O Mundo De Taylor escrita por Bellla


Capítulo 9
O Maior Problema


Notas iniciais do capítulo

Hey! Hoje eu estava na aula e acabei criando uma frase sem querer... Tá aí o resultado:
" A imaginação você desenvolve lendo, e liberta escrevendo."
Beijos.



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"Sexta á noite, as opções são: pizza ou estrogonofe de frango. De sobre-mesa é bolo de abacaxi. Eu e o Marcus preparamos nossas bandejas e vamos para a mesa fedida."

– Eu não sei como você aguenta comer aqui com esse cheiro..

"Ele comenta torcendo o nariz."

–Ah, acho que já acostumei.

– Você sabe que podemos nos sentar com a minha irmã. A Sam, ela é gente boa, apesar de ser pirralhinha .

– Não, tudo bem. Eu gosto daqui.

" Nos sentamos e começamos a comer, ele me conta sobre sua casa, e sobre sua infância. Ele acaba me lembrando que amanhã é sábado, e teremos que ir para a casa dos nossos parentes. Terei de ir ver tia Clarie, seu marido Robertt, e minha amada priminha Toscana. Esse nome estúpido dela só podia ter sido ideia do Robertt, que decidiu batiza-la com o nome do lugar onde foi concebida.

Tia Clarie nunca fica satisfeita com a minha presença em sua casa, ela diz que eu sou minha mãe da cabeça aos pés. E ela sempre morreu de inveja da mamãe."

– Você poderia ir lá nos fazer uma visitinha. Tenho certeza de que minha mãe vai adorar te conhecer.

" A proposta me atraiu. Me ver livre do Robertt... Mas mesmo assim, ir conhecer a família dele?"

– Eu não sei não...

– Ah, qual é? Eles vão te adorar.

" Oh céus, eu não resisto a esse olhar..."

– Okay, contanto que nós possamos ir na festa o Will.

" Marcus fica imóvel. Sua voz é quase um sussurro ao dizer:"

– Você quer ir nessa festa?

– Ah, quero...

– Mas por que?

" Ele está meio atordoado. Como responder que é porque eu nunca fui a nenhuma, e me sinto normal, sem ser a garota estranha que matou os pais, ao ser convidada? Como falar que é porque eu morria de inveja ao ver todos na escola ganhando convites para festinhas, e sempre me deixarem de lado? Como?"

– Ah, bem... eu fico curiosa.

" A resposta, não pareceu convence-lo muito. Mas mesmo assim ele disse:"

– Tudo bem.

* * *

" Ele está quase me tocando. Se inclinando cada vez mais. Consigo senti-lo... ele é forte, ele é um deus.

Acordo. Olho no relógio e são cinco horas, provavelmente o carro da tia Clarie passara por aqui lá para as seis. Combinei com o Marcus que eu lhe ligaria no domingo, falando se poderia ir na sua casa, e quando.

Começo a me arrumar, sonhei com o Marcus, e o nosso quase beijo. Dessa vez foi igual. Porém não foi Will que estragou tudo, e sim eu mesma. Acordei e não senti seus lábios nos meus.

Depois de observar atentamente meu guarda roupa, acabo colocando, uma camiseta, calças jeans e tênis. Prendo meu cabelo em um coque, muito desleixado. Já casei de tentar me arrumar para tia Clarie. Não importa o que eu vista ela sempre me olha com nítido desagrado.

O carro chega. Pego minha bolça e meus fones de ouvidos, ao sair vejo o jatinho da Diana estacionado, ela, e uma fábrica de malas. Ignoro e entro no carro."

* * *

" Já consigo ver a casa da tia Clarie. É enorme e muito linda. Do tipo que mamãe diria exagerada e capitalista. Fico me lembrando da época em que nós tentamos fazer com que eu morasse aqui. Mas estava claro que ninguém queria isso. Tia Clarie me culpava pela morte da minha família, ela nunca me disse isso, mas sempre deixou indiretas suspensas no ar, como: " Pare de birra Taylor, você já viu o que esse seu jeito mimado pode provocar...". Era doloroso, porque quando mais nova eu me culpava também, acho que ainda me culpo.

Abano a cabeça para deixar de lado esses pensamentos. E aumento o volume da música que estou ouvindo: Have a nice day, do Bon Jovi. É justamente isso que eu não vou ter, um bom dia.

O carro mal estaciona, já vejo a pequena Toscana correndo na minha direção. Seus cabelos loiros parecendo uma aureola ao redor da sua linda cabecinha, ela me lembra muito a vovó, os mesmos cabelos loiros e lisos, que eu, vovó, Toscana e mamãe temos, ou tínhamos. Tia Clarie foi a única mulher da família que não herdou as madeixas douradas."

– Tay! Tay! Estou tão feliz por você ter chegado... agora nós vamos brincar de boneca, cavalinho, balanço!

" Minha prima fala tão rápido que fico surpresa que esses pequenos pulmãozinhos possam armazenar ar."

– Calma Tina... eu prometo que brinacerei de tudo o que você quiser, mas primeiro me deixe ir falar com a tia Clarie, okay?

" A pequena serelepe murchou. Percebi uma das suas babás se aproximando."

– Mas a mamãe não está em casa...

" Olho para a senhora de branco, que mais parece uma enfermeira."

– A senhora Tweesth não está em casa senhorita Vinchestter...

– Tudo bem então, eu vou entrar para colocar essas coisas no quarto, obrigada.

" Passo pela entrada luxuosa da mansão. Vou em direção ao segundo andar e entro no quarto em que tia Clarei denominou como "meu". Ela até contratou uma decoradora, mas o resultado foi um espaço completamente rosa e enjoativo. Coloco minha bolsa no chão e desço para a cozinha, estou morta de fome.

Por azar encontro Robertt. Ele veste apenas um roupão de millhonario-que-não tem-o-que-fazer e está comendo um sanduíche na bancada."

– Já chegou Tay? Como foi a viajem?

" Argh, só de ouvir meu nome saindo da boca desse cara já me dá nojo. Abro a geladeira e pego uma garrafa de suco de laranja."

– Cadê a tia Clarie?

" Ele se vira para mim. Tudo nele me enoja, seus olhos, sua boca, seus cabelos... tudo."

– Ela foi fazer compras querida.

" Querida... Tenho vontade de chutar o saco dele."

– Ficamos sabendo que você fez uma exibiçãozinha na escola... Não quer fazer para mim?

" Exibiçãozinha? Que merda é essa? Ele se levanta e vem andando na minha direção."

– Exibição?

"Pergunto. Minha voz vacila, mostrando o medo que estou sentindo. Ele abre um sorriso malicioso. Quero vomitar."

– É Tay... Vai dizer que você não mostrou esse corpinho lindo para os seus colegas?

" O vestiário, droga. Robertt se aproxima cada vez mais, eu vou andando para trás, até que sinto algo duro e frio nas minhas costas. Olho para trás e vejo que estou colada na geladeira. Caralho! Ele me prensou. Penso em gritar, mas para quem? Esses empregados dele não vão se meter nos assuntos de "família"."

– Vamos Taylorzinha, não se faça de difícil... ainda mais para mim, que sou quase seu papai.

" Não aguento mais. Ele coloca a mão na minha blusa e começa a ergue-la, porém eu dou uma joelhada no seu membro. Robertt se agacha e começa a gemer. Ótimo. Ergo a caixa de suco que está na minha mão e a viro na sua cabeça."

Você não é meu pai. Você nem se compara ao meu pai! Ele tinha caráter...

" Cuspo naquele monte de merda que está ajoelhado no chão e subo correndo para o quarto, pego minha bolsa. Quando vou para o lado de fora vejo Toscana brincando no balanço com uma babá. Pobre menina, eu prefiro não ter mais meus pais a ter alguém como aquele homem.

Entro no carro, assustando o coitado do motorista que limpava o retrovisor."

– Acelera por favor!


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