We Are Alone. escrita por Ayu Meivick


Capítulo 4
Capítulo 4 - Close The Door.


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, boa leitura.



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Capítulo 4 - Close The Door.

Lynn

Voltamos a caminhar então a fim de chegar a salvo na diretoria. Havia me esquecido ferimento em meu pé, e só dei conta dele novamente quando senti o sangue escorrer.

—Ai. – exclamei um pouco alto, não estava nada bom, se algo acontecesse agora mesmo, eu iria ficar para trás por não conseguir correr, a cada pisada, ondas de dor eram enviadas por todo o meu corpo.

—Alguém me ajuda a carregar ela. – Antes de eu dizer qualquer outra coisa, Mark já havia me envolvido em seus braços.

Vi Steve se aproximando, agora eu estava sendo carregada por Steve e Mark.

—Precisamos chegar logo à diretoria e cuidar de seus ferimentos, é muito perigoso parar por aqui, se algo acontecer, não vamos ter onde se esconder e Lynn não poderá correr. – Helena disse, e parecia ter lido meus pensamentos.

Caminhamos por uns 5 minutos, nossa escola não era muito grande, mas por conta do meu ferimento, nossos passos ficaram mais lerdos. Quando estávamos no corredor que ligava a diretoria ouvimos alguns gemidos e passos, logo imaginamos que nem todos os adultos responsáveis pela escola foram para o pátio onde acontecia o baile. Até então, ninguém havia matado nenhuma dessas coisas, aliás, ninguém sabia como matar essas coisas.

—O que vamos fazer? – Eu perguntei me sentando em um escombro perto, a luta ali havia sido feia.

—Se basearmos essas coisas como os zumbis iguais dos filmes, basta acertar o cérebro. – Steve disse.

—E como saberemos se é igual aos dos filmes? Tem tantos zumbis diferentes. E como saberemos se isso é realmente um zumbi? – Anna perguntou.

—Só de ter prestado atenção você saberia, o jeito como eles agem é igualzinho. – Pude ver que Anna se sentiu meio ofendida com o comentário de Steve. – O jeito de andar, o jeito de ‘’gemer’’ e a única coisa que fazem é comer carne humana.

—E quem vai ir lá e provar a teoria do Steve? – Helena perguntou.

—Eu iria, mas não posso. – Respondi.

—Eu vou. – O mesmo que havia dado a sugestão se pronunciou agora.

—Tem certeza, Steve? – Mark tentava fazê-lo recuar.

—Tenho, se eu não voltar em 30 segundos podem ir ver o que aconteceu, provavelmente terei fugido. Se eu começar a gritar, é melhor fugirem, porque vou atrair atenção dos outros. Desculpe se eu fizer merda, Lynn. – O ultimo comentário foi sobre correr e minha perna estar ruim.

—Tudo bem, confiamos em você. – Tentei encorajá-lo com um sorriso no rosto, se funcionou ou não, eu não sei.

Ficamos esperando. 10 segundos. Nada acontecera.

20 segundos. Nem um pio.

30 segundos.

—Eu estou ficando sem paciência. – Jack disse, depois de muito tempo calado.

—Eu acho que vou lá, Lynn, me dê a seu pedaço de metal. – Mark tomou a iniciativa.

Assim o fiz, e logo entreguei o pedaço de metal a ele, o mesmo respirou fundo e se preparou para virar o corredor. Ele virou e pediu silencio, possivelmente para ver se ainda escutava o barulho dos supostos zumbis. Nada.

Estava até quieto demais, nada de ruídos e nada de Steve voltar. Mark ainda segurava o pedaço de metal e estava pronto para virar a curva, agora sendo pra valer. Bem na hora em que Mark pôs a perna na frente do corpo, Steve também virou o corredor correndo, e trombou com Mark, que sem querer acertou fortemente seu braço, fazendo com que os dois cambaleassem para trás.

Steve estava todo sujo e havia sangue por todo seu corpo, ele estava ofegante.

—O que houve? – Eu logo me adiantei.

—Havia... Bastante... Bastante deles lá, e sim, é só bater em sua cabeça que eles morrem pra valer. Acabei com boa parte dos que estavam nesse corredor, mas a outra parte pode estar vagando por ai, fiquem atentos, ate chegar à diretoria podemos dar de cara com muitos deles. Então não esqueçam... Acertem na cabeça e acertem pra valer.

Todos concordaram, e logo se levantaram para voltar a andar.

—Esperem... Desculpem-me, mas eu ainda não consigo andar. Se vocês quiserem podem me deixar aqui.

Todos abaixaram a cabeça.

—Não vou te deixar aqui, se você ficar, eu também irei. – Anna disse.

—Me ajudem a carregá-la então. – Mark disse me ajudando a levantar.

Logo, novamente estava sendo carregada por Steve e Mark.

...

O corredor nunca foi tão enorme e estreito.

Estávamos prestes a chegar a frente à diretoria quando uma “horda” deles apareceu na nossa frente.

—Mark, dê o pedaço de metal para Jack. RÁPIDO. – Steve gritou ao meu lado. Mark assim o fez.

O pedaço de madeira estava com Steve, que logo jogou em direção a Sasha.

—Ajude ele, rápido. – O mesmo disse.

Pude ver os olhos de Sasha clamando por ajuda, ela não sabia o que fazer e os zumbis estavam mais perto. Jack era outro que estava muito perdido, não sabia o que fazer.

—Me desculpe Lynn. – Eu ia perguntar o porquê dele dizer aquilo, mas antes que pudesse pensar em alguma coisa Steve havia me soltado. Mark não conseguiu me aguentar e eu logo cai no chão, em cima do meu pé machucado.

Muita dor. Steve correndo. Dor. Jack no chão. Sangue. Sasha jogada contra a parede. Meus olhos se fechando. Steve no chão com um zumbi em cima dele.

Os acontecimentos foram todos muito rápidos, depois disso não enxerguei nem ouvi mais nada. Apaguei.

...

Acordei com alguns gritos de dor e não eram meus. Abri os olhos e reconheci o lugar: Diretoria.

Ao voltar completamente a minha consciência, pude ver Jack no outro lado da sala. Mark olhava pela fechadura da porta e mandava Jack calar a boca, pois atrairia eles para lá.

Senti pena de Jack, parecia que seu braço tinha sido retirado e quando foram colocar, puseram no lugar errado. Os gritos de dor podiam ser ouvidos a longas distancias, estava ficando preocupada com o barulho que ele estava fazendo.

— Quieto Jack, está quase no lugar. – Helena tentava o acalmar.

— Alguém dá um anestésico pra ele.

—Já dei, fará efeito em...

Jack havia desmaiado.

—Pelo menos podemos colocar o braço dele no lugar sem nos preocupar. No três... Um, Dois, Três. – Helena conduzia Sasha para lhe ajudar.

Ouvi um “Crek”  e agradeci por Jack estar desmaiado.

—O que aconteceu? Como ele deslocou o braço? – Eu perguntei.

—Um dos zumbis se “jogou” em cima dele, a força que essas coisas têm é mesmo impressionante. Ele e aquele zumbi “rolaram” e ele bateu o braço muito forte em uma das vigas de metal que estavam soltas.

Senti a dor em mim, não literalmente, eu também estava machucada e meu pé doía muito.

—Deixe-me ver isso. – Helena veio ate mim.

Examinou o ferimento e fez uma cara de dor.

—Ficará bom em apenas algumas horas, mas precisaremos limpar isso muito bem, parece que ficou muito tempo exposto e infeccionou.

—Eu já esperava por isso, pode fazer o que precisa fazer, não irei gritar.

Ela pegou um esparadrapo com um pouco de álcool e passou apenas em volta do ferimento. Segurei-me para não gritar e senti as lagrimas descendo pelo meu rosto, fechei meus olhos com força. Depois de alguns minutos de muito choro ela finalmente acabou. Olhei minha perna e estava enfaixada.

—Acho que teremos que passar a noite aqui. Será que é seguro? – Mark perguntou ainda se esgueirando sobre a porta.

—Vai ter que ser, pelo menos uma noite vai ter que ser.

—Eu posso ficar de vigia. – Me voluntariei.

—Não, você e Jack precisarão descansar. – Helena parecia minha mãe quando estou doente.

Não pude reclamar, até mesmo porque não poderia fazer nada com a perna enfaixada.

—Não sei se já repararam, mas nossos estômagos estão roncando, e não temos nada para comer. – Sasha nós fez refletir.

—Realmente, o único lugar onde tem comida aqui é o salão... – Steve parecia pensativo.

—Ou a cozinha. – Mark finalmente saiu da porta e se juntou a nós.

—Beleza, vamos Mark? – Steve deu a idéia, e Mark parecia já ter entendido.

—Vamos, mas e se acontecer alguma coisa aqui? Temos duas pessoas doentes, uma medica e uma aluna que não consegue mata-los, sem ofensas Sasha. – Mark respondeu.

—Eu consigo dar conta, posso tentar... – Sasha disse com os olhar meio baixo.

—Tem certeza de que consegue?

—Tenho... Eu acho... Tenho sim. – Parecia estar mais destemida.

Steve foi ate o fim da sala, revirou algumas gavetas, quebrou o vidro do machado de segurança e deu para Sasha e a faca que tinha achado deu a Helena.

—Tentem deixar as coisas em ordem ate voltarmos. – Mark lançou um sorriso para o grupo e fechou a porta atrás de si.

—Espero que fiquem bem. – Eu disse, depois de algum tempo.

—Vão ficar. – Sasha me respondeu.

....

— Eles estão demorando demais. – Eu estava ofegante e preocupada.

—Realmente, já se passaram mais de duas horas. – Helena disse conferindo o relógio de pulso.

—Será que eles estão b... –Sasha foi interrompida, a porta estava escancarada e Steve estava todo sujo de sangue e ofegante.

—Fechem... Fecham a porta.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado e desculpem pela demora *u*



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