O Mundo De Taylor escrita por Bellla


Capítulo 8
O Quase Beijo


Notas iniciais do capítulo

Oiee!
Bem, eu adoro o Will, mas juro que quis mata-lo nesse episodio...
Verifiquem o por quê.



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"Á tarde, eu e Marcus temos grades livres no nosso horário de aula. Aproveitamos para dar um passeio pelo grande jardim do colégio. Andamos muito e conversamos também. Eu tinha me esquecido de como é bom ter um amigo. Marcus curte as mesmas bandas que eu. Ele também gosta de ler, porém são livros mais cultos e complicados que os meus. Ele não lê romance, e isso me deixa um pouco decepcionada. Ele me conta de quando foi ao show da banda Muse, e das suas viagens ao interior para ver a família da sua mãe. Pelo que eu entendi, seu pai é que possui uma boa herança, já sua mãe era moça simples do interior, mas que conquistou o coração do senhor Hollisnewton."

– Pelo que meu pai me contou, deu muitos reboliços para que ele pudesse se casar com a minha mãe. Meus avôs aceitaram, gostaram muito dela. Mas minha bisa era contra, e como meu pai tinha muita afeição por ela inssistiu até que ela também se apaixonasse pela minha mãe. Também, como não se apaixonar pela dona Daphne?

" A forma doce e carinhosa pela qual ele se refere a sua família me cativa. Tenho uma vontade imensa de conhece-los."

– E a sua família?

" Fico um pouco tensa. Não é como se eu não confiasse no Marcus, é que sempre me dói um pouquinho ao falar deles. Eu sou tomada por uma saudade lancinante. Contudo preciso enfrentar essa dor. Marcus me falou honestamente sobre sua família, eu tenho, preciso fazer o mesmo."

– Minha família era uma comédia... Meu pai era aquele tipo de homem brincalhão e divertido, com ele tudo virava piada. Minha mãe já era o tipo de mulher prática e independente. Tudo por ela era feito na hora e sem rodeios. Na minha casa papai cozinhava o jantar, enquanto mamãe pintava as janelas. Ela me dizia que eu não podia esperar que os outros fizessem as coisas por mim, que nossa família podia ter dinheiro, mas o esforço tinha que ser meu. Já Jaime era o irmãozinho mais novo que quaquer um pediria aos céus. Ele era uma gracinha, vivia insistindo em pentear meu cabelo, mas só o que ele fazia era ficar mastigando. Nós eramos felizes...

" Termino de falar com um suspiro Me surpreendo ao perceber que estou sorrindo. Ao contrário do que sempre acontece não estou agoniada, mas sim aliviada."

– Eram?

" Pergunta Marcus. Meu sorriso se desmancha. Agora que comecei tenho que terminar."

– Sim. Eles morreram em um acidente de carro. Estavam vindo para cá, pois eu tinha caido e quebrado um dente. Eu estava fazendo o maior drama, não parava de chorar. Então a escola ligou para eles virem me ver e tentar me consolar. Mas o clima estava muito ruim, e a estrada estava horrível. Papai perdeu o controle e... ele... o Jaime...mamãe...

"Não consigo terminar, pois sou tomada por soluços e lágrimas. Marcus me puxa para os seus braços e eu sou aninhada em seu peito. Não consigo mais parar de chorar. Ele começa a afagar meus cabelos. Com ele é tudo tão diferente. Durante anos só o que eu fiz foi me esquivar dar pessoas e ignora-las, mas algo me atrai para ele, faz com que eu não tenha medo. Me dá confiança, a confiança que eu só conseguia ter com meus pais."

– Agora eu entendo porque seu irmão mastigava seu cabelo... Ele é tão cheiroso.

" O olho surpresa. Com tantas informações ele só se lembrou dessa... não consigo deixar de sorrir e nós caímos na gargalhada.

Ele gentilmente limpa com o nó do dedo indicador uma lagrima da minha bochecha. Estamos tão perto um do outro. Consigo sentir seu perfume e sua respiração. Ele sorri carinhosamente, seus olhos, ah que olhos! Estão embaçados e maravilhosos. Eu quero beija-lo. Minha nossa o que estou pensando? Eu quero beija-lo! Okay, um trovão, um terremoto, qualquer coisa por favor... se nada acontecer, eu vou acabar o beijando."

– Taylor, eu posso...

" Meu nome nos seus lábios soa tão lindo... Ah Marcus, não me torture dessa forma."

– Eu posso, posso...

" Ele se inclina na minha direção. A pergunta não terminada, o perfume cada vez mais intenso, seu hálito quente nos meus lábios... Ele vai me beijar... Vai me beij..."

– Aí!

" Algo acerta a cabeça do Marcus, ele perde o equilíbrio e vai ao chão."

– Marcus!

" Exclamo ofegante. Eu o ajudo a se levantar, mas não antes dele pegar o objeto que o acertou. É uma bola de futebol americano, quando olhamos na direção da qual ela veio, vemos o Will."

– Opa.

" Ele da de ombros. Percebo que Marcus trinca o maxilar, seus olhos fuzilam os do Will. Ele joga a bola para o Will, que a pega sem dificuldades."

– E aí Taylor, você acabou com a Dina hoje no almoço.

– Uhum.

" Estou um pouco confusa, e até irritada. Caramba nós íamos nos beijar. Eu ia dar meu primeiro beijo. Esse babaca tinha que acabar com tudo?"

– Ah! Antes que eu me esquessa... Eu e o time vamos dar uma festa na casa de praia do meu pai, e seria bacana se você fosse.

" Ele disse isso casualmente, como se o já tivesse feito diversas vezes. Mas não, essa foi a primeira. O que está acontecendo comigo? Quase fui beijada, sou convidada para uma festa. O mundo finalmente se lembrou de mim?"

– Ah tá.

"Ouvimos um sinal. Aula de química. Parece que a nossa conversa e o meu momento de quase beijo já passaram. Aceno para o Will e para o Marcus e sigo para o edifício escolar."

* * *

" A aula está rolando. Mas minha mente está a quilômetros de distância, ela está no jardim, com o Marcus, e o nosso quase beijo...

Ele é tão cheiroso, de perto é mais lindo ainda. Fico imaginando qual será o sabor daquela boca.

O sinal toca indicando o final da aula. Me surpreende que o tempo tenha passado tão rápido. Começo a andar pelo corredores, mais distraída do que nunca."

– Distraída assim, você vai acabar esbarrando em alguém.

" Me viro sorrindo. Marcus. É tão bom ouvir sua voz."

– Bem, contanto que não seja a Diana.

" Seu sorriso vacila um pouco, ele começa a caminhar ao meu lado."

– Você é amigo dela, não é?

" Ele me observa enquanto anda."

– Eu era, antes de descobrir que ela é tão malvada.

" Malvada, parece muito pouco para definir ela."

– Mas você é amigo do Will...

– Não! De forma alguma!

" Ele responde de imediato, apesar de não ter sido uma pergunta. Parece até ofendido por eu o ter citado."

– Mas outro dia você o ficou defendendo... dizendo que ele era legal...

" Ele passa a mão pelo cabelo e olha para frente, observando nada em especifico."

– Olha Tay.... eu estava precipitado em relaçaõ á algumas pessoas dessa escola.

" Tay... Ele até já me deu um apelido. Gosto de Tay, Toscana me chama de Tay. Soa como teia, teia de aranha... será que eu estou agarrando ele como uma teia? Não.. ele mesmo me disse que eu tentava o afastar. Sinto uma estranha necessidade de perguntar algo."

– Você se precipitou em relação a mim?

" Mais uma passada de mão pelo cabelo, ele está mesmo muito envergonhado."

– Sim... Quer dizer, eu ia pelo o que os outros me contavam. Diana me disse que você sofria de problemas mentais. Quando eu perguntei para o will quem era você, ele me disse desse mesmo jeito: " Shiii... Desiste. Ela pode até ser gatinha, mas é super estranha...".

– Gatinha? O Will me acha gatinha?

" Marcus está, sei lá, um pouco irritado?"

– É, é. Mas a questão não é essa.

" Caminhamos por um bom tempo calados. Esse não é um silêncio bom, é desconfortável. Como se eu tivesse dito algo que não devia. "

– Você é, sabia?

" Marcus me tira da distração."

–Sou? O que?

– Gatinha, ou melhor,bonita.

" Faço cara de incompreensão, mas acho que ele interpreta como desagrado, porque emenda:"

– Não! Você não é bonita. Não! Você não é feia! Ah, droga...

" Ele respira fundo enquanto eu o observo atônita."

– Você é linda...

" Começo a gargalhar. Não acredito que ele se enrolou todo só para falar isso. Ele levanta a sobrancelha de um modo um pouco rude. Está desconfortável por eu estar rindo dele."

– Você também.

– Sou lindo?!

– É, ué.

" Ele faz cara de nojo, fica muito engraçado, e eu continuo rindo feito uma pateta."

– Isso é meio gay...

– Ser lindo?

" Falo entre risos."

– É. Você devia dizer que eu sou sexy, charmoso, encantador. Não lindo.

" Minha nossa! Minha barriga já está doendo e eu estou com falta de ar, mas não consigo parar de rir."

– Okay... você é muito humilde.

" Ele também não para de rir."

– Mas é claro que sim, eu não saio por aí dizendo que tiro a melhor nota da turma.

– Tá bom, para. Eu já estou morrendo de tanto rir. Vamos jantar que nós ganhamos mais.


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Notas finais do capítulo

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