Harry Potter e a Ameaça das Profundezas escrita por JMFlamel


Capítulo 8
COZINHANDO RESPOSTAS


Notas iniciais do capítulo

Apesar de nem tudo ter corrido como esperado, Harry e Rony conseguiram boas informações. Quanto a Hermione...



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CAPÍTULO 8

COZINHANDO RESPOSTAS

Ver, além do Fantasma-Residente de sua Casa mais um colega petrificado, quase gelou o sangue de Harry. Precisava fazer alguma coisa, avisar alguém. Mas nem foi preciso, pois Pirraça, ao ver a cena saiu pelos corredores, gritando que nem os seres incorpóreos estavam seguros. As salas abriram-se e os alunos tomaram o corredor, com Ernest McMillan à frente deles, olhando furiosamente para Harry.

_Bem como eu disse! Ele só estava esperando a melhor hora para pegar o Justin e também pegou Sir Nicholas, para não deixar testemunhas. _ disse ele.

_Pare de falar besteiras, Sr. McMillan. _ disse Minerva McGonnagall, abrindo caminho por entre os alunos _ Sr. Potter, me acompanhe. Vamos ao Gabinete do Diretor.

_Mas, Profª McGonnagall, quando eu os encontrei, já haviam sido atacados!

_Eu sei, Sr. Potter. _ disse ela, baixinho _ Mas eu precisava tirá-lo do meio daquela confusão, ficar ali só iria piorar as coisas.

Seguiram pelo corredor, não sem que Harry percebesse que mais um grupo de aranhas enfileirava-se junto a uma das janelas, como que abandonando o castelo, além de outro detalhe, que também estava presente na petrificação de Filch e Madame Nor-ra, um espelho da parede mais próxima estava quebrado. Chegando a um ponto do corredor, onde uma gárgula guarnecia um nicho da parede, a professora parou.

_Bem, vejamos qual foi a senha que Alvo escolheu nesta semana... Ah, já me lembrei. “Creme Bruleé”. _ e a gárgula afastou-se dando passagem aos dois, que entraram e postaram-se no início de uma escada em espiral, que começou a subir sozinha _ Ele adora senhas com nomes de doces, é uma característica do Prof. Dumbledore. Bem, aqui eu deixo você, Harry.

A professora deixou Harry em frente à porta que dava acesso ao Gabinete da Direção e aos aposentos de Dumbledore e voltou para a escada, que começou a descer. Harry bateu com a aldrava em forma de grifo e a porta abriu-se. O garoto entrou no gabinete, admirando-se da organização e da decoração, vendo os quadros dos ex-Diretores na parede, reconhecendo alguns deles, de retratos em livros ou em álbuns de família, tipo Phineas Nigellus, ancestral de Sirius Black, falecido em 1925 ou Armando Dippett, o penúltimo Diretor, a quem Dumbledore sucedera.

Na estante atrás da escrivaninha, encontrava-se o Chapéu Seletor que, ao perceber que Harry estava ali, cumprimentou o garoto.

_Bom dia, Sr. Potter. Há quanto tempo eu não o via.

_Bom dia, Chapéu Seletor. O Diretor está?

_Ele já vem. Algo perturba seus pensamentos, Sr. Potter? _ perguntou o chapéu.

_De certa forma, sim. Lembra-se de quando você disse que eu seria grande na Sonserina?

_Mantenho minha afirmação. Se você tivesse ido para a Sonserina, seria um passaporte para a grandeza.

_Não concordo. Sinceramente, não consigo me ver na Sonserina.

_Continuo dizendo que sim. Mas você pediu para não ser selecionado para a Sonserina, então eu o mandei para a Grifinória. Oh, o Diretor está vindo. _ e o chapéu calou-se.

Dumbledore aproximou-se, acompanhado por Hagrid e carregando no colo uma ave quase depenada, que ele colocou em um poleiro.

_Então, Hagrid, creio que será logo... _ e, diante dos olhos dos três, a ave consumiu-se em um clarão de chamas, até restar somente um monte de cinzas, debaixo do qual saiu uma outra ave, tal qual um pintinho saindo do ovo _ ... Como eu disse, já estava na hora de Fawkes renascer. Oh, bom dia, Harry. Algum problema?

_Sim, a Profª McGonnagall me mandou aqui. Houve outra petrificação, agora há pouco. Justin Finch-Fletchley, da Lufa-Lufa. _ disse Harry, com a impressão de que Dumbledore já sabia de tudo _ E Sir Nicholas também foi atingido.

_E uma vez mais levantaram suspeitas sobre você, não foi?

_Mas não poderia ter sido Harry, Diretor. _ disse Hagrid _ Além de ser praticamente impossível ele possuir nível de poder para tal, não daria tempo, pois ele estava conversando comigo na hora do ataque. Serei capaz de testemunhar até perante o Ministério da Magia, caso seja necessário.

_Creio que não será preciso, Hagrid. Ah, pode lançar o Feitiço de Proteção no galinheiro. As raposas, realmente, ficam mais ousadas no inverno e, se for um bicho-papão, barreiras físicas não irão detê-lo.

_Obrigado, Diretor. _ disse Hagrid, saindo e dando um “tapinha” nas costas de Harry, que fez os joelhos do bruxinho dobrarem.

_Então o senhor tem uma Fênix, Prof. Dumbledore?

_Oh, sim. Fawkes está comigo há muito tempo. A Fênix é uma ave admirável. Virtualmente imortal, renasce de suas próprias cinzas, é extremamente forte, suportando grandes cargas, suas lágrimas curam ferimentos e são antídoto para praticamente todos os venenos, além de serem extremamente leais não só aos seus donos, mas a pessoas que tenham corações puros.

_O nome dela tem tudo a ver, não é? Fawkes e fogo. Uma alusão a Guy Fawkes?

_Achei que ficaria engraçado, além do fato do seu idealismo, de que Guy Fawkes, por mais que estivesse errado em participar daquela conspiração, havia se engajado em algo no que acreditava. Mas, voltando ao assunto das petrificações, eu não creio, nem por um instante, que você possa ser o responsável por esses ataques. Mesmo assim, preciso perguntar se há algo que você queira me dizer, algo que julgue importante. _ e Alvo Dumbledore fixou em Harry os seus olhos azuis penetrantes.

_Não, Diretor, não há nada. _ e Harry estava sendo sincero ou, pelo menos, julgava estar sendo. Afinal de contas, ainda não tinha idéia de quem poderia ser o responsável, apenas que tinha relação com o aviso de Dobby. Precisaria de mais respostas, antes de poder afirmar qualquer coisa.

_Bem, então eu creio que você pode ir, Harry. Mas antes eu queria entregar algo que lhe prometi no final do último ano letivo. Aquela lista de bruxos, para o seu “Dossiê Voldemort”. Creio que será útil. _ disse Dumbledore, entregando um pergaminho a Harry.

_Obrigado, Prof. Dumbledore. Assim poderemos filtrar os possíveis suspeitos e tentar descobrir a identidade daquele demônio. _ disse Harry, dirigindo-se para a porta.

Ao descer do Gabinete do Diretor, Harry encontrou os outros, logo à entrada. Gina Weasley o abraçou e o grupo seguiu pelo corredor.

_E aí, foi tudo bem com o Diretor, mano? _ perguntou Algie.

_Sim. O Prof. Dumbledore afirmou que tem certeza de que eu não posso, de modo algum, ser o responsável pelas petrificações... ENTENDERAM BEM, SENHORES MALONE, HEWITT E MCMILLAN?! _ disse Harry, alto o suficiente para que os três alunos da Lufa-Lufa, que estavam escondidos atrás de uma coluna, pudessem ouvi-lo (“Caracas! Como foi que ele percebeu que éramos nós e que estávamos aqui?”, sussurrou Ernest McMillan para os outros dois colegas).

_Eles ficaram bem sem jeito. _ Hermione riu, de mãos dadas com Rony.

_E agora? _ perguntou Nereida _ O que é que vamos fazer?

_Precisamos obter os meios para a Poção Polissuco. _ disse Soraya _ Mas sem o livro, não vai dar.

_O “Poções Muy Potentes” está na Seção Reservada. _ disse Neville _ E não dá para entrar à noite, com a Capa de Invisibilidade, pois Madame Pince daria pela falta do livro na manhã seguinte.

_Precisaríamos de um adulto para retirar o livro. Mas se pedíssemos a um professor, ele iria desconfiar de que estamos aprontando alguma. _ disse Luna.

_Só tem um jeito. _ disse Harry _ Lembram-se de quando eu disse que o pato estava prontinho para ser depenado? Pois o pato é um pavão e eu vou falar com ele.

_Gilderoy Lockhart? _ perguntou Gina, dando um bocejo _ Mas ele vai colaborar?

_Vai sim, minha querida. Ele disse que eu poderia pedir ajuda e, além disso, vou dar uma massageada no ego dele. _ disse Harry _ Mudando de assunto, Gina, você parece estar meio cansada. Tem certeza de que não está se sobrecarregando?

_Está puxado, com as aulas, atividade física e as instruções de Ninjutsu-Bruxo, com o Prof. Mason, mas dá para manobrar, não me sinto desgastada. _ disse ela.

_De qualquer forma, precisamos logo do livro, pois a Poção Polissuco leva uns vinte dias para maturar. _ disse Nereida _ Ainda bem que temos pouco mais de um mês até o Natal, então dará tempo. Quando é que você vai procurar pelo Lockhart, Harry?

_Hoje mesmo. Mas tenho uma dúvida que eu queria esclarecer. Onde é que Colin Creevey foi encontrado, quando foi petrificado?

_Perto da Enfermaria, eu mostro o lugar. _ disse Neville.

Chegando ao local, Harry observou as paredes, parecendo procurar por algo, quando Neville mostrou o lugar.

_Foi exatamente aqui, Harry. _ o lugar ficava perto de uma curva do corredor. Harry agachou-se e pegou a varinha.

_ “Lupa”. “Lumus”. _ uma forte lente de aumento foi conjurada e Harry também tratou de providenciar uma fonte de luz, acendendo a ponta de sua varinha.

O garoto examinou o chão, sorrindo apoós encontrar o que procurava.

_O que houve, Harry? _ perguntou Rony.

_O espelho da parede foi substituído, não foi? _ perguntou Harry.

_Sim, foi. _ respondeu Soraya _ Ele estava quebrado. Mas como foi que você descobriu?

_Há fragmentos dele, misturados à poeira do chão. Sei que isso tem relação com os ataques, mas ainda não consegui estabelecer a ligação. Bem, vamos atrás do pato... digo, do Sr. Lockhart.

Não foi preciso procurarem muito, pois Gilderoy Lockart estava perto da Biblioteca (“Providencial”, pensou Harry).

_Olá, jovens. Estão indo bem nas aulas?

_Sim, Sr. Lockhart. _ disse Harry _ Inclusive, eu queria pedir um favor. Precisamos de uma informação que poderá ajudar na investigação sobre os ataques.

_Ora, isto muito me interessa. _ disse Lockhart _ E como vocês pretendem obtê-la?

_Está em um dos livros da Seção Reservada. _ disse Rony.

_Hmm, isso pode ser um problema, Sr. Weasley. Vocês, alunos, não têm acesso à Seção Reservada.

_Por isso precisamos da ajuda de um adulto, mas não podemos recorrer aos professores. Eles não entenderiam e achariam que nós não deveríamos nos meter nas investigações sobre os ataques de petrificação. _ disse Harry _ Mas creio que, em um dos livros, há algo que poderá nos ajudar.

_E qual é esse livro? _ perguntou Gilderoy.

_É o “Poções Muy Potentes”. _ disse Harry _ Acho que o senhor já utilizou conhecimentos dele em uma de suas investigações, acredito que esteja em “O Beijo da Banshee”.

_Ah, sim. Realmente, utilizei. _ disse Lockhart, lembrando-se de uma de suas aventuras do passado _ Mas você tem certeza de que poderá ajudar?

_Claro, Sr. Lockhart.

_Tudo bem, então. Afinal de contas, eu prometi que o ajudaria. Só não se esqueçam de dizer que eu os ajudei, caso recebam os créditos pela solução do caso, embora eu creia que irei resolvê-lo antes de vocês. _ brincou Lockhart.

_Por mim, tudo bem. _ disse Harry _ Não estou ligando para isso, Sr. Lockhart. Por mim o senhor pode ficar com todo o crédito, já que é um renomado caçador de criaturas das Trevas.

_OK. Já volto, então. _ Gilderoy Lockhart entrou na Biblioteca e, pouco depois, retornou para o corredor, sobraçando o tão procurado livro. Em seguida, entregou-o nas mãos de Hermione Granger _ Aqui está, meus jovens. Façam bom uso dele e não se esqueçam de entregá-lo a mim, para que eu possa devolvê-lo a Madame Pince.

_Obrigado, Sr. Lockhart. _ disse Harry. Os Inseparáveis afastaram-se, a fim de colocarem seus planos em execução. No caminho, cruzaram com Draco, acompanhado de Crabbe e Goyle, como sempre.

_Como foi com o Diretor, Harry? _ perguntou Draco.

_Ele não crê que eu tenha algo a ver com os ataques, mesmo que Ernest McMillan fique corneteando o contrário, para quem quiser ouvir.

_Texugo lesado. _ disse Draco _ Bem, vou indo. Até.

Depois que Draco se afastou, Rony comentou:

_É, para mim parece que o Malfoy sabe de alguma coisa que não pode ou não quer dizer. A cara dele estava bem esquisita.

Realmente, a cara de Draco estava esquisita, mas por outras razões. Ele vira algo que o preocupara bastante e que o fizera resolver mandar logo a carta que estava preparando, depois de uma última revisão no texto.

_E onde vamos preparar a poção? _ perguntou Algie.

_Bem, há um lugar que todos procuram evitar, o banheiro feminino do segundo andar. _ disse Hermione.

_O banheiro da Murta que Geme? _ perguntou Rony _ E se nos descobrirem?

_Como eu disse, todos evitam aquele lugar. Vamos lá.

O banheiro ficava no segundo andar e era bastante mal-iluminado. Mal entraram, o fantasma apareceu.

_O que os garotos estão fazendo aqui? Este é um banheiro feminino.

_Calma, Murta. _ disse Hermione _ Precisamos de um lugar discreto e não posso pensar em nenhum melhor do que o seu banheiro.

_Lá isso é verdade. _ disse Murta _ Ninguém vem aqui (“Por que será, hein?”, sussurrou Rony). Mas o que é que vocês estão aprontando?

_Está sabendo das petrificações, não está?

_ Eu e toda a escola. Filch e sua gata, Colin Creevey e Justin Finch-Fletchley. Mas o que vocês vão fazer? Vi que até aquele caçador de criaturas das Trevas, Gilderoy Lockhart, está xeretando por aqui.

_Estamos meio que ajudando nas investigações de maneira não-oficial, correndo por fora. _ disse Hermione, com cara séria _ E precisaremos de um lugar seguro para preparar uma poção. Bem, vamos ver o que diz no livro. Uau, mas que poçãozinha complicada, gente. Hemeróbios, Descurainia, pó de chifre de Bicórnio... xii, esta aqui vai ser difícil.

_O que é? _ perguntou Luna.

_Pele de Ararambóia picada. Eis um ingrediente que não se encontra facilmente por aí.

_Já vi que teremos de fazer uma pequena incursão não-autorizada ao estoque particular do meu pai. _ disse Nereida _ É o único lugar onde podemos encontrar tudo de uma só vez.

_Para isso, será necessário criarmos uma distração. Pode deixar esta parte inteiramente por minha conta. _ disse Harry, consultando o relógio _ Teremos aula de Poções daqui a pouco, não é?

_Sim. O que você vai fazer? _ perguntou Hermione.

_Já tenho algo em mente, só preciso que vocês fiquem preparadas. Quando eu criar a distração, você e Nereida poderão agir.

Na aula de Poções, os alunos estavam concentrados em seus caldeirões, onde borbulhava a Poção para Inchar. Certa hora, Harry olhou para os lados e pegou algo do bolso, uma biribinha Dr. Filibusteiro, fogos de artifício especiais que detonavam mesmo molhados. Rapidamente acendeu-a com a varinha e executou um Feitiço de Teletransporte de Curta Distância, que aprendera com Hermione. A biribinha foi parar no caldeirão de Crabbe e Goyle, explodindo com grande intensidade, apesar do seu pequeno tamanho, como era característico para os fogos Dr. Filibusteiro. Com a explosão, o conteúdo do caldeirão foi projetado nos dois sonserinos, que começaram a apresentar os sinais do efeito da poção, com partes dos seus corpos começando a inchar. Até mesmo Draco e Pansy, parceiros de caldeirão que estavam ali ao lado, levaram alguns respingos e também foram levados por Snape para a Enfermaria.

Naquele meio tempo, sem que ninguém percebesse, Nereida e Hermione entraram na sala de Snape e logo saíram, com os ingredientes necessários bem escondidos dentro das vestes.

Retornando da Enfermaria, onde deixou os alunos atingidos pela poção, Severo Snape inspecionou o caldeirão de Crabbe e Goyle, encontrando os restos carbonizados da biribinha. Olhou feio em toda a sua volta, detendo seu olhar principalmente em Harry, não sabia o porquê. Mas o garoto continuou seu trabalho, como se não tivesse percebido nada. Só que Harry sabia muito bem que o professor desconfiava que ele tivera algo a ver com aquilo e tentara penetrar sua mente (“Não vai conseguir nada daqui, Narigudo. Afinal de contas, foi você mesmo quem me ensinou a aperfeiçoar minha Oclumência”, pensou Harry).

Após o término da aula, a classe foi dispensada e os amigos encontraram-se no corredor.

_Ele desconfiou de você, Harry. _ disse Rony _ Só que não tinha como provar nada.

_Eu sei. _ disse Harry _ Ele até tentou penetrar minha mente, mas eu estava prevenido e levantei minhas barreiras. A Legilimência dele simplesmente ricocheteou na minha blindagem de Oclumência.

_Quando eu penso que ele foi um dos seus instrutores de Oclumência, chego a sentir a frustração dele. _ disse Nereida _ Agora, vamos traçar nossa estratégia.

_Certo. _ disse Hermione _ Soube que Malfoy, Crabbe e Goyle vão passar o Natal em Hogwarts. Isso é ótimo para nós. Bastará tirar aqueles dois do caminho e substituí-los. Essa tarefa ficará comigo, Harry e Rony.

_E quem você irá substituir, Mione? _ perguntou Soraya.

_Millicent Bulstrode irá para Londres. É só dizer que resolvi voltar. Por sorte, consegui um fio de cabelo daquela “atleta da Cortina-de-Ferro”, naquela sessão do Clube de Duelos, que ficou preso na minha capa. Para alguma coisa irá servir.

_Eu ficarei cronometrando e darei cobertura a vocês, na Sala Comunal da Sonserina, quando o efeito da Poção Polissuco estiver para passar. _ disse Nereida.

_OK. Dependerá de nós, então. _ disse Harry, enquanto Rony resmungava alguma coisa, baixinho _ O que foi, Rony? O que você está dizendo?

_Situação “TTPDM”. _ disse o ruivo.

_???

_ “Tem Tudo Para Dar M***a”. _ explicou ele.

_RONALD BILIUS WEASLEY!!! _ exclamaram as garotas, vermelhas.

_Falei sério. Uma falhazinha e tudo vai por água abaixo.

_Por isso mesmo que cada um deverá cuidar bem de sua parte. _ disse Harry, com cara séria, embora estivesse rindo por dentro _ A parte da logística também será bem importante. Alguém deverá “abduzir” um conjunto de vestes de cada uma de nossas “vítimas”. Os calçados nós pegaremos na hora.

_Deixem essa parte conosco. _ disseram Algie, Luna e Gina _ Iremos à lavanderia e conseguiremos os uniformes. E eles ainda vão ganhar uma lavagem de graça, antecipada.

_Ótimo. Não estou com a menor vontade de sentir o “cheirinho” do Crabbe nas vestes. Caracas, que desodorante mais vagabundo que ele usa! _ reclamou Rony _ Fica vencido em poucas horas.

Todos riram.

_Não se preocupe, Rony. _ disse Soraya _ Faremos um Feitiço de Limpeza e as vestes parecerão ter saído hoje das prateleiras da Madame Malkin.

_Ainda bem. _ disse Harry _ Porque o desodorante do Goyle também é bem fraquinho. Ao menos a Bulstrode usa algo mais decente. A Mione estará em vantagem.

_Nem tanto. _ disse Hermione _ “Anaïs Anaïs” de Cacharel me dá uma baita dor de cabeça, é muito marcante. E o pior é que a Bulstrode adora aquele perfume.

_Bem, será apenas por uma hora. _ disse Algie _ Acho que dá para suportar.

_Vocês já vão aprontar outra travessura, não vão? _ perguntou Murta.

_Guarde segredo, por favor, Murta. _ pediu Luna _ Caso contrário ficará mais difícil tentarmos descobrir quem poderia estar por trás dos ataques.

_OK, Luna. Farei isso, por uma irmã de Casa. _ Murta, assim como Luna, também era da Corvinal.

Os dias que antecederam o Natal correram sem grandes alterações, exceto as brincadeiras de Fred e Jorge, que tratavam Harry como se ele fosse um grande mago do mal, fingindo uma teatral mistura de medo e respeito em uma pantomima que divertia a todos, ajudando a quebrar o gelo e mostrar como eram ridículas as suspeitas. Enquanto isso, a Poção Polissuco já havia sido completada e estava em estado de maturação.

As instruções de Ninjutsu-Bruxo também tiveram uma pausa durante as férias de Natal. Todos os Inseparáveis estavam muito bem, mesmo Luna, Gina e Algie, que haviam iniciado naquele ano.

_Parabéns a todos. O nível de vocês está crescendo cada vez mais, inclusive os mais novos. Merecem um descanso, nestas semanas. _ disse Mason _ E você, Gina, procure não se sobrecarregar, parece meio cansada.

_Tudo bem, Prof. Mason. _ disse Gina _ E o senhor, vai mesmo passar o Natal no Japão?

_Sim. Embora lá predominem o Budismo e o Xintoísmo, eles gostam de comemorar o Natal à moda ocidental, por causa do espírito de festa, dos sentimentos e do costume da troca de presentes. Tenho alguns parentes lá e em Nova York, onde passarei o Ano Novo, obviamente que na tradicional festa do Times Square. Até mais.

Os alunos despediram-se e foram cuidar dos últimos preparativos para a infiltração na Sonserina. Na Véspera de Natal, os alunos que haviam permanecido em Hogwarts divertiam-se na festa que estava sendo realizada no Salão Principal, onde uma companhia de bailarinos fantasmas do Bolshoi encenava uma adaptação do “Quebra-Nozes” de Tchaikowsky, bastante aplaudida. Os Inseparáveis começaram a sair, aos poucos, a fim de não despertar suspeitas e foram ocupar suas posições.

Dali a pouco, a paciência deles foi recompensada. Crabbe e Goyle seguiam pelo saguão, rumo às masmorras, meio alegres pelo espírito da festa e também pela quantidade de pão-de-ló com calda de vinho consumida pelos dois. Em certo ponto, ambos levaram a mão ao pescoço, como se uma abelha os tivesse picado e, imediatamente, desabaram no chão. Das sombras surgiram Nereida e Gina, cada uma delas com uma pequena zarabatana nas mãos. Recolheram cuidadosamente os dardos soprados, cujo sedativo comprovou sua eficácia. As duas e mais Neville e Algie arrastaram os pesados garotos inconscientes até um armário de vassouras e tiraram seus sapatos e meias. Soraya e Luna recolheram alguns fios de cabelo de cada um e os guardaram em vidrinhos separados. Correram para o banheiro da Murta que Geme e entregaram o material para Harry e Rony, que já estavam lá, juntamente com Hermione, já trajando as vestes dos três sonserinos, bastante largas para eles. Um par de sapatos de Millicent Bulstrode já havia sido convenientemente “abduzido” por Nereida, naquela manhã.

_Bem, está na hora da verdade. _ disse Hermione _ A Poção Polissuco assume cor, cheiro e consistência relacionados com a pessoa cuja parte do corpo é adicionada. Vamos ver como é a essência de Millicent Bulstrode.

A garota adicionou ao copo contendo a Poção Polissuco os fios loiros que tinha nas mãos. O conteúdo chiou e assumiu uma cor amarelada, com um cheiro que lembrava geléia de amoras meio azeda.

Harry lançou no seu copo os fios de cabelo de Gregory Goyle. O líquido ficou com uma cor verde biliosa e um cheiro de café frio. Quando Rony fez o mesmo com os fios de cabelo de Vincent Crabbe, a cor da poção ficou marrom e com cheiro de sopa de cebolas.

_Vamos sincronizar nossos relógios. _ disse Nereida _ Vou correndo na frente, para já estar na Sala Comunal da Sonserina, quando vocês chegarem. Teremos uma hora, a contar do momento em que vocês assumirem a aparência deles.

Sincronizaram os relógios e prepararam-se para tomarem a poção.

_É a hora da verdade. _ disse Hermione _ Saúde e ao sucesso de nosso plano.

_Saúde. _ disseram Harry e Rony. Os três tomaram um grande gole da poção e aguardaram um pouco. Rony e Hermione correram para os boxes, meio nauseados, enquanto Harry agüentou firme. Olhando para o espelho, viu que seu rosto e mãos começaram a borbulhar, como se fossem de cera derretida, enquanto seu estômago parecia dar um nó. Aos poucos, o rosto que ele via deixou de ser o seu e passou a ser o rosto quadrado e de traços duros, pertencente a Gregory Goyle.

_Fantástico! _ exclamou Harry, admirando-se de que a voz também era a do sonserino.

_Vou indo, então. _ disse Nereida _ Temos uma hora, a contar de agora.

Harry bateu à porta do box onde estava Rony e viu que ele estava totalmente transfigurado em Vincent Crabbe.

_Hermione, vamos. _ disse Harry, batendo à porta do box da garota.

_Vão sem mim. _ respondeu ela.

_Algum problema, Mione? _ perguntou Rony.

_Rápido, vocês não podem perder tempo! _ disse ela _ Vão sem mim!

Os dois saíram do banheiro, deixando Hermione com os outros Inseparáveis. Desceram para o saguão e dirigiram-se para as masmorras.

_Agora que eu estou me lembrando, Nereida esqueceu de dizer onde era a entrada para a Sala Comunal da Sonserina e a senha. _ disse Rony.

_Primeiro furo do plano. _ comentou Harry, preocupado. Mas a preocupação passou no momento em que cruzaram com Draco Malfoy.

_Puxa, até que enfim encontrei vocês. Vamos entrar logo, sei que é Natal, mas os Monitores não descansam, principalmente o Weasley. Aquele lá é um exagero de dedicado, parece até obsessão. _ disse Draco, enquanto Rony segurava-se para não dar uma resposta atravessada, lembrando-se de que aquilo poderia comprometer o plano todo _ Ué, que novidade é essa, Greg? Por que está de óculos?

_Ahn? Ah, estava lendo. _ respondeu Harry, maldizendo-se por não haver tirado seus óculos.

_Mesmo? Não sabia que precisava deles, sua visão sempre foi boa. Bem, vamos entrar logo. A senha que o Flint bolou para o período, qual era mesmo? Ah, sim, lembrei. “Puro-Sangue”. _ Naquele instante, uma seção da parede correu para o lado e eles entraram em um corredor, que dava acesso à Sala Comunal da Sonserina. Era uma sala comprida, iluminada por globos luminosos esverdeados, além do fogo de uma lareira, sobre a qual havia um quadro-bruxo representando o fundador da Sonserina, Salazar Slytherin, a qual proporcionava um bem-vindo calor. À frente dela, várias poltronas de espaldar alto e sofás, onde estavam alguns colegas que haviam ficado para as festas, tais como o irmão de Blaise Zabini, Blasius. Também estavam ali Nereida Snape, Daphne Greengrass e Pansy Parkinson. Esta última ficou bastante contente quando Draco sentou-se no sofá, ao seu lado.

_Soube que o Sr. Weasley foi multado por causa daquela história do Ford Anglia voador. _ disse Daphne.

_É, foi. _ disse Pansy _ E o pai de Draco chegou a pedir a demissão dele.

_Papai pegou pesado demais, eu acho. _ disse Draco _ Ele ainda não digeriu aquela briga que os dois tiveram na Floreios & Borrões. Mas o gosto de Arthur Weasley por coisas trouxas chega a chamar a atenção. Nem parece comportamento de bruxo.

Rony, com a aparência de Crabbe, contraiu os maxilares.

_Ma che, parece até que você está com alguma dor, Vince. _ disse Blasius, olhando para ele _ Que tal ir à Enfermaria, tomar alguma coisa?

_É no que dá cair de boca naquele pão-de-ló com calda de vinho. Mas estava mesmo uma tentação. _ disse Nereida.

_Realmente, estava muito gostoso. _ disse Draco _ Confesso que eu comi bastante, também. Voltando ao assunto, parece que estão abafando o caso das petrificações, assim como da outra vez. Dumbledore deve estar tentando evitar um escândalo.

_Como assim, “da outra vez”? _ perguntou Rony/Crabbe.

_Ora, Vince, não se faça de lesado. Já aconteceu antes, há bastante tempo. Só que não houveram petrificações, ocorreu uma morte, de uma bruxa nascida trouxa. E, se a coisa se repetir, há alvos prováveis.

_O Potter? _ perguntou Harry/Goyle.

_Não, Greg. Harry Potter é mestiço, os ataques foram a bruxos nascidos trouxas.

_ “Sangues-Ruins”. _ disse Pansy, pegando na mão de Draco _ E acho que sei de quem você está falando.

_Hermione Granger seria o alvo mais tentador. _ disse Draco _ Além de ser de origem trouxa, é um destaque pela inteligência e pelas notas. Se alguém quisesse atingir a escola, atacaria sua aluna mais brilhante.

_Do jeito que você fala de Hermione Granger, Draco, até parece que sente algo de especial por ela. _ brincou Nereida, divertindo-se ao ver Pansy Parkinson olhar furiosamente para ela.

_Não, Nereida. Não seria coisa de Malfoy. _ respondeu Draco, em tom de brincadeira, mas lembrando-se de que havia sido apaixonado por Hermione no ano anterior, um sentimento que procurava controlar por respeito à garota e para não piorar ainda mais o ciúme de Pansy. Ainda lembrava-se da conversa que tivera com ela no encerramento do ano letivo e do suave beijo que roubara da garota (“Uma pequena amostra de algo que eu jamais poderei ter”, lembrou-se de suas palavras) _ Como eu disse, a Granger chama a atenção pelo seu destaque nos estudos. Como você, mesmo sendo da Sonserina faz parte da turma de Harry Potter, os Inseparáveis, deve saber muito bem do que falo. Ainda mais pela participação de vocês no caso da Pedra Filosofal, no ano passado. Mas, voltando a falar do Harry, eu acho o maior absurdo alguém acreditar na possibilidade de que ele seja o tal herdeiro de Slytherin. Aliás, eu bem que gostaria de saber quem é.

_Então você não sabe? _ perguntou Harry/Goyle.

_Não, Greg. Lembra-se de que eu comentei isso com você, ainda outro dia? Acho que aquela calda de vinho do pão-de-ló estava muito forte. _ brincou Draco.

_Mas já aconteceu antes, isso não dá para negar. _ disse Daphne Greengrass, espreguiçando-se e levantando-se para ir dormir _ Seu pai não sabe de nada, Draco? Ele sempre foi tão bem informado.

_Acho que ele sabe mais do que me contou. _ disse Draco _ Lógico, foi bem antes do tempo dele, em 1943, quando meu avô, Abraxas e meu tio-avô, Jean-Marc, estavam no último ano. Uma aluna de origem trouxa morreu quando a Câmara Secreta foi aberta. Conseguiram evitar um escândalo, descobriram o responsável e ele foi expulso. Não tenho certeza se foi ou não para Azkaban, mas se foi, deve estar embolorando por lá, se ainda estiver vivo.

_E seu pai acha que o caso pode repercutir novamente, como aconteceu antes? Que a escola corre o risco de um novo escândalo, com as petrificações? _ perguntou Rony/Crabbe, tentando fazer a cara de pouca percepção do sonserino que personificava.

_Sim. Como sabem, ele faz parte do Conselho Deliberativo da escola e não esconde de ninguém que não concorda com a maneira como Dumbledore dirige Hogwarts. Ele já me disse que adoraria afastar Dumbledore da Direção e que esta situação cai como uma luva, “Expurgando Hogwarts dos Sangues-Ruins”, segundo suas próprias palavras.

_Você parece ficar meio incomodado com a expressão “Sangues-Ruins”, Draco. Por quê? _ perguntou Pansy.

_Não deixem meu pai saber disso, mas se origem trouxa fosse algum demérito, a Granger não teria as notas que tem e Renata Wigder-Mason, a mãe do Prof. Mason, não teria sido uma lenda no Quadribol. Sei que não parecem palavras de sonserino e muito menos de um Malfoy, mas contra fatos não há argumentos. _ disse Draco _ Além disso, meu pai já tem bastante trabalho para tentar manter limpo o nome da família, inclusive procurando livrar-se de vários materiais das Trevas, que ficaram escondidos em uma câmara debaixo da sala de visitas, desde o fim dos Dias Negros. É um dilema, pois se ele conservar aquele material e alguém descobrir, a Bruxidade vai pensar que Lucius Malfoy não renunciou aos antigos hábitos e se ele tentar livrar-se de tudo de uma só vez, vão pensar a mesma coisa. Mesmo livrando-se do material aos poucos, como ele faz, há o risco de descobrirem. Aí, todo o trabalho dele, toda a tentativa de recuperar a credibilidade, vai por água abaixo.

_Realmente, a situação do seu pai é bem difícil. _ disse Rony/Crabbe, prestando atenção em Nereida, que deu uma piscadela disfarçada e apontou o relógio.

Compreendendo o que a garota queria mostrar, Rony/Crabbe fingiu estar sentindo dores.

_O que houve? _ perguntou Harry/Goyle, sabendo que seu tempo estava prestes a se esgotar.

_Estômago. _ disse Rony/Crabbe _ Realmente, acho que exagerei.

_É raro você admitir algo assim, Vince. _ disse Draco.

_É que a coisa está ficando feia, Draco. _ respondeu o falso Crabbe.

_Vou com ele até a Enfermaria. _ disse Harry/Goyle _ Também não estou me sentindo muito bem.

_Eu os acompanho. _ disse Nereida _ Conhecendo esses dois, é capaz de não conseguirem encontrar a Enfermaria, irem parar em um armário de vassouras e sequer se lembrarem de como chegaram lá, caso tenham de ir sozinhos.

Os sonserinos riram com o comentário da garota, que acompanhou os dois garotos para fora da Sala Comunal. Assim que saíram, começaram a correr.

_Vão para o banheiro da Murta que Geme, rápido. Eu vou dar um “jeitinho” em Crabbe e Goyle. Depois que eu “trabalhar” neles, os dois pensarão que foram à Enfermaria e voltaram para a Sala Comunal. Por sorte, o sedativo dos dardos provoca um pouco de confusão mental quando o efeito passa, então as duas lorpas cairão em qualquer história que eu contar.

_OK, Nereida. _ disse Harry _ Devolva os sapatos e meias deles.

Descalços e com as vestes alargando-se cada vez mais, conforme iam retornando às suas aparências originais, Rony e Harry entraram no banheiro à toda velocidade e foram colocar suas próprias roupas, sem ao menos prestarem atenção nos outros. Depois que se trocaram, viram que Soraya, Neville, Luna, Gina e Algie tinham expressões estranhas nos rostos, enquanto Murta segurava o riso. Hermione continuava trancada no box.

_Mione, temos muitas novidades. _ disse Harry.

_Vão embora. _ respondeu a garota, lá dentro _ Não quero que me vejam. Especialmente você, Rony.

_Mas o que houve, querida? _ perguntou Rony _ O efeito da Poção Polissuco já passou, você já deve estar com sua verdadeira aparência.

_Bem que eu gostaria. _ disse ela. Os dois notaram que sua voz estava um pouco diferente, mais baixa e semelhante a um ronronar _ Lembram-se das advertências da Poção Polissuco, principalmente sobre o fato de que as transformações deveriam ser exclusivamente humanas?

_Sim, lembramos. _ disse Harry, enquanto Hermione dava uma tossida, ainda sem abrir a porta, trancada dentro do box _ Agora abra essa porta e venha para cá.

_Nós já pedimos isso a ela, mano. _ disse Algie _ Mas ela disse que não há nada que a tire dali de dentro.

_Ora, mas o que pode ter acontecido? _ perguntou Harry, embora começasse a fazer uma idéia da extensão do problema.

_O fio de cabelo que eu pensava ser de Millicent Bulstrode... _ e Hermione deu uma nova tossida _ ... Aquele fio não era dela.

_E de quem era? _ perguntou Rony.

_Não “de quem”, mas “do quê”. _ respondeu a garota, finalmente criando coragem e abrindo a porta _ Acabei descobrindo, da pior maneira, que Millicent Bulstrode tem um gato.

Hermione estava coberta de pêlos negros, seu rosto estava com traços felinos e os olhos amarelos, com pupilas verticais. Além disso, uma cauda projetava-se por debaixo da saia da garota.

_OK, OK. _ disse Harry _ Vamos logo para a Enfermaria, para que Madame Pomfrey resolva esse problema. Ainda bem que ela não pergunta demais.

_Façam isso logo, antes que o Batman resolva aparecer por aqui e se apaixone pela Mulher-Gato. _ disse Murta, agora gargalhando, incapaz de segurar o riso, em um acesso maníaco de sua bipolaridade.

Hermione fez um gesto obsceno em direção à fantasminha. A situação era, realmente, tragicômica.


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