Allysson Grey Vs Escola de Rock escrita por Menthal Vellasco


Capítulo 19
O dia do duelo


Notas iniciais do capítulo

Fale a verdade, sem ficar puxando saco ou com medo de eu parar a fic (coisa que não farei): está ficando chato? Se estiver, eu posso encerrar mais rápido, se quiserem.



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N: Ayume.

Então chegou o grande dia. Marcamos para uma semana, para podermos nos preparar. O pessoal ficou sabendo e, como previsto, Allysson e Leo não gostaram, mas me apoiara. Vocês sabem que sou muito tímida, então seria difícil pra mim.

Vesti um vestido leve e branco, com desenhos de bambu, coloquei uma sapatilha branca com bordado de flores prateadas, amarrei meu cabelo em um rabo de cavalo, peguei meu baixo e fui até a praça. Eu estava muito nervosa.

Cheguei lá querendo ser ignorada. Estacionei o carro e logo vi uma multidão. “Escolhemos um péssimo dia para o duelo. Está havendo um evento.” Eu pensei, mas logo Pamela bateu na janela no meu carro:

_Amy! Está todo mundo aqui pra ver quem é a melhor baixista!

_Pamela..._ comecei a falar preocupada enquanto abria a janela do carro, mas ela me interrompeu.

_Eu sei! Eu sei! Não precisa agradecer!_ ela se debruça na janela.

_Você trouxe essa gente toda?!_ pergunto assustada.

_Sim, mas eu já disse: não precisa agradecer!

_Ficou maluca! Eu me preparo psicologicamente antes de cada show e agora me vem com essa?!

_Achei que já estava acostumada! Me desculpe!

_Você me conhece, Pamela! Sabe que é difícil pra mim!

_Então por que está na banda?!

_Porque vocês foram uma benção na minha vida, eu amo fazer parte do grupo, nós estamos sendo instrumentos de Deus pra quebrantar corações e não consigo me imaginar sem a Banda Light._ um curto silencio _Satisfeita?

Depois de alguns segundos, ela me respondeu sorrindo: _Sim, estou._ abriu a porta do carro e disse: _Agora, pra guerra, Davi! Pega o seu baixo e vamos nessa!

Me levantei, peguei meu baixo branco no banco de traz do carro e fomos. Encarei a multidão até o centro dela, onde haviam duas grandes caixas de som e duas cadeiras para a gente. Foi então que Kate se aproximou com um baixo preto e a roupa inteira da mesma cor. Calça jeans rasgada, salto com espinhos, uma blusa curta até de mais, maquiagem forte, jaqueta de couro... Já deu pra intender que éramos de times diferentes.

_Bom dia, Ayume!

_Kate, não precisa ser assim.

_O que é isso? Medo de passar vergonha?

_Você já teve humildade. O que aconteceu com você?_ eu estava calma (ou parecia), mas ela me provocava.

_Você não me conhece.

_Allysson conhece. Ou melhor: conhecia.

_Isso não tem a ver com a Allysson, e sim com nós duas.

_Qual é o seu problema?!_ pergunto mais alto do que quis.

_Meu problema é você! Se lembra daquele jantar?! O que disse na minha cara?! SE LEMBRA?!

_A verdade! Eu admito que não deveria ter dito aquilo, mas...

_Vou repetir com as exatas palavras que você usou: “As nossas bandas são parecidas, tirando o fato de termos um propósito maior que o de vocês e, sem querer ofender, muito maior”. Não foi isso que você disse?!

_Sim, mas...

_E o pior é que seu amiguinho Jeremy te incentivou e afirmou que você era melhor que eu. O que você disse? NADA!

_Eu não sabia como responder!

_Então, quem começa? Acho melhor pra você que com...

_Por que não você?_ pergunto calmamente _Então provo minha tese.

_Se prefere assim, ok!

_E me perdoe pela grosseria. Não devia ter dito aquilo.

_Acho que isso é desnecessário.

Então, começamos a nos preparar. Antes mesmo que eu pudesse terminar de afinar meu baixo, Kate começou. E eu preciso admitir: ela mandou muito bem. Reparei que ela me provocava com notas complicadas e solos de rock, mas eu tinha um plano em mente. As pessoas ao redor gritavam de empolgação. No fim, ela se levanta e fala, enquanto as pessoas ainda gritavam:

_Está vendo, Ayume?! Essa é nossa motivação: a alegria! A euforia das pessoas ao ouvir um bom som! Os gritos que pedem cada vez mais do som mágico conhecido pelo mundo inteiro como “música”! O que tem a dizer sobre isso, hem?! O que tem a dizer agora?!

_De nada vale aqui nessa terra.

Me sento e começo com um blues, depois puxei algo que parecia uma salsa, algumas notas aleatórias que soavam até bem para meus ouvido, e pelo visto, aos ouvidos de todos. Gritavam mais alto do que com Kate. Só aí que eu decidi ir para o rock. Kate parecia frustrada. Encerrei e, calmamente, coloquei meu baixo em um pedestal perto da cadeira, logo perguntando a Kate:

_O que achou?

_E... Eu... Eu não..._ ela não conseguia dizer uma palavra.

_Você, você... só isso? Continuando o que eu dizia, as pessoas gostaram, mas esse não é o meu propósito aqui, e você sabe bem disso. Eu lamento que não possa ver o seu rosto. Está refletindo. Está pensando agora se não foi dura comigo. Está se arrependendo de ter tentado me humilhar._ ela tenta me mandar um olhar furioso e eu, sorrindo, disse: _E agora, está com raiva porque sabe muito bem que estou falando a verdade.

_Cala a sua boca, Danchi!

_Se quiser me chamar de Amy, eu não me importo! E aproveitando que estamos fazendo as pazes, que tal me perdoar? Eu fui grossa com você._ meu tom era sério, mas eu falava de forma doce.

Kate se enfureceu e saiu. Todos começam a gritar: “Amy Danchi! Amy Danchi! Amy Danchi!”. Então eu gritei: _Silencio! Parem de gritar! A glória nunca foi e nunca será minha. Eu toco exclusivamente à serviço do meu Rei: Jesus. Eu sei que foi humilhante para ela, mas foi preciso. Ela precisava intender que qualquer razão para tocar, a não ser que pra Deus, é em vão. Mas eu amo vocês, pessoal! Amei o apoio!


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Notas finais do capítulo

Comentem e não se esqueçam de responder minha pergunta!