Traído vol 3 de Desconhecido escrita por Um Alguém


Capítulo 14
Megan - Tudo bem / John - Quente


Notas iniciais do capítulo

Prontinho, mais um capítulo só para vocês :D



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MEGAN


Primeiro aquela história da tal Chloe, agora Nero com esse plano machista dele.

– Não, sem chance. - disse ele impassível. - Nenhuma garota vai se envolver nisso. Nem você, nem Natalie, nem nenhuma outra garota.

– Isso é ridículo, Nero. - reclamei. - Nós podemos ajudar tanto quanto vocês.

– Isso mesmo. - concordo Natalie. - Não somos crianças, sabemos o que estamos fazendo.

– Não importa o que digam, vocês não vão participar disso e ponto final. - pontificou ele impetuoso.

Natalie pegou Nero pelo braço e o arrastou para fora de casa. Christian, Dane e Blake conversavam relaxadamente. Fui até a escada, onde John e Hunter estavam. Os dois tinham expressões contemplativas.

– O que foi? - perguntei-lhes.

– Ahn... - John olhou para Hunter depois voltou a me olhar. - Nada. Só estávamos pensando um pouco. Bom, eu vou ver se arrumo algo para comer. - ele levantou-se e foi para a cozinha apressado. Tomei o lugar dele, sentando-me ao lado do Hunter.

– Está assim por causa da Chloe? - perguntei com certa veleidade.

– Não. - ele se virou para me fitar. - Ficou chateada com essa história da Chloe?

– Chateada, não. Surpresa, confusa. - confessei. - É meio difícil de acreditar, de aceitar. Nunca imaginei o Vince fazendo algo assim.

– Não o julgue. - pediu. - Nem o culpe. Todos nós fazemos coisas estúpidas e ruins às vezes.

– Eu sei. - concordei. - É só que eu não esperava isso dele.

– Eu também não. Mas ele teve seus motivos e isso já não importa mais. Sabe, uma boa morte redimi uma vida ruim. Ele não teve um avida ruim, só um pouco problemática, mas teve uma boa morte. Digna e redentora. Injusta e trágica. - seu tom era excessivamente soturno e lânguido.

– Você está estranho, Hunter. - comentei. - O que aconteceu?

– Não importa o que aconteça, o que eu faça ou fale. Lembre-se sempre que eu te amo. - disse. Ele me deu um selinho, depois levantou e foi para a cozinha.

Com certeza ele estava muito estranho. Eu não sei o que exatamente aconteceu entre ele e o Vince no passado, mas isso com certeza afetou ele mais do que ao Vince. Eu estava preocupada com ele e com tudo que estava acontecendo. minha cabeça estava latejando com tantos pensamentos. Resolvi ir descansar um pouco. Como Liz e Sophie estavam no meu quarto, fui para o quarto dos meninos. Me joguei na cama e esperei o sono me arrastar para o inconsciente.





Eu estava na estrada, Vince de pé à beira do penhasco de novo. Dessa vez estava de noite, a lua alta no céu e as estrelas fulgurantes.

– Oi, Meg. - cumprimentou-me Vince enquanto me aproximava dele. - Estava começando a pensar que você não viria mais me ver. Você parece triste. o que aconteceu? - perguntou ele me fitando.

– Muita coisa. Hunter está estranho. Jennifer quer possivelmente me matar. Uma tal de Chloe se juntou a ela. Nero esta surtando e fazendo um plano maluco. E eu não sei o que fazer, nem pensar. - desabafei.

– Por que você está tão preocupada? - perguntou ele frugalmente. - Você está cercada de pessoas que te querem bem. E o Hunter não vai deixar que a Jennifer ou a Chloe façam nada com você.

– Eu estou com um pressentimento ruim. - disse-lhe.

– Cadê aquela garota que invadiu o prédio para me salvar?

– Acho que ela morreu com você.

– Ei, eu ainda estou aqui, não estou? - ele se virou para mim, segurando meu rosto com as duas mãos. - Você me achou dentro de si mesma, agora precisa achar aquela garota corajosa, inteligente e perspicaz por quem me apaixonei.

– Queria que isso não fosse só um sonho. - confessei-lhe.

– Eu gosto disso, desses sonhos. - disse ele alegremente. - Podemos estar em qualquer lugar, dizer e fazer qualquer coisa. Podemos ficar sozinhos e fingir que isso é a realidade. Posso estar com você de novo, e me sentir vivo mesmo na morte.

– Você está certo. - concordei abrindo um sorriso. - Devemos aproveitar então.

Ele me segurou em seus braços e começou a nos movimentar em uma dança lenta e tranquila. Todos os pensamentos se tornaram frívolos e inócuos. Meus sentimentos estavam ébrios.

De repente não estávamos na estrada, e sim em um quarto. Reconheci-o como o quarto do Vince que o Hunter havia me mostrado enquanto de passava pelo irmão. Pela grande parede de vidro entravam os primeiros feixes de luz da manhã. O sol estava nascendo egrégio no horizonte.

Vince agora vestia roupas limpas e novas. Não havia mais nenhum machucado ou hematoma. E ele ostentava um venusto sorriso. Eu o olhava inebriada, totalmente surpresa com a veracidade que aquilo parecia ter. Desejava que aquele momento fosse perene e inquebrável.

– Acha que é possível amar duas pessoas ao mesmo tempo? - perguntei-lhe de repente enquanto ele me conduzia na nossa dança ao som de Every Breaking Wave do U2.

– Não sei. Talvez. - respondeu ele pensativo. - Mas acho que não deve pensar sobre isso. O amor não é algo para ser pensado, e sim sentido.

– Você podia virar poeta. - ri.

– Vou pensar nisso. - disse ele com um sorriso de lado.

De repente tudo ao nosso redor começou a se obliterar e esmaecer. Vince começou a ficar vaporoso, arrefecido. Olhei-o desesperada, totalmente confusa. Em um segundo estávamos de volta a estrada e ao penhasco. Uma nortada nos atingiu, fustigando-nos.

– O que é isso? - perguntei-lhe.

– Está na hora de você ir, amor. - disse ele com um tênue sorriso. - Mas não se esqueça de vir me visitar, hein?

Antes mesmo que eu pudesse dizer alguma coisa, o sonho acabou. Acordei sobressaltada com Natalie me chamando parada ao lado da cama. Sentei-me na cama ainda meio desorientada.

– Natalie? O que foi? - perguntei sonolenta.

– É o John. - contou ela hesitante. - Colocaram fogo no carro dele.



_______________________________
JOHN



Paz.

Acho que eu já nem sei mais o que é isso. As coisas andam tão intrincadas. Está tudo tão torvo. Quando você acha que vai ficar tudo bem, algo ruim acontece. Aí você se recupera, cria esperanças e quando as coisas estão se ajeitando, o mundo desmorona de novo. E de novo. E de novo. Até você não aguentar mais.

Gostaria de saber o porquê de incendiarem meu carro. Não tinha ninguém lá dentro, ou perto dele, então não foi uma tentativa de homicídio. Foi só... Maldade. Só pelo prazer de destruir as coisas, desestruturar as pessoas e causar pânico.

Os bombeiros estavam apagando o fogo, enquanto eu ficava sentado no degrau da varanda olhando tudo aquilo sem acreditar. Liz e Megan estavam uma de cada lado meu.

Não era só pelo carro. Claro que eu gostava do carro, mas era só isso, um carro. Eu estava mal pelo perigo todo da situação. Algo muito ruim poderia ter acontecido. Na verdade, pode acontecer. Essa maluca da Jennifer iria acabar matando todos nós ou nos fazendo enlouquecer.

De repente senti meu celular vibrar no bolso e peguei-o. Era uma mensagem de número desconhecido. Li-a pelo menos umas cinco vezes para ter certeza de que estava lendo certo, depois olhei ao redor vendo se encontrava que passara a mensagem.

– John? - chamou Liz ao meu lado fazendo-me olha-la. - Aconteceu alguma coisa?

– Sim. - entreguei-lhe o celular.

– O que foi? - perguntou Megan.

– "O jogo está esquentando. Cuidado para não se queimar". - Liz leu a mensagem.


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Notas finais do capítulo

Beijinhos ;D



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