Foi apenas Um Sonho escrita por JessCollado, Jess Oliveira


Capítulo 2
Capítulo 1 - Parte 1 - Apenas um sonho.




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Capítulo 1 - Parte 1 - Apenas um sonho.

Abri os olhos e uma luz ofuscante tirou momentaneamente minha visão. Fechei os olhos firmemente e ao abri-los novamente me senti tonta e sonolenta. Meus músculos estavam tensos, como se eu estivesse dormindo há muito tempo. Mas isso era impossível, eu era uma vampira, não podia dormir.

- Edward - sussurrei - Onde está Renesmee?

- Bella, você despertou! Eu estou aqui, querida, acalme-se.

- Mãe?

- Sim querida, você está bem? - Perguntou.

- Bem - eu estava desorientada - Onde estou? O que aconteceu?

- Não se preocupe, eu vou chamar uma enfermeira para analisar como você está.

Ela apertou um botão azul que estava na cama e um par de minutos depois, uma enfermeira entrou no quarto. Eu olhei para meu braço esquerdo e não pude evitar um gemido de dor quando vi algumas agulhas espetadas neles. Renee olhou para mim e escondeu o riso quando viu o meu sorriso.

Quando a enfermeira saiu do quarto me preparei para bombardear minha mãe com perguntas.

- Mãe, o que aconteceu? - Eu perguntei, impaciente.

- Não lembra de nada querida? - Eu balancei a cabeça negativamente. - Você estava indo a caminho da escola quando um carro passou por cima de você. Bateu a cabeça com tanta força que ficou desmaiada por alguns dias.

Eu olhava para a minha mãe atônita, eu já não era mais uma vampira, isso era obvio, mas então onde estava a minha Renesmee?

- Mãe, onde está Edward? - Perguntei à beira da histeria.

- Quem é Edward? - Fez um gesto de dúvida e um suspiro baixo deixou meus lábios.

- Deixe-me falar com o papai... -eu disse suavemente.

- Bella, querida, você está bem? - Perguntou alarmada. - Seu pai está na lanchonete comendo alguma coisa, daqui a pouco ele sobe.

Isso não me tranqüilizou. Não entendo o que estava acontecendo, nada disso poderia ser real... Minha cabeça estava girando e eu me recusava a aceitar que tudo o que havia acontecido era fruto da minha imaginação.

- Mãe, que dia é hoje?

- 29 de Novembro. Você esteve desacordada por cinco dias - me disse.

- Que ano? - Eu olhei para cima e cravei meu olhar no dela, em expectativa.

- 2003.

Minha mente tardou em processar essa informação. Estávamos em Novembro de 2003, e fui morar com meu pai em janeiro de 2004. Então ... nada realmente aconteceu? Tudo tinha sido uma invenção da minha imaginação? Certamente que não. Não. Eu me recusava a aceitar o fato de que nada disto tivesse acontecido. Isso era uma loucura, ou a louca era eu?

Comecei a arfar em busca de ar, minhas mãos estavam tremendo incontrolavelmente. Os bips da máquina que controlava meu coração estavam trovejando, cavando em minha mente, fazendo um buraco profundo. Eu vi essa história como se fosse o livro da minha vida em que alguém estava rasgando página por página, permitindo assim apagar tudo o que eu amava.

Minha mãe segurava minha mão me impedindo arrancar os cabos e tubos que estavam em meus braços. Lágrimas inundaram os meus olhos. Uma enfermeira entrou no quarto, conversou com Renee, mas eu não ouvi. Ela se aproximou de mim e dentro de segundos a minha respiração começou a relaxar, o topor foi gradualmente tomando conta de mim. A cada segundo me custava mais manter meus olhos abertos. Tentei falar, mas apenas murmurei algumas palavras sem sentido. Minha consciência foi se esvaindo, me abandonando até que tudo ficou escuro.

Acordei com um gosto amargo na minha boca e a garganta seca. Quando abri os olhos eu ainda tinha a vaga esperança de que somente o capitulo do hospital fosse um sonho e não todo o demais. Mas a decepção tomou conta de mim ao ver que eu estava errada. Eu continuava neste hospital maldito e meu pai estava sentado em uma poltrona ao pé da cama. Decidi firgir que ainda dormia e assim pensar o que eu iria fazer com a minha vida apartir desse momento. Na reflexão, a situação não era de todo ruim. Poderia ter uma segunda chance para fazer as coisas foram de outro modo. Eu poderia evitar que Edward me abandonasse após o incidente com Jasper, até mesmo evitar o incidente. E também poderia evitar o confronto entre James e Edward e assim me livrava de qualquer contato com Victoria e os Volturis.

Mas ... e se os Cullen foram também um produto da minha imaginação? Será que os Cullens existiam realmente? Ou, se os vampiros nesta realidade eram apenas um mito? Isso pode ser verdade, alguém como Edward era um sonho, o personagem perfeito em um conto de fadas. Eu soltei um soluço de angústia ao pensar que não poderia vê-los novamente. Meu pai deu um salto e se apressou para vir me ver.

- Oi filha, como você está? - Ele perguntou com uma ruga de preocupação na testa.

- Eu estou bem - menti.

Impulsivamente levantei minha mão e acariciei delicadamente sua testa para remover as rugas. Ele ficou surpreso, mas me deu um sorriso terno. Passamos um tempo em silêncio, o silêncio não estava desconfortável com Charlie. Depois de um tempo me aventurei a fazer a pergunta que ardia na garganta.

- Pai?

- Sim Bella? - me disse, prestando muita atenção.

- Você conhece os Cullens? -Eu olhei para ele na expectativa. Ele pareceu surpreso e tomou um longo minuto antes de responder.

- Sim, o médico e sua esposa vivem a alguns anos nos arredores da cidade. -Charlie falou sem tirar seus olhos de mim - mas ... quem lhe disse sobre eles?

“E agora o que eu vou dizer?” Pense Bella, pense.

- A enfermeira falou deles há um tempo. Disse que Carlisle é cirurgião muito bom.

- Sim... Bem... - Ele parecia pesar minhas palavras. - Mas eles vivem em Forks... Não sei como os conhecem por aqui.

E agora o mais importante:

- Como são seus filhos? - Eu deixei a questão como uma bomba. Charlie olhou para mim, alternando entre assustado e surpreso.

- Mas como? - Eu fiz um gesto com a mão para ele continuar. Ele pareceu entender porque continuou explicando. - Eles têm cinco filhos, todos com mais ou menos a sua idade. Eles são muito responsáveis e nunca dão problemas. Ninguém presta muita atenção, é como se algumas pessoas tivessem medo deles, é um absurdo!!! Mas o mais incrível é que parece que todos saíram de um filme de Hollywood, todos são muito bonitos e educados.

Decidi deixar a conversa chegar somente a este ponto, pois se eu perguntasse mais Charlie iria suspeita, com certeza! Mas a informação que ele me tinha dado, ainda que pequena, esclareceu alguns dos meus medos, e, inevitavelmente, me deu esperança: os Cullen existiam, eles tinham cinco filhos, e ao que tudo indicava ainda eram vampiros. Acalmei-me um pouco, tudo era uma questão de esperar e deixar que os acontecimentos fluiirem.

Me deram alta do hospital alguns dias depois. Eu tentei por todos os meios não pensar muito sobre o assunto, mas foi impossível, a imagem de Edward estava constantemente em minha cabeça. Me lembrava da sua voz, seu cheiro, o toque dos seus lábios com os meus. Mas o que eu mais queria e lembrava era de Nessie, minha pequena filhinha. Às vezes ela acordava chorando, seu pequeno corpo em meus braços, eu queria poder novamente acariciar as ondas suaves de seus cabelos e inalar seu aroma delicioso. Eu não entendia como poderia amar essa família que ainda não fazia parte da minha vida, e muito menos, acreditar que minha pequena Nessie nem existia. A necessidade de vê-los comigo estava me matando, tanto que os dias e as noite passavam lentamente.


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Notas finais do capítulo

Boum gente, este é a primeira parte do primeiro capitulo... gostaram?

PessoalLlLlL... Happy New Year!!!! Que esse ano seja bom para todos nós, naum é?

Merecemos um 2010 melhor que o 2009... Boa sorte e muita felicidades para todos!!!

Deixem muitas reviews e me façam feliz, ok?

Bjus by Jess

05.01.2010