March 19th escrita por A garota do vans vermelho


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

-Não se esqueçam de comentar logo após a leitura, é 2 segundinhos, não dói nada e me motiva a continuar, gosto de conversar com os leitores!! hehehe

—Boa leitura! xx.



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19 de março de 2011

Tranquei a porta de meu apartamento, dividia ele com a minha melhor amiga Gabriela há dois anos, morávamos na grande São Paulo, ela fazia faculdade de moda e eu de jornalismo, nos conhecemos em uma festa de formandos da nossa antiga escola e desde então somos melhores amigas. Tirei a chave da fechadura e me virei para ir em direção ao elevador, Gabi havia viajado para a casa de seus pais, e eu estava sozinha em casa. Nada mais tedioso do que isso.

"Amiga, estou saindo de casa e indo curtir a noite, sem local definido, se chegar em casa mais cedo, me ligue, beijos te amo. Carol"

Enviei a mensagem, bloqueei o celular em seguida o guardando em minha bolsa de mão. Olhei meu reflexo no espelho por alguns segundos, estava usando com uma calça de couro preta bem colada, um salto preto, uma batinha prata brilhosa e uma jaqueta de couro com vários zíperes por cima.

-Boa noite. - um rapaz alto, moreno, com olhos castanhos e rosto extremamente atraente me disse assim que entrei no elevador, junto com ele.
-Boa noite. - Sorri de volta, seu rosto não era estranho, mas não consegui me lembrar de onde o conhecia.
O rapaz continuou sorrindo para mim, o que foi bem esquisito, já que ele não disse nada e eu também não. Estranho.
-Ahn... Porque esta sorrindo pra mim? - droga, droga, droga, eu pensei alto demais.
-Você não me conhece? - perguntou confuso.
-Hm... Não. Desculpe. - corei.
-Certeza? Uma festa, um garoto de faixa verde com amigos, todos levam fora de uma menina? - Por Deus o que ele estava querendo dizer com tudo isso. Ele era algum conhecido de festa, por um acaso?
-Desculpa, não mesmo. Você e seus amigos já levaram fora de alguma amiga minha? - pensei alto mais uma vez, ótimo. Ele começou a rir e eu o acompanhei dando de ombros.
-Você tem certeza que não esta me enganando?
-É obvio, não haveria motivos para isso. - Revirei os olhos, ele devia estar tirando com a minha cara, não era possível. Meu celular emitiu o som de mensagem, era de Gabi.

"Tudo bem amiga, mas como está indo curtir a noite sem o local definido? haha só você mesmo, beijo, amo você. Gabi"

-Hum, temos uma aventureira aqui. - Ele disse de modo desdenhado, como se tivéssemos intimidade para tal.
-Ha ha, muito engraçado, bisbilhotar a mensagem alheia é muito feio, sabia?- Chegamos ao térreo, droga, estava me divertindo com esse estranho.
-Se me permite saber, como é o nome dessa menina aventureira? - corei e ele sorriu, que sorriso mais filho da puta, ele sabia que eu estava desconcertada.
-Carolina. -sorri meio tímida. -e você? -perguntei involuntariamente.
-Certeza que não sabe? - riu abafado novamente e assenti. - Me chamo Bruno -sorriu novamente. Nunca vi um sorriso tão bonito, confesso que estava hipnotizada. –Então, esta indo curtir a noite sem local definido? –riu abafado novamente, acho que nunca gostei tanto de um riso abafado.
-É o que parece. – dei de ombros e ficamos em silencio por alguns segundos.
-Hm, gostaria de me acompanhar a um pub? Eu só preciso ir a minha casa e trocar de roupa... – ok, eles esta mesmo fazendo isso? Não, você não vai, porque você nem o conhece, e mesmo que ele me passe uma segurança boa, não sei que tipo de maniaco ele poderia ser.
-Se não for incomodar, tudo bem... - Porque não, vai? Afinal eu saí de casa atrás de aventura mesmo. Apenas uma chance.

Saímos de meu prédio e caminhamos em direção ao seu carro que estava estacionado logo em frente. Entrei e ele me ajudou a fechar a porta, deu a volta e entrou no seu lugar. Colocamos os cintos e ele deu partida em seu Audi.

-Se não for muito curioso, o que estava fazendo no meu prédio se não mora aqui?
-Talvez eu só viesse pra conhecer a moça mais bonita de São Paulo. – Senti minhas bochechas queimarem e desviei o olhar. –Estou brincando não precisa se envergonhar, vim na casa do meu amigo Rafael.
-Entendi... – O resto do caminho foi silencioso apenas quebrado pelo rádio que emitia algumas musicas que eu e Gabriela costumávamos cantar e dançar no apartamento.

Estacionamos na garagem de um prédio bem luxuoso, deveriam ser dois lofts por andar, descemos do carro e eu apenas o seguia em direção ao elevador. Entramos e ele apertou o botão de numero “4”, torci para que ninguém entrasse no elevador, não sabia bem o porque, só não queria que tivessem a ideia errada, ou que interrompessem a troca de olhares intensa que estávamos tendo desde que as portas haviam se fechado. Porém, quanto mais eu rezo mais assombração me aparece, quando chegamos ao terceiro andar um casal entrou, Bruno apenas sorriu e os cumprimentou e eu sorri tímida. Porque sou tão sortuda mesmo?
Ao chegarmos em seu andar a porta se abriu e ele se despediu do casal, e para minha surpresa, ele entrelaçou nossas mãos ao sair, caminhamos até um pequeno hall com apenas uma porta, o hall era composto por paredes preenchidas com espelhos e uma iluminação mais amena. Ele empurrou a porta, logo após digitar uma senha chave, eu apenas olhava admirada.

-Ern, entra? –perguntou, me fazendo acordar de meus devaneios.
-Bem legal aqui... – sorri e corei ao ver que ele sorria e seu olhar percorria minhas pernas e voltavam para meus olhos.
-Obrigada. Ele só esta arrumadinho, porque minha mãe chamou a moça que faz a faxina pra mim. – apenas assenti. – Bom vou tomar um banho rápido e já saímos, tudo bem?
-Tudo bem.
-Ei, senta lá na minha cama, liga a tv e fica a vontade. –Sorri em agradecimento e o segui subindo as escadas de marmore que levavam a um pequeno corredor com tres portar. Chegamos em seu quarto que era relativamente grande, andei até a sua cama e me sentei, ele ligou a tv e seguiu rumo ao seu banheiro. Ajeitei seu travesseiro da melhor forma, e fui me deitando, mexi um pouco procurando o que assistir, até achar minha série favorita, Gossip Girl.
-Carol? – aquela voz me chamou, só então percebi que havia adormecido.
-Ah, oi, desculpa ter pegado no sono... Quanto tempo eu dormi? – E ai fui reparar que ele usava apenas uma cueca boxer do Barney, comecei a rir desesperadamente enquanto ele me olhando dizendo que não era tão engraçado assim.
-Apenas alguns minutos, só durante o meu banho. Ainda quer sair, ou pedimos algo pra comer e ficamos aqui assistindo filme? – proposta irresistível para quem estava bem cansada.
-Não quero te dar trabalho...
-Entendi o recado, quer pizza ou massa? – e foi a minha vez de rir abafado.
-Pizza. – Ele fez o pedido e ficamos ali, cada um de um lado da cama, procurando o que assistir, até que encontramos Sem Saída passando na TNT.

A pizza chegou em menos de meia hora, nós comemos e assim que terminamos, levei nossos pratos para a cozinha e ameacei começar a lava-los, mas ele me impediu, alegando que depois daria um jeito. Sentamos na sala e quando bati o olho no relógio já eram mais de uma da manhã.

-Nossa, como o tempo passa, tenho que ir para casa!– disse e juro que vi sua expressão que antes era sorridente, ficar meio tristonha, mas deve ser coisa da minha cabeça, certo? Certo.
-Tudo bem, eu te levo. Vamos? – ele perguntou já de pé pegando as chaves de seu carro.
-Eu posso pegar um táxi, não precisa se preocupar.
-Que isso, te tirei do seu programa original, nada mais justo que te levar até sua casa. – disse e eu ri, me rendendo e assentindo. Refizemos o caminho todo de seu apartamento, elevador, garagem, e carro.
-Cara, adoro essa musica! – eu quase berrei, quando começou a tocar ‘I wanna hold your hand’ música dos Beatles, mas que o Mcfly fez cover e só por isso a conheço. Sim, sou fã de Mcfly, tenho uma queda pelo Dougie, é.

Oh yeah, I'll tell you something,
(É, eu vou lhe dizer uma coisa,)
I think you'll understand.
(Acho que você vai entender)
When I say that something
(Quando eu disser aquelas coisas)
I wanna hold your hand
(Eu quero segurar sua mão)

(...)

-Mentira que você gosta de Beatles e Mcfly? – ele perguntou espantado.
-São minha vida, vivo e respiro eternamente. Brincadeira, mas eu amo eles! Por quê?
-Velho, sou muito fã. – começamos a rir e a cantar o refrão.

Assim que a musica acabou ainda riamos um pouco, viramos a esquina do meu apartamento, droga.

-Bom é isso... – eu disse e o olhei.
-É isso... Até algum dia que eu vier aqui. – sorri fraco, esperava que ele pedisse algo como telefone ou sei lá, mas enfim, deixa pra lá, casos que nem são casos de uma noite.
-Até. – o olhei e abri a porta do carro, assim que sai bati a porta e dei um aceno.

-Carol? – ele chamou, abaixando o vidro para que eu o escutasse, o olhei esperançosa.
-Sim?
-Obrigada pela noite. – sorriu.
-Obrigada você. – e sorri e acenei uma última vez, andei para dentro do prédio e ouvi seu carro arrancar dando uma buzinadinha.

Entrei em casa, tirei minha roupa, que já estava me sufocando, liguei o ar condicionado do quarto e entrei embaixo do edredom e simplesmente cai no sono, sonhando com um moreno alto de olhos castanhos, dono de um sorriso de lado enlouquecedor.


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Notas finais do capítulo

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