A Única Coisa... escrita por Troublemaker Girl


Capítulo 15
My problem, my super hero?


Notas iniciais do capítulo

Hey, aqui estou o/

Um enorme obrigada à Katheryn, que fez uma recomendação incrível de AUC.

Por isso dedico esse capítulo à você, que também me ajudou muito a desenvolver essa fanfic. Te asmo ♥

Boa leitura.



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Ou talvez o tempo precisasse de mim.

Engoli em seco e meus dedos pararam de dedilhar nas teclas, em seguida me virei para Kath, que ainda estava inquieta no sofá;

– O que foi? – ela franziu a testa

– O quê? – perguntei tão confusa quanto ela.

– Você parou de tocar do nada. Pensei que algo tivesse acontecido. – assim que soltou sua respiração pesadamente, pude ver seus ombros se mexerem.

– Ah, não é nada. – me levantei dando um sorriso sem graça. – É só uma dor de cabeça... – caminhei até a cozinha e enchi um copo d’água e bebi.

Após conseguir convencer Kath de que eu ficaria bem, ela avisou que precisava ir para casa, nos despedimos e ajeitei a sala. Meu pai não havia chegado ainda, e parecia não voltar hoje; ele estava demorando muito do trabalho ultimamente, segundo ele, ele passava num Pub com uns amigos, então não me preocupei o suficiente para sair feito uma louca a procura dele. Ele sabia se cuidar.
Assim que terminei de deixar a casa apresentável, resolvi tomar um banho. Peguei uma roupa qualquer de meu guarda roupa e corri para o banheiro; liguei a banheira e esperei a mesma encher, logo entrei e fiquei bastante tempo lá. Tentando não pensar no que eu temia pensar. Fechei os olhos e tentei relaxar, era raro eu ficar sozinha tanto tempo assim, então deveria aproveitar.

Mas como era de se esperar, meu desejo não teve êxito;

– Alô? – atendi o celular, após fazer uma bagunça no banheiro.

Rose? É o Daniel. – um sorriso involuntário apareceu. Saí da banheira com cuidado para não cair e procurei pelo meu roupão, tentando segurar o celular com um dos meus ombros.

– Ah, oi. – esqueci de respondê-lo, então logo o fiz. – Tudo bem?

Tudo sim, e com você? – ele soltou uma risada gostosa de ouvir.

– Também. – vesti o roupão e esvaziei a banheira.

– Você vai estar ocupada nesse fim de semana? – corri até meu quarto, já que estava frio e eu desejava uma roupa em meu corpo logo.

– Acho que nada, por quê? – perguntei enquanto procurava meu pijama. Assim que o encontrei peguei uma peça íntima, me vesti e o coloquei por cima, sem tirar o celular do ombro.

Eu estava pensando... Poderíamos ir para uma casa próxima a uma das praias de Wildwood. Conheço uns amigos, se você topar pode levar algum conhecido também. – estreitei os olhos, receosa.

– Oh, parece um passeio ótimo. Tenho que conversar com meu pai, mas logo de manhã te ligo. Pode ser? – peguei uma escova e me sentei na borda da cama, começando a pentear meu cabelo.

Claro! Até amanhã, então? – sorri com seu tom animado.

– Até. E obrigada pelo convite. – nos despedimos e logo a ligação finalizou. Coloquei o celular no criado mudo e olhei as horas; meu pai poderia estar chegando.

Resolvi então ir para a sala. Era algo óbvio que eu não gostava de “socializar” com o mundo, embora parecesse algo idiota de minha parte. Mas talvez esse passeio me ajudaria bastante a mudar, já que eu já não tinha mais 13 anos e minha vida passava, assim como o tempo estava passando. Fui despertada mentalmente com a porta abrindo.

– Acordada uma hora dessas? – meu pai perguntou visivelmente assustado ao me avistar sentada no sofá.

– Um amigo me chamou para ir até uma casa de praia. Posso ir? – resolvi ser direta, até porque o sono me consumiu.

– Onde fica? – ele franziu a testa.

– Em Wildwood – ele riu.

– Wildwood?! É muito longe. E quem é esse amigo? – arqueei uma sobrancelha.

– A Kath também vai. Daniel. Segunda nós voltamos, por favor! – implorei emburrada.

– Tudo bem... – ele soltou um suspiro e eu sorri após me levantar e o abraçar.

– Obrigada. – beijei sua bochecha e voltei para meu quarto. Só precisava falar com Kath agora.

Deitei-me e rapidamente adormeci, agradecendo por amanhã já ser sexta.

(...)

– Qual é a sua? – resmunguei após Kath pular em mim. Ela já estava pronta para a aula.

– Eu faço esse favor de te acordar todos os dias para não se atrasar e é assim que sou recompensada? – Kath bufou cruzando os braços. Ri de seu drama e me levantei.

– Bom dia. – falei enquanto procurava meu uniforme entre as bagunças do meu guarda roupa. Assim que achei tomei um banho rápido, me higienizei e vesti a roupa. – Preciso falar com você. – olhei para Kath enquanto calçava meu sapato.

– Manda a bomba. – ela riu me entregando minha mochila já pronta. Agradeci como de costume e subimos.

Saímos de casa e no caminho eu expliquei tudo para Kath sobre o “passeio”. Ela, como adora uma bagunça, resolveu topar e disse que iria pedir a sua mãe. Logo estávamos na escola, já que o ônibus não demorou.

– Então quer dizer que a senhorita vai passar o final de semana com o bofe? – ela riu fazendo uma feição maliciosa. Bufei e soltei uma risada sem humor, dando um empurrão leve em seu ombro.

– Não enche. Eu vou desistir e cancelar tudo, aí ficaremos plantando milho e bebendo vinho na fazenda do meu avô. – brinquei após fechar a porta de meu armário assim que peguei meu livro de Biologia. Era meu primeiro horário, infelizmente.

– Não! Claro que não! – ela bateu os pés no chão, revirei os olhos. – Biologia te ama. – Kath comentou apontando para o livro didático. Comecei a rir.

– Pena que não posso dizer o mesmo. – suspirei e abracei o livro mais firme. O sinal logo bateu, agradeci por Kath também ter aula de Biologia no primeiro horário, corremos para a sala, onde já havia alunos.

Como de costume a aula durou muito tempo; não sei o verdadeiro motivo, mas Biologia era a matéria que mais durava em sala de aula. Era patético! Suspirei aliviada assim que o sinal ecoou pela escola, trazendo a alegria de alguns; sim, eu não era a única que não gostava, pelo menos nisso havia alguém que concordasse comigo. Esperei a aglomeração de carnívoros carentes diminuir e assim pude sair em sossego da sala. Despedi-me de Kath e fui até meu armário, para guardar o livro e olhar o próximo horário.

Educação Física.

Ótimo, nada melhor do que sair da aula de Biologia e encarar o rosto magnífico de Julie Collins! Ri sarcasticamente de minha mente tão isolada e caminhei às pressas até a quadra.

– Atrasada novamente, senhorita Carter? – a peça olhou para mim, se interrompendo do que falava para os outros alunos. Mordi o lábio e improvisei alguma desculpa.

– Me desculpe! Houve um problema na porta do meu armário. – fiz uma feição tensa e piedosa. Julie apenas revirou os olhos.

– Sente-se. – soltei um suspiro e me sentei na arquibancada. Logo ela voltou a falar sobre a aula. Iríamos jogar queimada contra o time masculino. As garotas, como de costume, estavam animadas. Hormônios, disse a mim mesma. Revirei os olhos e amarrei meu cabelo num rabo de cavalo alto para não me atrapalhar, embora eu não tivesse ânimo algum para jogar. Até porque ele estava lá, e me encarando.

– As garotas irão para aquele canto. – Julie apontou para o lado oposto de onde estávamos. Preparei-me para os tombos que eu iria ganhar, assim como o corpo dolorido que eu iria receber daqui alguns minutos.

A primeira partida foi rápida. Os garotos estavam na frente dois pontos a mais. As garotas babavam em John mais do que mexiam seus corpos, inúteis. E minha paciência estava se esgotando, tudo que eu mais queria era ficar na arquibancada.
E foi isso que hipoteticamente aconteceu; eu havia caído.

E meu pé estava doendo. Eu estava gritando de dor? Sim, estava. E quem me derrubou? Advinha?

– Você está me escutando?! Rose? – enquanto eu tentava me levantar sem a ajuda de ninguém, um grupo se aglomerou ao meu redor, dificultando a passagem. Logo senti braços envolverem em meu corpo, me carregando até algum lugar.

John Thompson.


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Notas finais do capítulo

É isso, até o próximo o/

'xis ó xis ó



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