March 19th escrita por A garota do vans vermelho


Capítulo 3
Capitulo 3


Notas iniciais do capítulo

Vocês já repararam nos horários loucos que eu posto as histórias? hahahahaha eu sou uma menina da madrugs (boladona, boladona).

Boa leitura!



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–Oi. – sorri envergonhada me aproximando.

–Oi, você esta linda! – corei.

–Obrigada, você não está nada mal também. – soltei uma risada afetada e ele fez um careta, a qual eu achei extremamente fofa.

–Vamos? – ele sorriu e apontou para o carro.

–Vamos. – assenti e deixei que me puxasse em direção à porta do carro, abriu e me esperou entrar para fecha-la, deu a volta e entrou, no caminho fomos conversando sobre alguns gostos em comum. E quando percebi estávamos na rodovia que saia da cidade. Oh Meu Deus, a onde estávamos indo? Ele era um desses maníacos que estava me levando para um lugar desconhecido e planejava fazer sei lá o que comigo?! Socorro. Seguimos por uma entrada, que para mim era desconhecida, mas logo vi alguns carros (o que me tranquilizou) e pessoas andando, uma banca com pipocas, doces e bebidas.

–Por favor, duas pipocas médias, e duas cocas. – sorriu para uma atendente quando chegamos a banquinha. E ela o atendeu com muita simpatia para o meu gosto, engraçadíssima.

–Bruno?!

–O que foi? Quer pipoca maior?

–Não, não é isso, onde estamos?

–Você já vai descobrir. – Ele sorriu e pegou as pipocas e os refrigerantes. –Segura pra mim? – me entregou tudo sem esperar uma resposta.

–Claro né. – seguimos o caminho e só então eu pude perceber que estávamos um cinema ao ar livre, tipo, meu sonho de criança, sorri involuntariamente e o olhei.

–Como sabia que eu ia gostar?

–Deduzi pelas suas escolhas de filmes na locadora. – sorriu, estacionou e já havia uma grande quantidade de carros parados lado a lado de frente para uma grande tela, lhe entreguei sua pipoca e seu refrigerante.

–Que filme é?

–Você pergunta demais, come a pipoca que você já descobre. – pegou certa quantidade de pipoca e colocou na minha boca, algumas eu peguei e outras caíram. –Alguém tem que te ensinar a comer direito, olha só a sujeira que está fazendo no meu carro. – disse em tom de indignação, mas querendo rir.

–Ah é? – perguntei e ele assentiu. – Olha só. – joguei pipoca nele causando boas risadas entre nós. –Silencio ai que vai começar! – fiz uma cara séria e voltei a olhar a tela que emitia uma canção conhecida, que eu adorava. Mama Mia era o meu filme musical favorito, não havia duvidas ou comparações.

Após meia hora de filme Brunera começou a fazer um barulho extremamente irritante com a pipoca que mastigava, só para me provocar.

–Ai Bruno parece criança, mastiga direito, esse barulho irrita. –lhe dei um empurrão no ombro e ele sorriu cínico.

–Irrita? –se aproximou de meu ouvido mastigando ainda mais irritante, me arrepiei com a sua respiração batendo em meu pescoço. Continuei imóvel e prendi a respiração. –Desisto você não vai me dar atenção, vou te deixar ver o filme. – voltou para seu lugar, de fato me deixado ver o filme. O que não consigo decidir se me agradou ou não. Tê-lo tão perto me pareceu certo.

Assim que o filme acabou alguns holofotes se acenderam e eu o encarei sorrindo.

–Obrigada pelo filme, eu realmente gostei.

–Não há de que. – sorriu igualmente. – Bom, acho que temos que voltar para São Paulo. – riu despreocupadamente e uma parte de mim queria dizer que não era hora de voltarmos ainda.

–Verdade. -Ri junto, apenas para disfarçar. O caminho de volta a cidade foi tranquilo, conversávamos bastante, discutimos sobre o clipe de “5 colours in her hair”, um dos primeiros dos meninos do Mcfly. Confessei a ele minha queda pelo baixista e ele riu dizendo que eu era uma fã meio obcecada pelo Dougie e achava isso meio pesado.

–Mas então, quais bandas nacionais você gosta?

–Na verdade, não sei o nome delas, mas algumas musicas me atraem. – eu ri com a cara estranha que Brunera vez.

–Até Restart?

–Credo, temos uma exceção. – eu fiz uma cara de nojinho e ele riu concordando. –A Gabi, minha amiga de apartamento gosta de umas bandas da atualidade.– ri.

Conversamos mais um pouco sobre nossos gostos musicais e assim que chegamos a Avenida Paulista seu celular tocou, fingi estar distraída com o transito, mas não pude deixar de ouvir a conversa.

–Como assim Dave? Nós não iriamos viajar só na terça? – ele dizia confuso.

–Pois é Bruno, mas a Ana mudou nossos planos, vamos amanhã de manhã e
voltamos no sábado.
– a voz do outro lado disse e se o carro não estivesse no
total silencio juro que não ouviria.

–Então tá, que horas devo estar no flat do Diego?

–As 10h30, sem atrasos.

–Ok, abraço Dave.
–Abraço.

Ele desligou e voltei meu olhar das ruas para seu rosto, encontrando um par de olhos castanhos escuros me observando.

–Desculpe pela ligação, era meu amigo. – ele estava mesmo se desculpando por isso? Que gracinha.

–Está tudo bem, vai viajar? – maldita curiosidade, não pude evitar de perguntar.

–Sim... Mas estou de volta no sábado. – piscou e voltou seu olhar para o
transito. O resto do caminho foi tranquilo, sem conversas, quando chegamos a
frente ao meu prédio, ele saiu do carro junto comigo, estranhei.

–Ei, não estava achando que eu iria viajar sem me despedir adequadamente de você, certo? – ele disse e corei.

Ele me envolveu em seus braços, seu porte físico não era nada mal, deveria ter iniciado a academia recentemente, acho que nunca me senti tão segura em apenas um abraço. Eu conhecia Bruno há uma semana e já podia o considerar um amigo, ele afagava meu cabelo de uma forma tranquilizadora que só minha mãe e Gabriela conseguiam fazer, assim que nos desvencilhamos ele depositou um beijo na minha testa e se afastou.

–Prometo dar noticias durante a semana. – ele disse e eu sorri assentindo. –Não me esqueça. – Piscou e me lançou um de seus maravilhosos sorrisos. Suspirei, estou perdida.

–Sim senhor. – sorri com todos os dentes. –Olha só minha cabeça, leva com você. – estiquei o balde de pipoca que ainda estava até a metade com pipoca.

–Fica com você. – devolveu o balde.

–E faço o que com ele?

–Guarda de recordação. – disse piscando e quando resolvi insistir ele negou com a cabeça.

–Boa noite Brunera, obrigada pela noite. – realmente estava feliz com a noite, havia sido perfeita.

–Boa noite Carol, obrigada pela companhia. – e entrou em seu carro. Segui meu caminho até o prédio e o ouvi buzinar e sair, subi pelo elevador pensando se realmente a noite havia acontecido, ou se era apenas mais um sonho que eu estava tendo, como durante toda a semana. Abri a porta e encontrei Gabi cochilando no sofá, desliguei a TV.

–Gabi, vamos pra cama amiga. – sussurrei e toquei em seu braço.

–Carol? Você demorou amiga. – ela disse já levantando e calçando os chinelos.

–Pois é, vamos para a cama, amanhã conversamos. Boa noite. – beijei sua testa e fui para meu quarto, coloquei o balde de pipoca na prateleira em cima da minha cama, tirei minha roupa vestindo meu pijama e deitei, demorei a pegar no sono, fiquei pensando na minha sorte de ter conhecido Bruno.

–Bom dia flor do dia. – Gabriela disse sorrindo assim que entrou na cozinha, depositou um beijo em minha cabeça e se sentou ao meu lado na cadeira de frente para a bancada para tomar seu café.

–Bom dia brega. – respondi sorrindo e ela deu a língua. Já estávamos prontas para irmos à faculdade.

–Me conte de ontem à noite. – continua sendo curiosa.

–Curiosa. -enrolei um pouco, e contei para ela desde o cinema até o abraço.

–Que fofo, quem dera um homem magia assim pra mim. – ela riu. –Mas não rolou nada a mais que um abraço?

–Não. – fui bem direta, a noite havia sido tão legal que nem me importei de não termos trocados carinhos, beijos ou algo do tipo.

–To começando a achar que ele é gay, onde já se viu, se ele não tomar iniciativa pra beijar você só tem essa explicação, a menos que ele tenha um parafuso a menos.

–Já parou pra pensar nas besteiras que você fala? – comecei a gargalhar da bobagem. –Mas me deixa terminar. – ela assentiu dizendo um “Tem mais ainda? Oh gosh” e eu apenas assenti. – Quando desfizemos o abraço ele me disse duas coisas que ainda estão na minha cabeça...

–O que? – perguntou quase desesperada, curiosa parte quarenta e oito, porque né.

“Prometo dar noticias durante a semana.” “Não me esqueça” e ele piscou, PISCOU!

–Nossa senhora da bicicletinha, se um dia você não quiser mais esse homem, passa pra mim. Juro. – rimos.

–Tarada. – Lhe dei um tapa. Terminamos o café, empilhamos tudo e colocamos na pia, lavando e guardando as coisas rapidamente, trancamos o apartamento, pegamos um taxi e fomos cada uma para sua devida faculdade.


A aula correu bem, havíamos recebido uma palestra sobre o dono de um dos jornais mais famosos da cidade. Voltei para casa, chegando mais cedo que Gabi e comecei a preparar o almoço.

–Oi Ca. – ela disse assim que abriu a porta do apartamento. – Que cheiro bom, todas àquelas horas de moda me deixaram morta de fome.

–Exagerada sempre.

Almoçamos rapidamente e corremos nos arrumar, logo mais teríamos que ir trabalhar.

Cheguei em casa cansada, havia vendido um numero considerável de livros, Gabi estava sentada na sala, assistindo Gossip Girl, outra viciada em séries.

–Oi linda. – sorri e lhe dei um beijo no rosto.

–Oi amor. – ela disse da mesma forma um pouco mais empolgada.

–O que aconteceu?

–Bom, - ela começou. – tirando o fato de eu ter vendido super bem hoje, reencontrei um amigo de colegial, o Fred.

–E ai?

–Marcamos de sair durante a semana. –ela completou rindo.

–Prevejo sentimentos ressurgirem?

–Náaa, nada de sentimento. – Gabi já havia sofrido bastante com relação a garotos. Não que eu também não tenha, o tal Lucas por exemplo, eu o namorei durante nove meses, e foram os piores desde que vim para São Paulo eu confesso que achava que tinha sido apaixonada por ele, mas eu realmente estava enganada, depois que descobri que ele me traiu com Deus e o mundo, o único sentimento que restou foi insignificância.

–Conheço esse papo... – ela deu a língua e voltou-se para a tv.

Continuamos ali assistindo a série, e meu celular tocou, para minha surpresa era Bruno, atendi animada e conversamos cerca de duas horas, ele me contou que estava em Belo Horizonte com os amigos, ainda sem saber o motivo da viagem, mas apenas o ouvia contar.

***

Era sábado de manhã, durante toda a semana eu e Bruno passamos duas horas no celular, ele me contando das cidades que passava e eu apenas perguntava se ele e os amigos eram desses que planejavam sair pelas cidades a fora e conhecer o mundo e ele insistia em perguntar se eu realmente não o conhecia. Era meio cômico, erámos amigos, contávamos tudo um para o outro, e a maior parte ele me ouvia contar sobre a faculdade, sobre o trabalho e afins. Gabriela havia viajado para a casa dos pais como havia me contado, para o aniversario de sua avó. Levantei da minha cama e fui preparar meu café, sem muita pressa afinal iria tirar o fim de semana para tratar dos trabalhos, já estávamos no mês de abril e minha faculdade já estava quase no fim, concluiria ela no final de junho. Bruno disse que não poderia me ligar hoje, apenas amanhã, não liguei muito para esse fato, ele tinha a vida dele. Vesti uma calça justa, uma blusa preta colada no corpo e um all star branco, peguei minha bolsa da faculdade e tranquei o apartamento, iria ao shopping, dar umas voltas e ir ao cyber que havia por lá para fazer as pesquisas para os trabalhos.

Assim que terminei as pesquisas, e imprimi algumas páginas, só precisava dar um toque pessoal e estaria pronto, paguei e agradeci ao dono do cyber, era hora do almoço, mas como tomei um café reforçado não estava com fome, apenas optei por tomar um sorvete do Mc. Sentei em uma mesa na praça de alimentação, coloquei minha bolsa na outra cadeira e permaneci ali apreciando o sorvete e observando as pessoas que passavam.

–O que vai querer comer Sofia? – uma voz conhecida tomou conta de meus ouvidos. Não.


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Notas finais do capítulo

Ideias, suposições, curiosidades??? To aceitando tudo!



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