Depois do incidente da escada, Romeo ficou me enchendo para irmos dançar, já que a noite estava perdida para os dois. Bem, por que não? Foi um argumento válido.

                Ele me guiou até o salão principal, bebeu um pouco de ponche e esticou a mão, num singelo convite para dançar. Estava tocando rock dos anos 80, meu tipo de música favorita, então, não hesitei em agarrar a mão de Romeo e dançar até me acabar com ele.

                Quer saber, o garoto salvou minha noite, de uma total e completa merda, foi para uma balada divertida, até Mandy dançou com a gente – isso até começar a música lenta. Cara, que tipo de DJ é filho da puta o suficiente para colocar músicas brochas depois de um bom e velho Rock’n Roll?

                Sabe o que foi mais estranho? Eu dancei. É, no meio de vários casais, incluindo meu ex e o Max. Dancei valsa com Romeo.

- Você sabe como se chama esta música? – Perguntou-me de forma sutil.

- “Sou um saco e você me escuta quando está na fossa”? – Respondi sorrindo.

- Quase – Ele riu – Na verdade, é um pouco mais curto que isso.

- Como se chama nossa serenata?

- Canção da Morte.

- Que sutil.

- Tanto quando você, não acha?

                Tive que rir, ninguém nunca me enfrentou de mau humor antes. Deitei a cabeça sobre o ombro de meu parceiro e fiquei ouvindo a doce melodia que nos guiava pelo salão. Cheguei até a soltar um suspiro e fechar os olhos...

                Puta merda, alguém me fala que isso não é paixão!