Okay, eu precisava me acalmar. Mandy me puxou para um canto assim que a dança terminou, e logo começou o interrogatório.

- Cindy! Quem é ele? É tão bonito! – De fato, loiro, olhos angelicais azuis, pele branquinha e um sorriso bonito – Eu nunca o vi com você antes... Não me diga que vocês acabaram de se conhecer!?

- Amanda Wheat, acalme-se! – Segurei a garota pelos ombros – Ele é só um psicopata que quer me comer!

- O QUÊ!?

- Brincadeira – Suspirei – O nome dele é Romeo, nós fazemos laboratório juntos.

- Romeo do quê? – Puta merda, nessa ela me pegou.

- Romeo Valley, muito prazer – O garoto apareceu com uma garrafa d´água, encostando-a na minha bochecha – Sede? – Sorriu.

- Amanda Wheat, o prazer é todo meu.

                Eu estava sobrando. Sério, dois loiros, sorrindo de forma angelical um para o outro, e a morena grotesca que virava uma garrafa de água gelada garganta abaixo. Ótimo.

- ... Né, Cindy?

- Ahn?

- Eu estava contanto como nos esbarramos hoje – Romeo começou a rir, assim como Mandy.

- Pois é, coisa do destino – Forcei um sorriso.

- Você está bem, Cindy?

- Ah, relaxa! – Amanda me atropelou – Cindy só está de mau humor, o que é bem comum. Uma vez ela estava atrasada para aula e esbarrou com uma menininha, que derrubou um monte de coca-cola em cima dela, ai... – O maior defeito da Mandy? Ela não cala a boca nunca! – Ela chegou quase chorando de raiva na aula, pois estava com uma camisa novinha e branca. Ah, depois...

- Estou passando mal – Sibilei, tentando fugir das histórias constrangedoras que só Amanda lembrava.

- Bem, Amanda, eu vou levar Cindy lá para fora – Romeo passou a mão pela minha cintura – Nos vemos depois.

                Voltamos às escadas.