Ah, o que que eu tinha na cabeça? Cindy? Me pedir um beijo? E o que foi meu discurso galanteador? Meu falecido hamister sentiria vergonha de mim agora.

                Bem, fui atrás da água para minha donzela, mas acabei encontrando Alex e Helena.

- Oi – Helena se agarrou no meu braço – Onde esteve a noite toda?

- Quem sabe? – O que eles queriam comigo?

- Oras, fala para ela sobre a nossa apostinha, Rô! – Alex parecia mais animado do que o normal.

- Foi uma aposta boba, eu sabia que ia perder.

- Me conta, vaaai! – A garota começou a brincar com os botões da minha camisa.

- Apostei que eu conseguiria beijar você, foi isso – Sem hesitar – Agora, por favor, me dêem licença, preciso pegar água.

 -Não quer ganhar a aposta?

- Agora não, obrigado – Desgruda, por favor?

- Viu, Lena? Eu disse que ele era gay... Não adianta insistir, gata.

                Quando a humilhação ia ter fim? Dei as costas para as gargalhadas dos idiotas e fui até o balcão, peguei uma garrafa de água e voltei, sendo acompanhado por aqueles risos até a porta.

- Ah, não... Ele vai chorar na escadaria! – A essa altura, Alex já tinha convidado Éric e todo o resto do time para gozarem da minha cara.

- Eminho gay! – Gritou um lá do fundo.

- Isso não é pleonasmo? – Helena.

- Quem são eles? – Cindy ainda estava sentada na escada, me esperando.

- Umas lombrigas que pensam que são gente... Ignore-os, por favor.

- Nãaaao! O Rô me trocou por essa daí!? – Pure fez questão de berrar.

- Sabe como é, né? – Cinderella se levantou – Ele prefere alguém com cérebro!

                Ela me agarrou. Sério, eu nem consegui me mexer no choque. Cinderella Stroke me agarrou na frente de todo o time de futebol.