O Mundo De Taylor escrita por Bellla


Capítulo 48
Constatação


Notas iniciais do capítulo

Só porque eu sou legal, só porque eu tive tempo, só porque eu amo escrever.
Vão, e se deliciem com dois caps. no mesmo dia.
Obs. Hoje tem Alerta Pegação! Hahahaha
Beijos!



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" Pedalei por toda a estrada que liga a casa do Will até a estação de trem (e olha que a distância não é pouca). Ao chegar na estação larguei a bicicleta no estacionamento e me sentei em um banco na passarela de embarque. Fiquei observando as pessoas se despedindo. Umas com lágrimas de "À Deus", outras com sorrisos de " Até logo". E percebi que na vida é assim... Nós nos despedimos de tudo, às vezes sabendo que teremos de volta, às vezes tendo a certeza de que é o fim. E eu dei fim. Dei fim a depressão, e sei que ela nunca mais irá voltar. Porque eu não vou deixar.

Me chamo Taylor Vinchestter, tenho dezoito anos e sou órfã. Não sinto pena de mim por isso, pois eu um dia tive todo o amor que pais podem dar e mesmo tento sido absolutamente solitária, hoje eu tenho uma família improvisada mas incrível. Pela primeira vez eu sei quem eu sou, sei de verdade. Sinto o grito se aflorando na minha garganta, dessa vez sem ódio, somente com alivio e certa felicidade pela certeza. Então eu solto:"

– Eu sei quem eu sou!

" Grito sentada em um banco no meio da passarela de embarque da estação de trem. As pessoas me olham curiosas, confusas e assustadas. Seguro o riso e levanto do banco com uma sensação fascinante. Um alivio, uma paz. Vou andando lentamente até o estacionamento e pensando que esse poderia ser mais um fim. Não... ainda tem muito pela frente.

Subo na bicicleta e começo a rir sozinha. Talvez eu seja mesmo louca como diziam, talvez eu sempre tenha sido louca. Mas quem se importa? A loucura é minha.

Na estrada eu posso ver o sol se pondo e percebo que eu devo ter ficado por horas sentada na estação. Mas o tempo passou tão rápido que parece até que eu estava em um "breake" só meu. Começo a cantar a primeira música que vem na minha cabeça. Sinto o vento no meu rosto e fecho os olhos. Estico os braços ao meu lado, tirando a mão do guidão, mas por pouco tempo. Pois paro de cantar e abro os olhos assustada quando perco o equilíbrio. Rindo, xingo a bicicleta por estragar o meu momento de cinema.

Finalmente, e com as coxas ardendo coloco a bicicleta aonde achei e entro para dentro de casa. Cantarolo baixinho uma canção de ninar que minha mãe cantava para mim quando levo um puxão pelo braço."

– Taylor! Onde você estava?! Eu até pensei que você pudesse estar morta na estrada!

" Penso em reclamar, mas minha irritação pelo aperto se esvai ao ver o desespero genuíno nos olhos do Will."

– Eu estava pedalando e acabei perdendo a noção do tempo.

" Will gentilmente solta meu braço e esfrega a testa. Vejo que ele estava realmente preocupado."

– E o pior é que eu ainda tinha que fingir que estava tudo bem para sua tia. Não queria que ela ficasse preocupada.

" Ele resmunga cabisbaixo. Ergo seu queixo e olho em seus olhos."

– Will, eu estou bem.

" Ele suspira e encara a parede."

– Eu sei, mas eu fui tão idiota hoje cedo, achei que você estivesse tão magoada que não quisesse me ver. Ou então, que algum carro podia ter te machucado e eu...

" Paro de ouvir e reviro os olhos. O que eu vou ter que fazer pra esse cara calar a boca e parar de falar bobagens? Ele continua falando até que me ergo na ponta do pé e puxo sua cabeça para perto da minha. Encontro seus lábios e o beijo com toda a ardência que sou capaz. Com a outra mão puxo a ponta da sua camisa e o trago para perto de mim.

Will fica um pouco atônito e sem reação (a não ser corresponder o beijo). Continuo beijando-o até que ouço meu ouvido zunir com a falta de ar. Me afasto ofegante e observo sua cara de pateta."

– Meu. Deus.

" Ele diz pausadamente. Solto uma gargalhada e o puxo de novo. Dessa vez ele trava seus braços na minha cintura e corresponde com todo fervor."

– Menos crianças. Desse jeito minha sobrinha vai acabar ficando gravida somente com um beijo.

" Ouço a voz de tia Clarie e coro violentamente. Sinto minha bochechas arderem como se estivessem prensadas em uma chapa quente. Will continua me segurando e gargalha para a minha tia."

– Francamente Clarie... Eu tenho algum nível de inteligência.

" Tento me desvencilhar do Will mas ele não solta minha cintura. Me contorço e acabo conseguindo ver minha tia, e nossa... Me esqueço de como se respira por um minuto. Ela está simplesmente incrível. Usando um vestido vinho, curto mas decente, com um decote que me dá vontade de tapar os olhos do Will."

– Tia... Uau!

" Ela sorri e dá uma voltinha."

– Poxa Clarie... Cê tá uma gata!

" Will comenta rindo. Minha tia agradece toda modesta e eu piso no pé do Will fingindo uma careta."

– Mas aonde você vai assim tão produzida?

" Tia Clarie dá de ombros e disfarça fingindo que procura alguma coisa na bolsinha minúscula."

– Ah... Bem, eu vou aproveitar que a Toscana está com o pai, e vou para um encontro.

" Meu queixo caí."

– Juuura?! Com quem?

– Taylor! Eu acho que você está sendo indiscreta.

" Ela diz forçando me repreender."

– E além do mais, vocês dois não deviam estar se arrumando para a formatura?

" Will e eu nós olhamos de olhos arregalados."

– Meia hora Taylor! Só meia hora!

" Ele diz enquanto sobe as escadas apressado. Dou um beijo na bochecha da tia Clarie e corro para o meu quarto."


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