May Singer escrita por Violetta


Capítulo 11
Capítulo 11




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O resto do casamento ocorreu sem maiores problemas. Passei o tempo todo ao lado de Miguel. Verônica vivia jogando o cabelo e passando perto dele, mas não deixei ela se aproximar muito.
Voltamos para casa comigo reclamando o caminho inteiro sobre Verônica. Miguel apenas sorria, o que me deixou mais emburrada.
–Ela é apenas uma criança, May.
–Ela é uma criança bonita. E oferecida!- Falei com raiva
–Não me importo se ela é oferecida. Tinham três homens te rodeando e eu não estou falando nada.
–Acontece que depois que você apareceu eles foram embora, não ficaram atrás de mim o resto da noite!
–E se eles tivessem ficado, eu teria dado um jeito- Ele disse sorrindo -May, eu confio em você. E espero que você também confie em mim.
–Eu confio em você. Só não confio nela.
***
Acordei com o barulho da campainha. Miguel ainda estava dormindo, coloquei o roupão e fui atender a porta. Abri e me deparei com uma pirralha.
–O que você está fazendo aqui?- Perguntei
–Ah, você me disse que se eu quisesse falar com Miguel poderia vir aqui. Então... onde ele está?
Como é que é? Essa menina não tem juízo? Fiquei encarando ela, admirada com a cara de pau que ela tem de vir até a minha casa procurar o meu marido.
–O que você quer com ele?- Tentei parecer calma
–Apenas conversar. Ele foi tão gentil comigo ontem- Ela disse provocando.
–Ele foi gentil com você porque ele é gentil com todo mundo. Principalmente com crianças.
–Você insiste em dizer que sou uma criança, mas eu não sou. Mesmo assim, não precisa me considerar uma ameaça.
Eu ri na cara dela
–Ameaça? Por favor querida, nem Natasha é uma ameaça para mim, quanto mais você. Agora com licença, porque eu tenho mais o que fazer.
Fechei a porta na cara dela, ou então eu iria fazer com ela a mesma coisa que fiz com a priminha dela.
Fui para o quarto e bati em Miguel com o travesseiro.
–O que foi?- Ele perguntou se levantando
–Aquela pirralha da verônica veio aqui atrás de você.
–E que culpa eu tenho para você me bater? -Ele perguntou sorrindo, o que me deixou mais irritada ainda. Miguel nunca perdia a paciência comigo, e isso era frustrante quando eu queria brigar.
–Toda culpa do mundo- Falei cruzando os braços
Ele me encarou com um meio sorriso.
–Tá, e o que você acha de sairmos daqui então? Podemos passar alguns meses viajando.
Pensei na proposta e sorri animada, ao menos eu sairia de perto daquelas duas.
–Feito. Vai arrumar suas malas- Ordenei
–O que? Já? Nós não estamos fugindo.
–Sim, nós estamos. Miguel se eu precisar bater em alguma das duas mais uma vez eu vou...
–Pera aí, quando foi que você bateu nelas?-Ele me interrompeu.
Eu tinha esquecido desse detalhe, eu ainda não havia contado a Miguel.
–Bom... Além daquela vez no palácio? Eu bati na Natasha uma outra vez. - Desconversei -Mas eu juro que nunca trisquei na pirralha.
Ele riu
–Então é melhor irmos antes que você mate alguém.
***
A viagem foi perfeita. Miguel continua sendo um fofo. Passamos 4 meses viajando, conhecendo vários países diferentes. Quando estava na nossa última semana, comecei a me sentir mal. O fuso horário deve ter acabado comigo. Não estava aguentando mais então fui ao médico. Não quis preocupar Diego então fui sozinha.
Fiz alguns exames, e quando o Médico me entregou o resultado eu quase desmaiei.
–Não pode ser- Sussurrei

Fui para casa pensando em uma maneira de contar a Miguel sobre o resultado do exame.
Queria ligar para America, mas não queria preocupá-la, ela iria querer que eu voltasse logo para casa, e eu ainda tenho uma semana de férias.
Passei o resto da tarde caminhando, depois voltei para o apartamento.
Miguel me deu um beijo
–Onde você estava?- Ele perguntou
–Caminhando- Respondi
–Ah. Está tudo bem?
Pensei sobre a resposta
–Sim. Tudo ótimo- Falei sorrindo.
Ele sorriu também
–Miguel... Eu te amo. Nunca duvide disso.
Ele me olhou preocupado, se aproximando.
–Aconteceu alguma coisa May?
–Não- Respondi balançando a cabeça -Só queria dizer que te amo. Muito.
Ele me abraçou forte
–Também te amo May. Muito mesmo.
Enquanto eu o abraçava, veio na minha mente o modo perfeito de contar a ele.
Fomos dormir e eu acordei bem cedo no dia seguinte. Fiz um belo café da manhã e coloquei em uma bandeja. No canto da bandeja coloquei uma caixinha.
Levei a bandeja e coloquei ao lado da cama. Bati nele com o travesseiro só para não perder o costume, e ele acordou sorrindo.
–Surpresa de alguém especial- Falei apontando para a bandeja.
–Você é mais que especial- Ele respondeu sorrindo
–Não sou eu- Respondi sorrindo também -É uma surpresa de outra pessoa
–Quem?- Ele perguntou confuso
–Abre- Apontei para a caixinha
Ele abriu e logo ficou pálido. Não desviou os olhos da caixa e também não conseguia falar, apenas olhou para mim, desesperado.
Dentro da caixinha havia um par de sapatinhos de bebê. E um bilhetinho escrito: "Com amor. Para papai"


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