March 19th escrita por A garota do vans vermelho


Capítulo 4
Capitulo 4


Notas iniciais do capítulo

Estou de volta! hahaha me perdoa pelo abandono, nao foi intencional.

—me perdoem de verdade!



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Capitulo quatro.

Levantei a cabeça para olhar e me deparei com Bruno e uma menina de cabelos escuros e pele bem clara sentada na mesa a minha frente, ele fazia carinho em seus cabelos e ela olhava algo dentro de suas bolsas de compras de alguma loja de marca.

–Que tal massa amorzinho? – ela sugeriu olhando para ele e dando-lhe um beijo na ponta do nariz.

–Vou pegar então. – ele se levantou e abaixei a cabeça quando ele passou para não me reconhecer.

Então era por isso que ele não poderia me ligar ou dar sinal de vida hoje? Ele estava com outra menina? Poxa, que beleza não é mesmo? Antes mesmo que me desse conta, ele voltava segurando duas bandejas com massa e se sentava ao lado da menina com o nome de Sofia. Ela lhe deu um selinho e não sei por que senti uma tremenda vontade de estar no lugar dela, ou talvez fosse ciúmes, mas não tinha esse direito, porque não tínhamos absolutamente nada a não ser um inicio de amizade. Sai da praça de alimentação e fui direto para casa e sem muitos motivos desliguei o celular.

–Oi amiga, voltei mais cedo. –Gabi estava sentada na bancada da cozinha, possivelmente cozinhando.

–Oi. – sorri fraco. –Como foi lá? – tentei parecer animada, sabendo que fui pouco convincente.

–Normal, mandei lembranças suas a vovó. – apenas assenti agradecendo.

–Aconteceu algo? –como ela sabe? Oh, por favor, ela trabalha com bruxaria.

–Porque pensa isso anjo? Não aconteceu nada, deve ser um leve dor de cabeça surgindo, vou me deitar um pouco, se importa?

–Não, tudo bem. – ela disse franzindo o cenho e eu caminhei para meu quarto.

Entrei e deixei a porta entreaberta, coloquei minha bolsa sobre a cadeira da penteadeira, e me guiei até a cama, subi o olhar e encontrei o balde de pipocas, agora sem elas, o peguei e sentei na poltrona com o balde em mãos, o abraçando. Me senti ridícula, mas estou angustiada.

–Carol? Carolina! Levanta daí menina. – era Gabi me chamando, eu e minha mania de cochilar.

–O que foi Gabi? – perguntei abrindo os olhos e vendo que ela me encarava, devia estar me chamando há certo tempo.

–Acho que precisamos conversar. – e se sentou na cama, batendo ao seu lado para que me senta-se junto a ela.

–Talvez. – não pensei duas vezes e deitei em seu colo, ela começou a afagar meus cabelos, da mesma forma que Brunera havia feito, me tranquilizando.

–O que aconteceu amiga? – ela perguntou.

–Não sei te dizer amor. – realmente não sabia o porquê disso.

–Mas para você ter chegado aqui como chegou, ter abraçado esse balde de pipocas, algo aconteceu... – ela me conhece tão bem.

–Na verdade aconteceu... Eu fui ao shopping adiantar meus trabalhos e quando terminei, fui tomar sorvete na praça de alimentações, e quando vi, o Bruno estava com uma garota chamada Sofia na mesa à frente, e eles trocavam carinhos e apelidos carinhosos, até beijos. – eu disse e pude sentir lagrimas nos olhos, porque tudo isso? Nós somos apenas amigos, certo? Ele devia namorar aquela tal de Sofia que tinha o direito de beijar e abraçar ele quando bem quisesse e o principal, podia pegar em sua mão, e eu era só uma colega com quem ele ligava e passava duas horas do dia conversando, nada a mais que isso.


–Mas xú, porque de tudo isso? Você mesma me disse que nunca deram sequer um selinho ou beijo no rosto e o único abraço de vocês foi o que ele se despediu porque viajaria com os amigos.

–Exatamente xú, nós não temos nada, somos apenas colegas, mas eu mesma não consigo entender porque fiquei tão chateada.

–Você queria estar no lugar dessa Sofia, hoje de manhã? – Já disse que além de me conhecer muito bem ela lê pensamentos e é vidente? Ela é.

–Acho que sim. – Levantei e a encarei.

–Acho que você se apaixonou.


–Impossível, eu e o Bruno só saímos duas vezes, nem o conheço direito...

–Conhece o suficiente para passar duas horas com ele no celular todos os dias. – Isso é verdade. Tenho que concordar.

–Chega de pensar nisso, vou tomar um banho e preparamos algo para comer, ok? – sugeri e ela sorriu fraco.

–Ok, vou ligar para o Fred e desmarcar hoje a noite, só um minuto.

–Ah, vocês iam sair? Sem problemas amiga, vai se divertir, vou ficar na companhia de Joey, Chandler e Ross. – Sorri para ela.

–Certeza? Eu posso desmarcar e...

–Nada disso, vai se divertir jovem. – rimos e cada uma foi para seu banheiro tomar banho.

Assim que saiu, peguei um dos blusões da GAP da Gabi, e coloquei apenas uma calcinha preta, ficaria em casa e sozinha mesmo. Enquanto Gabi se arrumava, comecei a preparar a pipoca, colocando o .

–Estou indo, fica bem, qualquer coisa, call me (Me ligue). – ela disse dando um beijo no alto da cabeça e foi em direção à porta e eu me sentei no sofá com um cobertor e um prato com minha pipoca. Assoviei e ela deu uma voltinha rindo.

–Vai lá e arrasa. – sorrimos e a ouvi trancar a porta.

Haviam se passado vinte minutos e eu já havia esquecido que estava em uma pequena depressão, ria bastante assistindo Friends e The Big Gang Theory, quando ouvi a campainha tocar, me levantei e nem me importei de olhar no olho magico. Abri a porta ainda rindo. Quando encarei a pessoa do outro lado da porta, meu sorriso sumiu, instantaneamente.

–Lucas? O que você...

–Me deixa falar? Eu juro ser só por dez minutos ou até menos. – ele disse com um olhar que me parecia um tanto arrependido.

–Ok, fala. –revirei os olhos, e permaneci encostada no batente da porta de braços cruzados.

–Aqui? Não vai me convidar pra entrar?. –mereço, mereço e mereço.

–Entra. – eu disse dando espaço para ele passar e me virei fechando a porta. –Seu tempo ta passando Lucas.

–Eu quero te pedir perdão. Por tudo. – revirei os olhos, como ele tem a capacidade de fazer isso? Ta ok. Seria legal ter apenas a amizade dele. Mas sei la. –Eu fui muito idiota em todas as traições, não percebi a garota linda que eu tinha em mãos e que eu deixei escapar. Você pode me perdoar?

–Olha Lucas, o que você fez foi tão ruim... E eu fiquei realmente muito mal. – ele engoliu em seco, e sua expressão mudou. –Mas já passou.

–Amigos? – ele estendeu a mão sorrindo aliviado.

–Amigos. – a apertei, acho que foi o melhor a fazer.

–Bom, obrigada! Estou indo, se cuida Carol. – ele sorriu e se virou para ir até a porta e eu o segui.

–Se cuida Lucas. – demos um último aceno e ele desceu pelo elevador e eu voltei a trancar a porta.

***

–Bom dia Gabi. – entrei em seu quarto e lhe dei um beijo na cabeça, ela estava sentada em sua cama com uma cara meio tristonha.

–Oi. – sorriu fraco.

–O que aconteceu meu anjo?

–O Fred voltou com a ex. – ela me abraçou e em seguida deitou em meu colo, comecei a afagar seu cabelo e antes que dissesse algo ela continuou. – Aquele idiota, estávamos dando certo, e ai a priminha dele reaparece do quinto dos infernos e eles voltam. E eu mais uma vez, me fodo, não aguento isso.

–Fica calma amiga, fica calma, você mesma disse que não era nada serio.

–Você me conhece. – ela se levantou e me encarou. –Mas não quero pensar nisso, ele não merece tanta atenção. –Tão bipolar. -Como foi sua noite?

–Bom, Sheldon, Penny, Joey, Chandler e Ross a salvaram. –rimos. –E o seu melhor amigo esteve aqui. –Gabi e Lucas eram melhores amigos, por isso me aproximei dele, mas após todas as coisas que ele fez, se afastaram.

–Lucas? O que o enviado do capeta queria? – cada vez mais com nível seus xingamentos, essa é minha amiga.

–Bom, ele me pediu desculpa, disse que estava arrependido e me perguntou se o perdoava, resolvi que não valia a pena ficar encanada com aquilo, alias eu não sinto mais aquilo tudo por ele. Dissemos que seremos amigos, ai ele foi embora e eu me entupi de chocolate quente.

–Nossa como ele fez isso? Orgulhoso do jeito que era. – ela riu abafado. – Mas e o outro homem magia, noticias depois da visão dos infernos ontem de manhã? – ela disse e só então me toquei que meu celular estava desligado desde ontem de manhã. Boa Carolina!

–Não, e meu celular esta desligado, obrigada por me lembrar. – rimos e corri pegar meu celular. O liguei havia e 15 ligações de Bruno e uma mensagem. Céus!

–Nossa isso porque ele estava ontem com uma piriguete no shopping, né? – rimos, acho que minha mini depressão passou, tudo o que eu “sofri” ontem, hoje era piada, vindo de Gabriela claro.


Oi Carol, te liguei e você não atendeu, fiquei preocupado, não está tentando me esquecer, está? Assim que ver me ligue, quero te fazer um convite, beijos. Bruno

–Deveria estar fazendo isso sabe, Bruno? – pensei alto e Gabi me perguntou o que estava escrito na mensagem, li em voz alta e no mesmo segundo ela gritou:

–Liga pra ele! Agora Carolina. – começou a gargalhar do próprio desespero, ela estava mais ansiosa do que eu, vai entender.

–Alo? – aquela voz que eu não ouvia desde sexta-feira só pra mim, disse.
–Oi Bruno... – disse meio insegura.
–Oi Carol, achei que estava me evitando. – disse com uma voz estranha.
–Não era isso... É que meu celular acabou a bateria e só carreguei agora. – menti.
–Ah sim, vai fazer alguma coisa hoje?
–Hm, acho que não, por quê?

–Vamos ao clube comigo e mais um amigo? – e agora, ir ou não ir? Olhei para Gabi que ouvia a conversa junto comigo e ela assentiu.
–Ah, vamos. – rimos.
–Hm, as duas eu passo ai, ok? – mas já eram uma e meia e nem café eu tomei, e agora?
–Ok. – sorri pensando bem, seria legal certo? Certo.
–Beijos, linda. – estremeci com o “linda” pode isso? Não pode.
–Beijos, Bruno. – disse meio séria e desliguei.


–O que foi criatura, você ta pálida!

–Ele me chamou de linda. – eu disse como se fosse uma coisa de outro mundo.

–Seria louco se não chamasse né minha filha? Ou gay, mas isso ta fora de cogitação, porque né? – rimos alto.

–Vai personal stylist, meia hora para me arrumar, anda, anda, anda. – e ri com ela dando o dedo e reclamando do pouco tempo.

Não tomei banho, afinal estávamos indo ao clube que tem piscina, coloquei um biquíni vinho, uma saia jeans um pouco curta de lavagem clara e uma regata branca, com um chinelo branco. Sentei a frente da penteadeira e Gabi começou a pentear meus cabelos e prendeu em um rabo de cavalo torto, para o lado direito.

“Estou aqui embaixo”
– era a mensagem de Bruno, hora de ir.

–Tchau amiga, até mais tarde. – sorri e dei um beijo em seu rosto.

–Até anjo. – sai e tranquei a porta com a minha chave, peguei o elevador e assim que sai do prédio pude ver o carro de Bruno, com mais uma pessoa dentro do carro, além dele, torci para que não fosse a tal Sofia e continuei a andar.


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Notas finais do capítulo

- Comentarios? xx.



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