Amnésia escrita por Dreamer


Capítulo 36
Capítulo 35 - Reencontros


Notas iniciais do capítulo

E aí povo! Eu avisei que ia demorar para postar, mas não consegui deixar vocês sem capítulos :P então aí está mais um pra vocês aguentarem até o próximo :) aproveitem e comentem!



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Alex se aproximava da sala para qual havia sido chamado. A cada passo que ele dava em direção da porta de aço polido a quinze metros de distância ele sentia um embrulho no estômago e uma tontura na cabeça, o rapaz percebera que qualquer coisa que fizesse ele ter contato com sua vida passada lhe dava um mal-estar, e isso valia para cada um que tivera a memória apagada pela Organização, o que era óbvio.

Quando restava apenas um ou dois corredores para Alex chegar a tal sala ele viu um agente da Organização segurando um garoto e o espancando, o rapaz demorou um pouco para perceber quem era.

– Pablo?!

O agente que espancava o rapaz parou e olhou para Alex.

– David Spencer? – disse o homem.

– Largue ele, soldado! Isso é uma ordem!

– Mas...

– Eu disse – Alex deu um olhar assustador para o homem – para solta-lo.

O agente soltou o garoto imediatamente.

– Estão lhe chamando no andar superior, dirija-se até lá imediatamente, eu cuido desse aí – disse Alex em uma voz autoritária.

O homem fez um gesto de continência e saiu pelos corredores. Quando este já havia ido embora, Alex se aproximou de Pablo e disse:

– Ei, tudo bem?

O garoto mexicano voltou o rosto para Alex, ele estava com um olho roxo e uma pequena cicatriz na bochecha esquerda.

– Era você... – disse Pablo indiferente – Era você o traidor?

Alex não sabia o que falar.

– Pablo, é uma longa história, eu não posso lhe explicar agora, mas... Espere, o que você estava fazendo aqui?

– As celas dos prisioneiros foram abertas e nós fomos soltos. Conseguimos tomar o controle de alguns agentes aqui. Mandaram procurar por outros três agentes e um homem amigo deles que estavam na Organização e ajuda-los, assim nos separaram em grupos, eu vim com a Dayana e a Jennifer, mas me separei delas sem querer e encontrei aquele cara.

– Jennifer? – disse Alex surpreso e aliviado por ela estar bem – Onde elas estão?

– Antes de eu responder qualquer pergunta – disse Pablo se levantando – me diga por que aquele agente da Organização lhe obedeceu.

– Bem, mas você já respondeu quando eu perguntei o porquê de você estar aqui...

– Apenas me responda, droga! – Pablo ficou chateado pelo seu erro.

Alex definitivamente não tinha tempo para explicações.

– Olha Pablo, não posso lhe explicar muito agora, mas digamos que eu, Chris, Sarah e Jason temos um plano.

– Quem diabos é Jason?

– Como eu disse, não se preocupe com isso, apenas volte para os outros e peça para que eles nos deem cobertura, isso é muito importante Pablo, confie em mim.

Pablo refletiu por um momento se perguntando se deveria ou não confiar no rapaz à sua frente.

– Okay – disse ele – muy bien Alex, vou confiar em você nessa.

– Certo, obrigado – disse Alex em um sorriso aliviado.

Os dois tomaram caminhos opostos, porém Pablo logo disse:

– Alex, espere.

O rapaz se voltou para o amigo.

– O que? – perguntou Alex.

– Pegue isso – Pablo deu a Alex a pulseira que ele carregava no pulso, um estranho elástico com dentes e penas de enfeite – era da minha irmã, ela dizia que dá sorte, e eu sinto que você vai precisar.

Alex aceitou o presente agradecendo e enfim os dois se despediram e foram embora.

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O rapaz prostrou-se à frente da porta de aço, ela não tinha nenhuma maçaneta, apenas um painel do lado esquerdo com uma teclado com números. Necessitava de uma combinação de números.

“Ótimo”, pensou Alex, “sem as memórias de David, como eu vou descobrir a senha?”. Porém Alex se lembrou de uma sequencia de números, uma que ele vira em seus sonhos, em especial, em um flashback que ele teve há dois dias atrás, quando uma bomba explodiu no refeitório da S.I.O.R.C. quando esta foi atacada. Alex, por incrível que pareça, se lembrou da senha, ele se perguntou se ao abdicar das memórias de David ele havia conseguido se libertar do raciocínio lento dele, mas isso não importava, ele tinha que se concentrar na memória daquela sequência antes que ela se apagasse. A senha era 023498.

Alex digitou esses números no painel na esperança de que funcionasse. E funcionou. Ao adentrar na sala o rapaz viu que era o lugar que ele vira em seus sonhos, a sala onde analisavam as cobaias, porém agora ela estava completamente vazia.

O garoto viu mais uma porta ao fim da sala e se dirigiu a ela, ela dava para um pequeno corredor com portas de madeira nos lados e outra porta de aço no final. Alex percebeu que esta última porta também necessitava de uma senha, porém o rapaz duvidava de que dariam a mesma senha para duas portas seguidas.

Para a sorte de Alex a porta se abriu sozinha e uma voz de dentro da sala para qual dava a porta disse:

– Entre.

Alex obedeceu.

A sala era enorme, não enorme do tamanho do refeitório da S.I.O.R.C., por exemplo, mas sim enorme na proporção de três salas de cinema. O local tinha um ar de observatório pelas escadas que davam para as passarelas logo acima, e pelo teto, que tinha a forma esférica e era feito completamente de vidro. A sala, tanto na parte de cima quanto de baixo, tinha máquinas plugadas em cabos que iam delas a lugar nenhum se perdendo no meio de mais cabos. As paredes eram cheias de plantas de prédios, projetos em filhas azuis, mapas e pôsteres. Um pôster chamou a atenção de Alex, era o logo da S.I.O.R.C., porém ele estava meio desbotado.

Mais na frente, do outro lado da sala, havia uma maior concentração de telas e uma mesa cheia de botões, teclados e controles. Na frente da mesa havia um homem, que Alex achou muito familiar.

Ele vestia um jaleco de cientista e uma calça social preta. Ao se virar para Alex, o rapaz pôde ver que ele tinha os cabelos negros bagunçados, uma barba serrada e usava óculos de grau que escondiam seus olhos castanhos.

Os dois ficaram em silêncio por um momento. Alex o conhecia de dois lugares. Ele era o homem misterioso que ele vira no refeitório da agência S.I.O.R.C. junto de Jennifer. Era o homem que ele vira nas memórias de David, era o homem responsável por toda essa confusão. Era o homem que Alex mais odiava no mundo e mesmo assim ele era seu...

– Olá David – disse o homem sem demonstrar muita emoção nas palavras – é bom lhe ver de novo. Não seria nada educado deixar seu pai esperando.


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Notas finais do capítulo

*Peço desculpas pelo corte tenso no capítulo, prometo não fazer mais isso (ou não...).

Comentem o que acharam, não sejam leitores fantasmas, senão eu chamo os caça-fantasmas! (putz, que piada tosca...)

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