isso vinha do livro. Mas se tirassem ele de mim? E se o destruíssem? Aquilo não era bom. Eu não podia deixar ninguém encostar nele.

Sirius se aproximou. Fechei os olhos e reuni o máximo de força possível.

– NÃO! - gritei, e quando abri os olhos, vi Sirius caido no chão. Imediatamente me arrependi, e mais uma vez, todos me olhavam, meio assustados e meio fascinados.

– Tio...desculpa. - comecei a chorar - Eu não quero...eu não quero machucar vocês.

Ele se levantou e olhou pra mim, suspirando.

– Receio que já não possa fazer mais nada. O livro é seu.

Todos os outros no quarto ficaram com uma cara de "wtf" e eu me limitei a sorrir. Sirius se aproximou de novo - dessa vez sem ser arremessado pra trás - e limpou as lágrimas, com outro sorriso meio triste.

– Você é a única que pode se afastar desse livro, Louise.

Fiquei cofusa, e afastei sua mão delicadamente.

– Por que me afastaria dele? - eu não via nenhum motivo, e do jeito que ele falava, parecia que o livro era um tigre-de-bengala faminto ou uma arma carregada.

Ele suspirou.

– Isso vai ser seu fim. Você tem de se livrar disso.


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Notas finais do capítulo

Não me matem muito -q
Bai o/