A Única Coisa... escrita por Troublemaker Girl


Capítulo 9
War in the Kitchen


Notas iniciais do capítulo

Hey gente, eu demorei, mas aqui estou.
Quero pedir desculpa pela ausência. Mas nessas férias eu tive um grave bloqueio mental, o que ajudou a piorar minha situação de escritora :c
Senti falta de AUC, mas nunca conseguia dar um rumo ao capítulo que estava incompleto em meu pc, espero que não tenham ficado bravas(os) nem nada, quero que me desculpem mesmo.
Com tudo isso, resolvi postar dois capítulos em forma de desculpas. O problema é que a continuação pode ser postada amanhã, se eu for rápida; ou então nesse final de semana.
Espero que ainda estejam acompanhando, e eu não vou abandonar aqui. :3

Boa leitura.



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– Daniel? – Franzi a testa enquanto Daniel estava com um buquê de flores nas mãos e sorria para mim.

– Oi, Rose. – Ele deu um pequeno passo e depositou um beijo inesperado em minha bochecha. Me fazendo ficar vermelha.

– Ahn, o que faz aqui? – Suspirei ainda confusa.

– Estava passando por aqui perto e... – Ele se interrompeu. – Mentira, fiquei com saudade aí vim ver como estava. E para entregar essas lindas rosas para uma rosa ainda mais bela. – Ele riu após falar, erguendo o buquê até mim.

– Oh, não precisava. São lindas. – Peguei o buquê envergonhada e levei as rosas até o nariz, podendo sentir o perfume delas. – Obrigada. Quer entrar? – Voltei a olhar para ele.

– Se não for incômodo. – Daniel coçou a nuca.

– Claro que não! – Ri e dei espaço na porta para que Daniel entrasse, e assim ele fez. – Fique a vontade. – Falei enquanto ia até a cozinha para deixar as flores num vaso com água. Assim que voltei, Daniel segurava um porta retratos enquanto olhava atentamente para o mesmo. Pigarreei.

– Ahn, me desculpe. Eu vi essa foto aqui em cima então achei bonita a imagem e... – Eu o interrompi, me sentando ao seu lado.

– Não precisa se desculpar. – Dei uma risada sem humor.

– Sério, Rose. Não pensa coisa errada de mi... – O interrompi novamente.

– Daniel! – O repreendi, fazendo ele me olhar assustado. – Tudo bem, ok? – Falei num tom mais calmo. – Não vejo problema algum em você pegar uma foto para ver.

– Está bem, eu só não vou fazer isso de novo. – Ele coçou a nuca rindo sem graça e eu dei de ombro. – Quem é? – Daniel apontou para a foto, que estava jogada no sofá. Peguei o porta retrato e deixei um sorriso involuntário surgir.

– Minha mãe no dia do noivado dela. – Continuei sorrindo enquanto acariciava a foto. Logo o silêncio apareceu.

– Desculpa se eu parecer intrometido, mas nunca a vi por aqui. Ela não mora com você? – Soltei um suspiro e sorri de lado, sem deixar de encarar a imagem.

– Ela morreu. – Ao terminar de falar coloquei o retrato em seu lugar e Daniel murmurou algo que eu não consegui entender.

– Oh, eu sinto muito. – Olhei para ele, que estava com a feição triste.

– Eu também sinto. Mas é a vida. – Consegui dar um sorriso para amenizar o clima tenso. – Mas então! – Falei animada após me levantar. – Você aceita alguma coisa?

– Ah, não. – Daniel coçou a nuca e deu uma risada baixa.

– Que pena, eu queria fazer uma coisa especial para você. – Fiz bico e cruzei os braços, olhando para Dan.

– Ah é? E essa coisa é boa? – Daniel estreitou os olhos e eu assenti. Ele ficou um tempo em silêncio, porém depois de poucos segundos pigarreou. – Então, ér... Eu posso dar uma exceção pra essa coisa.

– Sério? – Sorri e ele assentiu, me fazendo alargar o sorriso. Eu gostava da companhia dele, não sabia o real motivo, mas a presença dele me fazia sentir melhor, como se outra parte de mim estivesse ali, na minha frente. – Então vem. – Caminhei até a cozinha, percebendo que Dan me acompanhara.

Peguei as coisas necessárias que precisaria e logo já estava preparando meu prato favorito. Dan perguntava repetidamente o que era, mas eu continuava em silêncio, e isso o fazia ficar mais curioso ainda. Depois de longos minutos eu ainda estava calada, atenta aos ingredientes. Segundos depois, fui surpreendida com algo voando em mim, parei bruscamente e olhei para trás, vendo Daniel com um pacote de farinha que estava a pouco tempo na bancada.

– Daniel! – Resmunguei e fui pega de surpresa novamente, em um movimento rápido, meu rosto já estava cheio de farinha. Ouvi a risada de Daniel.

– Eu. – Ele disse entre a gargalhada e eu bufei, assoprando uma mecha de meu cabelo que atrapalhava minha visão. Tirei a farinha da região dos olhos e consegui o enxergar na minha frente, enquanto ele ria peguei o pacote dele, o fazendo ficar sério rapidamente. – Ahn... Rose. – Ele começou a caminhar em minha direção, e eu comecei a correr.

– Que foi? – Continuei rindo sem parar de andar. Esperei ele se aproximar e o peguei de surpresa, fazendo o que ele estava fazendo há poucos minutos. Ele gritou, e eu gargalhei.

– ROSE! – Apressei meus passos e percebi que agora Dan corria mais rápido atrás de mim, eu estava com medo dele me pegar e sujar mais ainda, mas me divertindo com o estado dele. Consegui jogar mais uma vez a farinha no garoto, mas ele havia conseguido pegar o pacote de mim, e sem esperar, jogou tudo sobre minha cabeça.

– DANIEL! – Joguei meu cabelo para trás, fazendo uma grande quantidade de farinha cair sobre o chão. Agora quem ria era Daniel. Eu fui para um canto e comecei a fingir um choro, colocando as mãos sobre o rosto, para que Daniel não visse.

– Rose? – Sua voz era de espanto, me segurei para não rir e pude sentir sua mão sobre meu ombro. – Ai meu Deus, acertei seu olho? Me desculpa, me desculpa, me desculpa! Eu sou um idiota mesmo, tá doendo? Vamos ao médico, pode pior... – Antes que ele terminasse, eu liguei a torneira, fazendo sair água da pequena mangueira que tinha na pia, e mirei em Daniel. – Mas o quê? – Ele perguntou fazendo careta, enquanto a água caía em seu rosto e camisa. – Eu vou te matar!

– Vai, é? – Eu falava entre as risadas, minha barriga doía de tanto rir. – Sua cara está muito engraçada. – Completei ainda mirando a mangueira nele. Não sei como, mas ele conseguiu correr até mim e pegou a mangueira com força, jogando a água toda sobre mim. –Obrigado, está limpando a bagunça que fez em mim. – Fechei os olhos enquanto ria dando de ombros, logo ele desligou a mangueira e ficou por alguns segundos ele ficou em silêncio, o que me preocupou um pouco.

– Ei, Rose. – Escutei ele me chamar e abri os olhos curiosa. Meus olhos arregalaram e a massa do bolo que eu estava fazendo voou em minha direção, especificamente em meu rosto.

– Não acredito, DANIEL... – Gritei a última parte já estressada e toda suja, abri a geladeira e peguei cinco ovos, o jogando um por um na direção de Dan, que se sujou um pouco.

Ficamos brincando/em guerra por bastante tempo, pegamos mais farinha e estávamos mais brancos do que giz. Eu não ria do jeito que estava rindo faz tempo; por mais que estivesse um pouquinho brava com Daniel, estar do lado dele era o dobro de diversão que eu raramente tinha. Rimos bastante, e no final, o que era pra terminar em lanche, acabou se transformando em bagunça, até perdemos a fome. Parei de sujar Daniel quando escorreguei.

– Deixa eu te ajudar. – Daniel andou lentamente devido o chão molhado e melequento até chegar em mim. Ele esticou o braço e acho que segurei forte demais e... – Opa! – Daniel estava caído também, em cima de mim. Ele riu e pude sentir seu perfume entrar em minha narina. Estávamos mais do que próximos, e isso ia acabar igual aqueles filmes clichês.

– Ahn... Você está em cima de... Mim. – Sorri amarelo demorando um pouco para falar. Claro, até parece que alguém ia se sentir confortável embaixo de um garoto! Daniel parecia estar surdo; eu resmungava algumas coisas indecifráveis e ele continuava estático. Ele aproximava cada vez mais, colocou uma mecha de meu cabelo atrás da minha orelha e deu um sorriso, um dos sorrisos mais bonitos que eu tinha visto. Logo depois me toquei; ele estava querendo... Me beijar? Respirei fundo e resolvi ficar quieta, estava claro de que se eu reclamasse mais uma vez Daniel ia me ignorar, ele tocou suavemente meu rosto e... Ouvi um barulho. – O que foi isso? – Perguntei ao perceber que Daniel havia se levantado.

– Não sei. – Ele parecia assustado. Daniel estava começando a dar passos até onde o barulho havia saído, com a intenção de achar algo ou alguém, mas acho que esse alguém tinha nos achado primeiro. Os olhos de meu pai ficaram maiores do que o normal após ele chegar na cozinha, varreu o local com os olhos e parou em mim, depois olhou para Daniel, que estava em meu lado confuso.

– Mas o que é isso? – Sua voz estava firme e rouca, engoli seco, sem conseguir responder.


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Notas finais do capítulo

Bom, é isso. Espero que tenham gostado o/

Até o próximo.
Xis ó xis ó Cah



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