The Lady. escrita por Erin Noble Dracula
P.O.V. Bella.
Isobel e eu saímos pra caçar hoje, entre tanto algo inesperado aconteceu.
O Rei também estava caçando e acidentalmente atirou em mim.
—Isabella!
—Venha irmã.
—Ela precisa de um médico!
—Não precisa não.
—Remova a bala.
No segundo em que a bala foi removida a ferida cicatrizou.
—Tenha mais cuidado! É uma arma e não um brinquedo!
Fomos bem longe para que pudéssemos caçar em paz, mas aposto que o Rei vai começar a fazer perguntas e só por precaução apaguei as memórias dos Lordes.
P.O.V. Edward.
Eu atirei nela, sei que atirei nela. Eu vi com os meus próprios olhos.
Perguntei aos Lordes que estavam comigo hoje e eles disseram que nenhuma das gêmeas estava lá.
O que mais me intrigou foi o fato de ela ter se curado instantaneamente.
Acho que estou ficando maluco.
P.O.V. Bella.
Estou começando a ficar com pena dele, acha que está ficando maluco. Durante todos esses séculos já mandei muitos caras pro hospício e para a morte.
Gosto de matar assassinos, estupradores e outros criminosos. Criminosos de verdade, afinal muitas pessoas inocentes foram para a forca, para a fogueira ou foram decapitadas por Reis tiranos e esses são os meus preferidos.
—Odeio isso. Queria muito morrer, poder encontrar a paz.
Talvez eu deva contar, mas nunca direi nada sobre minha irmã. Ela não tem nada a ver com isso.
Não posso falhar, sei como os Reis funcionam e sei que ele vai querer a imortalidade.
—Majestade, tenho que lhe falar.
—Diga meu bem.
—Primeiro quero a sua palavra de que não vai machucar Isobel.
—Porque eu a machucaria?
—Daqui a alguns segundos você vai saber, mas prometa que não fará nada com ela.
—Eu prometo.
—Não ordene a nenhum servo o faça, se não vou atrás dele primeiro e depois vou te pegar.
—Isso é uma ameaça?
—É sim.
—Quem você pensa que é?
—A original. A primeira vampira do mundo.
—Então, o que aconteceu na caçada foi real?
—Foi. Quantos anos você tem?
—2.0000.
—E seus pais?
—Lorde Julian e Lady Lola.
—Já matou alguém?
—Já.
P.O.V. Edward.
Não posso acreditar. Uma imortal?
—Faça de mim um de vocês.
—Não. Isso eu não vou fazer.
—Porque?
—O poder corrompe e sendo você um Rei, imagine se for um Rei imortal.
—Acha que abusarei do poder?
—Vai sim, já cometi o erro de transformar um Rei. Ele queimou a cidade de Roma inteirinha, milhares de pessoas morreram carbonizadas e eu tive que dar um jeito nele.
—Está falando de Nero?
—Ele mesmo. Não vou cometer o mesmo erro duas vezes.
—Eu sou seu amo e Senhor!
—E é por isso que jamais o transformarei.
Como assim? O que ela está fazendo?
—Como ousa falar assim com seu Rei?
—Você não é o meu Rei! Homem nenhum manda em mim.
—Eu sou o escolhido de Deus para governar esta terra!
—Está blasfemando! Sabe que isso é apenas uma desculpa para enganar o seu povo.
—Isso é a palavra do papa e ele é a voz de Deus na terra!
—Mentira! Ele não tem nada de divino, Deus é amor e nada do que ele faz é por amor!
—O Senhor vai castigá-la por isso!
—Deus é amor, sua bondade é infinita assim como sua clemência. O Senhor não se importa com dinheiro, o que leva uma pessoa para o céu são seus atos não seu dinheiro.
—Como pode saber? Demônio!
—Você é um Demônio, eu sou uma Deusa!
Quando consegui processar a informação ela já não estava mais lá. Com o tempo percebi o que havia dito, o que havia feito.
Isabella não merecia isso. O único demônio sou eu, talvez ela tenha razão.
Bella viveu muito mais tempo que eu, é mais sábia, mais informada.
Devo tentar ao máximo reparar o meu erro. Não posso viver sem seu amor.
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