– Tyresse não sei se eu consigo mais andar, meu tornozelo esta doendo muito.

– Você consegue, garotinha.

– Não me chame de garotinha.

– Por que você não gosta que te chamem de garotinha?

– Por que é como minha mãe me chamava e eu não gosto de lembrar dela.

– e porque você não gosta de lembrar dela?

– Só de pensar que ela se transformou naquelas coisas ou que não restou nada dela me faz querer vomitar e essa não é uma sensação muito agradavel.

– e porque a sensação não é agradavel? - ele riu.

–Virou jornalista é?

– Eu perdi minha minha namorada e eu sei como que é. As vezes eu penso que você pensa demais para uma garota de 14 anos. Você não tem medo.

– '' As vezes o medo é uma doença'' minha mãe dizia isso - comecei a rir - queria ver se ela ia falar isso aqui agora. Medo eu tenho toda hora mais não quero morrer agora, mais se chegar a hora, chegou.

Nem notei meu tornozelo e nem estava sentindo mais nenhuma dor no meu corpo, so a sensação de lembrar da minha mãe me fazia se sentir nas nuvens. Chegamos na igreja em questão de minutos mais pra mim demoraram horas. Chegando lá notei uma pequena figura negra bem sentada nas portas da entrada da igreja. Acho que é a Michonne.

– Michonne - Gritou Tyresse. Viu como eu estava certa. Assim que a Michonne me viu saiu correndo com um grande sorriso no rosto. Não na minha direção mais pra dentro da igreja. Hey mano não vai me dar oi não, também senti sua falta

Quando alguem finalmente saiu da igreja percebi que era Carl e Rick.

– Hey, olha quem chegou, a... mulher maravilha das munições.- apontei para a bolsa com Tyresse

– Você acabou de deixar a minha super heroina favorita menos favorita - disse Carl se aproximando.

– Ei eu sou muito mais bonita e muito mais gostoza do que ... - ele me interrompeu com um beijo. - ela - completei quando ele me soltou.

– Você é mais gostoza do que todas as mulheres desce mundo.

– Olha o respeito menino, você esta na frente do seu pai - eu disse olhando para Rick e indo lhe dar um abraço. Cada momento perto desses idiotas é melhor do que ouro.

– Cade a pirralha? - estava me referindo a Judith.

– Esta lá dentro - Disse Tyresse saindo de dentro da igreja.

– Para um homem grande você sabe muito bem sair rasteramente, eu nem te vi entrando e agora você esta do lado de fora.

– Vamos lá ver a Judy - Carl entrelaçou as nossas mãos e me puxou para dentro.

– Espera menino, eu torci meu tornozelo.

– Não seja por isso. - Ele me pegou no colo estilo noiva.

– Hum agora quero casar com você.

– Mal posso esperar pela lua de mel

– Seu safadão.

– falou a menina que me beijou primeiro.

– Claro não ia te perder para vaca do da Cath.

– Esquece ela o que me importa agora é você. Me conta como foi lá.

Contei pra ele cada minimo detalhe e como foi meio dificil sair de lá viva. Nunca tinha enfrentado uma horda antes sozinha e não iria conseguir passar por ela sozinha. Estavamos dentro de um quarto e Judy estava acordando e é claro que ela é super escandalosa e começou a chorar muito mais muito alto. Comecei a cantar uma musica que minha mãe cantava para mim.

– Girls just wanna fun,oh girls just wanna fun. - até que ela parou de chorar e quem começou a chorar fui eu.

– Por que você ta chorando? - perguntou Carl com cara de preocupado.

– Queria que a mãe dela estivesse aqui pra fazer isso e que a minha mãe estivesse aqui para ficar do meu lado.

ele me abraçou.

– Meu amor, você tem eu e o meu pai. Vamos estar do seu lado sempre.

Engoli o choro.

– Você me chamou de amor? - olhei para a Judy que ja tinha voltado a dormir e depois comecei a fita-lo novamente.

– Não falei nada. - ele se levantou.

– Carl ..... Eu te amo.

Ele se virou e me olhou. Depois de ficar uns segundos parado e meu coração ameaçando sair pela boca ele veio correndo na minha direção e me prensou contra a parede.

– Eu te amo também - Ele me jogou em cima da cama e deitou sem cima de mim.

– Carl eu não sei ....

– Eu sei, eu também não estou preparado. Mais nós não vamos transar necessariamente.

– só dar uns amassos. - o Puxei para perto de mim. e você já sabe o que aconteceu depois né ?

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Eu já vi Tyresse matando zumbis, indo a missões impossiveis e voltar ileso mais nunca o vi tão apavorado em ver duas crianças deitadas em uma cama abraçadas e dormindo.

– O que ? - esfreguei meus olhos - A gente deve ter adormecido.

Tyresse engoliu em seco e depois desviou o olhar como se olhar para nos dois juntos pudesse queima-lo.

– Pensei que tinham sido sequestrados. Vocês passaram a noite toda aqui?

– Tyresse - senti minhas orelhas ficarem vermelhas- Só viemos aqui conversar. Adormecemos. Acidentalmente. Só isso

– E nos beijamos algumas vezes - disse Carl.

Eu o fuzilei com os olhos.

– Isso não ajuda.

– É melhor .... - Tyresse apontou para a porta - hã, vamos nos reunir para o café da manhã. Vocês podem então explicar o que fizeram.... quer dizer, não fizeram? Quer dizer.... quer saber me mate. - e ele saiu correndo.

– Vamos, por que estamos fritos.

Fui até o lugar do café da manhã quase me cagando de medo. Eu e Carl não tinhamos feito nada mais com certeza esse povo deve ser super maliciosos e pensaram que eu me dei para o Carl. Sempre fiquei com medo de ter a minha primeira vez e sempre tenho medo de engravidar. Mais agora eu sei que nunca vou ter um filho bem no meio do fim do mundo né.

– Carl, precisamos conversar.