We Are Alone. escrita por Ayu Meivick


Capítulo 3
Capitulo 3 - No One Is More Human - Parte Final


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora pessoal, estava com alguns problemas, mas aqui esta ^^
Gente, sei que é chato pedir, mas gostaria de saber sobre a opinião de vocês pois se não gostarem eu posso mudar o enredo da história Até la em baixo :*



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Capitulo 3 - No One Is More Human - Parte Final

Lynn

Olhei para trás para tomar rumo por onde ia correr, vi todos apavorados assim como eu, todos já tinham entendido o que era para fazer, sai correndo a frente passando pelo corredor e virando pro lugar que parecia menos perigoso. Minha mente estava raciocinando todo o perímetro da escola, lembrando todos os atalhos e lugares que eu havia memorizado desde que comecei a estudar nela. Minhas pernas clamavam por uma pausa, mas não obedeci até ver que estava chegando a parte deserta da escola, a enfermaria.

Parei de correr e apoiei as mãos no joelho, estava ofegante e a minha cabeça latejava, me virei pela primeira vez desde que começara a correr. O grupo inteiro estava no chão, vi Abby apoiada na parede, sua maquiagem estava borrada e pude ver sua mão tremendo quando ele a levou a cabeça, talvez para cobrir o olhos para ninguém ver que ela havia chorado.

Avaliei o lugar, tentando focar em algum barulho a não ser a respiração de todos, vi a porta da enfermaria entreaberta.

—Todos levantem, precisamos juntar o máximo de coisas que nos ajude a permanecer vivos, na enfermaria tem umas bolsas. - Disse lembrando sobre quando fui pra enfermaria por ter levado uma bolada na cabeça - Quero que todos peguem o que achar necessário.

Todos se levantaram e foram para a enfermaria assim como tinha pedido. Lá era claro e não aparentava infectado, havia uma maca, uns armários e mais algumas coisas que eu não estava me importando. Todos estavam em silencio até o som de uma coisa metálica soou alto ao cair no chão, me virei rápido para ver quem tinha sido o burro ao fazer aquilo e vi a enfermeira ajoelhada entre um armário e o lixo, ela se levantou passando os olhos por todos nós.

—Por favor, me fale que vocês são normais e não querem me matar!

—Você não está infectada?

—Não, eu estava aqui em caso de algum aluno passasse mal. Mas eu vi o caos que aconteceu e me escondi aqui - Disse ela se aproximando mais, vi seu crachá pendurado no uniforme verde água. Seu nome era Helena.

—Olha Helena, nós precisamos sair daqui o mais rápido possível, contamos com a sua ajuda! - Eu disse, tentando ser calma.

—Ok, eu posso ajudar com os remédios, mas como nós vamos sair?

—Eu acho melhor nós irmos pelo telhado sabe. - Disse Anna, que até então estava calada - Eu já subi uma vez lá, da pra ver a rua e as entradas da escola. Depois nós passamos pelo lado que tem menos... Menos dessas coisas.

—Isso! Vamos terminar aqui e subimos todos juntos.

—Vocês não acham melhor a gente se separar? - Disse Jack do segundo ano pela primeira vez desde que se apresentou. - Dai as coisas não demoram muito.

—Eu não quero ser grossa, mas isso não é um filme em que todos se separam e depois se comunicam por Walk-Talkie e fica tudo bem. A não ser que você esteja com pressa e queira morrer mais rápido, a porta é ali. - Eu disse sem pensar, talvez um tanto grossa que fiz o garoto abaixar a cabeça e concordar.

....

Estávamos subindo as escadas que levava ao telhado, todos em silencio novamente, ao chegar à porta que dava acesso ao nosso destino fui surpreendia por um cadeado gigante impedindo-nos de avançar. Um sentimento de "Merda" passou pela minha cabeça enquanto pensava como fazer pra me livrar daquele problema.

—Tem um cadeado do tamanho de uma bola de vôlei trancando a porta, isso é ótimo. Alguém tem alguma idéia? - Disse olhando para todos.

—Alguém tem grampo? Talvez eu consiga abrir - Todos viraram a cabeça pra ver quem tinha falado aquilo. Sasha Collins do terceiro ano tinha se pronunciado do fundo do grupo, Até tinha esquecido dela de tão quieta que estava. 
Abby levou a mão a cabeça e de lá puxou uns 3 grampos e entregou para a menina.

Todos deram espaço enquanto a garota avançava e mexia no cadeado. Minutos se passaram e de repente a luz da noite iluminou a escadaria fazendo todos cobrirem os olhos. Bati palmas e soltei um "É isso ai garota" enquanto passava pela porta. Fui até a beirada, respirei fundo antes de olhar para baixo... Não foi a melhor vista. Carros pegando fogo, nenhum sinal de vida humana, silenciam e o pior de tudo, aqueles canibais por todo o lado.

—ALI! - Anna gritou para nós, todos olhamos para onde ela estava apontando e, surpreendentemente não aparentava ter sido alcançado pelo caos do que parecia ser o fim dos tempos. - A secretária parece estar vazia, e o estacionamento também.

Respirei fundo de novo, e rumamos para a secretaria.

No meio do caminho, tivemos que passar pelos banheiros, que estavam totalmente alagados e fedendo, todo então prenderam a respiração e começaram a atravessar o corredor cheio de água com o maior cuidado para não fazerem tanto barulho.

—Escutaram isso? - Jack se disse fazendo com que todos cessassem os passos.

Todos ficaram em silêncio tentando escutar alguma coisa. Passaram-se pelo menos 1 minuto antes de ouvirmos outro ruído.

—Quem vai ver o que tem lá? - Abby perguntou se escondendo atrás de mim.

—Eu vou, só me dêem alguma coisa pesada para caso acontecer alguma coisa. - Eu disse, de início, mas fui interrompida.

—Se você for, eu também vou. - Dessa vez quem falou foi Mark.

—Não, não você fica aqui. - tentava fazer ele ficar.

—Preciso te proteger, não posso deixar o membro mais importante do grupo morrer. - Ele parou. - claro, junto de Anna .

Sem poder protestar, assenti e fomos na direção do ruído.

O barulho tinha vindo do banheiro masculino e havia muita água lá, era impossível andar sem fazer barulho, a água estava quase em meus joelhos a essa altura.

Chegamos ao meio do banheiro, a maioria das portas estavam abertas e algumas paredes tinham sangue e não parecia nada convidativo entrar mais afundo para examinar.

Fomos andando devagar, eu estava segurando um pedaço de metal que havia encontrado da pior maneira possível no chão antes de entrar no banheiro, acidentalmente havia batido meu pé antes de acha-la e parecia ter ficado sério, senti sangue em meus dedos e una dor insuportável, mas mesmo assim não arrisquei ver como estava.

Mark segurava um pedaço de madeira que tirara da porta antes de entrarmos, bateu contra a parede para ver se era resistente para se chocar contra um corpo humano (quase humano).

Estávamos andando devagar e abrindo as portas fechadas para ver o que tinha dentro, e estávamos chegando à ultima porta, que supostamente seria de onde o barulho tinha vindo.

Ao ficar de frente com a porta Mark e eu nos olhamos, avisei apenas por olhares que iria contar ate três para que ele possa abrir a porta. Comecei.

Um.

Ele segurava a fechadura da porta, pronto para abri-la e lutar contra o que esteja adentro.

Dois.

Ele pressionava com força e eu já estava com o pedaço de metal levantado, ele esperava o ultimo comando.

Três.

Ele abriu a porta e viu alguma coisa lá dentro, e antes que algum de nós pudéssemos fazer alguma coisa, eu já estava no chão. Não sabia dizer de aquilo era um humano ou não.

A coisa me segurava abaixo da água, querendo me afogar, provavelmente, a água já estava alta o suficiente para que eu não enxergasse a superfície. Era um humano. Sem querer me deixei escapar um grito que foi abafado pela água que agora entrava em meus pulmões. Mark rapidamente tirou a pessoa de cima de mim, jogando-o longe e me levantando rapidamente.

Minha cabeça doía, havia engolido muita água involuntariamente e estava tonta. Pude ver a pessoa um pouco distante da gente se levantando e examinando a gente.

—Me desculpe, achei que vocês eram aquelas coisas, me desculpem mesmo. Ai meu deus o que eu fiz? - ele estava surpreso.

—Apenas me ajude a carregá-la pra fora. -Mark alertou o garoto.

Eu tossia freneticamente, a procura de ar para respirar, mas a cada tentativa meus pulmões doíam, juntamente ao meu corpo, estava perdendo a consciência quando finalmente chegamos ao lado de fora do banheiro.
O nível da água estava muito mais baixo, mas ainda sim me deitar causaria outro afogamento.

Vi que Anna ajudava o garoto e Mark a me carregar pra mais longe, fazendo o máximo de esforço para ir rápido.

—Acho que aqui já esta bom, coloquem ela no chão. - reconheci a voz, apesar de ter a escutado apenas uma vez. Helena.

Senti uma onda fria percorrer meu corpo quando entrei em contato com o chão. Minha visão estava turva e meus músculos doíam, eu ainda tossia a procura de ar, e a cada inalada meus pulmões forçavam eu tossir novamente.
Helena pediu passagem e parou em minha frente. Eu estava vendo tudo lento e devagar, sem sentido. Ao fechar os olhos senti um leve peso perto do meu coração. Um, dois, três. E paravam. Um, dois, três. E paravam. Já haviam feito uma repetição de series e eu ainda não conseguira voltar totalmente a minha consciência. Senti lábios tocarem os meus, e finalmente havia recebido o ar que não fazia meus pulmões doerem. Novamente um repetição de peso sobre meu coração. Alguém checou meu pulso, e percebera que eu ainda estava viva, sentia a respiração pesada no ar, e aos poucos fui abrindo os olhos e respirando normalmente.

Ao abrir totalmente meus olhos e ver todos olhando para mim, voltei a tossir, me virei de lado e esperei todo o restante ta água sair de meu corpo. Minha cabeça doía.

—Graças a Deus você ta viva, meu deus. - Anna disse me abraçando.

—Novamente peço desculpas, me perdoem, por favor.

Levantei minha cabeça e assenti dizendo que estava tudo bem.

—Alias, meu nome é Steve, e estava no segundo ano.

—Como veio parar aqui? - Mark perguntou.

—Eu estava indo usar o banheiro, e quando fui voltar, vi que o corredor estava cheio de professores e funcionários, vi uma menina sair do banheiro perguntando se estava tudo bem, ate que um professor virou-se e mordeu o braço dela e quando escutaram o grito dela, todos se viraram e foram atrás dela, e começaram a comer ela. Aquilo foi realmente nojento. Então eu voltei pro banheiro e me tranquei lá, agradeci por nenhuma daquelas coisas ter me visto.

—Então, já que nos conhecemos agora, nós vamos indo, estamos saindo daqui, sinta-se livra para escolher entre vir com a gente ou ficar ai. - Anna disse.

—Sem sombra de dúvidas, claro que eu vou, preciso encontrar minha família.

—Tudo bem, ajude Helena a carregar as mochilas, precisamos passar pela secretária e ir para o estacionamento. E pelo que eu estou vendo, será uma grande caminhada.


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Notas finais do capítulo

Obrigada por lerem, espero receber opiniões ^^



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