March 19th escrita por A garota do vans vermelho


Capítulo 2
Capitulo 2


Notas iniciais do capítulo

Será mesmo que o Bruno foi tão cabeça oca de se esquecer da Carol e não vai mais procurar ela? hm... vamos ver, vamos ver...

Boa leitura!



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Acordei com algumas batidas na porta de meu quarto, levantei-me apressada e assim que abri, Gabi entrou e sentou na minha cama

–Bom dia para você também Gabriela. – disse irônica

–Bom dia Carolina. – Ela disse estressada. Mas que bom humor viu...

–O que aconteceu? – perguntei já preocupada.

–Minha mãe. Não aguento isso, ela me convidou para ir para a casa dela, mas era
tudo um plano porque o idiota do Thiago estava lá, e ela fez questão de nos
deixar a sós para “conversarmos”. –Quase ri do seu ataque, mas me controlei.

–Ai amiga, supera. –Não havia o que dizer, não queria prolongar o assunto,
isso a irritaria mais.

–Mas e você, está com esse brilho no olhar por quê? – ah que legal, ela percebeu
que eu dormi desde sexta-feira feliz. Porque não ser tão obvia, não é mesmo?

–Nada demais.

–Quem era o cara? – quase engasguei.

–Ai sua loca, quem disse que tem um cara? – começamos a rir. Consegui fugir
do assunto por hora, fomos para a cozinha, após fazer minhas necessidades matinais, para preparar o café. Enquanto fazia ovos mexidos, ela colocava o pó de café da cafeteira.

–Mas então, pode me contando de sexta-feira, não pense que me esqueci do assunto, sua safada. – comecei a rir.

–Af, pare de me conhecer tanto. – rimos, contei para ela tudo o que havia
acontecido, detalhadamente, porque ela é bem curiosa.

–E não rolou nada? Nem um beijo, nem um abraço, nem um amasso, nem um pedido de
numero do celular? – ela desembestou.

–Não. – disse desanimada. – Mas foi legal.-Como disse que ele se chamava?

–Bruno. – eu respondi com uma voz meio diferente. (n/a: Aconselho a imaginar a personagem ter falado com aquela voz como se dissesse “já estou com saudades do Bruno)

–Ah sim. –respondeu pensativa.

Já era domingo, dois dias depois de uma das noites mais interessantes que eu tive no mês, Bruno não havia dado noticias e eu já começava a achar que era perca de tempo ainda pensar que ele viria me procurar, como amanhã teria um trabalho a entregar para a faculdade, resolvi tirar a tarde para apenas isso, assim distrairia a mente.

A semana passou relativamente rápido, eu e Gabi estávamos combinando de passar à
tarde de sexta-feira a base de pipoca de micro-ondas, DVDs alugados e brigadeiro. Os pais de Gabi são super bem de vida, e ela tem um futuro brilhante só com a empresa de seu pai, que com certeza ficará para ela, eles moram um pouco afastados da cidade, em um condomínio muito luxuoso, onde vivem em uma mansão, eu e Gabi vamos com muita frequencia para lá aos fins de semana para lá, desde que nos conhecemos. Ta aí o jeito mais louco que essa amizade começou: em uma das festas mais importantes do colegial. Estudávamos juntas, mas nunca demos importância a esse fato, só mesmo quando nós duas ficamos de fogo e conversamos a festa toda praticamente, depois começamos a andar juntas na escola, sair juntas e chegamos nisso, melhores amigas com um futuro promissor, nós dividimos o aluguel do apartamento. Meus pais e eu temos uma relação boa, minha mãe e meu pai são separados, mas ainda moram na mesma cidade, e sempre que vou para lá, saímos todos juntos, cada um com seu atual companheiro. Como nossa vida de adultas se iniciou há algum tempo, e até nos ajeitarmos e organizarmos a rotina eram nossos pais que cobriam todas as despezas, decidimos que era necessario mudar isso, haviamos enviado alguns curriculos a partir desta segunda eu começaria a trabalhar em uma editora e a Gabi em um atelie famoso na cidade, ambas lidando com aquilo que gostamos e podendo arcar com todos os custos e finanças.

–Xú? – Gabi me chamou.

–Sim? –perguntei levantando a cabeça para olha-la que estava na cozinha e remexia o armario de porcarias.

–Você pode ir até a block buster? Precisamos de filmes e pipocas de micro-ondas. – fez uma cara de cachorro abandonado.

–Claro que sim. – levantei rapidamente e fui em direção ao quarto colocar uma roupa descente. Vesti uma saia jeans, uma blusa de alcinha preta, com uma sapatilha listrada preta e branca com um lacinho branco.

–Nossa como você consegue usar roupas simples e ficar bonita? – desatei a rir, como era boba.

–Falou à menina que é horrível e não se veste bem e que não fica bonita apenas com uma blusa e uma calcinha. – debochei e rimos, Gabriela era incrivelmente bonita, seus cabelos eram lisos meio ondulados, em tons ruivos, seus olhos eram claros e tinha algumas sardinhas no rosto, toda roupa que usava, ficava extremamente linda, de dar inveja.

–Verdade, somos lindas e maravilhosas. – ela disse e eu ri abafado.

–E a humildade te ama. – leve um tapa no braço. – Estou indo xú, beijos. –
Caminhei até a porta, peguei minha chave de casa, assim que sai tranquei a
porta e me direcionei ao elevador, desci e peguei um táxi.

***

–Eu sugeriria O Diário de uma paixão, Orgulho e Preconceito e O noivo da minha melhor amiga. – uma voz disse enquanto eu observava a sessão de romances, e comédias românticas.

–Se você quer fazer eu e minha amiga morrer de chorar, boa escolha. – eu ri e me virei para olhar de onde vinha à voz. – Bruno! – sorri involuntariamente.

–Oi Carol. – ele disse sorrindo da mesma forma, bem empolgado. –Olha só a minha cabeça, naquela sexta-feira, eu estava tão animado que me esqueci de pedir seu celular. – ele disse que estava animado comigo, isso mesmo? Sai de órbita. –Carol?

–Ah, oi, desculpa, não tem problema. – rimos.

–Então poderia me dar seu celular? – E sorriu pidão.

–Eu até poderia, mas como só tenho um... – ri da cara que ele fez.

–Nossa que fora que eu levei agora, vish.

–To brincando bobo, me de aqui seu celular. – ele me entregou o aparelho e anotei meu numero. Conversamos mais um pouco, terminei de escolher os filmes, peguei três pacotes de pipoca e me direcionei ao caixa, paguei e Bruno continuou a me seguir.

–Bom, tenho que ir, a Gabi vai me matar se demorar mais um pouco. –Eu ri pensando na crise que minha amiga daria.

–Deixa, eu te levo.

–Não precisa Bruno, eu pego um taxi e ta tudo certo.

–Nada disso, eu levo.

–Ta bem, ta bem. – resolvi não insistir, afinal queria ficar na companhia dele por mais uns minutos.

Fomos o caminho em silencio, apenas trocávamos algumas palavras, para dar uma descontraída, pedi que liga-se o rádio e assim o vez, quando chegamos na esquina do prédio começou aquela canção “i wanna hold your hand”, rimos e dissemos que aquela musica teria que ser nossa, mas na brincadeira, obvio.

–Bom obrigada pela carona Bruno.

–Brunera. – ele disse sem mais nem menos.

–Oi?

–Brunera, me chama de Brunera. – e sorriu. Aquele sorriso ainda vai me tirar o folego, oh meu deus.

–Tudo bem então, obrigada pela carona, Brunera. – e sorri da mesma forma.

–Não a de que Carol.

–Até mais. – abri a porta e sai do carro, em seguida a fechando.

–Até. – Trocamos um último aceno e entrei no prédio e ele arrancou com o carro e deu uma buzinadinha, como naquela sexta-feira. Caminhei até o elevador, entrei, apertei o numero do meu andar e assim que cheguei e abri a porta, fui surpreendida por uma Gabi desesperada. Já disse que minha amiga é dramática demais? Então, ela é isso multiplicado por mil.

–Nossa minha filha, achei que ia ter que chamar a policia pra ir atrás de você.

–Ai que exagerada. – eu ri meio besta ainda e coloquei os filmes sobre a mesa
de centro da sala e a pipoca sobre o balcão da cozinha.

–Porque demorou? – curiosa.

–Encontrei um amigo no caminho e ficamos conversando. –menti.

–Que amigo? – curiosa parte dois.

–Pra que tantas perguntas, Meu Deus. – Dei um tapa em sua testa.

–Você encontrou o Bruno! – ela quase berrou e eu corei.

–Ai, é, é, É. Feliz? – começamos a rir.

–Você não faz ideia. –me deu um tapa, OUTCH. –E ai?

–E ai o que loca?

–Como foi?

–Ah isso, foi normal, eu estava escolhendo os filmes, ai ele disse que sugeria O Diário de uma paixão, Orgulho e Preconceito e O noivo da minha melhor amiga, ai reconheci ele e ele me disse que estava tão animado na sexta que se esqueceu de pedir meu celular, ai eu fiz uma brincadeira com ele, que foi muito ruim, e logo em seguida marquei meu numero lá, escolhi os filmes, peguei as pipocas e ele não parou de me seguir, ai ele se ofereceu para me trazer aqui e eu aceitei, fim.

–Ai pai, nem vou comentar que você deveria ter agarrado ele e beijado até não poder mais. – lhe dei um tapa no braço e começamos a rir, minha amiga está ficando safada, meu deus.

–Que horror Gabi, vamos ver os filmes vai, chega desse assunto.

Colocamos a pipoca no micro-ondas, e fizemos o brigadeiro, quando tudo já estava pronto levamos tudo para a sala e ficamos assistindo nossos filmes.

Era domingo, eu estava cansada, havia ido dormir tarde, porque tive que cuidar de Gabriela que chegou em casa meio acesa devido aos drinques que tomou com os amigos da faculdade.

–Carol, atende isso pelo amor que você tem a vida. –Ouvi Gabi dizer e só então pude ver que tocava “that girl” no meu celular, levantei rapidamente correndo para atendê-lo. Olhei no visor e era um numero desconhecido.

–Alô?
–Carol? Te acordei? – era ele, então ele realmente queria ter me ligado da primeira vez? Ri.
–Eu mesma, é acabei de acordar. – o ouvi gargalhar do outro lado.
–Então, liguei pra saber se você vai fazer alguma coisa hoje...
–Na verdade acho que eu iria ficar aqui em casa na companhia de Friends e coca cola pra ser sincera. –rimos.
–Bom e se eu te tirar da sua programação mais uma vez?
–Não me importaria não.
–Hm, então, as sete passo te pegar, ok?
–Ok, mas Bruno?!
–Sim?
–A onde vamos?
–Surpresa. – e riu misterioso, eu revirei os olhos.
–Então até as sete.
–Até, beijos Carol.
–Beijos Brunera.

Desliguei e só então cai na real, sairia com Brunera pela “segunda” vez.

–Quem era? – Gabi perguntou assim que entrei na cozinha para tomar café e lhe dei um beijo na cabeça.

–O Bruno. – sorri com todos os dentes.

–Um jegue mesmo, o que ele queria a essa hora?

–Vamos sair ás sete hoje, e ele não me contou aonde vai me levar.

–Af, como vou poder te arrumar adequadamente desse jeito? – Gabriela era meio loca, tinha uns ataques de personal stylist do nada.

–Se vira nega. – pisquei para ela roubando uma torrada de seu prato e levando um tapa no braço.

–A propósito queria conversar com você.

–Diga.

–Semana que vem, vou ter que ir para a casa dos meus pais, é aniversario da minha avó e vai ter festa praticamente o fim de semana todo e eu só volto na segunda, quer ir comigo?

–Desculpe, mas vou ter que passar o fim de semana fazendo trabalhos e estudando, minhas provas começam daqui algumas semanas.

–Que pena, mas mesmo assim, já esta avisada. – piscou e deu seu sorrisinho “eu sei o que vocês fizeram no verão passado”.

Tomamos o café e assim que terminamos, empilhei nossas louças sujas e levei até a pia, começando a lavá-las e Gabi a secá-las e guardá-las. Passamos o resto do dia planejando minha roupa.

–Carolina! – Gabi gritou do lado de fora do banheiro.

–Oi?

–Seu celular ta tocando criatura. – bateu na porta, como se fosse adiantar muita coisa.

–Calma ai. – desliguei o chuveiro, me enrolei na toalha e sai correndo do banheiro.

–Acho que desistiu, mas chegou uma mensagem. – ela me informou.

“Oi Carol, só queria te dizer que sinto sua falta, precisamos conversar, nossa relação ficou mal resolvida não se lembra? Beijo, Lucas.”

–Mas que audácia! – quase taquei meu celular longe.

–O que foi sua loca?

–Leia! – entreguei meu celular a ela e a sua reação foi à mesma.

–Cretino, não da ibope amiga, vai se arrumar que você tem um encontro com o Bruno, que no mínimo deve ser gostoso a sua altura. – adoro o senso de humor da Gabi, até nas horas tensas a criança me anima, sorri.

–Vamos então. – caminhei para o quarto e sentei na cadeira de frente para a minha penteadeira, acendi as luzes que haviam envolta dela e Gabi logo de ofereceu para arrumar meu cabelo, passou o secador e em seguida ajeitou com a chapinha, me maquiou e quando me olhei no espelho realmente me senti bonita, não estava uma coisa leve e nem muito menos pesada, estava no ponto certo.

Caminhei até a minha cama e vesti minha roupa, um short jeans um pouco curto de lavagem escura, uma regata branca um pouco comprida e uma blusa xadrez vermelha por cima dobrada, uma sapatilha de cor nude e uma bolsa com franjas.

–Esta linda amiga. – Gabi disse parada na porta me olhando.

–Awn obrigada, não sem a sua ajuda. – cheguei mais perto e a abracei.

Meu celular vibrou e vi que Bruno estava me ligando.

–Alo?
–Oi Carol, estou aqui embaixo.
–Oi Bruno, estou descendo.
– desligamos e dei uma ultima olhada no espelho, me despedi de Gabi e desci ao seu encontro.

Assim que sai do prédio pude ver Brunera encostado em seu carro, girando as chaves nos dedos, incrível, assustadora e extremamente lindo...


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Notas finais do capítulo

Mistério.... Comentem, compartilhem, deem sinal de vida, mandei um SOS, só pra eu não me sentir triste, achando que ninguém gostou da história!



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