Our Secret! escrita por Ponyo, Nemarun


Capítulo 14
Dez anos, Lysandre: Rosa


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas, tudo bem? Olha, eu sei que é meio chato falar isso, mas...

Recentemente estou parando de postar capítulos "longos" e de atualizar frequentemente por que simplesmente eu não estou tendo mais animo para isso. Estou recebendo pouquíssimos comentários.

"Aff, vai mendigar review agora?" Não é isso. É que eu não sei se os capítulos estão ficando bons ou se a qualidade está caído, pois não sei a opinião de vocês! Estou BEM confusa quanto a isso, já que eu mudei a narrativa da Fic para o Lysandre e dês de então os leitores caíram em um nível anormal!

A fic está ficando muito longa? Querem que eu pule esses anos para ir logo aos dezoito novamente? Querem que a Ponyo volte a narrar? Por favor, mande reviews!

PS: Mil desculpas aos comentários que eu não respondi! Eu JURO que não sabia que estava sem responder a tanto tempo! Eu tinha certeza que tinha respondido até o capitulo 11! É realmente bem estranho...

Obrigada a quem leu, boa leitura :D

PS²: E sim, os capítulos vão continuar a ficar menores e a atualização vai demorar mais. (Embora eu já salvo e escrito aqui no meu PC até os 25 anos)



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Dez anos, Lysandre: Rosa.

Flor da roseira, gênero tipo das rosáceas, de cores diversas (amarela, branca, vermelha), da qual se conhecem inúmeras variedades.

(...)

Neste ano eu perdi meu melhor amigo e alguém extremamente importante em nossas vidas. Nathaniel.

Eu me lembro dele correndo no meio da rua para atravessa-lá sem nem olhar para os dois lados, depois um carro preto tentando ao máximo desviar, mas era tarde... Você correu na direção do Nath para empurra-lo, mas eu te segurei. Era suicídio, não daria tempo de salva-lo e nem a si mesma.

Você gritou tão alto que até os pássaros se calaram, as pessoas pararam de andar e todo ficou em silêncio e em câmera lenta. Nathaniel estava deitado no chão com o rosto ensanguentado, com vários papeis da sua mochila espalhados pela rua. Outras pessoas também gritaram assutadas e eu pude ouvir um choro de bebê.

Você se soltou de mim e fomos correndo na direção dele. Sentamos do lado dele e a motorista saiu do carro gritando e chorando falando que não pode desviar a tempo e que já tinha ligado para uma ambulância.

Foi ai que você encostou a cabeça no peito dele procurando algum sinal de vida. Não tinha nada. Você começou a gritar e falar bobagens aleatórias e ficou batendo no peito de Nathaniel, no momento pareceu a coisa mais sensata do mundo.

"-Não me deixa seu idiota! - Você falava entre as lágrimas e os soluços desesperadores. Eu simplesmente ficava parado, não conseguia acreditar. Acho que estava em algum tipo de estado de choque.

Você abraçou o corpo de Nathaniel ainda quente, colocou a cabeça dele em seu colo e chorou mais alto. Depois ouvimos a ambulância e a policia chegando e as pessoas tentando afastar a gente do corpo.

Depois de muitos esforços conseguiram levar o corpo de Nathaniel e recebemos a noticia de que sua mãe já estava lá no hospital. O carro preto e todos já tinham ido, menos nós dois. Ficamos até de madrugada sentados na calçada olhando para a rua e o longo rastro de sangue.

Também havia várias rosas amarelas.

(...)

No enterro, eu e você não tínhamos comparecido. As pessoas achavam que não queríamos ver o corpo dele no caixão. E estavam totalmente certas.

Simplesmente não conseguimos assimilar que ele tinha morrido, que nos deixou... Ficamos o dia inteiro em baixo daquela maldita arvore Ipé.

Olha Amélia, eu te juro que algum dia eu ainda vou voltar para o Brasil com um machado e destruir aquela filha da puta com minhas mãos. Estou falando sério, já percebeu que todas as nossas piores lembranças ela sempre está incluída?

Desculpe, voltando a história...

O mais irônico e cruel naquilo tudo, é que o enterro um dia depois do se aniversário. Era o segundo dia de outono e fez com que todas as folhas ficassem secas e mortas... Cara, como o universo conspira contra a nossa felicidade... É como se toda vez que conseguimos ficar felizes, uma desgraça acontece. Eu tenho uma teoria de que éramos amantes em vidas anteriores que fizeram uma grande merda e até hoje seus dessedentes pagam e ainda são obrigados a se apaixonarem. As vezes eu tenho vontade de pegar você pelos ombros e fugir para uma ilha deserta abandonando tudo e vivendo de cocos. É, eu sei que é uma ideia bem estupida.

Acho que estou fugindo da história novamente...

Depois de três horas sentados e abraçados embaixo da arvore, vimos o carro da sua mãe estacionando e ela saindo toda de preto, batendo a porta com força e com a maquiagem borrada. Ela gritou para você entrar que já era tarde.

Ela tinha usado um tom de voz que eu nunca tinha visto, eu e você ficamos apreensivos e você entrou rapidamente. Eu tinha um mal persentimento sobre aquilo, mas não estava com animo para nada e entre na minha casa e deitei na cama, eu tinha resolvido que mais tarde eu iria atravessar a passagem e dormir com você.

Cara, as vezes eu odeio estar certo...

Eu encontrei você na cama encolhida sem qualquer camisa, chorando com as suas pequenas mãos cobrindo o rosto. Suas costas estavam vermelhas e cheias de hematomas com alguns arranhões sangrando.

Eu corri para sua direção e comecei a gritar e perguntar o que raios tinha acontecido, você me responder bem fraco que tinha brigado com sua mãe, que a emburrou da escada e ela te bateu e te pois de castigo. Eu não tinha acreditado em nenhuma unica palavra, mas sei que você não falaria mais que isso e que só mente em situações extremas.

Te segurei delicadamente no me colo, confesso que foi um pouco difícil já que eu não parava de olhar para os seus peitos. Eu sei que não era um momento muito agradável e que foi algo bem idiota, mas não vamos ser hipócritas. Se a situação fosse ao contrário e eu estivesse sem cueca, você também olharia.

E se serve de consolo, você tinha peitos bem legais para alguém com apenas dez anos. Seus mamilos eram bem pequenos e rosados, seus seios não eram nem pequenos e nem médios... Acho que você tinha se desenvolvido muito cedo.

Atravessei a passagem e coloquei você na cama com todo cuidado possível para não machucar ainda mais, você ficou de barriga para baixo enquanto eu fazia curativos com minha caixa de primeiros socorros. Quando terminei, coloquei um cobertor até os seus quadris e não te ofereci uma camiseta, sei que qualquer coisa que encostasse nas suas costas causaria uma dor terrível.

Fiquei deitado do seu lado até perceber que você tinha caído no sono. Levantei da cama e tomar um banho BEM gelado para tentar acalmar minha "Animação".

Eu sei que enquanto você está lendo isso Amélia, deve ter revirado os olhos e murmurado um "Tarado". Tudo bem, eu realmente mereci isso dessa vez.

(...)

Um mês depois, as coisas tinham piorado em um nível alarmante.

Sua mãe ficava dentro do quarto de Nathaniel chorando deitada em cima da cama dele, mas ainda sim saia de lá para comer e fazer coisas a qual o corpo lhe obrigava. Suas irmãs eram muito novas para entender tudo o que estava acontecendo e Leigh tinha mandado seus pêsames... Mas, de todas as pessoas arrasadas pela morte de Nathaniel, você era sem dúvida a mais infeliz de todas, tinha emagrecido em um nível anormal, não saia da cama e não ia a escola.

Você não chorava, mas também não sorria. Acho que se não fosse a Nanna te enfiando comida goela a baixo, provavelmente já estaria morta.
Meses se passaram e finalmente minhas tentativas de te tirar do quarto estavam fazendo efeito. Você começou a comer (Sem precisar de uma velha gritando no seu ouvido falando o quanto isso era horrível não se alimentar) e falar novamente, voltou para a escola e suas notas estavam mais altas do que nunca.

Mas algo mudou Ponyo, teus olhos dourados perderam um brilho importante, um brilho que era essencial para a tua beleza interior e exterior.

Você ainda era uma rara rosa dourada grande e majestosa.

Mas cresceu tantos espinhos que ninguém mais conseguia te tocar.


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Notas finais do capítulo

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