O Mundo De Taylor escrita por Bellla


Capítulo 47
É Amor, Mas é Complicado


Notas iniciais do capítulo

Saído do forno direto para o Nyah!
Espero que gostem.
Beijos!



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" Fomos a Londres e eu conheci o pai do Will. Um homem de aparencia elegante que foi muito gentil comigo, apesar de nós o termos ouvido gritando com a secretaria antes de entrarmos no seu escritorio. Pois foi assim, Will e eu ficamos em um hotel (quartos separados para não infartar tia Clarie), não fomos a casa do seu pai e eu só o vi em uma tarde (a ocasião com a secretria citada a cima). Ele ficou conosco durantes uns quarentas minutos, me perguntou sobre minha família e alegou não conhecer niguém da minha árvore genealogica. Depois ele perdeu o interesse em mim e bombardeou Will com perguntas sobre a faculdade, fez uma cara que demostrava seu desagrado quando soube que o filho ia para a Joney's e quis saber por que Will não estudava em uma universidade londrina. Will deu de ombros e respondeu com um ar arrogante: "Simplesmente, porque eu não quero". Nunca vi Will agir como agil naquela tarde. Ele não era o cara que eu conhecia, quando passou por aquela porta ele se tornou uma copia do pai; absolutamente frio e cheio de si.

À noite Will me levou para jantar, nada de restaurantes caros e cheios de frescuras, fomos a uma lanchonete, e eu percebi que ele não podia ter escolhido um lugar melhor. Seu humor amargo da sala do pai ficou por lá, no resto da noite ele foi o Will divertido e alegre de sempre.

Passamos o dia seguinte inteirinho fazendo compras. Ele aproveitou e comprou presentes de natal para todos da casa, incluindo Anthoni e a senhora Culton. Eu comprei meu vestido de formatura (não deixei Will entrar na loja comigo), e presentes para Toscana, tia Clarie e é claro, Will. No final da tarde fomos pegar o avião de volta pra casa."

– Tenho boas e más noticias, qual você quer ouvir primeiro querida?

" Me pergunta tia Clarie enquanto nos leva para a casa do Will. Confesso que fiquei radiante quando minha tia atendeu meu pedido e parou de me perguntar em quais lojas fomos, mas agora estou com vontade de sufoca-la por não me deixar tirar um cochilo no carro."

As más...

" Resmungo sonolenta."

– Taylor! Como você é pessimista. Não, não, darei as boas primeiros.

" Fecho os olhos e cruzo os braços irritada."

– Se a senhora quer dar primeiro as noticias que você quer... Por que pergunta qual eu quero ouvir então?

– Não seja insolente Taylor. Sei que sou jovem, mas ainda assim sou sua tia.

" Abro os olhos assustada com o ronco do Will. Olho para o lado e o vejo jogado no banco, sua boca aberta e a cabeça encostada no vidro da janela. Me seguro para não rir com a cena. "

– A boa noticia, é que já saíram os documentos que legalizam a abertura dos seus bens, incluindo a casa. A ruim, é que teremos que gastar uma fortuna para a restauração da casa, isso levará meses, mas Joseph, nosso advogado, disse que podemos usar a casa de campo do Robert, já que a propriedade está no nome da Toscana, e nos papeis do divorcio eu tenho pleno direito de usa-la.

" Franzo a testa com a novidade. Já tinha até me esquecido que tia Clarie estava cuidando desses assuntos. Acontece que a casa do Will acabou se tornando a minha casa, e as coisas estavam correndo tão bem que esse história de eu ter uma casa nem passava mais pela minha cabeça."

– Ah, tudo bem. A senhora já está planejando a mudança?

" Digo perdendo o sono repentinamente."

– Sim, é claro. Em janeiro já poderemos parar de abusar da boa vontade do Will.

" Ouço novamente seu ronco e o encaro. Meu humor murcha como uma flor no outono. Me sinto chateada por um momento, até me lembrar de que moraremos no mesmo campus."

* * *

" Finalmente dia vinte chega, para o meu azar. Desço as escadas para o café e respiro fundo. Já imaginando o assunto da minha tia para o dia: vestido. Estremeço ao imaginar mais um discurso empolgado da tia Clarie sobre cores e caimentos. Sim, é verdade que ela conhece do assunto e sabe o que fala. Mas acontece que eu odeio o assunto.

Entro na cozinha e encontro Will sozinho a mesa, completamente distraído enquanto mastiga sua torrada."

Will?

" O chamo para acorda-lo de seus devaneios. Ele ergue os olhos surpreso e sorri contente ao me ver. Minha pulsação acelera com seu sorriso, principalmente ele sendo motivado por minha causa."

– Fedo! Que bom que você desceu. Estava um pouco depressivo essa mesa vazia. Já me acostumei com a tagarelice da Clarie e a fofura da Tina. Mas o frenesi que me deu dos velhos tempos até me assustou.

" Sorrio um pouco triste com a revelação dele."

– Você era bem solitário, não era?

" Will para de mastigar e me observa de boca cheia. Ouço ele engolir a comida mal mastigada lentamente e me arrependo por ter feito a pergunta. É claro que Will era solitário. Tão solitário quanto eu. Ele bebe um pouco de suco e dá de ombro com um ar arrogante."

– Nem tanto. Te garanto que na minha cama não dormia só eu.

" Sinto como se ele tivesse me dado um soco na cara. Coloco o cabelo atrás da orelha e encaro a janela. Meus olhos ardem um pouco, por isso pego uma torrada e abaixo a cabeça o máximo que consigo, me concentro verdadeiramente ao passar a geleia. Tento não olha-lo, não quero que ele veja como o simples fato do seu "passado" (de alguns meses atrás) pode mexer comigo. Penso se Diana já esteve nessa casa, antes do meu aniversário é claro, e quantas outras garotas já devem ter vindo aqui. Então me recrimino por ter julgado tanto Marcus por seu ciúme. Agora que percebo que quando a gente gosta, nada mais importa."

– Sua... sua tia foi levar Toscana para o Robert. Caso você queira saber.

" Anuo com a cabeça sem olha-lo. Acho que me lembro de tia Clarie ter comentado que o juiz já havia programado as visitas do Robert. Mas tia Clarie disse que não queria ele nem a trezentos e oitenta e dois quilômetros perto de mim.

Me lembro de que Toscana estava radiante com a perspectiva de ver o pai. Dou um vislumbre de sorriso. Ela sempre tão inocente. Será que quando crescer ainda vai idolatrar tanto o pai? Meu sorriso vai embora. Sinto tanto pela minha priminha. Dou a última mordida na minha torrada e percebo que (surpreendentemente) não estou mais com fome. Tomo mais uma última golada de chá e deixo o que sobrou na xicara. Me levanto da mesa e pela primeira vez desde o seu comentário desnecessário o olho."

– Acho que eu vou sair um pouquinho.

" Will me encara com uma expressão de pesar. Talvez, só talvez... ele esteja arrependido. Mas a minha vontade de sair não se deve só ao comportamento dele, mas que eu também preciso tomar um pouco de ar. Will suspira aparentemente cansado e coloca mais suco em seu copo."

– Tudo bem. Só tome cuidado, por favor. Eu não sei o que faria se acontecesse algo com você.

" Estranho sua frase sentimental. Mas dou de ombros e sigo para fora da casa. Lembro-me de ter visto uma bicicleta perto da garagem. Por sorte eu a encontro. Subo nela e começo a pedalar em direção aos enormes portões."


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