His Big Chance escrita por Thaís Romes


Capítulo 1
Precisamos Conversar.


Notas iniciais do capítulo

Aqui estou eu em mais uma fic! Como sempre aberta a sugestões, críticas, pedidos especiais e por ai vai...Sentiram saudades? Eu senti de vocês!Vai ser uma comédia romântica assim como Amizade Colorida, bem curtinha e divertida para vocês meus amores.Ainda estou pensando se coloco o arqueiro ou não... Opinem por favor.Esse primeiro capítulo vai explicar minha proposta então...Espero que gostem...Bjs



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/553206/chapter/1

1° ESTÁGIO DO TÉRMINO: A Negação.

Existem pessoas que saem todos os dias de suas casas pela manhã, completamente devastadas, amaldiçoando o emprego que possuem. Eu, graças a Deus, não sou uma dessas pessoas. Bom, não na maioria dos dias. Me chamo Felicity Smoak, e não tenho um emprego convencional. Mas explico isso depois, primeiro, preciso mostrar o que me levou a trabalhar onde estou hoje. Voltemos dois anos atrás, onde meu Monte Everest particular, despencou, bem em cima da minha cabeça.

25 de dezembro, 2012.

Era noite de Natal, não que eu realmente de importância já que sou judia, mas justo neste Natal, resolvi mudar meus planos na última hora. Todo fim de ano eu costumo ir a Las Vegas ficar com minha mãe, só que nesse em especial, preferi permanecer em Central City onde morava. Cooper, meu namorado desde que me lembro, havia me pedido em casamento há uma semana, eu ainda posso sentir o peso incômodo dos primeiros dias em que se usa aliança.

Meu noivo é Cooper Sheldon, ele é um nerd, assim como eu. Nos conhecemos no último ano do colégio e namoramos desde então, fomos para o MIT juntos, e nos formamos em TI. Não me surpreendi quando Coop me pediu em casamento, no aniversário de casamento dos pais deles, na verdade ninguém se impressionou, é como ver o curso natural das coisas, todos nós sabíamos que aconteceria.

E como se o fato dele ser inteligente não bastasse, o cara ainda é o maior gato, com seu visual de bom garoto, seus olhos e cabelos castanhos, corpo esguio e rosto bem desenhado. Eu o amava com todas as minhas forças. E por eu o amar tanto, resolvi que não faria mal para uma judia, comemorar apenas um Natal, em toda a minha vida.

Cooper estava ajudando o irmão mais velho na rádio da cidade nos últimos dias, depois que um dos locutores sofreu um acidente de carro. Então, ele passou a cobrir o horário noturno, onde fazia um programa de entretenimento. Escolhi minha roupa especialmente para a ocasião, um vestido vermelho, curto e rodado, com o salto nude, brincos e um colar verde, escolhi um sobretudo longo, pois queria fazer surpresa com meu figurino natalino. Quando estava a caminho, resolvi ligar o rádio do carro e sintonizar no programa dele, não conseguia me aguentar de felicidade.

“Fala Cooper! Como vai passar a noite de natal?” Cisco, o outro locutor do programa, pergunta animado. Coitadinho do meu amor. –pensei ingênua. –Acha que vai passar o feriado sozinho.

“Conheci a maior gata ontem, Cisco.” Pisei bruscamente no freio, e esperei para ouvir o resto da conversa, não poderia ser verdade.

“Como assim conheceu? Cara, e sua noiva?” Cisco parecia tentar disfarçar o choque em sua voz, ele além de ser um cara legal, era nosso amigo.

“Nós terminamos, já não dava certo a muito tempo. É aquela velha história do carro novo...” respondeu o traste.

Cooper voltou a narrar como conheceu a loura maravilhosa na noite anterior, permaneci com o carro parado na esquina de uma rua deserta, tentando lidar com o que estava sentindo naquele momento, toda a dor, indignação e humilhação. Assim que o programa acabou, liguei para ele, querendo saber melhor de toda história e tudo o que me disse foi:

“Sinto muito Fel, mas não mandamos no coração. Que dia eu posso pegar a aliança com você?”

Idiota! As nossas famílias e amigos estavam acompanhando o programa, foi como viver um pesadelo do qual não tem como acordar. Para não deixar barato, joguei a maldita aliança no bueiro. Sete mil dolores, literalmente, descendo pelo ralo!

DE VOLTA AO PRESENTE

Então, essa é a história do meu grande pé na bunda. Depois disso me mudei para Starlling City, fui convidada por Ray Palmer, um amigo do meu tempo de MIT, que afirmou ter encontrado o trabalho perfeito para mim. Palmer resolveu abrir uma empresa especializada em términos. –Isso mesmo que você acabou de ler. – Pessoas pagando a terceiros, para dar fim a seus relacionamentos fracassados.

Sua Grande Chance Ltda. E por mais incrível que pareça, o negócio é um sucesso. Me sinto bem em poupar o maior número possível de pessoas, de passar pelo que eu passei. Dou a elas a maior dignidade possível que se pode ter, ao levar um pé na bunda. Ao menos, é o que digo a mim mesma, todos os dias quando saio da cama.

Como toda empresa, nós temos nosso menu de serviços, e dentro dele, existiam vários pacotes de término. O mais caro incluía entre outas coisas, uma cesta para dor de cotovelo. Abastecida com chocolate, filmes de ação (nada de comédias românticas), um guia para superar os primeiros trinta dias, um mapa para todas as melhores baladas da cidade, e um CD com as melhores músicas de foça da atualidade. O meu trabalho de hoje, é o bilionário mais famoso da cidade, Oliver Queen.

1ª Regra dos funcionários da SGC Ltda.

Sempre se reúna em locais públicos. Um café é o ideal. Nunca vá a lugares que sirvam bebidas alcoólicas.

Existe mais uma coisa que preciso contar sobre meu trabalho, discrição não é opcional, precisamos ser invisíveis, manter o maior sigilo possível. O que em outras palavras, significa que mentimos muito, mas muito mesmo!

O que extremamente necessário. Imagina como iria se sentir, se soubesse que a pessoa que você ama, pagou a um desconhecido para se livrar de você, por que não suporta mais olhar em sua cara? Garanto, a sensação não é boa.

Entro pela manhã, em um café chique no centro de Starlling City. Oliver, já me esperava em uma mesa afastada. –Uau! -Penso maravilhada. Claro que já vi milhares de fotos dele na mídia, sabia quão lindo ele é, mas nada se compara a imagem em tempo real. Parece um Photoshop de Deus, chego a piscar algumas vezes, por medo de meus olhos estarem me enganando. Oliver usava uma camisa social azul, que se modela perfeitamente a seu corpo definido. Engulo em seco, alisando minha saia lápis e tentando ajeitar melhor meu rabo de cavalo, antes de continuar caminhando em direção a ele.

–Bom dia, Felicity! -Iris brota do chão, só pode. Ela abre um largo sorriso, que retribuo, assim que o susto desaparece.

Íris West é minha melhor amiga. Ela é uma garota negra, de cabelos cumpridos, rosto e corpo ridiculamente bonitos, mas tudo fica em segundo plano quando passa a conhece-la, seu coração, é o que ela tem de mais belo. Crescemos juntas, ela também morava em Central City, mas se mudou para Starlling com seu noivo, Barry Allen, meu outro melhor amigo, ela é uma das poucas pessoas que sabem, em que eu realmente trabalho.

–Bom dia Íris. –respondo levando minha mão ao peito, ainda assustado, o que alarga ainda mais o sorriso dela. –Ele chegou há muito tempo? –pergunto gesticulando para Oliver.

–Não, chegou agora. –dá de ombros, tranquila. –Bear que não me ouça, mas que gato esse Oliver. –comenta, me fazendo segurar o riso. -Vai ser o de sempre?

–Para mim sim, mas ele tem cara de café preto, puro, e sem açúcar. –Falo o analisando a distância.

–Você, é muito boa nisso, Smoak! –Iris saltita animada no mesmo lugar. –Já levo os pedidos. –fala, soprando um beijo em minha direção antes de sair. Volto a andar em direção ao homem, m pouco menos empolgada dessa vez.

–Bom dia, Mr. Queen. –digo parado em sua frente, e ofereço minha mão em cumprimento. Oliver se levanta com um sorriso educado nos lábios, apertando levemente minha mão.

–Bom dia...

–Felicity. –respondo com um sorriso bobo, o cara é bonito demais, não tem como sorrir de forma diferente. –Só Felicity.

2ª Regra da SGC Ltda.

Nunca revele seu sobrenome. Não informe dados pessoais.

–Então, só Felicity. –brinca com um pequeno sorriso. –Você e Laurel, são amigas a muito tempo? –pergunta, enquanto nos sentamos.

–Sim. –respondo, e que comecem as mentiras! –Nos conhecemos no acampamento para filhos de policiais e militares, quando tínhamos 15 anos. –Oliver parece contente por conhecer o menor dos detalhes a respeito da futura ex, o que faz um pequeno aperto surgir em meu peito. –Mas não foi por isso que vim aqui hoje. –suspiro me preparando para o que precisava fazer.

–Claro. É que Laurel fala tão pouco sobre outras pessoas, que é bom conhecer uma amiga. –você não está ajudando, Queen!

–Eu entendo. –sorrio educada. -Ela me pediu para te entregar isso. –tiro da minha bolsa a carta padrão de termino, a coloco sobre a mesa, e a empurro na direção dele.

Essa tal de Laurel, comprou o pacote mais barato, nem mesmo me passou informações sobre o futuro ex-namorado. Ainda bem que sou uma hacker muito boa, ou não teria material para concluir o trabalho. Vejo o semblante de Oliver murchar, a cada linha que ele lia da carta, se dando conta do que estava acontecendo.

–O que é isso? –pergunta em um sussurro, quando termina a leitura.

–Laurel sente muito. Mas com esse caso de sequestro, ela precisou viajar imediatamente para Central City, e me fez prometer que te entregaria essa carta em mãos.

–Digitada? Por que não mandou direto para o meu e-mail. –questiona erguendo uma sobrancelha, com o semblante fechado. Pois é, ela nem mesmo quis escrever a carta, então eu imprimi o modelo padrão, a personalizando um pouquinho, coisa que Palmer não poderia nem sonhar.

–É uma ótima pergunta. –murmuro desconfortável.

Neste momento, Íris chega com as nossas bebidas, me salvando sem nem mesmo saber. Oliver se assusta a princípio, por não ter pedido nada, mas pareceu aprovar minha escolha, e assim me livro de inventar mais uma mentira cabeluda.

–Como soube, a forma que gosto do meu café?

–É meio que um dom. –respondo sorrindo para ele. –Você é um clássico café preto, sem açúcar. –só percebo o quanto soa indecente, após as palavras saírem por minha boca. –Me desculpe Mr. Queen. –acrescento rapidamente. –Não estou insinuando nada, acredite em mim. Foi somente, uma triste escolha de palavras.

–Tudo bem. –ele tinha a sombra de um sorriso nos lábios. –Por favor, me chame de Oliver.

–Claro, Oliver, como preferir.

–Você leu a carta? –questiona envergonhado, dobrando com cuidado o papel e o enfiando no bolso da calça.

–Apenas imprimi o arquivo em anexo. –tento o tranquilizar, mas a verdade é que poderia recitar a carta para ele, como uma reza. –Mas sei do que se trata, e sinto muito. –falo sincera.

–Está tudo bem. Só não consigo entender por que assim, por que agora? –por que uma mulher faria isso com um cara como você? Acrescendo em pensamento.

–Oliver. –chamo seu nome com a voz doce, e ele levanta os olhos para me ver. –Às vezes, as pessoas simplesmente tomam rumos diferentes na vida. –ofereço um sorriso acolhedor a ele, que em nada parece ajudar, Oliver estava devastado.

–Não se termina com alguém que você diz amar, dessa forma. –ele parece conversar sozinho. –Pensei que era um bom namorado...

Mais uma coisa sobre meu trabalho. É preciso ter “A História”. A pior, e mais vergonhosa história de termino que puder imaginar. Todos os outros funcionários da SGC inventaram suas histórias, mas eu não precisava disso. Graças ao desgraçado do Cooper. Passo os dez minutos seguintes, contando a Oliver minha história, ele parece se sensibilizar verdadeiramente por minha dor, chega a tocar minha mão sobre a mesa, tentando me confortar.

–Obrigada Felicity, você nem mesmo precisa ficar aqui me ouvindo reclamar do pé na bunda que acabei de tomar da minha namorada de... –ele para e pensa por um tempo. –Acho que namorei Laurel, por toda a minha vida! –diz surpreso.

–Sei como é. –solto sem pensar. –Quer dizer... Deve ser estranho para você seguir em frente, mas tenho certeza que vai conseguir!

–Como... Como pode ter certeza? –Oliver semicerra os olhos, cheios de interesse, como se estivesse diante da resposta premiada. –Nem nos conhecemos direito. –sua voz não contém arrogância ou acusação, apenas um misto de devastação e desespero.

–É como o caso do café, tenho um dom em avaliar pessoas. –dou de ombros. –E você Oliver, é uma boa pessoa. Sei que vai sair dessa ainda mais forte do que é hoje!

–Obrigado. –diz cheio de gratidão nos olhos.

–Não por isso. Eu preciso ir agora. –tiro uma nota de vinte da carteira, a deixando sobre a mesa.

–O que está fazendo? –parece confuso, e coloca sua mão sobre a minha que estava na mesa, sinto um leve choque percorrer meu braço, ele parece sentir o mesmo, pois tira a mão no mesmo instante. –Eu pago! –afirma decidido.

–Não hoje Oliver. –mal sabe ele, que quem vai pagar essa conta é a própria Laurel. -Encare isso como o presente, de uma amiga. –pisco para ele. –Espero de verdade, que perceba o quanto é maravilhoso. –as palavras saíram como uma bala da minha boca.

Constrangida me apresso, pegando minha bolsa e casaco. Enquanto ando em direção a porta, mando um beijo em direção a Iris, e posso sentir os olhos de Oliver em minhas costas.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Então qual é o veredito?Não deixem de comentar, isso é muito importante e não custa nada fazer a alegria dessa pobre autora!Muitos bjs!