Romeo And Cinderella escrita por Yuna Aikawa


Capítulo 16
Enterro


Notas iniciais do capítulo

POV Romeo



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                Assistir ao nascer do sol com Cindy foi a melhor coisa que eu fiz durante o ano todo. O beijo que demos em seguida também. Os rabiscos no rosto angelical de Amanda entram na segunda melhor coisa do ano. De fato, como pude passar tanto tempo sem sequer falar com Cinderella? Eu fui burro.

                Mas estava tudo bem agora, eu estava ao lado dela, segurando sua mão, ouvindo rock das antigas e rindo como duas crianças do rosto pichado que dormia ao nosso lado. Não pude resistir aquele sorriso, um sorriso de criança com o ar maquiado de um adulto, inocente, cativante... Apaixonante. Eu a beijei novamente, dessa vez, derrubando-a na areia.

- Isso, Einstein! Como eu explico pro meu pai a areia no vestido?

- “Querido papai” – Afinei a voz – “Eu e Amanda fomos com uns amigos para a praia depois, assistir o nascer do sol. Desculpe-me por chegar a esta hora”

- Engraçadinho – Ela me deu um tapa na barriga – Ele sabe que eu não sou de fazer essas coisas.

- Mas fez – Sorri – Arrependida?

- Nem um pouco.

- Ahn? O Sol já nasceu? – Amanda acordara, se espreguiçara e arrumou o cabelo – Acho que cochilei.

- Pois é – Concordou Cindy – Ficamos com dó de te acordar.

- Onwwwwww! Obrigada, amiga! Eu tive um sonho tãaaao bizarro! Foi assim... – Ela definitivamente era melhor dormindo – Eu era um cachorro, não sei qual raça, mas pequeno, ai eu fui perseguir um carro de polícia, só que os policiais me prenderam! É, porque eu estava cometendo atentado ao pudor! Acreditam nisso!?

- Acreditamos.

- Bem, na prisão, eu conheci uns criminosos muito assustadores! Pareciam ter saído do filme Clube da Luta! Foi muitoooo assustador! Eu achei que eles iam me comer! Literalmente, okay? Daí eles começaram a me ensinar a jogar pôquer! Ai chegou o guarda e disse que não era permitido aquele tipo de baralho ali e nos deu um baralho de bichinhos. Ai começamos a jogar Jogo do Mico, e eu ganhei todas as partidas. Ai, ficaram brabos comigo! E começaram a riscar meu rosto! Foi tão... Real!

- Não diga! – Cinderella fez sua melhor atuação de surpresa, afinal, estávamos loucos para cair na gargalhada.

- Digo! Depois disso, me pintaram de laranja! Iam fazer um... um... Um daqueles troços mexicanos que as crianças batem e caem um monte de balinhas, sabe?

- Aham. Olha, Amanda... Seu sonho foi bem bizarro, de fato, mas é hora de irmos para casa, né?

- Mas jáaaa?

- Você termina de contar seu sonho no carro. Vamos, Cindy? Cindy!? Por que está chorando!?


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Notas finais do capítulo

Só mais dois capítulos /