A Única Coisa... escrita por Troublemaker Girl


Capítulo 7
Vergonha Fatal


Notas iniciais do capítulo

Genten!!!!!!!! Eu não abandonei aqui :D
Só demorei um pouco (lê-se muito) por falta de inspiração, e também falta de tempo, juro que vou tentar compensar até o ano acabar. Meus dias em Dezembro sempre agarram e eu acabo não podendo postar aqui, me desculpem mesmo :c

Enfim... Sem mais delongas e desculpas, boa leitura 3-3



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Pensei que minha cabeça iria explodir, sério. Lugares movimentados sem dúvida me deixam com uma dor de cabeça e tanta. Não me lembro exatamente de tudo que aconteceu na festa depois de eu ter entrado novamente, na verdade minha querida amiga havia me abandonado e eu fiquei ouvindo a música aleatória que tocava. Aqui estava eu, acordando às 7:00 da manhã para ir pra escola. Desliguei o despertador que tocava descontroladamente e em seguida me levantei, tomei um banho rápido porque se eu demorasse mais alguns segundos, iria entrar só no terceiro horário, me arrumei e finalizei pegando minha mochila, subindo em seguida.

– Bom dia... – Olhei ao redor em seguida – Casa. – Completei murmurando. Peguei uma maçã e saí logo para não perder o ônibus.

Encontrei com Kath, que estava assim como eu, exausta. Depois que saí e voltei para a festa, resolvi deixá-la com o Tyler, então não havia visto ela depois disso. Fomos em silêncio até o ponto, e depois para a escola. Hoje o dia seria um pouco quanto desanimado – Mais ainda. – devido à festa, ignorei aquelas faces emburradas e caminhei até meu armário, ainda com Kath.

– Então... Qual sua aula? – Resolvi quebrar aquele silêncio constrangedor. Kath me olhou, engoliu seco e mordeu o lábio.

– História. – Sua voz saiu baixa e rouca, ao falar ela fechou os olhos fortemente mas logo os abriu, e murmurou algo que não consegui decifrar. – E a sua? – Varri todo o corredor, e logo respondi.

– Literatura. – Dei um sorriso de lado e Kath assentiu. Mais uma vez o silêncio apareceu, e só foi quebrado quando o sinal bateu e Kath soltou um suspiro pesado. – Bom, nos vemos... Por aí (?) – Falei guardando meu material que até agora estava em minhas mãos. Peguei o material de Literatura e perdi Kath de vista, logo já estava dentro da sala de aula.

Como de costume, a senhorita McGarvey adentrou com um sorriso gigante no rosto, nos cumprimentou e a turma respondeu com um “Bom dia” morto. Olhei ao redor da classe e havia pessoas dormindo, outras fitando o teto, e por último, um grupo de alunos no fim da sala conversando, os únicos animados – Além da professora – daquele lugar.

– O que houve, crianças? – Olhei para McGarvey. – Até parece que alguém morreu. – Ela murmurou com a feição assustada. Eu apenas dei uma risada baixa enquanto alguém tentava responder.

– E morreu. – Uma voz masculina soou pelo local. – O ânimo de todos que foram para a festa na noite anterior. – Após falar a maioria concordou com o rapaz, enquanto McGarvey apenas ria da situação.

– Lamento por todos vocês, mas hoje é segunda feira e temos muita coisa pra fazer. Formem duplas que eu lhes direi o que vamos faz... – Antes de a professora completar, ela havia sido interrompida por um barulho.

– Me desculpe, professora! – Uma voz alta soou pela porta, fazendo todos olharem para a mesma, encontrando aquele garoto, o John, todo ofegante.

– Atrasado de novo, senhor Thompson? – McGarvey estava séria, olhei novamente para a porta.

– Me desculpe, mesmo! Eu perdi a hor... – Ele havia sido interrompido.

– Poupe-me de suas desculpas esfarrapadas. Entre logo! – A voz da professora saiu firme, fazendo John abaixar a cabeça e entrar calado, nem prestei atenção para onde ele sentara. – Cadê as duplas? – Todos formaram duplas rapidamente, exceto eu. Como sempre.

– Posso? – Olhei assustada para o lado. Revirei os olhos e John apenas aproximou sua cadeira, ficando ao meu lado.

– A missão de vocês é bolar alguma peça para apresentarem na próxima aula. Usem a criatividade literária. A obra poderá ser famosa ou não, vocês que irão escolher. – Assenti para ela, abrindo o livro didático para começar minha busca. Logo o silêncio preencheu a sala e todos começaram a fazer a busca, suponho.

– De Literatura virou pra aula de Teatro? – John sussurrou rindo, dei de ombros e continuei procurando. – Ei. – A mão de John pousou sobre a minha, me fazendo parar de procurar e encarar ele. – Pra quê procurar? É só pegarmos Romeu e Julieta. Fácil. – John piscou um olho, me fazendo bufar.

– John, não é? – Sorri e ele assentiu. – Então, John. É só pegarmos Romeu e Julieta? Sério? – Soltei uma risada irônica. – Por favor, desde quando você sabe alguma coisa de Literatura? Desde quando você se importa? Pelo que vi agora pouco, você nem sequer chega à aula no horário certo. Olha, se quiser, eu posso procurar tudo sozinha, porque com certeza, metade da turma irá pegar Romeu e Julieta, e eu realmente não quero fazer parte dessa metade porque conheço outros escritores, então se você não ajudar, pode por favor não atrapalhar? – Soltei tudo de uma vez. Minha garganta doía de tanto falar, e o que eu mais queria agora é achar alguma obra logo. John apenas revirou os olhos e permaneceu calado.

– Algum problema aí, senhorita Carter? – A professora olhou para mim.

– Nenhum, professora. – Dei um meio sorriso cansado e o sinal bateu, fechei o livro e levantei rapidamente. John ainda estava sentado, apenas abracei meu material e caminhei até a porta, indo em seguida para meu armário.

(...)

– Como é que é? – O sorriso de Kath abriu.

– Eu estou tendo que aturar aquele John na aula de Literatura. – Revirei os olhos só de lembrar, fazendo Kath rir. – Hey! Isso não tem graça. – Exclamei emburrada.

– Que fofo! – A encarei indignada e logo parei de andar; estávamos em um dos corredores após o terceiro sinal.

– Fofo, Kath?! Por Favor! – Ri sarcasticamente a ignorando. Ela estava bem melhor da ressaca, diz ela que ficou o segundo horário na enfermaria e tomou um remédio, fazendo-a jogar tudo o que comeu/ingeriu pra fora, e melhorando sua enxaqueca. – Ele parece não se importar com os estudos, sabe? – Voltamos a andar. – Não o conheço fora da escola, mas os pais dele devem mimá-lo demais.

– Talvez seja isso. – Kath murmurou massageando sua barriga. – Preciso comer algo, você vem comigo? – Assenti e fomos para o refeitório, onde se encontrava a maioria dos alunos daquela escola. Kath pegou uma bandeja e foi colocando as coisas que queria, eu apenas peguei uma caixa de suco e a esperei terminar, fomos em direção a uma mesa vazia.

– Ei, Kath! – Uma voz masculina e um Tyler apareceram. – Deixa que eu levo. – Antes de Kath dizer algo, ele pegou a bandeja de sua mão. – E aí, Rose. – Tyler sorriu e eu retribui o sorriso.

– Não precisa, Tyler. – Kath insistia enquanto eu gargalhava. Tyler havia nos arrastado até sua mesa, onde seus amigos estavam.

– Como você atura ela? – Tyler sussurrou para mim. Eu apenas ri e sussurrei um “Costume”.

– Quem são as gatas, Guy? – Um garoto perguntou nos encarando. Tyler apenas disse para sentarmos, e assim fizemos.

– Minhas amigas. – Após alguns segundos, Tyler resolveu responder. Ficamos num silêncio mortal, os amigos de Tyler mais gritavam do que falavam civilizadamente, o que era bem engraçado porque todos que passavam perto olhavam para a mesa assustados. Tyler estava conversando alguma coisa com Kath, e eu? Eu como sempre estava sobrando ali, olhando ao redor e esperando ansiosamente para o sinal bater e os dois últimos horários acabarem.

– Roseee? – Olhei atordoada para Kath; que me olhava com o cenho franzido.

– Hum? – Murmurei estreitando os olhos, já que todos da mesa me olhavam.

– Dormiu é? – Kath riu e eu a acompanhei com uma risada baixa.

– Eu? Que nada! – Fingi uma tosse e Kath deu de ombros, abrindo a boca rapidamente.

– Ahhhh, lembrei porque te chamei! – Franzi o cenho esperando alguma resposta de minha adorável amiga. – Tyler disse que o amiguinho dele não para de falar em você. – Um sorriso maldoso apareceu em seu rosto, e uma feição confusa apareceu no meu.

– Como assim? – Tentei fingir que estava interessada, mas na verdade eu já imaginava que poderia ser uma brincadeira ou algo do tipo.

– Tyler me disse que o amigo dele não para de falar de você. – Kath disse como se fosse óbvio. E era óbvio!

– Disso eu sei. – Revirei os olhos ficando curiosa e Kath suspirou.

– Sabe quem é o amigo dele? – Seu sorriso apareceu e eu apenas neguei com a cabeça, fazendo Kath em seguida bufar. – O JOHN, SUA BURRA! – Kath berrou e todos, todos que estavam no refeitório pararam de fazer o que antes faziam para prestar atenção em nossa direção, varri meu olhar envergonhada pelo local e engoli seco, querendo enterrar minha cabeça num buraco. Ele estava lá! Já está na hora de morrer envergonhada? John aproximou, e eu apenas abaixei a cabeça após sentir minhas bochechas queimarem.


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Notas finais do capítulo

É isso *u*

Até o próximo!

Xis ó xis ó



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